O Comando Militar do Nordeste (CMNE) realiza, no próximo dia 2 de abril, a I Jornada de Estudos Estratégicos com o tema “Mudanças climáticas: as consequências das mudanças climáticas na região nordeste e as implicações para a Defesa”. O evento acontecerá no auditório do CMNE, no Recife, com uma programação que reúne especialistas de instituições como UFRPE, IPA, SEMAS e representantes do setor privado. A proposta é debater os efeitos das mudanças climáticas na região e os desafios que elas impõem às Forças Armadas, à governança ambiental e à resiliência energética.
Entre os destaques da programação estão palestras sobre emergência climática, impacto no emprego das Forças Armadas, transição energética e os reflexos das mudanças climáticas em Pernambuco. A jornada contará com nomes como a professora Francis Lacerda (IPA/UFRPE), o coronel Helder de Barros Guimarães, o professor Thomas Kiss (Pacto Global), o Dr. Paulo Gama e a secretária de Meio Ambiente Ana Luiza Ferreira (SEMAS). O evento é promovido pelo Núcleo de Estudos Estratégicos do CMNE, com apoio da Poupex.
Deu no Wall Street Journal: a Casa Branca quer obrigar os museus americanos a se alinharem às ideias de Donald Trump. A ofensiva começou pela Smithsonian Institution. A entidade recebeu ordens para exaltar os “ideais americanos” e eliminar o que o governo classifica como “narrativas divisivas ou partidárias”. A diretriz vale para exposições, materiais educativos e publicações na internet.
Em março, Trump já havia editado decreto para enquadrar os museus de Washington. Determinou a remoção do que chamou de “ideologia imprópria”, além do cancelamento de mostras que, na visão dele, “degradem os valores” do país. O republicano manifestou o desejo de banir qualquer referência que “deprecie inapropriadamente os americanos do passado” — especialmente os fazendeiros escravocratas. Quer reescrever a história do país omitindo conflitos de classe e questões de raça e de gênero.
Trump não inventou a roda. “Uma lição que o século passado nos ensinou é que, frequentemente, os regimes autoritários consideram a história uma grande ameaça”, afirma Jason Stanley em “Apagando a história: como os fascistas reescrevem o passado para controlar o futuro”. Recém-lançado no Brasil, o livro foi escrito antes da nova posse do republicano. Mas já delineava seus planos para sufocar o pensamento crítico e os movimentos que questionam o status quo.
Professor de filosofia na Universidade de Toronto, Stanley mostra como os autocratas usam o ensino para demonizar dissidentes e vender o mito de um passado glorioso. A história é contada como uma obra de heróis emoldurados, livres de conflitos ou contradições. Quem questiona a pregação nacionalista é tachado de subversivo — o que leva o autor a comparar os dias de hoje com o período do macartismo, na década de 1950.
“Estamos incontestavelmente voltando a algo parecido com a era da ameaça vermelha. Políticos e ativistas de direita estão mirando educadores em todos os níveis de ensino por suas supostas ideologias de esquerda, com o objetivo de eliminar qualquer ensino que questione a hierarquia racial ou o patriarcado”, anota Stanley, autor do best-seller “Como funciona o fascismo”, de 2018.
O obscurantismo não campeia só nos Estados Unidos. Na Hungria de Viktor Orbán e na Turquia de Recep Erdogan, o poder também fecha o cerco sobre a educação. O premiê húngaro forçou a Universidade Centro-Europeia a se mudar para a Áustria. O presidente turco ordenou a revisão de livros didáticos e baniu a teoria da evolução do currículo do ensino médio. “Faz muito tempo que os autoritários entenderam que, quando querem mudar a cultura política, precisam começar tomando o controle da educação”, escreve Stanley.
Antes da cruzada contra os museus, Trump atacou as universidades, ameaçadas de asfixia econômica se não reprimissem protestos contra o governo de Israel e encerrassem programas de diversidade e inclusão. Neto de judeus que fugiram da Alemanha nazista, Stanley farejou o perigo e não quis pagar para ver. Em abril, deixou a cátedra em Yale, cruzou a fronteira e foi trabalhar no Canadá.
Atiradores abriram fogo em um restaurante do Brooklyn, na cidade de Nova York, ferindo clientes do estabelecimento neste domingo (17), segundo a polícia local. Ao menos três pessoas morreram e outras oito ficaram feridas.
Os policiais foram chamados para atender a ocorrência durante a madrugada, por volta de 3h30. As vítimas fatais foram identificadas como dois homens de 27 e 35 anos e um terceiro, cuja idade não foi divulgada.
Os disparos foram feitos após uma disputa entre os presentes no estabelecimento, segundo a emissora CBS.
Na cena do crime, os policias contaram 36 cápsulas de munições de diferentes armas. Em uma esquina das redondezas, eles também encontraram uma arma de fogo que acreditam estar relacionada com o crime.
Ninguém foi preso até o momento. Segundo o jornal New York Post, as demais vítimas foram levadas para hospitais locais, onde recebem atendimento médico.
— Temos o menor número de incidentes e vítimas de tiroteios em sete meses do ano que já vimos na cidade de Nova York. Algo assim é, claro, graças a Deus, uma anomalia, e é uma coisa terrível que aconteceu esta manhã — disse a comissária de polícia Jessica Tisch .
