O candidato à Prefeitura de Goiana, na Mata Norte, Marcilio Regio (PP), votou, há pouco, na Escola Municipal Major Manoel Gadêlha, no centro da cidade.
Ele foi caminhando a pé de sua casa até o local de votação, já que fica bem próximo. Ele esteve acompanhado da candidata a vice-prefeita, Lícia Maciel (PT), da esposa, a vereadora Ana de Marcilio, de sua netinha Marianna, de lideranças políticas e apoiadores. Entre os aliados, estava o deputado estadual Sileno Guedes (PSB).
Regio aproveitou o percurso para cumprimentar eleitores. Na seção de votação, ele esperou na fila e, após votar, fez um gesto de confiança com o V da vitória.
Ao conversar com a imprensa, Marcilio Regio declarou: “A partir de 17h ou 17h30, Goiana vai ficar livre. Vamos unir Goiana. Estão tentando separar o povo de Goiana! Mas não vão conseguir, porque eu estou aqui para unir.”
Marcilio Regio tem o apoio do ex-prefeito Eduardo Honório, que encerrou sua gestão com mais de 80% de aprovação, mas insistiu em disputar o terceiro mandato e acabou impedido pela Justiça Eleitoral.
A votação começou às 8h e segue até as 17h. No final da tarde, o candidato a prefeito acompanhará a apuração dos votos em local reservado.
A expectativa é de que o resultado da eleição suplementar de Goiana seja divulgado até o início da noite deste domingo (4).
O senador Fernando Dueire (MDB-PE) relatou e aprovou, na noite de ontem, no plenário do Senado, a autorização para um novo empréstimo internacional em favor do Governo de Pernambuco, no valor equivalente a cerca de R$ 1,5 bilhão. Os recursos serão contratados junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e têm como objetivo reforçar o Programa de Sustentabilidade Fiscal, Econômica e Ambiental do Estado de Pernambuco.
O financiamento será destinado à reestruturação e recomposição de dívidas, garantindo mais equilíbrio às contas públicas e fortalecendo a capacidade de investimento do Estado. A operação também apoia ações voltadas à melhoria da gestão fiscal, ao incentivo à economia privada responsável e à promoção de um desenvolvimento ambientalmente sustentável.
Para Dueire, a aprovação do empréstimo representa um avanço estratégico para Pernambuco. “Essa operação é fundamental para que o Estado continue honrando seus compromissos financeiros, ao mesmo tempo em que abre espaço para investimentos que vão gerar desenvolvimento, empregos e qualidade de vida para a população. Cada passo nessa direção fortalece a economia local, incentiva a iniciativa privada e assegura um futuro mais sustentável para todos os pernambucanos”.
A nova operação se soma a outros importantes financiamentos relatados por Dueire em benefício de Pernambuco e do Nordeste. Entre eles, a autorização de R$ 480 milhões com o BIRD para o Projeto de Saneamento Rural do Governo de Pernambuco; de R$ 1,1 bilhão com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para investimentos da Compesa em abastecimento de água em diversas regiões do Estado; e de R$ 2 bilhões para a Prefeitura do Recife, também junto ao BID, destinados a obras de infraestrutura e eficiência fiscal. O senador também relatou a operação de R$ 2,6 bilhões entre o BNDES e o New Development Bank (NDB), voltada ao combate à seca no semiárido nordestino.
“Cada uma dessas operações representa mais do que recursos financeiros. Elas são ferramentas concretas para transformar a vida das pessoas, ampliar o acesso a serviços essenciais e fortalecer os municípios. Nosso compromisso é com Pernambuco e com o Nordeste, garantindo que investimentos estratégicos cheguem à população e impulsionem o desenvolvimento econômico e social da região”, destacou Dueire.
A Câmara dos Deputados aprovou, ontem, o Projeto de Lei nº 3.084/2025, relatado pelo deputado Coronel Meira (PL), que aperfeiçoa a aplicação do Adicional de Qualificação (AQ) no âmbito do Poder Judiciário da União. A medida representa um passo concreto na busca por maior eficiência administrativa e uso racional dos recursos públicos, sem ampliar gastos nem criar novas despesas.
