A nova pesquisa do Opinião sobre a corrida eleitoral de 2026, apontando João Campos (PSB) com 40 pontos de vantagem ante a governadora Raquel Lyra (PSD), não deixa dúvidas: apesar de gastar uma dinheirama em publicidade e tentar criar um clima de mudança do seu governo para melhor, isso não se traduziu em realidade.
Da mesma forma do levantamento anterior, em fevereiro passado, o pré-candidato do PSB aparece liderando com folga em todas as regiões do Estado, do litoral ao sertão. A pior performance eleitoral da governadora, que vai tentar a reeleição, está na Região Metropolitana do Recife, que concentra quase metade do eleitorado do Estado, em números precisos 44%.
Leia maisNesse grande contingente eleitoral, João tem 67% das intenções de votos ante 16% da governadora. Para se apresentar competitiva em busca da reeleição, Raquel tem que reduzir essa disparidade, o que não será fácil diante da fragilidade da sua gestão e de dois problemas cruciais: o crescente aumento da violência e a dramática situação da saúde, que piorou drasticamente. Até hoje, por exemplo, as obras do hospital da Restauração patinam.
Além do desafio de reagir no Grande Recife, a governadora também precisa dobrar os índices que tem no interior para reduzir o tamanho da derrota na RMR. Ela acha que vai conseguir essa façanha aliciando prefeitos lisos, mas é bom lembrar que Miguel Arraes perdeu a eleição para Jarbas Vasconcelos com um exército de 150 prefeitos.
Igualmente, Eduardo Campos quando derrotou Mendonça Filho, este apoiado por Jarbas, que vinha de duas gestões bem avaliadas. Não precisa entender de política para decifrar essa posição desconfortável de Raquel nas pesquisas: seu governo ainda não disse a que veio.
Segundo as pesquisas de avaliação de gestão, ela continua no rabo da gata entre os governadores do País. Além de um governo ruim das pernas, Raquel firmou na opinião pública um conceito paradoxo em relação ao seu adversário: enquanto João espalha simpatia, a antipatia dela varre o Estado.
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