Para Claudia e Eduardo Monteiro, o homem que se fez ponte entre o presente, o passado e o futuro. A Cucaú vive e ruge na história.
Amigo Magno Martins,
Você é gigantesco poeta, da cepa de Rogaciano Leite, dos irmãos Dimas, Louro e Otacílio Batista e do gênio subestimado Roberto Carlos Braga, de Cachoeiro do Itapemirim, o homem que pegou em nossas mãos com suas canções e nos conduziu vida afora.
Sem falar do seu sentido de sertão acompanhado do matuto João Guimarães Rosa, o oráculo.
Tenho um querido amigo, Wilson Araújo de Souza, que soltou genial frase nos anos setenta/oitenta na cultura brasileira, que diz o seguinte: “Descobri o Brasil à machadadas de assis, entre ramos e rosa!”
Aqui ele referiu-se aos grandes escritores brasileiros Machado de Assis, João Guimarães Rosa e Graciliano Ramos, que negócio tão perspicaz, meu poeta de Afogados da Ingazeira, linda terra.
A frase é linda, respeitando-se as minúsculas. Eles são maiúsculos mas são também os machados de nossas lidas e os ramos e as rosas dos nossos jardins da existência.
Que você, que seus leitores, que todos os seus tenham um extraordinário e abençoado domingo.
Concluo com uma citação de João Guimarães Rosa que, ao referir-se ao sertão, parece apontar para o Brasil de agora: “Deus mesmo, quando vier, que venha armado!”
João Mendonça é, sem dúvida, um dos maiores nomes da política de Belo Jardim. Com quatro mandatos como prefeito, construiu uma trajetória marcada por grandes obras e proximidade com o povo, tornando-se referência de liderança e compromisso com o desenvolvimento da cidade.
Entre suas realizações, estão a pavimentação de dezenas de ruas, a construção da Policlínica municipal, a modernização da Avenida dos Felicianos com iluminação em LED, novas UBSs e projetos sociais como o “Cuida de Mim”. Também idealizou o Parque Ambiental no Parque do Bambu, mostrando visão de futuro e cuidado com o município. As informações são da Tribuna do Agreste.
Hoje, João está cada vez mais presente nas ruas, conversando com moradores e ouvindo suas demandas, o que tem reforçado seu vínculo com a população. O povo já fala abertamente seu nome como principal opção para futura candidatura, enquanto o grupo do atual prefeito enfrenta problemas jurídicos envolvendo a chapa e possivelmente não teria um nome forte para uma sucessão. Sua força política é tão grande que até nomes ligados à ao grupo político da situação já o procuram nos bastidores, buscando diálogo e aproximação. Na cidade, comenta-se que, se sua candidatura um dia for oficializada, haverá um rompimento enorme dentro do grupo de situação e que muitos eleitores mudariam o voto para ele.
A relação de João Mendonça com João Campos, prefeito do Recife e apontado como um dos favoritos para ser o próximo governador de Pernambuco, pode garantir a Belo Jardim um grande aliado no Palácio do Campo das Princesas. Essa parceria estratégica reforça o peso político de João e amplia suas chances de recolocar a cidade no caminho do crescimento.
A partir da próxima segunda-feira, pela cidade de Carnaíba, no Sertão do Pajeú, começo mais uma jornada de lançamentos do meu livro “Leões do Norte”, pela editora Eu Escrevo. Na terra de Zé Dantas, a noite de autógrafos está marcada para a escola de música Maestro Israel Gomes, a partir das 19 horas, com apoio do prefeito Berg Gomes (PSB).
Na terça-feira, às 17h30, estarei em Itapetim, berço eterno da poesia. Por sugestão da prefeita Aline Karina (PSB), que tomou a iniciativa e está dando apoio irrestrito, o evento será na Câmara de Vereadores. De Itapetim, sigo para Brejinho, cidade vizinha, onde o prefeito Gilson Bento (Republicanos) é um entusiasta da obra, para lançamento na Câmara de Vereadores, às 19h30.
Já na quarta-feira, a noite de autógrafos ocorre em Afogados da Ingazeira, minha terra natal, no Cine São José, a partir das 19 horas, com apoio do prefeito Sandrinho Palmeira (PSB). No dia seguinte, na quinta-feira, já estarei em São José do Egito, evento que conta com o apoio do prefeito Fredson Brito e do presidente da Câmara, Romero Dantas (PSB), no plenário da Casa, a partir das 19 horas.
A maratona será encerrada na sexta-feira em Triunfo, cidade do meu coração, a mais linda do Sertão. Ali, o prefeito Luciano Bonfim (PSD) fará o evento na biblioteca municipal, a partir das 19 horas, com a presença de secretários, diretores de escolas e formadores de opinião.
“Os Leões do Norte” é resultado de uma extensa pesquisa jornalística e historiográfica, envolvendo 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, que exerceram mandatos entre 1930 e 2022. Trata-se de uma contribuição essencial para a preservação da memória política e institucional do Estado, destacando o papel de Pernambuco como berço de lideranças que marcaram a história nacional.
