O ex-presidente Jair Bolsonaro procurou ressaltar, em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), que não tinha relação com os acampamentos montados na frente dos quarteis que pediam intervenção militar, no fim de 2022. O ex-presidente chamou alguns de manifestantes de “malucos” por defender o Ato Institucional nº 5, de 1968, e a intervenção militar e que não desmobilizou o movimento para que a Praça dos Três Poderes não fosse ocupada.
— Agora, tem sempre os malucos, que ficam pedindo AI-5, intervenção militar. As Forças Armadas jamais embarcariam nessa. Nós não estimulamos nada de anormal — disse Bolsonaro, destacando que “não torceu para o pior”. As informações são do Jornal O Globo.
O ex-presidente defendeu ainda que a Polícia Federal deveria investigar as pessoas responsaáveis pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Segundo o político do PL, era um “pessoal conservador diferente do nosso”.
— Não sei por que a Polícia Federal não investigou essas pessoa para ir até o 8 de janeiro [em Brasília]. Essas pessoas foram embora, e deixaram o povo acampado lá.
Não procede que eu colaborei com o 8 de janeiro — disse ele, e completou:
— Não tem nada meu ali estimulando aquela baderna que nós repudiamos, que nós nunca fizemos isso ao longo dos anos.
O ex-mandatário está sendo ouvido nesta tarde no curso da ação penal que trata sobre a trama golpista. Ele é um dos oito réus que vão prestar depoimento até sexta-feira e, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), é integrante do “núcleo crucial” da trama golpista.
Frente a frente Esta é a primeira vez que Bolsonaro e o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, ficam frente a frente em uma audiência na Primeira Turma da Corte para responder a questionamentos sobre a trama golpista. O ex-presidente e o ministro do Supremo já estiveram na mesma sala durante o julgamento da denúncia, em março deste ano, mas não interagiram.
O interrogatório ocorre no âmbito da ação penal que avalia se Bolsonaro e outros sete réus, o chamado “núcleo crucial”, planejaram um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Lula no fim de 2022. Eles são acusados dos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Linha Pulse 2026: veja preços e saiba o que ela tem de novo
Além de um visual dianteiro diferente, ela ganhou outra versão de entrada e mais opcionais
O SUV compacto Pulse, da Fiat, acaba de ganhar algumas pequenas modificações na linha 2026. A mais chamativa é a troca da parte dianteira, com a nova identidade visual dos modelos Fiat da Europa — que já foi adotado, por sinal, no sedã Cronos. Ela tem filetes e acompanha uma parte inferior do para-choque dianteiro maior e com desenho mais quadrado, além dos apliques laterais dianteiros com detalhes. Quanto ao catálogo de versões, algumas mudanças. Como, por exemplo, a volta do motor 1.3 aspirado e câmbio manual na versão de entrada, e nova versão 1.0 turbo de entrada, chamada apenas T200.
Confira preços e versões:
Fiat Pulse Drive 1.3 MT – R$ 98.990
Mesmo que seja a de entrada, garante o motor 1.3 Firefly. Por dentro, assim como em toda a linha, tons escurecidos nos plásticos, bancos, teto e painéis de porta. Tem faróis e lanternas em LED, quatro airbags, ar-condicionado automático e digital, piloto automático, retrovisores externos com regulagem elétrica e função Tilt down, central multimídia com tela de 8,4″ com comandos de áudio e painel de instrumentos no volante. Se o condutor quiser, pode levar como opcional o Pack Plus por R$ 2.990 — que adiciona rodas de liga-leve de 16″ e sensor de estacionamento traseiro com câmera de ré.
Mantendo basicamente os mesmos itens da versão Drive manual, a versão automática adiciona ao SUV o câmbio CVT com sete velocidades simuladas, controle de cruzeiro e modo Sport, além de maçanetas externas na cor do carro. Na lista de opcionais, por R$ 2.990, rodas de liga leve de 16″ e pelo sensor de estacionamento traseiro com câmera de ré.
Fiat Pulse Turbo 200 AT – R$ 116.990
A única equipada com o motor 1.0 T200 sem o sistema de eletrificação leve presente nas configurações Audace e Impetus. Traz de série faróis e lanternas em LED, quatro airbags, ar-condicionado automático e digital, piloto automático, retrovisores externos com regulagem elétrica e função Tilt down, central multimídia com tela de 8,4″ com comandos de áudio e painel de instrumentos no volante e rodas de liga-leve aro 16. Como opcional, por R$ 1.990, rodas de liga-leve de 17″ com o mesmo visual da versão Impetus, mas totalmente escurecida.
Fiat Pulse Audace T200 Hybrid – R$ 131.990
Primeira versão com o sistema híbrido leve de 12V, a Audace traz acabamento interno em preto com detalhes em prata nos painéis de porta e em porções do painel. O tecido dos bancos também é diferente, com detalhes em cinza na parte central. Além dos itens das versões anteriores, ganhou central multimídia maior, de 10,1”, roda de liga leve de 16” diamantada, partida por botão, volante com revestimento em couro e carregador de celular por indução.
Fiat Pulse Impetus T200 Hybrid – R$ 146.990
Versão topo de linha, com motor 1.0 T200, a Impetus foi a que recebeu a maior parte das novidades da reestilização. A partir de agora, a versão será a única a oferecer teto biton que, a depender da cor escolhida, pode ser tanto cinza quanto preto. É a única a trazer de série o pacote Adas, de assistência à condução, painel de instrumentos digital com tela de 7″, bancos revestidos em couro, retrovisores externos com rebatimento, sensor de estacionamento dianteiro e volante com regulagem de altura e profundidade.
