Em busca de novos negócios na África, Lula tem reunião com presidente da Nigéria no Planalto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu, na manhã de hoje, no Palácio do Planalto, o presidente da Nigéria, Bola Ahmed Tinubu, que faz uma visita de Estado ao Brasil. A agenda com Tinubu faz parte da estratégia de Lula de retomar a aproximação com países africanos, aposta que ganhou importância diante do tarifaço para entrada de produtos brasileiros nos EUA.

O Brasil foi sobretaxado em 50% pelo presidente americano, Donald Trump, enquanto a Nigéria está com a tarifa em 15%. A Nigéria é o país com maior economia e população do continente africano. Em 2024, o comércio com o Brasil somou US$ 2 bilhões. O governo brasileiro acredita que é possível ampliar essa corrente comercial.

No ano passado, as exportações brasileiras para a Nigéria alcançaram US$ 978,5 milhões com envio de produtos como açúcares e melaços (74%), álcoois e derivados (5,7%) e outros itens da indústria de transformação e agrícola. Já as importações do Brasil da Nigéria bateram US$ 1,1 bilhão, incluindo adubos e fertilizantes (48%), óleos combustíveis e petróleo bruto (48%), gás natural (2,3%) e outros produtos da indústria de transformação.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva será recebido na segunda-feira (13) pelo Papa Leão XIV, no Vaticano. O encontro, confirmado pela Santa Sé, acontece durante a breve passagem do petista por Roma, onde ele participa do Fórum Mundial da Alimentação e de reuniões da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.

Segundo o comunicado do Vaticano, a audiência será realizada enquanto Lula cumpre agenda oficial ligada à Semana Mundial da Alimentação da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura). A expectativa é que a conversa aborde temas como segurança alimentar, combate à pobreza, desigualdade social e cooperação internacional, áreas de interesse comum entre o governo brasileiro e o Vaticano. As informações são do jornal O Globo.

Esta será a primeira vez que Lula se encontra com o Papa Leão XIV, sucessor de Francisco. O presidente já havia se reunido anteriormente com João Paulo II, Bento XVI e Francisco, em diferentes mandatos e momentos políticos.

Lula embarcou para a Itália neste sábado (11) e deve retornar ao Brasil ainda na noite de segunda-feira. Ao chegar a Brasília, o presidente deve se reunir com a equipe econômica para discutir a derrota da medida provisória do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), rejeitada pelo Congresso nesta semana, e avançar na escolha do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), após o anúncio da aposentadoria de Luís Roberto Barroso.

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A ex-vereadora de Ipubi e ex-diretora da União dos Vereadores de Pernambuco (UVB), Ana Abrantes, denunciou, ontem (10), possíveis fraudes no uso das cotas de gênero em candidaturas políticas no Estado. O caso teve início em Ipubi, no Sertão do Araripe, onde uma candidata do Partido Progressistas (PP) teria concorrido ao cargo de vereadora nas eleições de 2024 sem realizar campanha, divulgar propostas ou aparecer em atividades públicas. A suspeita levou à abertura de um processo judicial por abuso de poder econômico e irregularidades na aplicação das cotas femininas.

Segundo Ana, a prática tem se repetido em diversas regiões, distorcendo o propósito da legislação eleitoral que busca garantir a representatividade feminina. “Infelizmente, muitas mulheres são colocadas nas chapas apenas para cumprir a cota. Elas acabam sendo usadas como massa de manobra, sem guia eleitoral, sem propostas e, muitas vezes, sem nem aparecer nas redes sociais”, afirmou. O advogado Geraldo Alencar, que acompanha o caso, destacou que 17 pontos já foram reconhecidos como indícios de fraude e abuso de poder. O julgamento, atualmente em andamento no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE), será retomado na próxima quarta-feira, com cinco votos pendentes.

Ana também citou supostas irregularidades envolvendo o PP em Petrolina, onde, segundo ela, houve alteração de votações já decididas. A ex-vereadora defende uma fiscalização mais rigorosa por parte da Justiça Eleitoral e do Ministério Público, além de medidas que assegurem uma participação feminina efetiva. “As cotas de gênero são um avanço, mas quando usadas de forma indevida, tornam-se um retrocesso. A política precisa de mulheres atuantes, e não de nomes lançados apenas para preencher números”, concluiu.