O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. “Os Leões do Norte” homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.
A governadora Raquel Lyra participou, na manhã de ontem, da cerimônia de entrega dos Espadins aos cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), em Resende, no Rio de Janeiro. Ao lado do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, a gestora — única chefe de estado presente — entregou em mãos, simbolicamente, o espadim a dois dos 14 cadetes pernambucanos que estão iniciando na carreira militar.
A chefe do Executivo aproveitou a ocasião para conhecer de perto a infraestrutura da AMAN, já que Pernambuco também contará, em breve, com a Escola de Sargentos do Exército (ESE), que terá sede na Região Metropolitana do Recife.
A cerimônia, organizada pelo Comando Militar do Exército, é uma das mais importantes na formação de líderes das Forças Armadas no Brasil. “Resende foi transformada pela AMAN, e tenho certeza de que Pernambuco também será com a nova Escola de Sargentos, que possibilitará a criação de novas raízes e manutenção de antigas tradições, garantindo que as futuras gerações militares valorizem a democracia e soberania do Brasil. Como governadora, sou honrada em poder fazer parte desse projeto, garantindo a infraestrutura e fazendo as parcerias acontecerem de maneira rápida”, destacou a governadora Raquel Lyra.
Já o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, que também é pernambucano, destacou o legado do Exército no Estado. “O berço do Exército Brasileiro foi em Pernambuco, na Batalha dos Guararapes. Esse projeto da escola busca materializar isso, consolidando esse marco histórico”, pontuou.
O General Tomás Ribeiro Paiva, Comandante do Exército, detalhou o potencial da nova unidade em Pernambuco para a garantia da formação de novos militares. “A Escola de Sargentos em Pernambuco possibilitará acolher até 2.200 alunos. Para efeito comparativo, a AMAN hoje acolhe até 1.600, então tenho certeza de que será algo de grande dimensão, levando gente do Brasil inteiro ao Estado e garantindo seu fortalecimento sob diversos aspectos”, observou.
Pernambucano, o Cadete Dias recebeu das mãos da governadora o espadim, e comemorou a nova etapa na carreira militar. “É um sentimento de muita felicidade e pertencimento do lugar de onde eu vim. Ser reconhecido é uma honra muito grande. Essa visita da governadora foi um marco para mim e para todos que vieram de Pernambuco”, contou.
Presente na cerimônia, o deputado estadual Renato Antunes explicou que a visita simboliza um importante momento para o projeto. “Além de ser a primeira Escola do Exército no Nordeste, a unidade trará o desenvolvimento econômico para o nosso Estado. A governadora está conduzindo esse processo de forma excelente, e a visita de hoje só reforça esse compromisso”, destacou.
Entrega do espadim
Os cadetes recebem a comenda após 20 meses de formação e portam o espadim — uma réplica em miniatura da espada invicta do Duque de Caxias — até o período final do curso, quando o devolvem e recebem a espada de oficial. O General Marcus Vinicius Gomes Bonifácio, comandante da AMAN, falou sobre a importância da solenidade. “Vivemos um momento sublime, carregado de emoção, simbolismo e significado. Os integrantes estão prontos para receber o símbolo máximo, o espadim. Não se trata apenas de um rito, é um compromisso definitivo com os valores que sustentam o Exército”, destacou.
Também participaram do evento o Coronel Hercílio Mamede, secretário da Casa Militar de Pernambuco, e Guilherme Cavalcanti, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico.
ESE-PE
O pacto do Exército Brasileiro para a construção da unidade foi firmado com o Governo de Pernambuco em 2022. Em maio de 2023, a atual gestão instalou um grupo de trabalho para implantação da ESE. Ao longo dos últimos anos, o Executivo tem feito tratativas permanentes para garantir que os arredores da instalação recebam a infraestrutura adequada, respeitando todos os princípios de preservação.
Em 2024 e 2025, novos termos aditivos de cooperação foram firmados nesse sentido. As primeiras entregas das obras de infraestrutura e abastecimento hídrico devem ser concluídas nos próximos anos.
O projeto estruturador da Escola de Sargentos em Pernambuco contará com investimentos na ordem de R$ 1,74 bilhão, gerando cerca de 30 mil empregos diretos e indiretos.
O Senado Federal editou ato em que estabelece regras para o uso e desenvolvimento de sistemas de Inteligência Artificial (IA) na Casa. Os gabinetes dos senadores, entretanto, estão desobrigados a seguir as diretrizes. O normativo é assinado por Ilana Trombka, diretora-Geral do Senado Federal, e foi publicado na última terça-feira (12), no Boletim Administrativo da Casa.
O ato busca “assegurar o desenvolvimento e o uso ético, seguro, eficiente e sustentável dessa tecnologia nas atividades administrativas e de suporte ao processo legislativo”. As informações são da CNN Brasil.
São estabelecidos fundamentos como o “respeito aos direitos fundamentais, à democracia e à centralidade da pessoa humana” e “supervisão humana em todas as etapas do ciclo da IA, inclusive no apoio à decisão”.
Além de estabelecer regras para o desenvolvimento de sistemas de IA, há previsões para o uso de sistemas de IA de uso livre. Nesse caso, é vedada, por exemplo, a inserção de dados pessoais, sigilosos ou protegidos por restrição legal.
