Centenas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fizeram na manhã deste domingo (20), em Brasília, um protesto contra Alexandre de Moraes e Lula (PT), e a favor do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O ato, que percorreu parte do Eixão da Asa Sul, região central da capital federal, foi organizado por políticos de direita como a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e a deputada Bia Kicis (PL-DF). As informações são da Folha de S.Paulo.
Leia maisAos gritos de “presidente Trump, contamos com você”, “a culpa é do Lula”, “anistia já”, “fora Moraes” e “Moraes ditador”, entre outros, os manifestantes encerraram o ato no final da manhã, após discurso dos políticos.
As menções a Trump se devem à esperança de setores do bolsonarismo de que os Estados Unidos forcem as autoridades brasileiras a anistiar os acusados de tramar um golpe de estado fracassado contra Lula, incluindo Jair Bolsonaro.
Além de roupas e bandeiras do Brasil, havia bandeiras dos Estados Unidos, de Israel e do Brasil Império.
A concentração foi em frente à sede do Banco Central. Os manifestantes começaram a caminhar por volta das 10h15. Andaram cerca de 1km rumo ao sul e depois voltaram para o ponto de partida
Os manifestantes iniciaram a dispersão por volta das 11h15, depois de cantar o hino nacional e orar. Um dos líderes do ato disse aos participantes que a reza era importante porque estavam em uma guerra espiritual.

Os participantes também comemoraram o informe de revogação do visto americano de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). O governo Donald Trump anunciou na sexta (18) a proibição da entrada nos Estados Unidos de Moraes, de parentes e de “seus aliados” na corte.
A punição ocorreu após o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ter feito um périplo por Washington em busca de punições ao ministro do STF nos últimos meses.
O anúncio foi feito pelo secretário de Estado, Marco Rubio, em rede social. “Ordenei a revogação de visto para Moraes e seus aliados na corte, assim como para familiares diretos, imediatamente”, disse.
A ordem do governo americano foi anunciada no mesmo dia em que Bolsonaro foi alvo de ação da Polícia Federal justamente sob a acusação de atentar contra a soberania do Brasil ao articular medidas no exterior. O ex-presidente está obrigado a usar tornozeleira eletrônica e não pode se aproximar de embaixadas e consulados estrangeiros.
“O meu visto jamais será cassado!”, gritavam os manifestantes no fim do ato. Essas palavras de ordem eram entoadas no mesmo ritmo que “a nossa bandeira jamais será vermelha”, um canto recorrente em atos bolsonaristas.
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