O projeto estabelece novos critérios e percentuais para o Adicional de Qualificação, vinculando o benefício ao desempenho efetivo e à formação técnica voltada às áreas de interesse institucional. Na prática, isso transforma a capacitação do servidor em instrumento de gestão por mérito e resultado, substituindo a lógica do bônus automático por reconhecimento baseado em desempenho mensurável.
De acordo com o relator, a proposta reforça o compromisso com a boa administração pública, garantindo que cada real investido em capacitação gere retorno ao Estado e ao cidadão.
“A boa prestação do serviço público depende da eficiência de quem o executa. Quando o servidor é bem-preparado, há menos retrabalho, mais celeridade e melhor aproveitamento dos recursos. Este projeto prova que é possível fazer mais com o mesmo, sem onerar o contribuinte”, afirmou Coronel Meira.
Em seu pronunciamento, Coronel Meira ressaltou que a proposta reforça o papel do servidor eficiente como agente direto da melhoria dos serviços prestados ao cidadão.
“É eficiência com mérito, é economicidade com propósito. É o Estado funcionando como o cidadão sempre esperou: com seriedade, técnica e respeito ao dinheiro de quem paga a conta”, concluiu o parlamentar.
A fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamando a megaoperação no RJ de “matança'” pegou muitos aliados do governo de surpresa. As informações são do blog da Andréia Sadi.
Ontem, o presidente, que está em Belém para participar de uma série de compromissos oficiais que antecedem a COP30 – que começa no próximo dia 11 de novembro – falou novamente sobre o caso que aconteceu no último dia 28, dessa vez durante uma entrevista às agências internacionais de notícia.
“Vamos ver se a gente consegue fazer essa investigação. Porque a decisão do juiz era uma ordem de prisão, não tinha uma ordem de matança, e houve matança”, disse o chefe do Executivo.
Ao blog, aliados de Lula disseram que entendem o movimento como um aceno ao campo progressista, que estava cobrando do presidente um posicionamento sobre a ação que terminou com 121 mortos. Ao mesmo tempo, eles classificam tal atitude como frágil, pois não há planejamento e tampouco debate contínuo sobre o problema.
Ao mesmo tempo, esses aliados de Lula também viram a declaração como um movimento arriscado, porque segurança pública é um tema onde tradicionalmente a esquerda patina mais do que a direita e diferente de outros assuntos polêmicos, a questão da segurança pública é algo que não vai embora.
Há uma compreensão que já é vista como consenso, tanto na direita quanto na esquerda, de que esse é um tema que vai pautar as eleições de 2026. Por isso a atual preocupação de setores da esquerda de que o governo não fuja do debate, que encare ele de frente e traga novas soluções para esse problema.
Aliados do presidente têm reclamado que o governo não faz um planejamento para debater o tema da segurança pública e não enfrenta a questão. Trata dele somente na base do improviso e colhe desgastes sempre que o tema está em foco. Uma das queixas de ala do PT, por exemplo, é a ausência de um ministério da segurança pública.
Enquanto isso, os governistas veem a direita atenta, aproveitando o que eles entendem como um erro de Lula e aproveitando a oportunidade para ter munição para explorar do ponto de vista eleitoral.
O União Brasil marcou uma reunião do Conselho de Ética do partido para tratar sobre a expulsão do ministro do Turismo, Celso Sabino, na hora exata da abertura da COP-30, na próxima segunda-feira, 10, às 15h, apurou a Coluna do Estadão. A escolha do momento é vista como uma provocação, já que a conferência climática da ONU, que será realizada em Belém (PA), é a principal bandeira de Sabino no governo Lula.
O ministro trava um embate há meses no partido para permanecer na Esplanada dos Ministérios sem ser expulso da sigla. O União deu um ultimato em 18 de setembro para Sabino sair do ministério, mas ele decidiu permanecer ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No início de setembro, a federação União-PP, que pretende apoiar um candidato da oposição ao Planalto em 2026, já havia anunciado desembarque do governo. Nas semanas seguintes, contudo, Lula multiplicou os gestos públicos a Sabino, que pretende concorrer ao Senado em 2026 no Pará com apoio do petista.