Os sistemas de IA desenvolvidos e utilizados no Senado Federal, como prevê o normativo, devem ser explicáveis e transparentes, garantindo que seus resultados e processos sejam rastreáveis e auditáveis.
A Bolívia vai às urnas neste domingo (17) para eleger o novo presidente do país e renovar o Parlamento de 130 deputados e 36 senadores. Candidatos da direita seguem favoritos, e cerca de 23% dos votos indefinidos trazem incertezas quanto ao resultado final do pleito.
Ex-presidente da Bolívia em 2001 e 2002, Jorge “Tuto” Quiroga, considerado de uma direita mais radical, tem aparecido à frente nas pesquisas, seguido por Samuel Doria Medina, considerado de direita mais moderada. Com cerca de 12 milhões de pessoas, a nação andina faz fronteira com quatro estados brasileiros.
O racha no Movimento ao Socialismo (MAS) – partido que lidera o país desde 2006 – pode consolidar o fim do ciclo de governos de esquerda no país sul-americano que já dura 19 anos.
O ex-presidente Evo Morales, impedido de participar do pleito, vem pregando o voto nulo. Nesse cenário, os principais candidatos ligados à esquerda aparecem mais atrás nas pesquisas, ambos desgastados pela associação com o MAS – há quase 20 anos no poder em meio a uma persistente crise econômica.
Os candidatos da esquerda são Andrónico Rodríguez, atual presidente do Senado, e Eduardo del Castillo, ex-ministro do atual governo de Luis Arce, do MAS, que desistiu de se reeleger em meio à baixíssima aprovação do governo. Se não houver mudanças, os dois candidatos da direita é que devem ir ao segundo turno, marcado para o dia 19 de outubro.
Incertezas
Porém, o alto índice de votos indefinidos, entre nulos, brancos e indecisos, e dúvidas sobre voto rural, historicamente mais difícil de medir na Bolívia, adicionam elementos de incertezas sobre os resultados deste domingo.
A doutoranda em ciência política na Universidade de São Paulo (USP) Alina Ribeiro ponderou à Agência Brasil que as pesquisas na Bolívia costumam não ser muito precisas.
“Nas eleições de 2020, o apoio ao Luis Arce foi muito subnotificado. Eu acho que essa fração da população que está indecisa, ou que vai votar nulo ou branco, ela é primordial para os resultados da eleição”, avalia a pesquisadora do Núcleo de Democracia e Ação Coletiva do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (NDAC-Cebrap).
A pesquisa mais recente, publicada na sexta-feira (15) pela AtlasIntel, mostra que 23% da população indicou voto branco, nulo ou ainda não sabe em quem votará.
O mundo é dos retirantes. O que seria de São Paulo sem a mão de obra dos nordestinos fugitivos da seca? E de Brasília, construída por escravos candangos, que com o suor do seu rosto fizeram o sonho de JK virar a obra arquitetônica mais bela e apaixonante deste planeta.
Sou um duplo retirante, na primeira travessia de Afogados da Ingazeira para o Recife, que com o passar do tempo me deu cidadania honorária. Na segunda, da Veneza Brasileira para Brasília, que me abraçou como filho candango. Foi como aterrissar em outro sertão, das terras secas do cerrado sem umidade, tempo e clima de deserto.
Percebi que Brasilia é um imenso cerrado, onde a vista não alcança, com seus planaltos de terra vermelha, um grande sertão de veredas de Guimarães Rosa, onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o lugar. O Sertão com seus vazios, de onde vim, onde manda quem é forte, com as astúcias. Sertão é sem lugar, é do tamanho do mundo.
Sou retirante da busca alucinante da notícia. Roberto Carlos, o nosso rei, é retirante tão quanto eu, mas da música, das canções do seu coração. Deixou a sua Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, para se fazer gente grande no Rio. Sua voz e seus sucessos na Jovem Guarda conquistaram os corações cariocas.
Mas não é fácil dar adeus ao solo materno para uma viagem em busca de um futuro incerto, na escuridão das trevas, sem aquela luz no final do túnel. Roberto Carlos, mais tarde, já vitorioso e glorificado, rasgou a sua dor maior, as lembranças da sua casa materna, com a canção “Aquela casa simples”.
Na sua casa simples, seus pais falaram na despedida, para que tivesse cuidado, para não sofrer com as coisas terríveis do mundo. Aconselharam, como canta na música, que fosse um bom menino, que trabalhasse muito, que soubesse honrar o nome do seu pai. E nunca fosse um vagabundo.
“Ainda não era dia e você me dizia: Deus te abençoe, te guarde. Se mantenha sempre em sua companhia. E eu te olhei nos olhos, eu te beijei a mão. Eu disse amém. E o meu abraço fez você ouvir meu coração”, diz um trecho da canção, que tem um refrão emocionante: “Vida minha, vida minha”.
Quem nunca chorou numa despedida, que atire a primeira pedra! Ainda hoje lembro das lágrimas dos meus pais escorrendo pelo rosto quando parti de Afogados da Ingazeira, sem lenço e sem documento, como diz uma canção de Caetano Veloso. Não é fácil, mas a vida me ensinou a dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração.