Ela é a única a oferecer também como opcional o teto solar panorâmico, novidade da linha 2026, que custa R$ 4.990 a mais. Além dele, há o Connect Me (R$ 2.990), uma plataforma de serviços conectados, com controle remoto do carro via smartphone ou smartwatch, permitindo travamento das portas, localização do veículo, acionamento das luzes e até partida remota com climatização da cabine.
Produção de caminhões desacelera – As vendas desse segmento refletem, para o bem ou para o mal, o desempenho da economia brasileira real, não aquela de rentistas em bancos e bolsas de valores. Por isso, preocupam os negócios com caminhões pesados. Responsável por mais da metade dos licenciamentos nos últimos anos, o segmento encolheu 14% nos primeiros cinco meses do ano. Apesar dos números positivos do agronegócio. Para o segundo semestre, o cenário é de incertezas, período normalmente responsável pela maior parte das vendas, segundo avaliação do AutoIndústria.
Por isso, as montadoras, algumas quase que integralmente dependentes dos caminhões pesados, têm desacelerado as linhas de montagem. Em maio, foram fabricados somente 6 mil unidades para o segmento, 10,6% a menos do que em igual mês do ano passado, segundo a Anfavea. Esse é o mesmo índice da queda registrada de janeiro a maio e que limitou a produção a 28,3 mil unidades.
Ainda assim, os pesados representaram mais da metade do total de 55,1 mil caminhões produzidos no período, número 5,6% superior ao resultado de iguais meses do ano passado. O saldo ainda positivo da produção no ano, contudo, deveu-se à montagem de produtos leves, médios e semipesados, que cresceu, respectivamente 6,7%, 187% e 32,5% e respondeu por 26,4 mil unidades fabricadas na soma das três categorias — 16,2 mil somente de semipesados, a segunda maior.
Novo Mini Aceman – Dimensões compactas no exterior, e com o tradicional uso inteligente de espaço interno, a filosofia de criação da Mini segue em alta, independentemente do segmento em qual seu modelo se encontre. É o caso do novo Mini Aceman, que acaba de chegar ao Brasil. Priorizando o espaço para os ocupantes e primeiro carro da Mini concebido para ser 100% elétrico, o modelo chega com a missão de conquistar novos públicos, já que está posicionado em um segmento até então inédito para a marca.
Ele fica entre Cooper e o Countryman e é recheado de tecnologia. A versão M50 xDrive tem até 398cv de potência e 580 Nm de torque e acelera de 0 a 100 km/h em apenas 4,6 segundos. O Aceman E tem até 253 quilômetros de alcance, enquanto o Aceman SE alcança até 270 quilômetros, de acordo com o Inmetro. O primeiro custa R$ 254.990; o segundo, R$ 304.990.
Audi confirma RS Q8 Performance no Brasil – A Audi do Brasil anuncia o lançamento do novo RS Q8, linha reestilizada da versão esportiva do utilitário de alto luxo da marca das quatro argolas. O modelo chega em versão única Performance, oferece desempenho impressionante e conta com uma extensa lista de equipamentos de segurança, tecnologia, conforto e conveniência. O modelo é equipado com motorização 4.0 biturbo V8 de 640 cavalos e 850Nm de torque.
A tração é quatro e a transmissão é Tiptronic de oito velocidades. O conjunto mecânico permite ao utilitário esportivo de alto luxo acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 3,6 segundos, além de atingir a velocidade máxima de 280 km/h (limitada eletronicamente), ou até 305 km/h (opcionalmente). Trata-se do motor à combustão mais potente já fabricado na história da Audi Sport. A partir de agora, o modelo passa a contar com freios de cerâmica de série.
Ford apresenta nova versão do Territory – A Ford fez esta semana a primeira exibição pública global do Novo Territory, versão atualizada do SUV que estreia em julho no Brasil. A revelação foi feita na abertura do Festival Interlagos, evento automotivo promovido no autódromo, em São Paulo. Após o lançamento da nova geração com mudanças abrangentes no design, motorização e equipamentos, o Territory quadruplicou as vendas em 2024 e somou mais de 5 mil unidades. Destaque para os faróis full-LED em L, integrados à nova grade dianteira preta com detalhes cromados e o novo logo oval Ford no centro.
Ele tem ainda para-choque dianteiro redesenhado, novas rodas de 19” e maçanetas cromadas, que realçam o seu perfil elegante. Na traseira, as mudanças incluem os para-choques, lanternas e o logo Ford. O interior, além de oferecer o maior espaço da categoria para os passageiros do banco traseiro, ficou ainda mais sofisticado e tecnológico, com novos bancos em cinza e marrom e acabamento aprimorado.
Kia lança Bongo K2500 4×4 – A Kia Brasil anuncia a ampliação da garantia de 3 anos para 4 anos ou 100km do Bongo K2500 4×4 e também do programa de manutenção de cada 10 mil km para 15 mil km, a partir das unidades ano/modelo 2025/2026. Em ambas as situações, os benefícios passaram a ser factíveis por conta das melhorias técnicas implementadas no powertrain do Bongo, cujos componentes e sistemas ganharam, respectivamente, mais durabilidade e nova calibração, o que asseguram 50% mais na quilometragem do programa de manutenção.