Wolney Queiroz rebate acusações de Alfredo Gaspar, relator da CPMI do INSS
Por Larissa Rodrigues – repórter do Blog
O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz (PDT), rebateu as acusações do relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as fraudes no INSS, o deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil-AL).
Gaspar foi o entrevistado de ontem (4) do podcast ‘Direto de Brasília’, comandado pelo titular deste Blog em parceria com a Folha de Pernambuco, e fez uma acusação contra Wolney Queiroz.
Segundo Gaspar, o ministro se reuniu com o lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, após 13 dias do presidente Lula (PT) ter sido empossado para o terceiro mandato.
O “Careca do INSS”, está preso preventivamente desde 12 de setembro e seria um dos principais envolvidos no esquema bilionário de desvios. Wolney Queiroz disse que não há novidade nem revelação alguma de Gaspar.
“Primeiro, não foi o relator que ‘revelou’ isso. Quem publicou a foto da reunião fui eu, nas minhas redes sociais, no dia da referida reunião. Segundo, eu não era ministro quando houve a reunião. Não era sequer secretário executivo. Eu ainda era deputado federal e não havia tomado posse como secretário executivo”, declarou Queiroz.
Durante o podcast Direto de Brasília, Gaspar afirmou: “Não quero imputar conduta a ninguém. Mas Wolney, com 13 dias do presidente Lula empossado, recebeu o Careca do INSS na sala do ministro. O Careca foi lá, levado pelo assessor do pai do ministro Wolney (o ex-prefeito de Caruaru, José Queiroz)”.
“Todos os diretores do INSS estavam lá, com exceção de duas pessoas que nada tinham relação com o sistema previdenciário, dentre elas o maior criminoso, responsável por desvio de bilhões. Não me recordo se ele foi recebido por Lupi (Carlos Lupi, ex-ministro da Previdência), mas foi recebido pela estrutura do ministério em que Lupi era ministro”, disparou Alfredo Gaspar.
O careca sabe mais – A CPMI do INSS coleciona episódios bombásticos. Já houve três prisões de convocados e diversos personagens ouvidos. Para o deputado Alfredo Gaspar (UB), um dos principais envolvidos é justamente Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”. Segundo Gaspar, o careca não entregou tudo que sabe. “Se o Careca abrir a boca e revelar tudo que sabe, a República cai. Ouça o que eu digo. Ele não falou nada na CPMI, até porque se falasse não sobraria pedra sobre pedra. Se ele quisesse prestar um serviço ao Brasil, a República cairia”, ressaltou Gaspar.
Frei Chico na berlinda – A CPMI do INSS deverá se debruçar em breve sobre a convocação de Frei Chico, irmão do presidente Lula (PT). Ele é vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), uma das entidades mais ligadas a desvios no esquema que fraudou aposentados e pensionistas. Para o relator da CPMI, Alfredo Gaspar (UB), ninguém deve ser protegido de depor na comissão.
O que disse Gaspar – “O Sindnapi é a segunda ou terceira maior entidade em termos de volume, que já tem muito tempo detendo acordos de cooperação com o INSS, e que tem na vice-presidência o irmão do presidente Lula. Ele já foi blindado de ser convocado à CPMI, a base governista impediu. Vamos tentar colocar (o nome dele) de novo em votação, tem fatos que precisam ser esclarecidos. Ele não será chamado por ser irmão do presidente Lula, mas porque existem indícios muito fortes e provas já concretas, de desvio de recursos. E como o presidente do sindicato (Milton Baptista de Souza Filho), se calou perante a CPMI, ele (Frei Chico), pela hierarquia, é o segundo da entidade e talvez tenha muito o que dizer”, afirmou Gaspar.
Alô Trump – O presidente Lula (PT) disse, ontem (4), que se as negociações com os Estados Unidos sobre o tarifaço não avançarem até o final da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), vai ligar novamente para o presidente Donald Trump. A COP começa na semana que vem e acaba no dia 24 de novembro. Os dois presidentes se reuniram na Malásia no final de outubro. Foi a primeira vez em que se reuniram após os Estados Unidos anunciarem tarifas de 50% a produtos brasileiros.