Com o tempo, fui compreendendo que toda despedida é um lembrete de que o tempo é valioso e os momentos são preciosos. Nas minhas aventuras pelo mundo, andando pela rua, meu pai estava junto a mim, falando, ensinando os caminhos, dando conselhos. Olhava com ternura.
Como na música de Roberto, a lágrima molhava meu paletó de brim, toda minha bagagem num banco da estação. “Era de amor, coragem. As bênçãos do meu pai, a fé e um violão. E na cidade grande, tristeza e alegria. Uma saudade imensa. E a solidão que eu ainda não conhecia. E o tempo foi passando e então eu compreendi”, diz outro trecho da mesma melodia.
E complementa: “Cada palavra sua naquela manhã do dia em que eu parti. Vida minha, vida minha. Vida minha, vida minha. E veio a primavera e as flores do jardim enchiam de perfume. As cartas que chegavam de você pra mim também tinham perfume. Mas hoje com sorrisos podemos recordar, sempre que me lembro a emoção me dá vontade de chorar. Vida minha, vida minha. Vida minha, vida minha”.
Ninguém nunca sabe quando aquele ‘até logo’ poderá ser, na verdade, um adeus. Às vezes, a saudade vem antes mesmo do adeus; ela se instala nas entrelinhas de cada “até mais”. A despedida nos ensina que a vida é feita de ciclos e que cada um deixa um aprendizado. Na verdade, nunca sabemos quando o último adeus chegará. Por isso, deixo sempre o coração em cada despedida.
Honda traz novidades em três modelos na linha 2026: confira os preços
A fabricante de motocicletas japonesa com sede em Manaus anunciou nos últimos dias um bom pacote de novidades. A XRE 300 Sahara, por exemplo, teve (pequena) atualização visual. A Standard ganha a cor cinza metálico, com proposta mais discreta. A Rally mantém o tradicional visual tricolor, mas incorpora faixas em azul. Já a versão Adventure segue com o bege fosco, mas com nova combinação de cores. Esta versão inclui ainda para-brisa mais alto, protetor de carenagem e proteção de cárter como itens de série — opcionais nas demais versões.
A XRE 300 Sahara já vendeu mais de 90 mil unidades no país, sendo a segunda entre as aventureiras mais emplacadas de 2025, segundo dados da Fenabrave, ficando atrás apenas da NXR 160 Bros, também da Honda. O motor é monocilíndrico OHC de 4 válvulas com tecnologia FlexOne. O propulsor entrega 25,2 cv com etanol e torque de 2,74 kgfm. A Standard custa R$ 30.385; a Rally (vermelha), R$ 31.053; e a Adventure (bege fosco), R$ 32.108. No começo de agosto, foi a vez da nova CRF 300F (foto) chegar às concessionárias, com preço sugerido de R$ 24.027 (sem frete). O modelo substitui a CRF 250F e traz motor mais potente, câmbio de seis marchas e design inspirado nas irmãs de competição, mantendo a proposta de encarar terrenos fora-de-estrada.
O chamariz da CRF 300F é o motor de 293,5cm³, arrefecido a ar, que entrega 24,6cv e torque de 2,59 kgfm. Isso significa ganhos de 11% em potência e 13,6% em torque em relação à antiga 250F. Outra novidade é o radiador de óleo, que garante melhor estabilidade térmica e protege o conjunto em uso intenso. A NXR 160 Bros, por sua vez, ganha apenas uma nova opção de cor, mas mantém os preços-base na faixa dos R$ 21,3 mil para a CBS e R$ 22,3 para a ABS (sem frete).
No ano passado, o modelo já tinha recebido alterações estéticas e técnicas — como farol e lanterna em LED e painel de instrumentos digital com funções como indicador de marcha, consumo médio e conta-giros. Já neste comecinho de ano, recebeu nova calibração da suspensão traseira e garfo dianteiro com tubos de 33 mm. A Bros mantém o monocilíndrico arrefecido a ar, com 162,7cm³ e sistema FlexOne, capaz de gerar até 14,3 cv de potência (etanol) e torque de 1,45 kgfm.
SUV elétrico da Zeekr de 645cv custa R$ 448 mil – A chinesa Zeekr começou oficialmente as vendas do seu novo SUV elétrico no Brasil: o Zeekr 7X será o terceiro modelo da marca (pertencente ao grupo Geely, também dona da Volvo, Lotus e Polestar) por aqui. Ele é, digamos assim, um monstro: tem tração integral (AWD) equipada com bateria de 100 kWh e plataforma elétrica de 800V, gera 645 cv de potência combinada e acelera de 0 a 100 km/h em apenas 3,8 segundos. A autonomia estimada pelo Inmetro é de 423 km. O SUV tem 4,82m de comprimento e 2,9m de entre-eixos, mas com visual bem discreto — exceto a Stargate, uma barra de LED interativa com tela LCD capaz de exibir mensagens e animações. As lanternas traseiras seguem o mesmo estilo.
