Do g1
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse neste domingo (3) que, se estiver com 100% de saúde, disputará a reeleição em 2026. Presidente discursou durante encerramento do evento nacional do PT, em Brasília.
“Para ser candidato tenho que ser muito honesto comigo. Preciso estar 100% de saúde. Para eu me candidatar e acontecer o que aconteceu com Biden, jamais. Jamais eu irei enganar o partido e o povo brasileiro”, disse. “Se eu for candidato eu não vou disputar, eu vou ser candidato pra ganhar as eleições”, afirmou o presidente.
Leia maisLula ressaltou que não quer passar pela mesma situação que o ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O democrata estava concorrendo à reeleição no ano passou e desistiu da candidatura.
Biden resistia à pressão de entregar a candidatura diversas maneiras. Ele deu entrevistas, fez uma reunião com governadores democratas e negou alegações de que sofria um declínio cognitivo e físico. Biden afirmou várias vezes que não iria desistir e que venceria a eleição.
Tarifas Estados Unidos
Durante o evento, Lula voltou a falar sobre as tarifas impostas pelos Estados Unidos. O presidente admitiu que as negociações exigem cautela, porque há “limites” na briga. Segundo Lula, a diplomacia não permite que ele fale tudo o que acha que “deve que falar, e sim o que é possível falar”.
A declaração acontece em meio ao agravamento da tensão entre os dois países, após Trump anunciar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A Casa Branca também impôs sanções ao ministro Alexandre de Moraes pela Lei Magnisky, usada para punir estrangeiros.
No evento, Lula defendeu ainda que a postura do Brasil em defesa da soberania assusta “pessoas que acham que mandam no mundo”, sem citar diretamente Donald Trump.
“O governo tem que fazer aquilo que ele tem que fazer. Por exemplo, nessa briga que a gente está fazendo agora, com a taxação dos Estados Unidos, eu tenho um limite de briga com o governo americano. Eu não posso falar tudo que eu acho que eu devo falar, eu tenho que falar o que é possível falar, porque eu acho que nós temos que falar aquilo que é necessário”, afirmou o petista.
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