Seja para a cidade ou para o campo, o Bongo 4×4 foi desenvolvido para atender às mais diversas necessidades no transporte de cargas e mercadorias em baú, carroceria metálica ou de madeira, com capacidade de carga de 1.811 kg no chassi. O comercial leve da Kia oferece tração integral 4×4, com reduzida, sistema de controle de estabilidade (ESC), alerta de frenagem de emergência (ESS), cintos de segurança de três pontos para o motorista e dois passageiros para empresas que precisam de veículos com essas características para o transporte de cargas e mercadorias, com a vantagem de ter capacidade de carga 50% maior às picapes chassi e de cabine simples com tração integral, muito utilizadas na agricultura familiar.
O principal atributo do Bongo 4×4 é o seu motor de 2.5 litros, 4 cilindros em linha, 16 válvulas, turbo diesel intercooler, com injeção eletrônica Common Rail (Bosch), que entrega potência de 130,5 cv e torque de 26 kgf/m. Em quatro versões, o Kia Bongo 4×4 tem preço público sugerido de R$ 174.990,00 (2 lugares e sem ar-condicionado), de R$ 177.990,00 (3 lugares e sem ar-condicionado), de R$ 181.990,00 (2 lugares e com ar-condicionado) e R$ 184.990,00 (3 lugares e com ar-condicionado).
Pneus: quando bem cuidados, ajudam na hora da troca – Um veículo bem cuidado garante mais segurança para quem estiver a bordo, além de valorizá-lo na hora da troca. Pensando nisso, a Nissan preparou algumas dicas de manutenção que vão te ajudar a cuidar melhor do seu veículo. Vamos começar pelos pneus?
1. No que uma calibragem incorreta pode acarretar? – No desgaste irregular e vibração dos pneus, sendo necessário verificar a calibragem, balanceamento e/ou alinhamento de direção.
2. Como saber a pressão de ar ideal do pneu? – A pressão ideal está indicada no manual do proprietário, na etiqueta fixada na tampa do tanque de combustível ou na porta dianteira esquerda. Um pneu sem a calibragem correta sofre desgaste maior.
3. Como saber que chegou a hora da troca dos pneus? – É possível identificar o momento da troca, através do indicador de vida chamado TWI, que são pequenas faixas de borracha elevadas, localizadas no fundo do sulco da banda de rodagem. Elas têm como função sinalizar o limite da vida do pneu.
4. Por que um pneu liso é perigoso? – Pneus lisos têm os canais de escoamento de água menores que o ideal e não oferecem a segurança que deveriam em pista molhada, podendo ocasionar a perda de controle do veículo.
Calibragem – Para cuidar dos pneus, é fundamental calibrá-los regularmente, verificar o desgaste, manter o alinhamento e balanceamento, fazer rodízio e evitar hábitos de condução agressivos. Além disso, é importante estar atento a danos visíveis e substituir os pneus quando necessário.
Cuidados a ter com os pneus:
Calibragem: Verifique a pressão dos pneus regularmente, idealmente mensalmente, e sempre antes de viagens. Use a pressão recomendada pelo fabricante do veículo, indicada no manual ou na porta do motorista.
Desgaste: Monitore o desgaste da banda de rodagem. Use um indicador de desgaste (TWI) ou uma moeda para verificar a profundidade dos sulcos. Pneus com sulcos com menos de 1,6 mm devem ser substituídos.
Alinhamento e balanceamento: Realize o alinhamento e balanceamento regularmente, geralmente a cada 10.000 km ou quando notar vibrações no volante ou desgaste irregular dos pneus.
Rodízio: Faça o rodízio dos pneus a cada 5.000 a 10.000 km para distribuir o desgaste de forma mais uniforme.
Condução: Evite acelerações e frenagens bruscas, além de manobras que causem atrito excessivo dos pneus com o chão, como “cantadas”.
Danos: Verifique se há bolhas, rachaduras, rasgos ou perfurações nos pneus. Em caso de danos, substitua os pneus imediatamente.
Armazenamento: Se precisar guardar pneus por um período, mantenha-os inflados, em um local fresco e seco, longe de produtos químicos e da luz solar direta.
Substituição: Substitua os pneus quando atingirem o limite de desgaste ou quando houver sinais de dano.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
O ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL) comentou ainda na frente do Cotel, ontem (13), que passou um turbilhão pela cabeça enquanto esteve preso, por ordem do ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Machado lembrou que também tem cerca de 250 funcionários que dependem diretamente dos negócios dele na área de hotelaria. Confira.
As áreas em que o governo federal, comandando pelo atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mais acumulam críticas são inflação, segurança, gastos públicos e desemprego, de acordo com uma pesquisa Ipsos-Ipec divulgada hoje.
Segundo o levantamento, 55% consideram a atuação federal no controle e corte dos gastos públicos como “ruim ou péssima”; outros 55% classificam da mesma forma os trabalhos relacionados ao combate à inflação e 52% dizem que a segurança pública também não está boa.
A pesquisa considerou 2.000 entrevistas realizadas entre os dias 05 e 09 de junho; a margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.
O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB) foi diagnosticado com dengue ontem (13), e está internado no Hospital Albert Einstein, em Goiânia. O prefeito tentou manter a agenda de sexta-feira e chegou a tomar soro no Paço, mas foi ao hospital para receber atendimento e fazer exames. Ele recebeu o diagnóstico da doença, mas, na manhã de hoje, a equipe médica decidiu manter Mabel no hospital, a princípio, até segunda-feira (16), porque ele ainda está muito desidratado.
