O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) se reúne neste sábado (23) para escolha da nova Executiva Nacional. As modificações acontecem após a corrente Construindo um Novo Brasil (CNB) obter a maioria dos votos no Processo de Eleições Diretas (PED) de 2025. Além da presidência, o grupo irá ocupar os cargos mais estratégicos da sigla, como Comunicação e Finanças.
Em julho, Edinho Silva, ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) e ex-prefeito de Araraquara (SP), conquistou a maioria dos votos para assumir a presidência nacional do PT. Com pensamento mais alinhado ao centro, o novo presidente deve buscar alianças mais distantes da esquerda tradicional de olho nas eleições presidenciais de 2026. As informações são do portal Metrópoles.
Leia maisEdinho contou com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para chegar ao comando do partido. Agora, a nova Executiva Nacional será escolhida a partir de nomes ligados à CNB.
Entre os nomes já definidos, está o de Gleide Andrade, próxima à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que deixou a presidência da sigla em março para assumir uma cadeira no Palácio do Planalto. Gleide deve permanecer na Secretaria de Finanças.
Já em Comunicações é esperada a saída do deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP) e a entrada de Éden Valadares, ex-presidente do PT da Bahia, numa indicação do senador Jaques Wagner (PT-BA). Tatto, por sua vez, deve assumir uma cadeira na vice-presidência do partido. Pela indicação de Jilmar Tatto, Laércio Ribeiro, ex-presidente municipal do PT em São Paulo, deve assumir a Secretaria de Organização.
Saindo um pouco das indicações da CNB, Henrique Fontana, da Resistência Socialista, mais alinhada ao ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, deverá seguir na Secretaria-Geral.
Agora, o atual presidente do PT, o senador Humberto Costa (PE), deve ir para a Secretaria de Relações Internacionais, no lugar de Romênio Pereira, que ainda está sem cargo definido.
O Metrópoles conversou com petistas que destacam que a chegada de Edinho Silva à presidência do PT deixa o partido cada vez mais próximo do centro, com foco nas eleições gerais de 2026.
A expectativa é de que uma das primeiras mudanças a serem sentidas dentro do PT seja na comunicação. Nos últimos meses, a sigla tem adotado um perfil mais combativo, o que deve mudar. A previsão é de que o PT continue na defesa da soberania brasileira, mas tente se afastar do que chamam de “armadilhas” do bolsonarismo.
A comunicação irá refletir a linha política da nova gestão, com um posicionamento mais moderado e em defesa do governo Lula, considerado o “maior patrimônio” da sigla.
Leia menos