Assim que o presidente Lula mudou o decreto para permitir que o Itamaraty custeasse o traslado de corpos de brasileiros mortos no exterior, por conta da comoção em torno da morte da publicitária Juliana Marins, o Ministério das Relações Exteriores liberou recursos para a embaixada em Jacarta.
Segundo fontes do Itamaraty, a liberação da verba aconteceu na manhã de ontem, mesmo dia em que o decreto foi publicado no Diário Oficial. “A parte do governo federal foi feita a tempo de custear este traslado”, afirmou uma fonte. As informações são do portal UOL.
Leia maisO ministério tenta rebater críticas de que houve lentidão do governo brasileiro no caso. Fontes da pasta dizem que o governo foi ágil e “fez a sua parte”.
A família da brasileira, no entanto, optou pelo auxílio dado pela Prefeitura de Niterói pela relação de Juliana com a cidade. “Ela amava Niterói, é muito bonito ver essa atitude da prefeitura em relação à Juliana”, disse a irmã de Juliana, Mariana Marins.
Segundo a gestão de Niterói, o custo do translado é de R$ 55 mil. O Itamaraty não informou o valor disponibilizado e disse que não caberia comentar a decisão da família.
Lula mudou decreto após conversa com pai de Juliana
O presidente Lula conversou com o pai de Juliana, Manoel Marins, na quinta-feira e então informou que o Itamaraty seria responsável pelo translado.
Como não havia previsão legal para trazer o corpo com recursos do governo, Lula então revogou o decreto que impedia a ação e publicou um novo texto com regras para translado de brasileiros mortos no exterior, que prevê — entre outros casos — que o custeio das despesas do translado possa acontecer em casos de comoção.
“Conversei hoje por telefone com Manoel Marins para prestar a minha solidariedade neste momento de tanta dor”, publicou Lula, nas redes sociais. “Informei a ele que já determinei ao Ministério das Relações Exteriores que preste todo o apoio à família, o que inclui o translado do corpo até o Brasil”, disse o presidente.
Juliana foi declarada morta na última terça, após tropeçar e cair durante uma trilha no vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia na sexta-feira (20). Depois de quatro dias de tentativas de resgate na Indonésia, a morte da brasileira foi constatada.
A Prefeitura de Niterói não deu previsão para o corpo chegar ao Brasil.
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