A equipe médica também está investigando um possível caso de gastroenterite, uma inflamação no estômago e nos intestinos, frequentemente causada por vírus ou bactérias, e caracterizada por sintomas como diarreia, vômitos, dores abdominais e febre. As informações são do jornal Opção.
Pouco antes das 6h de ontem, o ativista Thiago Ávila desembarcou em São Paulo (SP) depois de cinco dias detido pelo Estado de Israel. Ávila e outros 11 ativistas foram presos no Mar Mediterrâneo na madrugada da última segunda (9) quando, em uma embarcação do movimento Flotilha pela Liberdade, tentavam chegar à Faixa de Gaza com ajuda humanitária.
Membro do Psol, Ávila foi deportado e recebido no aeroporto de Guarulhos por sua esposa, a filha de um ano e um grupo de dezenas de pessoas segurando cartazes e bandeiras da Palestina. Entre os gritos de ordem, os manifestantes cantaram “Livre, livre, livre Palestina, Palestina livre, fora sionistas” e “Ô Lula, eu quero ver, a ruptura com Israel acontecer”.
A ambientalista sueca Greta Thunberg, que também participava da missão humanitária, foi deportada na última terça (11). Outros ativistas – o holandês Mark Rennes, a turca Suayb Ordu, a alemã Yasemin Acar, o francês Reva Viard e a deputada francesa do Parlamento Europeu Rima Hassan também foram expulsos de Israel para os seus países.
Dois membros da comitiva, no entanto, seguem detidos na Prisão de Givon. São eles: os franceses Pascal Maurieras e Yanis Mhamdi. A expectativa é que em breve sejam também deportados.
Enquanto esteve preso, Thiago Ávila se recusou a assinar documentos que o acusavam de entrar ilegalmente em Israel, fez greve de fome e sede e chegou a ser levado para uma cela solitária. Em breve coletiva de imprensa no aeroporto, Ávila afirmou que Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro israelense, é “o inimigo número 1 da humanidade hoje”.
“A gente tentou o máximo que a gente pôde levar nossa missão humanitária e a gente foi impedido por um Estado racista, supremacista, que há oito décadas realiza limpeza étnica. No fim das contas, não tem nada a ver com religião, é uma ideologia: o sionismo. Essa ideologia precisa ser desafiada e derrotada a partir da união de todo mundo, juntando todas as ações de rua, com pressões nas redes, missões como Flotilha, marchas por Gaza. Todo mundo tem que estar junto nessa batalha”, declarou Thiago Ávila.
O ativista brasileiro se definiu como um “aliado” do povo palestino, citou ter sofrido, sim, violência pelas forças israelenses, mas que não se ateria a isso por não se comparar ao que os palestinos enfrentam.
Respondendo a um apoiador que o chamou de “herói”, afirmou que “isso não tem nada a ver com herói. A gente não precisa de heróis, precisa de solidariedade, de amor, de humanidade”. A detenção pela qual passou, salientou, “é uma pequena fração do que mais de 10 mil palestinos, hoje encarcerados, passam. Entre essas pessoas, 300 são crianças”.
“O povo palestino mostrou para o mundo o sistema que a gente vive”, disse Thiago, citando os Estados Unidos, mas ressaltando que “o olhar mais cruel e odioso” do colonialismo é “o Estado sionista de Israel”. “A gente está vivendo um momento decisivo na história da humanidade”, avaliou: “Cabe a nós deter esse processo”.
Fundada em 2010, a Coalizão da Flotilha da Liberdade é um movimento internacional que demanda o fim da guerra de Israel contra os palestinos e usa de “ações não violentas” de solidariedade com a população da Faixa de Gaza. A embarcação Madleen foi interceptada pela Marinha israelense a mais de 100 quilômetros de distância do destino pretendido.
Horas antes do desembarque de Thiago Ávila em Guarulhos, na noite da última quinta-feira (12), Israel bombardeou a capital do Irã em uma ação que chamou de “preventiva”. Enquanto isso, na Faixa de Gaza, o governo de Netanyahu já matou cerca de 55 mil palestinos desde 7 de outubro de 2023.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou ontem (13), que a deputada federal licenciada e foragida Carla Zambelli (PL-SP) deve ser extraditada da Itália para o Brasil em breve.
“O pedido (de extradição) foi transmitido ao governo italiano e essa senhora (Zambelli) está sendo procurada pelas autoridades policiais italianas. Já existe uma ideia de onde ela esteja e imaginamos que ela em breve será extraditada”, declarou o ministro em evento realizado por uma faculdade particular. As informações são do Estadão.
Zambelli chegou a afirmar que sua cidadania a tornaria “intocável” na Itália. No entanto, Lewandowski defende que “existem precedentes fortes de cooperação entre Brasil e Itália. Nós temos um tratado de cooperação e a dupla nacionalidade e, tendo em conta aquilo que se encontra no tratado, não impede a extradição”.
O ministro ressalta que a constituição italiana não impede a extradição de seus cidadãos. Por fim, ele ainda cita o caso em que o governo brasileiro enviou Cesare Battisti de volta à Itália e defende que, com base no principio de reciprocidade, espera receber Carla Zambelli.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, em entrevista publicada pelo jornal “Folha de S. Paulo” neste sábado, que um candidato apoiado pelo pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), precisará assegurar um indulto ao patriarca após as eleições de 2026. Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) no caso que investiga a tentativa de golpe após as eleições de 2022.