Se precisar, Lula vai a Washington – “Eu, quando terminar a COP, se não tiver marcado a reunião entre os meus negociadores e os negociadores do Trump, eu vou ligar para o Trump outra vez, porque ele tem o meu telefone e eu tenho o telefone dele. O interesse é meu de negociar. Então ao terminar a COP, se não tiver tido a reunião, não terei nenhum problema de ligar para o presidente Trump. Não terei nenhum problema de ir a Washington, não terei nenhum problema de ir a Nova York e espero que ele não tenha nenhum problema de vir ao Brasil”, disse Lula.
CURTAS
APOIO PARA 2026 – O prefeito de Afogados da Ingazeira, no Sertão, Sandrinho Palmeira (PSB), anunciou apoio à reeleição do deputado estadual Waldemar Borges (MDB). A parceria foi formalizada com a presença do prefeito do Recife e pré-candidato a governador, João Campos (PSB), ontem.
OS LEÕES DO NORTE – O ex-prefeito de Olinda, Professor Lupércio (PSD), foi homenageado durante a 4ª edição do Prêmio Duarte Coelho/Observatório, na última sexta-feira (31), e ganhou o livro “Os Leões do Norte”, de autoria do titular deste blog, de presente. A escolha foi da coordenação do evento, que teve à frente o jornalista Pedro Tinoco, do Portal Rede Observatório.
POR FALAR EM OLINDA – A prefeita de Olinda, Mirella Almeida (PSD), participou do segundo dia do Fórum de Líderes Locais da COP30, no Rio de Janeiro, pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), ontem (4). O tema central foi a reforma tributária e seus impactos diretos nos municípios. A prefeita esteve ao lado do prefeito anfitrião, Eduardo Paes (PSD), e de gestores de diversas regiões do país.
Perguntar não ofende: Quando João Campos vai declarar oficialmente que será candidato a governador de Pernambuco?
A declaração do deputado Alfredo Gaspar relacionada ao ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, feita em entrevista ao podcast ‘Direto de Brasília’ e reproduzida pelo Blog do Magno, é falsa e distorce os fatos.
No processo de transição do Governo Federal, durante janeiro de 2023, Wolney Queiroz ainda era deputado federal e se preparava para assumir a Secretaria-Executiva do Ministério da Previdência Social. A reunião citada foi uma entre diversas agendas institucionais realizadas naquele período, com a presença de servidores nomeados ainda no governo anterior.
Antônio Carlos Camilo Antunes se apresentou na ocasião como consultor, veio compondo grupo de servidores e sequer fez uso da palavra durante a reunião. À época, nenhum dos participantes era investigado ou acusado de qualquer irregularidade.
A foto à qual o deputado tem se referido foi originalmente publicada pelo próprio Wolney Queiroz em seu perfil no Instagram, o que demonstra, por si só, transparência e boa-fé.
A tentativa de vincular seu nome a irregularidades ou práticas ilícitas é leviana e tem motivação política.
Wolney Queiroz orgulha-se de mais de 30 anos de vida pública limpa, marcada pela honestidade, respeito às instituições e defesa intransigente do interesse público.
À frente do Ministério da Previdência Social, o ministro tem trabalhado para proteger aposentados e pensionistas, assegurar direitos e fortalecer as políticas de governança, integridade e inteligência da Previdência.
Wolney Queiroz defende que as investigações sobre fraudes avancem até as últimas consequências – doa a quem doer – e que todos os lesados sejam integralmente ressarcidos.
A Câmara dos Deputados aprovou, hoje, a ampliação gradual da licença paternidade dos atuais 5 dias para 20 dias em até 3 anos após a aprovação da lei. No primeiro ano após a aprovação da lei, a licença passaria para 10 dias.
O projeto aprovado na Câmara prevê que a lei entre em vigor em 1º janeiro de 2027, mas o texto ainda passará por nova análise do Senado Federal. Se aprovado pelos senadores, seguirá para sanção presidencial.
Inicialmente, a proposta do relator Pedro Campos (PSB-PE) era de uma progressão para até 30 dias de licença-paternidade, mas não houve acordo entre os deputados para isso. Com a alteração, houve concordância entre deputados governistas e de oposição, que classificaram a proposta como “suprapartidária”.
O texto determina que a licença-paternidade será de:
10 dias, do primeiro ao segundo ano de vigor da lei;
15 dias, do segundo ao terceiro ano de vigor da lei;
20 dias a partir do quarto ano de vigor da lei.
