Geely EX5, enfim, chega ao país; e veja como ficou a frente da Toro

A marca chinesa Geely Auto inicia oficialmente, em parceria com a Renault, seu retorno ao mercado brasileiro, com o começo das vendas do elétrico EX5. A empresa já opera em quase 90 países — do Oriente Médio à Ásia, da América Latina à Europa, da Ásia Central à África. Ela foi fundada apenas em 1997 e gerencia marcas famosas e consolidadas como a Volvo, a Lotus e a Polestar. Em 2024, elas venderam mais de 2,2 milhões de unidades, volume 32% superior ao registrado no ano anterior. O EX5 já estava sendo mostrado ao consumidor em 22 shoppings brasileiros e abriu a pré-venda em 17 de julho e chegará, num primeiro momento, a 23 lojas.
O modelo, um SUV médio já vendido em mais de 25 mercados ao redor do mundo e que possui porte semelhante ao do Jeep Compass. Ele mede 4,62 metros de comprimento, 1,90 metro de largura, 1,67 metro de altura e tem entre-eixos de 2,75 metros. Estará disponível em duas versões: Pro, de entrada, e Max, com acabamento mais refinado. Os preços são R$ 205.800 e R$ 225.800, respectivamente. O motor dianteiro gera 218cv de potência, com 32kgfm de torque. A capacidade da bateria é 60,2 kWh, segundo o Inmetro, e a autonomia varia conforme a versão: o Pro roda até 413km e o Max, 349km. A aceleração também varia: 0 a 100 km/h em 6,9 segundos para o primeiro; 7,1 segundos, para o segundo.
O pacote de equipamentos é recheado, principalmente no topo de linha, claro. Ela vem, por exemplo, com controle de cruzeiro adaptativo, teto solar, rodas de 19″ e até bancos dianteiros com função de massagem. As duas versões têm central multimídia com tela de 15,4″, compatível com Android Auto e Apple CarPlay – e mimos como bancos com ajustes elétricos. O interior é elegante, sofisticado até, com uso de materiais de qualidade superior.
Leia mais
Nova Toro 2026: veja como vai ficar – A Fiat mostrou na sexta-feira (1/8) as primeiras imagens oficiais da nova Toro 2026. Em um rápido vídeo, a marca destaca quais serão as principais mudanças externas — que, pelo que se observa, afetam a parte dianteira e a iluminação. No geral, essa segunda reestilização da picape – que, de fato, revolucionou o segmento no país – adota design de modelos europeus como o novo Grande Panda. marcado por linhas retas. Esse desenho, aliás, segue o usado nos Argo, Cronos, Pulse e Fastback. A Toro é líder desde que foi lançada, com mais de 600 mil unidades produzidas.
Omoda e Jaecoo bate sua meta do ano – Com menos de três meses do início de suas vendas, a Omoda & Jaecco festeja 1 mil carros entregues no Brasil. A milésima unidade é de um Jaecoo 7 Prestige, vendido no Espírito Santo. O dono escolheu o Jaecoo 7 Prestige, que tem de fato muita tecnologia embarcada e oferta mais de 1,2 mil quilômetros de autonomia. Em junho, a marca alcançou 36% de crescimento.
Venda de SUVs se consolida de vez – O comércio de utilitários-esportivos praticamente dobrou seu espaço nos últimos cinco anos: no primeiro semestre de 2025, dos 878,6 mil automóveis licenciados, 468,6 mil foram SUVs. Isso significa uma relação de 53,3%. Primeira vez, os SUVs poderão ultrapassar 1 milhão de unidades vendidas em um único ano – o dobro dos emplacamentos de cinco anos atrás.

Haval H6: versão básica por R$ 199 mil – E mais uma notícia sobre SUVs: a chinesa GWM lançou uma série limitada de 2 mil unidades do SUV H6. A One custa R$ 199 mil, tem configuração baseada na HEV2 e bate, em termos de equipamentos, com modelos como o recém-lançado Nissan Kicks. O conjunto de propulsão é híbrido composto por um motor 1.5 turbo a gasolina e uma unidade elétrica, com tração dianteira. Entrega 243cv de potência e 54kgfm de torque — e faz 14,4 km/l (estrada) e 11,8 km/l (vias urbanas). O interior é todo preto (ou, como queiram, “blackpiano”) e traz até bancos dianteiros com ajuste elétrico e ventilação (e ajuste de lombar para o motorista). O teto solar foi dispensado. A abertura elétrica da tampa do porta-malas, idem. O carregador de celular é por indução (de 15W).
Fastback: 150 mil produzidos – E por falar em utilitários-esportivos, o primeiro SUV cupê da Fiat, o Fastback, acaba de alcançar o marco de 150 mil unidades produzidas. Produzido no polo Stellantis de Betim, em Minas Gerais, o modelo chegou ao mercado em 2022 e, em novembro de 2024, passou a ser oferecido também com tecnologia híbrida. Ele é o segundo SUV da Fiat a ser produzido no Brasil e vem em cinco versões: a turbo 200 AT, a Audace T200 AT Hybrid, a Impetus T200 AT Hybrid, a Limited Edition T270 AT e a Abarth. Um dos seus pontos fortes é o porta-malas, com 600 litros. Recentemente, passou por mudanças, principalmente no design, ganhando uma uma grade redesenhada com linhas mais retas.