Internamente, o 7X se destaca pelo conforto — e pela sobriedade. Os bancos são, claro, revestidos em couro Napa — e contam com aquecimento, ventilação, ajustes elétricos e até seis modos de massagem. E esses mimos (incluindo apoios de pernas extensíveis) também são dados aos passageiros traseiros. Esses também têm direito a assentos com ventilação, apoio de pernas extensível e um console central com tela LED para controlar as funções do banco. No painel, uma tela flutuante de 16″ para o sistema multimídia e outra de 13,5” (de instrumentos) — além de um head-up display de realidade aumentada de 36”. Atrás dos bancos dianteiros, há telas Oled de 13” com resolução 2.5K para entretenimento dos ocupantes traseiros.
Ele também oferece:
maçanetas escamoteáveis;
retrovisores sem armação visível;
alto-falantes no encosto de cabeça;
bancos com massagem, aquecimento e ventilação;
rede para reduzir a entrada de luz para os passageiros da segunda fileira;
abertura elétrica de portas por botão;
dois carregadores de celular por indução;
projeção de rota do GPS no pára-brisas.
12 radares ultrassônicos;
12 câmeras de alta definição;
1 radar de ondas milimétricas
O porta-malas comporta 616 litros (ou 1.978 litros com os bancos rebatidos). A suspensão a ar permite ajuste de altura, com vão livre do solo de até 230mm — e vem com sistema de amortecimento adaptativo para uma condução suave em diferentes condições de uso. Além disso, o Zeekr 7X vem equipado com o sistema de condução semiautônoma, que combina sensores e recursos como frenagem automática de emergência em velocidades de até 120 km/h.
Vem aí a nova Ram Dakota – A Ram, única marca exclusiva de picapes do mercado brasileiro, prepara uma grande novidade para 2026: a nova Dakota, inédita picape média foi antecipada na quinta-feira (14) por meio da Nightfall Concept. “Ela será o segundo produto a sair do nosso hub de picapes da Stellantis em Córdoba, na Argentina”, comentou Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis América do Sul. A inédita Dakota Nightfall Concept reúne diferentes elementos para enaltecer seu estilo, permeado com os principais símbolos da Ram. Isso começa pela marcante grade do radiador, com o nome Ram vazado e grafado na parte central. O conjunto é emoldurado por uma linha de led que cruza a dianteira da picape lateralmente, passando pela parte superior da grade e indo até os faróis, também de leds.
Na dianteira também está presente um capô esportivo com entrada de ar superior iluminada por três pontos de luz laranja, uma referência e homenagem à algumas das picapes mais famosas da história da Ram. No para-choque, gancho de reboque frontal, guincho elétrico e protetor inferior reforçam a capacidade e robustez presente em todas as picapes da marca, adornados por elementos pintados em um exclusivo tom bronze. A carroceria recebeu uma série de vincos e linhas retilíneos, transmitido solidez e força.
Esses atributos continuam na suspensão elevada da marca Fox, nos exclusivos pneus todo-terreno de 33 polegadas e nas rodas de liga-leve de 18” com beadlock — recurso essencial para garantir a excelência do carro mesmo nos percursos off-road mais intensos. O visual é complementado pelos estribos laterais e molduras pretas dos para-lamas, mesma cor aplicada nos para-choques e retrovisores.
Mustang Dark Horse chega por R$ 649 mil – A marca do cavalo selvagem já pôs nos concessionários Ford a versão Dark Horse do Mustang. Essa é uma série homologada para as ruas mais próxima do que é adotado nas pistas de corridas. É, na verdade, a mais potente já produzida — e olhe que Mustang já fez história com modelos como Shelby GT350, Boss 302, SVT Cobra R e Mach 1. A versão tem motor Coyote 5.0 V8 aspirado com 507cv, 15 cv a mais que a variante GT, e torque de 57,8kgfm. E faz de 0 a 100 km/h em 3,7 segundos — com velocidade máxima de 250 km/h limitada eletronicamente.
A transmissão automática é de dez velocidades e a suspensão é a adaptativa MagneRide para o melhor acerto de acordo com as condições da condução. Os freios são fornecidos pela Brembo com discos dianteiros flutuantes. O interior é dominado pelo couro e a camurça, com costuras azuis aparentes. O cluster painel digital de instrumentos é de 12,4 polegadas configurável. A central multimídia também também tem 12,4 polegadas com GPS embarcado e conexão sem fio a Android Auto e Apple CarPlay. O sistema de som é da B&O com 12 alto-falantes.
Cronos chega às 250 mil unidades – O popular sedã da Fiat atingiu 250 mil unidades vendidas no país. Ele é produzido no Polo Automotivo de Ferreyra, em Córdoba, na Argentina, e foi o sedã mais comercializado na categoria na América do Sul. Lançado no início de 2018, o Cronos chegou para substituir o sedã derivado do Palio, o Grand Siena, e ocupar a faixa de compactos com mais equipamentos e espaço interno.
A linha 2026 trouxe a reestilização mais marcante até agora, com adoção de nova grade, integrada aos faróis, e para-choque redesenhado, agora mais alinhados ao visual de modelos europeus da Fiat. O sedã é vendido em quatro configurações. A de acesso, a Drive 1.0, parte de R$ 107 mil. Traz de série direção elétrica, central multimídia de 7″ com espelhamento sem fio e volante multifuncional, ar condicionado manual, sensor de estacionamento traseiro e assinatura em LED nos faróis.