Atualmente, as empresas que aderiram ao Programa Empresa Cidadã já garantem 20 dias de licença-paternidade para seus funcionários. Esta licença poderá ainda ser fracionada em dois períodos, exceto nos casos de falecimento da mãe. A primeira parte deverá ser de ao menos metade do total e o restante poderá ser gozado em até seis meses após o parto ou a adoção da criança.
O projeto ainda proíbe que o funcionário seja dispensado sem justa causa no período de até um mês depois do fim da licença-paternidade. Durante o período de licença-paternidade e licença-maternidade, os beneficiários terão direito ao salário integral, sujeitos ao teto previsto pela Previdência Social.
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes do INSS deverá se debruçar em breve sobre a convocação de Frei Chico, irmão do presidente Lula (PT). Ele é vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), uma das entidades mais ligadas a desvios no esquema que fraudou aposentados e pensionistas. Para o relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), ninguém deve ser protegido de depor na comissão.
“O Sindnapi é a segunda ou terceira maior entidade em termos de volume, que já tem muito tempo detendo acordos de cooperação com o INSS, e que tem na vice-presidência o irmão do presidente Lula. Ele já foi blindado de ser convocado à CPMI, a base governista impediu. Vamos tentar colocar (o nome dele) de novo em votação, tem fatos que precisam ser esclarecidos. Vamos esclarecer, ele não estará sendo chamado por ser irmão do presidente Lula, mas porque existem indícios muito fortes e provas já concretas, de desvio de recursos. E como o presidente do sindicato (Milton Baptista de Souza Filho), se calou perante a CPMI, ele (Frei Chico), pela hierarquia, é o segundo da entidade e talvez tenha muito o que dizer”, afirmou Gaspar, em entrevista ao podcast ‘Direto de Brasília’.
Milton Batista prestou depoimento à CPMI no começo de outubro, mas optou por não responder às perguntas dos parlamentares. Segundo o relator, o dirigente do Sindnapi conseguiu um habeas corpus, através do qual pode manter o silêncio e não sair preso da comissão – situação que já ocorreu com três depoentes desde agosto, quando o colegiado foi instalado.
“Na CPMI, não estamos protegendo ninguém, a não ser determinadas pessoas que a base do governo não deixou que fossem convocadas. Mas que é importante. Posso citar o Frei Chico, irmão do presidente Lula; o Paulo Bodens, que recebeu R$ 3 milhões do Careca do INSS; o Gustavo Gaspar, que tem muito a explicar; e uma ex-marqueteira do PT, que pegou R$ 5 milhões do Careca. Por aí você vê que essas pessoas ajudariam a investigação e estão sendo blindadas. Mas todas constarão no relatório da CPMI, o caminho a seguir e o que iria atingir. Estamos falando de milhões de reais que foram para essas pessoas, e elas repassaram para quem? Quais autoridades estão trabalhando para que esses investigados não prestem esclarecimentos?”, disparou o relator.
“Sabemos o quanto é difícil fazer justiça no país, imagine no ambiente político. Como relator, tenho a obrigação de dar respostas ao povo brasileiro, e irei apontar efetivamente todos que tiveram participação nos desvios. Já a consequência desse apontamento dependerá das instituições. A CPMI aponta os indícios e as instituições tomam conta dos próximos passos. Na minha relatoria, não haverá proteção a quem quer que seja”, concluiu Alfredo Gaspar.
O segundo dia do Fórum de Líderes Locais da COP30, realizado no Rio de Janeiro pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), hoje, foi marcado por um tema central para o futuro das cidades brasileiras: a reforma tributária e seus impactos diretos nos municípios. A prefeita de Olinda, Mirella Almeida, participou das discussões ao lado do prefeito anfitrião, Eduardo Paes, e de gestores de diversas regiões do país.
O encontro é uma prévia da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá em Belém (PA), e vem se consolidando como um espaço de construção coletiva para o fortalecimento da gestão local diante dos grandes desafios nacionais.