Honda CB com embreagem automática – A linha 2026 Honda CB ganhou o sistema E-Clutch de embreagem automática. Ele funciona por meio de sensores e atuadores eletrônicos que controlam automaticamente o engate e desengate da embreagem, dispensando o uso da alavanca tanto para arrancar quanto para parar. Mas o piloto pode escolher operar a embreagem manualmente se preferir. A CB 650R preserva o estilo Neo Sports Café, mas passa por algumas atualizações bem pontuais – como na adoção do novo conjunto óptico em LED, na lanterna traseira redesenhada, nos defletores de radiador e na traseira mais elevada.
O painel de instrumentos também é novo: uma tela TFT colorida de 5″ com três modos de exibição, brilho ajustável e interface intuitiva. Os comandos no punho esquerdo foram atualizados e agora contam com retroiluminação e seletor multifuncional para navegação no painel (joystick) sem soltar o guidão.O modelo tem preço público sugerido de R$ 58.270 (sem frete ou seguro), com garantia de três anos com assistência 24 horas. A CB 650R tem motor de 649cm³ com 86,7cv e 5,8 kgfm de torque, com câmbio de seis marchas. Os freios são a disco nas duas rodas, com pinças radiais de quatro pistões na frente e ABS de dois canais. O peso é de 195,2 kg.
Honda convoca donos das NC 750X MT e DCT – A Honda está convocando os proprietários do modelo NC 750X MT e DCT, ano 2025, a procurar uma concessionária autorizada para trocar o pneu, se necessário. Algumas unidades podem ser equipadas com pneu dianteiro com durabilidade comprometida. Embora garanta que isso não apresente risco imediato à segurança, a Honda reconhece que caso o pneu seja utilizado além de sua indicação de TWI (indicador de desgaste da banda de rodagem), deformações poderão surgir, provocando desconforto durante a pilotagem. A inspeção e, se necessário, a substituição do pneu dianteiro será realizada de forma gratuita. O agendamento pode ser efetuado pelo site www.honda.com.br/recall ou pelo 0800-701-3432.
Brasil tem 40 milhões de motociclistas – E já que estamos falando de motos, vale lembrar: segundo a associação brasileira dos fabricantes (Abraciclo), há 40 milhões de brasileiros habilitados para conduzir veículos de duas rodas. Isso representa uns 20% da população nacional. O número de condutores quase dobrou nos últimos 14 anos, considerando todas as pessoas, de ambos os sexos, que possuem algum tipo de habilitação para motocicletas, segundo a pesquisa.
Em 2025, a projeção é de que sejam vendidas mais de 2 milhões de motocicletas no Brasil, num crescimento de 10% em relação a 2024. O Dia do Motociclista foi celebrado em 27 de julho. “A moto vai além do transporte. Para muitos brasileiros, ela é uma ferramenta de trabalho e uma fonte de renda”, diz Callebe Mendes, fundador da Zapay, uma empresa digital que permite o parcelamento de débitos veiculares, como IPVA, licenciamento e multas.

Ford premia estudantes do Cariri – A montadora norte-americana Ford anunciou os dez times de universidades do Brasil vencedores do programa Ford C3 (Ford College Community Challenge). Eles vão receber US$ 2 mil cada para desenvolver projetos sociais inovadores em diferentes regiões do país. O time da Universidade Federal do Pará foi o campeão da etapa nacional. Os alunos agora vão representar o Brasil na Enactus World Cup 2025, em Bangkok, na Tailândia.
O programa Ford C3 é patrocinado pela frente filantrópica da marca, em parceria com a Enactus, organização social que está comemorando 50 anos e tem como missão estimular estudantes universitários a criar soluções para problemas sociais por meio de empreendedorismo de impacto. A turma da Universidade Federal do Cariri, do Juazeiro do Norte (CE), transforma resíduos plásticos em materiais escolares acessíveis a pessoas com deficiência, por meio da impressão 3D. Eles querem tornar o Juazeiro do Norte, até 2026, a primeira cidade do Brasil a garantir materiais inclusivos para todos os estudantes do ensino básico com deficiência visual.
A nova gasolina brasileira – As refinarias de todo o Brasil já começaram a produzir a nova gasolina, chamada de E30, que irá para nossos carros. Ela tem um percentual maior de etanol na mistura (de até 30%, daí o nome) e, pelo menos em tese, deve baratear o preço do litro de R$ 0,10 a R$ 0,11. Ela foi validada em vários testes de laboratório, com diferentes veículos. A octanagem subiu de 93 para 94 RON – e isso é bom. Esse é o índice que mede a resistência à detonação do produto, e quanto maior o resultado, mais eficiente é ele. Por exemplo: o da gasolina premium, a Podium e a V-Power, é de 95 RON, mas 25% de etanol anidro.
As 10 cores preferidas dos brasileiros – A Webmotors revelou as cores de carro que mais interessaram os brasileiros no primeiro semestre de 2025. No mercado 0km, os da cor preta foram os que mais receberam visitas, com 27,9% do total de acessos entre as 10 mais procuradas. Na sequência, estão cinza (22,2%), branco (19,6%), azul (10%), prata (8,8%), vermelho (7%), verde (2,6%), laranja (0,9%), amarelo (0,6%) e bege (0,5%). Do lado dos usados, os modelos da cor preta também foram os que mais receberam visitas, com 22,6%. Na sequência, estão branco (21,7%), prata (17,4%), cinza (17,1%), vermelho (8%), azul (7,7%), verde (2,5%), marrom (1,1%), amarelo (1%) e bege (0,9%).