Segundo Flávio, “se acontecer de o (Jair) Bolsonaro ser condenado” e um hipotético presidente aliado do pai lhe conceder um perdão da pena, será necessário garantir que o Supremo “respeite os demais Poderes”, sob risco de gerar um cenário, segundo o senador, que envolva “uso da força”. Flávio alegou ainda que não se referia ao uso da força “em tom de ameaça”, e sim “fazendo uma análise de cenário”. As informações são do jornal O Globo.
O filho mais velho do ex-presidente disse que o pai “não só vai querer apoiar alguém que banque a anistia ou o indulto, mas que seja cumprido”. Segundo o senador, o horizonte é de que um aliado de Bolsonaro, caso eleito à Presidência, se depare com uma movimentação contrária de adversários, que poderiam peticionar ao Supremo Tribunal Federal (STF) para declarar a inconstitucionalidade de um eventual perdão de penas relacionadas à trama golpista.
Na entrevista, questionado sobre qual seria a alternativa para o bolsonarismo caso a hipótese aventada por ele mesmo se concretize, Flávio afirmou que um eventual presidente alinhado a seu pai precisaria “ter disposição, de alguma forma, de fazer com que o STF respeite os demais Poderes”.
“É uma hipótese muito ruim, porque a gente está falando de possibilidade e de uso da força. A gente está falando da possibilidade de interferência direta entre os Poderes. (…) Estou fazendo uma análise de cenário. Bolsonaro apoia alguém, esse candidato se elege, dá um indulto ou faz uma composição com o Congresso para aprovar a anistia, em três meses isso está concretizado, aí vem o Supremo e fala: “É inconstitucional, volta todo mundo para a cadeia”. Isso não dá”, afirmou o senador.
Na entrevista, Flávio também defendeu que a anistia do 8 de Janeiro é a “saída honrosa para todo mundo”, incluindo “o Supremo, o Alexandre de Moraes e o Congresso”. “Nessa anistia tem que entrar o Alexandre de Moraes porque, no meu ponto de vista, ele cometeu vários atos de abuso de autoridade ao longo desse processo”, argumentou o senador.
Cotado como possível sucessor do pai em uma candidatura presidencial em 2026, Flávio disse se sentir “lisonjeado” com a menção a seu nome, mas afirmou que sua decisão de disputar um novo mandato no Senado é “imutável”. Ele defendeu ainda que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu irmão, e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), sua madrasta, também concorram ao Senado na próxima eleição.
Embora insista na tese de que o ex-presidente registrará candidatura em 2026, mesmo inelegível por duas condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Flávio mencionou governadores de direita, como Ratinho Jr (PSD), do Paraná, Romeu Zema (Novo), de Minas, e Ronaldo Caiado (União), de Goiás, como possíveis candidatos à presidência com apoio do pai. Outro cotado como candidato do bolsonarismo é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Na entrevista, Flávio afirmou que uma chapa com Tarcísio “é imbatível, assim como qualquer outro candidato” que seja escolhido pelo pai.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou o recurso apresentado pela defesa de Débora Rodrigues dos Santos, conhecida como “Débora do Batom”, e manteve sua condenação a 14 anos de prisão por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro.
A cabeleireira ganhou notoriedade por ter pichado com batom a frase “perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, em frente ao STF. O julgamento estava sendo realizado no plenário virtual, e foi concluído com o voto do ministro Luiz Fux — que seguiu o posicionamento dos demais magistrados que já haviam votado. As informações são do jornal O Globo.
“Acompanho o eminente Ministro Relator, considerando-se que as questões relativas à restituição de coisas apreendidas e detração penal serão analisadas em momento oportuno, bem como porque no voto divergente que proferi no acórdão ora embargado reconheci, expressamente, a confissão da ré na dosimetria penal, razões pelas quais não há vícios a serem sanados, nos termos do artigo 619 do CPP”, disse Fux em seu voto.
No recurso, a defesa alegou que a confissão dela não foi levada em consideração na definição da pena, fixada em 14 anos.
“O Supremo Tribunal Federal, ao proferir o acórdão condenatório, o fez com base no livre convencimento motivado, valorando as provas da maneira que julgou adequada, de maneira devidamente fundamentada, concluindo pela existência de robusto conjunto probatório apto a comprovar a materialidade e a autoria dos crimes pelos quais a ré, ora embargante, foi condenada”, afirma o ministro em seu voto.
Débora foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por cinco crimes: associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado, decorrente dos atos de vandalismo.
Em abril, os cinco ministros da Turma votaram pela condenação da cabeleireira, mas com penas diferentes. O relator, Alexandre de Moraes, votou por 14 anos e foi acompanhado por Flávio Dino e Cármen Lúcia. Cristiano Zanin defendeu uma punição de 11 anos, enquanto Luiz Fux sugeriu um ano e seis meses.
A deputada estadual de Minnesota (EUA), Melissa Hortman, e seu marido, Mark Hortman, foram mortos a tiros dentro de casa, na cidade de Brooklyn Park, na madrugada deste sábado (14).
Em um ataque separado, o senador estadual John Hoffman e sua esposa também foram baleados na cidade vizinha de Champlin, segundo informaram as autoridades em coletiva de imprensa. De acordo com o governador de Minnesota, Tim Walz, o atirador teria ido até a casa dos Hortman após atirar várias vezes contra o senador e sua esposa. As informações são do portal G1.