Peças usadas, mas ‘novas’ – O grupo da Fiat, Jeep, Citroën, Ram e Peugeot acaba de inaugurar, em Osasco, seu primeiro centro de desmontagem veicular circular de autopeças. Ela investiu R$ 13 milhões no projeto, que servirá para desmontar 8 mil veículos a cada ano e permitir que a maior parte das peças e componentes retornem ao mercado consumidor com garantia de qualidade e procedência ou tenham destinação final adequada. A operação, calcula a Stellantis, poderá evitar a emissão de cerca de 30 mil toneladas de CO₂ anualmente, e auxiliará a montadora a atender as demandas de sustentabilidade e reciclabilidade do Programa Mover do governo federal.
Preço do 0km reduz em julho – O mercado de veículos 0km apresentou em julho o seu segundo mês consecutivo de redução nos preços, segundo apontam dados do Índice Webmotors, que calcula todos os meses as variações percentuais dos valores dos carros anunciados na plataforma. Segundo o levantamento, o indicador para veículos novos foi de -0,070%, o que representa uma variação de -0,022 ponto percentual com relação a junho, quando apresentou -0,048%. O resultado indica uma leve desaceleração na demanda por modelos 0km após um primeiro semestre de 2025 marcado em maior parte pela valorização do segmento.
Na mesma linha, o mercado de usados apresentou seu quarto mês consecutivo de desvalorização crescente, com índice de -0,418%, uma variação de –0,088 ponto percentual frente a junho. Com ambos os segmentos (novos e usados) apresentando retração, o mercado brasileiro automotivo encerrou julho com índice geral de -0,402%, o que representa um aumento na desvalorização de -0,089 ponto percentual com relação a junho. Após um mês de junho de depreciação crescente, o mercado de elétricos usados viu seu indicador alcançar -0,216% e reduzir a desvalorização em +0,935 ponto percentual.
Vagas para gestantes – A Câmara dos Deputados, por meio da Comissão de Desenvolvimento Urbano, acaba de aprovar um Projeto de Lei que determina a reserva de vagas em estacionamentos para gestantes – ou para pessoas que estejam acompanhadas de crianças de até dois anos de idade. O PL 8650/2017, voltado aos direitos de mobilidade de grupos específicos, foi apresentado pela então deputada Mariana Carvalho (RO) — depois passou a tramitar em conjunto com outras quatro propostas semelhantes. O objetivo é promover maior equidade no uso do espaço urbano, facilitando o deslocamento de gestantes e responsáveis por crianças pequenas.
O texto estabelece que as vagas reservadas para gestantes e responsáveis por crianças de colo devem estar próximas dos acessos de circulação de pedestres, assim como aquelas destinadas a idosos ou pessoas com deficiência. Mas, em grandes estacionamentos, esses espaços estarão inclusos no percentual mínimo de 2% do total de vagas. Em suma: 2% do total que antes eram divididos apenas entre idosos e pessoas com deficiência também terão que ser compartilhados com esse novo grupo. Já nos estacionamentos menores, será obrigatória a disponibilidade de ao menos uma vaga para cada grupo. Os espaços privados, como shoppings, supermercados, hospitais e centros comerciais, terão de ser adequados.
Interruptor de pressão de óleo: os segredos sobre a troca dele – Interruptores de pressão de óleo são aliados importantes na detecção precoce de falhas no motor. Sua correta aplicação, manutenção preventiva e substituição em tempo hábil são ações que preservam a integridade do motor do veículo e evitam prejuízos ao motorista. Esses componentes são responsáveis por monitorar a pressão do óleo lubrificante do motor e, ao detectar que a pressão do óleo lubrificante está abaixo do mínimo especificado para o motor, atua como um sistema de alerta por meio do acendimento da luz de óleo no painel, ajudando a prevenir falhas graves no motor bem como o desgaste prematuro de peças internas.
Nos casos em que a substituição é necessária, a escolha por peças de alta qualidade e com especificações adequadas é indispensável. Para assegurar o pleno funcionamento do sistema de lubrificação e a precisão na leitura dos dados, a NTK — fabricante de componentes para sistemas de ignição — bolou algumas dicas:
1- Realizar a manutenção do veículo regularmente, com foco nas trocas de óleo e filtros nos prazos recomendados. Esses cuidados preservam o funcionamento eficiente do sistema de lubrificação.
2- Utilizar o óleo lubrificante especificado pela montadora, de acordo com as exigências do motor. Isso garante a viscosidade e aditivos de proteção adequados aos componentes internos.
3- Verificar a existência de vazamentos de óleo no motor, especialmente em conexões, retentores e vedadores. Pequenos vazamentos podem causar queda de pressão, devido ao nível baixo do lubrificante e comprometer o desempenho.
4- Monitorar o nível do óleo periodicamente, com o motor frio e o veículo em superfície plana. Uma checagem simples que ajuda a evitar falhas por falta de lubrificação.
5- Aplicar o interruptor de pressão correto para a motorização do veículo, conforme especificação técnica. Cada sensor possui uma calibração específica para a pressão mínima exigida.