Torque ou potência? O que é mais importante em um veículo? – A escolha de um carro envolve diversos critérios – e entre os principais está o desempenho. É ele que influencia fatores como consumo, emissões e performance. Dois conceitos fundamentais para entender essas variáveis, e que frequentemente geram dúvidas, são potência e torque. Embora frequentemente mencionadas juntas, essas grandezas são distintas e exercem funções complementares no funcionamento do motor. Saber diferenciá-las é essencial para escolher o veículo mais adequado às suas necessidades.
Marlon Silva, coordenador técnico da Takao, marca de componentes para motor referência no mercado de reparação automotiva, explica as razões. As diferentes aplicações dos veículos — urbano, rodoviário, comercial ou fora-de-estrada — determinam as características essenciais para um desempenho eficiente. Força, aceleração e velocidade final são variáveis decisivas nesse contexto e a combinação entre torque e potência é um fator-chave nessa equação. Não há, no entanto, uma supremacia entre as duas, como esclarece Marlon Silva: “Torque e potência caminham juntos. Mas, dependendo da aplicação, um pode ser mais relevante que o outro.”
Força que gera movimento – O torque é a força gerada pelo motor para colocar o veículo em movimento. É ele que determina a capacidade de arrancar com agilidade, superar ladeiras ou obstáculos, além de carregar e tracionar cargas. Sua unidade de medida é o quilograma-força metro (kgfm). Esse fator é especialmente importante em picapes, utilitários, caminhões e ônibus, veículos que exigem força para vencer a resistência do próprio peso e da carga transportada.
Desempenho em alta rotação – A potência, por sua vez, está relacionada à capacidade do motor de manter aceleração constante em altas rotações. Ela é decisiva para retomadas, ultrapassagens e velocidade máxima. Sua medida é expressa em cavalos-vapor (cv) ou quilowatts (kW). Para ilustrar a aplicação prática da potência, Marlon cita o desempenho exigido nas 500 Milhas de Indianápolis: “Nesta prova, os veículos atingem velocidades próximas de 400 km/h nas retas, com motores de 700cv que giram a 12 mil rpm. Além disso, é uma corrida longa, com mais de duas horas de duração. O que se busca nessas condições é potência em alta rotação”.
Torque x potência: a rotação como elo – O comentário de Marlon destaca um ponto essencial: as duas grandezas estão diretamente conectadas pela rotação do motor. “Um motor que consegue manter o mesmo torque em altas rotações entrega mais potência”, explica. Por isso, motores com bom torque em baixas rotações são ideais para o uso urbano, pois arrancam com facilidade e consomem menos combustível.
A evolução dos motores turboalimentados trouxe ganhos significativos nesse sentido, ao permitir a entrega de torque elevado já em regimes de rotação mais baixos. Essa combinação proporciona força, eficiência e bom desempenho sem comprometer o consumo. É o que possibilita a produção de motores mais compactos, que ainda assim oferecem o torque necessário para o dia a dia e potência suficiente para rodar com segurança e agilidade em estradas.
Equilíbrio é o melhor caminho – Torque e potência são dois lados de uma moeda. Saber qual deles priorizar depende do uso que se fará do veículo. Se a aplicação envolve áreas remotas, subidas, transporte de cargas ou superação de obstáculos físicos, o ideal é optar por modelos com maior torque. Para quem percorre longas distâncias em velocidade constante, a potência se torna mais importante. Na dúvida, comenta o especialista da Takao, o ideal é buscar o equilíbrio: “Hoje, mais do que números, o comportamento do motor em uso prático é o que mais importa”, finaliza.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
Leia menos