O casal Hoffman passou por cirurgia e, segundo Walz, os médicos estão “cautelosamente otimistas” quanto à recuperação. O governador confirmou oficialmente as mortes de Melissa e Mark Hortman e classificou o crime como um caso de “violência política direcionada”.
Segundo o Departamento de Apreensão Criminal de Minnesota, a polícia de Brooklyn Park trocou tiros com o suspeito, que fugiu a pé, abandonando um veículo onde foi encontrado um manifesto com nomes de outros legisladores e autoridades. O homem teria se passado por policial para se aproximar das vítimas.
Como medida de segurança, as autoridades emitiram uma ordem de confinamento domiciliar (shelter-in-place) em Brooklyn Park, válida para um raio de três milhas a partir do campo de golfe Edinburgh, onde as buscas se concentram. Os moradores foram orientados a não abrir a porta para supostos agentes sozinhos e a ligar para o 911 para confirmar a identidade de qualquer policial.
O presidente Donald Trump afirmou, em comunicado divulgado pela Casa Branca, que o FBI se juntará à investigação para apoiar as autoridades locais.
“Fui informado sobre o terrível tiroteio ocorrido em Minnesota, que parece ter sido um ataque direcionado contra legisladores estaduais. Uma violência tão horrível não será tolerada nos Estados Unidos da América. Deus abençoe o grande povo de Minnesota, um lugar verdadeiramente grandioso!”, declarou Trump.
De passagem para o Recife, o prefeito de Salgueiro, Fabinho Lisandro (PRD), deu uma passadinha na minha choupana de Arcoverde, há pouco, para me entregar em mãos o convite do São João, que restaurou em sua gestão.
Vai de 18 a 23 próximos. Na abertura, Capim com Mel e Raphaela Santos. No dia 19, Mano Walter, Vicente Nery, Caviar com Rapadura e Geraldinho Lins. Dia 20, Josildo Sá e Sara Leandro. Também estão na grade nos dias seguintes, Maciel Melo, Lucas Aboiador e Zeca do Acordeon.
O Blog do Magno começa a exibir, a partir de hoje, as matérias do especial São João das Multidões, uma série originalmente publicada na edição de junho da Revista Mais Nordeste. A cobertura percorre os principais festejos juninos do Nordeste e estreia com Gravatá, cidade pernambucana que vem se destacando por unir tradição, identidade cultural e forte impacto econômico em seu ciclo junino. O acesso à revista eletrônica pode ser feito por meio do link https://flip.revistamaisnordeste.com.br/books/xyjw/.
Quando o mês de junho chega, o Nordeste inteiro se transforma. Ruas ganham vida, cores vibram e o ar se enche de um ritmo contagiante. O São João das multidões é muito mais do que uma festa popular: é a consolidação de gerações unidas pelo forró, pelas fogueiras acesas e pelas histórias que aquecem o coração.
De capitais e cidades do interior, cada canto ganha sua própria sonoridade, e se transforma num grande palco de emoções, músicas e danças. Na edição especial da Revista Mais Nordeste, o leitor foi convidado a descobrir como a maior festa nordestina carrega a memória afetiva de um povo acolhedor, que celebra identidade, fé e tradição — tudo ao som do forró e no ronco da sanfona.
Assim como o mandacaru — que, como cantava Luiz Gonzaga, fulora na seca para avisar que a chuva chega ao sertão — o fole se abre nos arraiais para anunciar o ciclo junino e reunir o povo em alegria. É no compasso desse som que pulsa o coração nordestino. Mais do que uma semana, as celebrações agora se estendem por mais de 30 dias, e a música toma conta de praças, ruas e bairros.
No sertão, nos vilarejos, o pé de serra ainda ressoa com autenticidade: sanfona, zabumba, triângulo e pandeiro ecoam histórias de ancestrais — manifestações de identidade coletiva, continuidade cultural, espiritualidade e afeto. Uma herança viva, passada de geração em geração: uma linhagem simbólica de nordestinos — vaqueiros, agricultores, artesãos, mestres de folguedos — cujas vidas, lutas e alegrias foram embaladas por esses sons.
Nas grandes cidades, além de uma vasta programação com talentos locais e nacionais, a festa também abriga versões modernizadas — o eletrônico e o piseiro — sem jamais abandonar o compasso nordestino. Tantas variações já inspiraram debates e críticas acalorados ao longo dos anos, mas o palco cresceu para todos: do axé ao sertanejo, do brega ao arrocha, do funk ao samba — mantendo, é claro, a trindade sonora do forró raiz que embala cada noite nas palhoças. De forma democrática, espectadores de qualquer gosto encontram seu ritmo e seu espaço. No fim das contas, é essa diversidade que simboliza a força cultural do São João nos centros urbanos: a tradição se renova e se completa, acolhendo sons novos sem perder suas raízes.
Gravatá: Arraial da Felicidade promete ser uma das maiores e mais autênticas festas juninas de Pernambuco
Localizada a apenas 86 km do Recife, Gravatá combina charme, clima ameno e um cenário de montanha que lhe rendeu o apelido carinhoso de “Suíça Brasileira”. Com altitude de 447 metros, oferece temperaturas frescas durante o inverno, variando entre 15° e 18°, podendo chegar a surpreendentes 10°. Em junho, quando o forró toma conta do Agreste pernambucano, o município vira destino certo — e estratégico — para quem também pretende curtir o São João de Caruaru, a apenas 40 km dali. Não tão grandiosa em tamanho quanto a vizinha, Gravatá compensa com autenticidade, aconchego e uma programação junina que cresce a cada ano, tanto em público quanto em atrações.