Cuidados adicionais – Quando a luz de óleo acende no painel, nem sempre a indicação é de falha no interruptor. O comportamento pode ser um sinal de alerta para problemas como a falta de óleo, a presença de lubrificante fora da especificação, deficiência na bomba de óleo, baixa pressão do óleo lubrificante ou de obstruções causadas por borra. Entretanto, vazamentos, entupimentos causados por resíduos metálicos ou borras e ressecamento da membrana são indicativos de que o componente deve ser substituído.
Impactos causados por acidentes e envelhecimento natural também comprometem sua integridade. “A instalação adequada e o torque correto, conforme especificado pelo fabricante do motor, são essenciais para o funcionamento eficiente do interruptor. Também é preciso fazer a substituição após a retífica do motor, pois resíduos metálicos do desgaste anterior podem comprometer sua integridade e operação”, afirma Hiromori Mori, consultor de assistência técnica da Niterra.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
Três detentos ficaram feridos após uma briga dentro do Presídio de Itaquitinga, penitenciária de segurança máxima localizada nessa cidade da Zona da Mata de Pernambuco. O caso aconteceu neste sábado (16) no Pavilhão C da unidade prisional.
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco (Seap), os três detentos tiveram ferimentos leves e foram atendidos na enfermaria do Presídio de Itaquitinga. As idades dos presos feridos não foram informadas.
o que aconteceu no local foi um desentendimento entre detentos;
“a Gerência de Operações e Segurança foi acionada, porém a situação foi controlada sem a necessidade de intervenção da mesma”.
“uma apuração interna está sendo feita para serem tomadas as providências cabíveis que o caso requer”.
O g1 perguntou à Seap se alguma faca ou arma foi apreendida no presídio após a briga entre os detentos e solicitou ao Sindicato dos Agentes e Servidores do Sistema Penitenciário do Estado de Pernambuco (Sinpolpen-PE) outras informações sobre o que aconteceu no Presídio de Itaquitinga neste sábado (16), mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.
Mortes no presídio
Nos últimos anos, detentos do Presídio de Itaquitinga foram assassinados dentro dessa penitenciária de segurança máxima. Entre os casos recentes registrados, estão os seguintes:
23 de setembro de 2021: o detento Erivaldo dos Santos Silva, de 36 anos, foi morto a facadas após se envolver em uma briga no presídio. Cinco detentos foram levados para a delegacia de Nazaré da Mata para serem autuados por homicídio.
6 de maio de 2021: dois presos foram assassinados em uma cela do Pavilhão D do presídio. Os detentos que cometeram esse crime fizeram uma abertura na parede que dividia as celas.
20 de março de 2021: o detento Evandro Domingos de Freitas, de 28 anos, foi encontrado morto após ser estrangulado na cela de disciplina da unidade.
Quando questionados sobre quem é, entre as figuras brasileiras, o principal culpado pelo tarifaço que os Estados Unidos impuseram ao Brasil, os eleitores se dividem, de acordo com uma nova pesquisa Datafolha divulgada neste sábado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é citado por 35% dos entrevistados, quatro pontos a menos que a soma da família Bolsonaro — o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é mencionado por 22%, e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por 17%.
Somados, os índices de ambos correspondem a 39% das respostas, empatando com o petista no limite da margem de erro, de dois pontos percentuais para mais ou menos.
O levantamento também indicou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, é considerado o responsável pela taxação por 15% das taxas. Ações dele contra Bolsonaro têm sido citadas em manifestações do presidente americano Donald Trump e seus aliados para justificar a imposição das tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros. O magistrado também passou a ser alvo, há duas semanas, de sanções Magnitsky, que incluem restrições como o bloqueio de contas bancárias e de ativos dolarizados.
Outros 3% dos entrevistados responderam que nenhum dos três é o culpado, enquanto 1% afirmou que todos são responsáveis e 7% não souberam responder.
Os percentuais variam, no entanto, ao serem consideradas as divisões entre eleitores de Lula e de Bolsonaro. Entre aqueles que votaram no petista em 2022, 73% atribuem a responsabilidade pelo tarifaço a Bolsonaro (38%) e Eduardo (35%), enquanto 11% afirmam que a culpa é de Lula e 5% dizem que é de Moraes.
Já entre bolsonaristas, 58% veem Lula como o motivador das novas tarifas, seguido de 25% que acreditam que as decisões de Moraes provocaram a retaliação americana. Nesse segmento, apenas 5% enxergam Eduardo como culpado e outros 4% atribuem a responsabilidade ao ex-presidente.
Chances de novas medidas depois da prisão domiciliar de Bolsonaro
A pesquisa também mostra que 40% dos entrevistados acreditam que, depois da decretação da prisão domiciliar do ex-presidente na semana passada, o governo americano tomará novas medidas que podem prejudicar ainda mais a economia brasileira. Já 28% responderam que Trump não se importará com Bolsonaro e negociará termos que afetem menos o cenário nacional.
Outros 20% disseram que o republicano somente irá manter as tarifas já aplicadas e 12% não souberam responder. O instituto fez 2.002 entrevistas em 113 municípios entre os dias 11 e 12 de agosto.