Durante os debates, os prefeitos trataram de temas cruciais, como as novas possibilidades de uso da COSIP (Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública), a regulamentação da Reforma Tributária (PLP 108/24) e a eleição dos representantes municipais no Conselho Superior do Comitê Gestor do IBS (CGIBS). Também foram apresentados o Anuário MultiCidades 2026 e o Guia de Implementação da Reforma Tributária para estados e municípios, importantes instrumentos de apoio à gestão pública.
Para Mirella, o debate reforça o papel essencial das prefeituras na construção de um país mais equilibrado e eficiente. “Estamos vivendo uma grande troca de experiências com prefeitos de todo o Brasil, reforçando a importância da gestão local como protagonista das transformações que o país precisa. Afinal, é nos municípios que as coisas acontecem”, destacou a prefeita. Entre os nomes que também integraram as discussões, os prefeitos de Porto Alegre/RS, Sebastião Melo; de Juiz de Fora/MG, Margarida Salomão; e de Apucarana/PR, Rodolfo Mota.
A gestora também ressaltou que a reforma tributária traz novas perspectivas para ampliar a arrecadação municipal e garantir mais investimentos em áreas estratégicas, como infraestrutura, serviços públicos e sustentabilidade. “O diálogo é fundamental para que a nova estrutura tributária fortaleça as cidades, permitindo que possamos investir ainda mais no desenvolvimento e na qualidade de vida da população olindense”, completou.
O lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, o ‘Careca do INSS’, é peça central do escândalo que desviou bilhões de aposentados e pensionistas. Preso preventivamente desde 12 de setembro, ele deverá ser convocado para depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga o caso. Segundo o relator, deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), o pedido de convocação deve ocorrer nos próximos dias, mas não há muitas esperanças de que ele entregaria o real esquema.
“Ele trabalhou com mais de um bilhão de reais. Não sei com quanto ele ficou, mas acho que o suficiente para ficar calado. Hoje ele está preso, mas tem muita gente trabalhando para ele ser solto. Só não está solto porque a relatoria no Supremo Tribunal Federal (STF) caiu nas mãos de um ministro que está interessado em esclarecer os fatos, que é o ministro André Mendonça. A CPMI tem colaborado, colocando holofotes nessa safadeza”, afirmou o deputado, em entrevista ao podcast ‘Direto de Brasília’.
“Se o Careca falar, a República cai. Pelo grau de envolvimento de muitos, a República cairia. O Careca está fazendo medo à República. Tem indícios muito concretos e provas de que esse dinheiro que foi desviado não terminou na mão dele, mas que foi distribuído para muitas autoridades, dos três Poderes da República. Não posso dizer relativamente as funções ou cargos dessas autoridades, mas posso dizer que vai do Judiciário, ao Legislativo e ao Executivo. Infelizmente, o que estamos vendo na CPMI é que o dinheiro comprou muitas consciências. O conjunto dessa obra trouxe desesperança a milhares de brasileiros”, disparou Gaspar. “Parece pouco provável que um esquema dessa magnitude não tenha parlamentares envolvidos. Me aparece que sim. Vamos ver se o colegiado tem a coragem de fazer esses esclarecimentos”, completou.
Relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as fraudes no INSS, o deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) fez uma grave acusação ao ministro da Previdência, Wolney Queiroz (PDT). Em entrevista ao podcast ‘Direto de Brasília’, ele afirmou que o auxiliar do presidente Lula (PT) recebeu o lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como ‘Careca do INSS’, que está preso preventivamente desde 12 de setembro e seria um dos principais envolvidos no esquema bilionário de desvios.
A acusação se refere ao período em que Wolney era o número 2 da pasta, então comandada por Carlos Lupi. A reunião teria ocorrido menos de duas semanas após Lula tomar posse para o terceiro mandato no Palácio do Planalto.
“Não quero imputar conduta a ninguém. Mas Wolney, com 13 dias do presidente Lula empossado, recebeu o Careca do INSS na sala do ministro. O Careca foi lá, levado pelo assessor do pai do ministro Wolney (o ex-prefeito de Caruaru, José Queiroz). Todos os diretores do INSS estavam lá, com exceção de duas pessoas que nada tinham relação com o sistema previdenciário, dentre elas o maior criminoso, responsável por desvio de bilhões. Não me recordo se ele foi recebido por Lupi, mas foi recebido pela estrutura do ministério em que Lupi era ministro”, disparou Alfredo Gaspar.