Por lá, a festividade teve início em 17 de maio e segue até 29 de junho. A abertura ocorreu com uma edição especial do projeto Tardes no Polo, trazendo muito arrasta-pé e culinária típica ao tradicional Polo Moveleiro, cartão-postal da cidade. Segundo o prefeito Joselito Gomes, entre as novidades deste ano está o Arraiá da Rua do Norte, que vem despontando como novo polo gastronômico com bares e restaurantes.
Mas o que faz do São João de Gravatá uma festa tão especial? Por trás do espetáculo, há uma engrenagem que combina planejamento, cultura, identidade e inclusão. É isso que transforma a festa em um verdadeiro patrimônio afetivo e artístico do povo gravataense — e de todos que se deixam encantar por ela. A grade de atrações não é montada ao acaso.
A Prefeitura articula sua construção com base nas agendas concorridas de artistas nacionais e regionais, já que o mês de junho é disputado por todo o Nordeste. Mesmo com nomes de peso, Gravatá mantém um compromisso essencial: garantir espaço para os talentos locais. “Fazemos questão de incluir artistas e bandas da cidade em todos os dias da programação. É uma forma de valorizar a nossa produção cultural e mostrar que Gravatá também tem muito a oferecer artisticamente”, afirma o secretário de Turismo, Cultura, Esportes e Lazer, Marllon Lima.
A cada noite de festa, talentos locais sobem ao palco para mostrar que tradição também se faz com sotaque nordestino, com a voz e o suor de quem vive e respira o chão gravataense.
Mais do que celebrar, Gravatá preserva o ciclo junino com elegância, orgulho e afeto. A festa é um grande palco para o forró pé de serra, as quadrilhas matutas, os bacamarteiros, o artesanato e outras expressões que contam a história do povo nordestino sem precisar de tradução.
Em maio, antes mesmo da primeira sanfona soar, a cidade já esquentava o clima junino com o Encontro Estadual de Bacamarteiros — um espetáculo de cores, ritmos e tradição que reuniu mais de 800 participantes. As quadrilhas locais, por exemplo, não apenas encantam os concursos pelo Nordeste como mobilizam mais de 500 dançarinos de todas as idades. É um São João que começa antes de junho e permanece ecoando bem depois. “Gravatá não é apenas cenário. Somos protagonistas na preservação da cultura popular nordestina. Incentivamos as quadrilhas matutas, os bacamarteiros, os artesãos e tantos outros grupos que mantêm viva nossa identidade cultural”, destaca Marllon.
Antes da festa, formação: cultura como projeto de vida
Se o palco é para quem está pronto, Gravatá também prepara seu povo para brilhar. Em parceria com instituições como o Sebrae e o Governo do Estado, a Prefeitura investe fortemente na capacitação de artistas e jovens talentos da cidade. Oficinas de dança, música, teatro, circo, artes plásticas, audiovisual e artesanato já beneficiaram mais de 100 pessoas. “Investir em formação é garantir que a cultura local continue se renovando. Nosso objetivo é dar ferramentas para que os artistas possam viver de sua arte com dignidade”, afirma o secretário.
Entre as ações já realizadas, destacam-se o Programa Pernambuco Artesão, com palestras, oficinas e consultorias criativas; a Oficina Vitrine Digital, que ensina artesãos a venderem no Instagram e WhatsApp; e o curso “Desvendando o Mapa Cultural”, que capacita fazedores de cultura a acessarem oportunidades via editais.
Num cenário de grandes festivais com viés comercial, Gravatá encontrou um caminho próprio: harmonizar o espetáculo com a alma da cidade. Enquanto as atrações nacionais chamam multidões e movimentam a economia local, o espaço da tradição segue garantido. “Nosso compromisso é promover um São João que respeite as raízes, mas que também seja economicamente sustentável. É possível unir os dois mundos”, afirma Marllon Lima.
No município, artesãos ganham visibilidade e renda com seus produtos, e os grupos da cultura popular — como o bumba meu boi, os cordelistas, as bandas de pífano e o pastoril — seguem firmes no calendário, encantando moradores e turistas com a força de suas raízes. Ali, entre uma sanfona e um poema de cordel, entre o brilho das luzes e o barro do chão, nasce o verdadeiro encanto do São João de Gravatá. Uma festa que canta alto, dança bonito e nunca esquece de onde veio.
Com a terceira maior rede hoteleira de Pernambuco, Gravatá se preparou para operar com 100% de ocupação durante o período junino com ampliação de equipes nos restaurantes, comércio e hotéis. A média de permanência dos turistas é estimada em quatro dias. A expectativa é de que o evento movimente cerca de R$ 300 milhões e gere mais de dez mil empregos diretos e indiretos, além de mais de mil negócios informais, adianta o gestor.
Mais do que reunir grandes artistas nos palcos principais, é um encontro de memórias, de gerações e de sabores. Uma festa que se reinventa sem perder o cheiro da fogueira nem o compasso do forró. É nesse espírito que o evento chega este ano com novos polos, homenagens comoventes e uma programação que valoriza o que temos de mais precioso: nossa identidade cultural. “Criamos o Polo Alto do Cruzeiro pensando em um espaço onde todas as gerações possam celebrar. Um ambiente com clima familiar, música, arte e uma paisagem que emociona. É um presente para a cidade. A programação também é estendida aos distritos”, explica o secretário.
