Enquanto o Congresso Nacional discute uma proposta que flexibiliza as regras de licenciamento ambiental, os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), defenderam, hoje, a proteção do meio ambiente e um cuidado com os impactos das mudanças climáticas.
Motta e Alcolumbre fizeram a defesa do desenvolvimento sustentável e da proteção ambiental ao discursarem na cerimônia de abertura do Fórum Parlamentar do Brics, em Brasília. Os discursos foram lidos e dirigidos a uma plateia formada por parlamentares de países que integram o grupo, presidido neste ano pelo Brasil.
Leia maisDurante o discurso, Hugo Motta afirmou que os parlamentares têm a missão de “estabelecer marcos regulatórios eficientes” que possam, segundo ele, garantir “segurança jurídica para impulsionar investimentos”.
“É fundamental que mantenhamos nosso olhar atento às mudanças climáticas e seus impactos em todas as dimensões. O desenvolvimento e a melhoria das condições de vida de nossas populações são indissociáveis de ações efetivas na transição para uma economia de baixo carbono”, afirmou Hugo Motta na cerimônia.
“Aqui no Brasil, que sediará em novembro a COP30, na cidade de Belém, avançamos em legislação para regulamentar o mercado de carbono, acelerar a transição energética e fomentar o uso de biocombustíveis. Medidas como essas podem ser compartilhadas e replicadas”, acrescentou o presidente da Câmara.
A COP30 mencionada por Motta é a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, presidida pelo Brasil neste ano. A expectativa do governo brasileiro é receber representantes de mais de 190 países, além de especialistas e entidades ambientais, para discutir temas como metas climáticas, financiamento de ações de proteção do meio ambiente e diminuição da dependência de combustíveis fósseis.
Antes do discurso de Hugo Motta, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou aos parlamentares do Brics que os países do grupo têm interesses diversos, mas estão “unidos pela busca de justiça social, equilíbrio geopolítico e desenvolvimento sustentável”.
“O tema ambiental será um dos assuntos centrais do nosso fórum, porque não existe crescimento econômico verdadeiro sem visão de futuro. E não podemos pensar na possibilidade do futuro sem desenvolvimento sustentável e econômico. É necessário que ambos caminhem juntos”, afirmou Alcolumbre.
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