Desde que vieram à tona os desvios bilionários no INSS, o governo federal deu início a uma série de reformulações no órgão, incluindo o ressarcimento dos descontos indevidos aos aposentados. A iniciativa, celebrada pelo PT, equivaleria a uma “meia verdade”, segundo Gaspar.
“É uma meia verdade dizer isso. O povo penou pela omissão do governo. Quem deflagrou esse processo de investigação foi a imprensa. E destaco a competência da Controladoria Geral da União (CGU), que depois que foi fustigada tomou providências”, acusou o deputado. “O governo diz que pagou os aposentados, mas não como deve ser pago, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, que diz que esse ressarcimento tem que ser feito em dobro”, completou.
Leandro Magalhães está de saída da CNN Brasil. O jornalista, que era um dos poucos remanescentes do grupo fundador do canal de notícias, pediu demissão, ontem, e só deve continuar na emissora, em que era âncora do programa Arena, até o final da semana.
O TV Pop apurou que ele recebeu uma proposta irrecusável do SBT para liderar um telejornal no SBT News, que tem estreia confirmada para a segunda quinzena de dezembro. Procurado pela reportagem, o SBT confirmou que Leandro Magalhães fará parte do elenco de âncoras de seu canal de notícias.
O jornalista estava à frente do Arena desde junho de 2023, e atuou como repórter especial e apresentador substituto de praticamente todos os jornalísticos da CNN Brasil. Antes de ser transferido definitivamente para São Paulo, em 2022, ele era o principal nome do escritório da rede no Distrito Federal, sendo responsável por assinar algum dos maiores furos de reportagem de toda a história da emissora, principalmente durante a pandemia de Covid-19.
Mesmo com trânsito nos bastidores do poder e com bons índices de audiência a frente do Arena, Magalhães estava prestes a ficar sem projeto na CNN. A cúpula do canal decidiu tirar o noticioso comandado por ele no ar no final deste mês, sob justificativa de uma reformulação na faixa horária. Atualmente, a rede disputa com a GloboNews e a BandNews TV o mesmo nicho de público: os telespectadores interessados em um noticiário opinativo. A partir de dezembro, a faixa das 18h da rede será ocupada por um novo produto, liderado por Thais Herédia, com foco analítico.
O jornalista, no entanto, não seria demitido com o fim do Arena. No comunicado interno sobre o cancelamento do jornalístico, Virgílio Abranches, vice-presidente de Jornalismo da CNN, sinalizou que já estava em busca de um novo formato para o âncora. “Já estou discutindo com Leandro seus próximos passos dentro da CNN, que certamente serão muito promissores e dependem apenas de pequenos detalhes antes de serem divulgados”, afirmou o executivo.
Ele, no entanto, optou por se transferir para o novo canal de notícias do SBT, em que será um dos principais âncoras. A reportagem do TV Pop apurou que sua transferência não tem uma relação direta com o encerramento do Arena: a proposta da emissora liderada por Leandro Cipoloni foi feita mesmo antes da concorrente decidir que a atração seria cancelada. Magalhães, mesmo antes de ser comunicado sobre o fim de seu projeto, já estava inclinado a aceitar a proposta feita pelo canal de notícias da rede fundada por Silvio Santos (1930-2024).
Quem é Leandro Magalhães?
Leandro Magalhães fez parte do primeiro time de contratados da CNN Brasil, em 2020, mas já atuava na cobertura política em Brasília desde 2013. O novo jornalista do SBT é conhecido por seguir os bastidores do Congresso Nacional e por fazer reportagens no Supremo Tribunal Federal e no Palácio do Planalto, sede do governo federal. Formado pela Universidade Católica de Pernambuco, Leandro também é professor de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira na Universidade Federal de Pernambuco.
Ao longo de sua trajetória profissional, acumulou experiência em coberturas de decisões políticas e judiciais no centro do poder do país. Ele esteve em países como Itália, França e Estados Unidos, além de acompanhar acontecimentos na América do Sul, com passagens pela Argentina e pelo Chile. Antes da CNN Brasil, o apresentador era integrante do time de repórteres da TV Cultura.