Entre as atrações do Pátio de Eventos Chucre Mussa Zarzar estão nomes como Limão com Mel, Felipe Amorim, João Gomes, Luan Santana, Ana Castela, Wesley Safadão, Bruno e Marrone, Mari Fernandez, Priscila Senna e Joyce Alane. O violeiro gravataense Heleno de Oliveira será homenageado nesta edição, assim como a quadrilheira Vera da Quadrilha Brega e Chique (in memoriam).
Durante toda a programação, o Mercado Cultural será o coração pulsante do forró pé de serra, com música ao vivo aos sábados e domingos, a partir de 18 de maio. E os distritos de Gravatá, com seus sotaques e tradições, também ganham festas próprias, garantindo que o São João chegue a todos — da zona urbana ao campo.
“Nosso objetivo é democratizar a festa. Cada polo tem sua essência, e juntos eles constroem um São João diverso, democrático e profundamente afetivo. Neste Arraial da Felicidade, o que se vive é muito mais do que um espetáculo: é um mergulho profundo na alma nordestina. Bares, restaurantes e espaços ao ar livre viram redutos de sanfona, zabumba e triângulo, servindo comidas típicas temperadas com o charme das noites juninas. Então, prepare o chapéu, vista a camisa xadrez e venha sentir de perto aquilo que torna o São João de Gravatá tão único: a alegria de um povo que transforma cultura em abraço coletivo porque aqui, em Gravatá, o São João não é só festa. É memória. É identidade. É cultura viva, feita com o coração no compasso da sanfona”, convida o secretário.
O vereador Romerinho Jatobá (PSB), presidente da Câmara Municipal do Recife, foi condenado pela Justiça a pagar mais de R$ 200 mil por praticar desmatamento ilegal de 404,2 hectares de terra na Amazônia para criação de gado no estado do Pará. A área devastada é equivalente a mais de 500 campos de futebol.
Entretanto, o parlamentar, que foi o mais bem votado das eleições de 2024 na capital, nega ter qualquer vinculação com a região, e afirma, também, que não possui rebanho bovino em qualquer lugar. A sentença foi proferida no dia 5 de junho, pelo juiz Jessinei Gonçalves de Souza, do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA). As informações são do portal G1.
No processo, consta que o vereador foi autuado por destruição irregular de vegetação de floresta pertencente à Amazônia Legal nas fazendas Água Preta, Beira Rio e Pontal, na cidade de São Félix do Xingu. Houve desmatamento, inclusive, dentro da Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu.
No processo, a defesa de Romerinho Jatobá tentou afirmar que ele não é proprietário do terreno, e que a comprovação da autoria do desmatamento se limitou a “meras ‘entrevistas clandestinas'”. No entanto, segundo a decisão, o Ibama identificou que Romerinho Jatobá é dono do terreno por meio dos seguintes recursos:
Informações colhidas em campo;
Entrevistas com trabalhadores na sede da fazenda;
Análise de Cadastros Ambientais Rurais (CAR);
Informações de familiares do proprietário anterior;
Veículo dando suporte logístico para atividades rurais por empresa de Recife;
Marcações em gado com iniciais da família de Romerinho Jatobá.
O juiz Jessinei Gonçalves de Souza considerou que, com esses elementos, as provas apresentadas pelo Ibama e pelo Ministério Público “vinculam diretamente o requerido Romero Jatobá Cavalcanti Neto à propriedade e às atividades que resultaram nos danos ambientais”.
Além disso, para o magistrado, a alegação de “inexistência de provas robustas ou ilegalidade na produção probatória não se sustenta diante do conjunto de evidências documentais trazidas”.
O juiz também considerou que a existência dos danos ambientais “é incontroversa e está amplamente demonstrada pelos autos de infração, termos de embargo e apreensão, bem como pelos relatórios de fiscalização produzidos pelo Ibama”.
Com isso, o magistrado determinou que Romerinho Jatobá faça o seguinte:
Pague indenização de R$ 202.135 por danos morais coletivos;
Execute Plano de Recuperação de Área Degradada ou Alterada (Prada);
Paralise imediatamente toda e qualquer atividade econômica na área degradada;
Pague indenização pelos lucros obtidos de forma ilícita;
Perca incentivos fiscais concedidos pelo poder público e participação de linhas de financiamento.
Outro lado
Por meio de nota, Romerinho Jatobá disse que vai recorrer da decisão.
“A conclusão apresentada não condiz com os fatos já esclarecidos em diversas ocasiões: eu, Romero Jatobá Cavalcanti Neto, jamais fui proprietário de terras no Pará, não possuo rebanho bovino naquela região ou em qualquer outra, e nunca tive qualquer relação com a área mencionada”, informa a nota.
A nota também diz que a vinculação da propriedade ao nome do vereador decorreu de “busca equivocada no Google, que utilizou os termos ‘Romero’ e ‘Recife’, levando a uma associação indevida”.
A defesa vai pedir a anulação das autuações e afirmou, por fim, que o Ibama reconheceu que não houve aplicação de multa até o momento, pois os processos administrativos ainda estão em curso.
“Reitera-se a confiança de que, com a análise completa dos elementos apresentados, ficará comprovada a ausência de qualquer responsabilidade ou vínculo com os fatos descritos”, finaliza a resposta.