O União Brasil pode se antecipar ao PP (Progressistas) e deixar o governo antes mesmo de seu parceiro de federação partidária. A decisão deve ser tomada em uma reunião marcada para a próxima terça-feira (2), quando a bancada do partido se reunirá para discutir o tema.
Embora os dois partidos tenham oficializado uma federação na semana passada – um compromisso que os obriga a atuarem juntos nas eleições de 2026 e 2028, além de manterem alinhamento no Congresso Nacional – cada legenda poderá adotar estratégias próprias em relação à ocupação de espaços políticos no governo. As informações são da CNN Brasil.
Leia maisACM Neto, recém-promovido a vice-presidente do União Brasil, lidera o movimento pelo desembarque do partido do governo. Na reunião, ele apresentará uma proposta de resolução exigindo que todos os integrantes da legenda deixem seus cargos ou se declarem independentes.
A iniciativa conta com o apoio de Antonio Rueda, presidente do União Brasil, e de Ciro Nogueira, presidente nacional do PP. No entanto, outras lideranças influentes, como o senador Davi Alcolumbre (União-AP) e o deputado Arthur Lira (PP-AL), que administram os espaços de seus respectivos partidos no governo, apresentam resistência à ideia.
Cargos em jogo
Atualmente, o PP controla o Ministério do Esporte, sob comando de André Fufuca, além de posições estratégicas na Caixa Econômica Federal, consideradas de grande peso político. Já o União Brasil ocupa três ministérios: Turismo com Celso Sabino, Comunicações com Frederico de Siqueira Filho, e Desenvolvimento Regional com Waldez Góes.
Uma ala governista defende que a decisão sobre a permanência no governo seja postergada para o final do ano, considerando que em abril de 2024 diversos ocupantes de cargos precisarão se desincompatibilizar para disputar as eleições.
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