O senador Otto Alencar (PSD-BA) saiu em defesa do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e classificou como “correta” a decisão de adiar a sabatina de Jorge Messias, indicado por Lula ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Em entrevista ao GloboNews Mais, hoje, Otto argumentou que iniciar o processo apenas com a publicação no Diário Oficial, sem o envio da mensagem presidencial ao Congresso, violaria as regras da Casa. “Eu achei que ele [Alcolumbre] tomou a decisão correta”, afirmou Otto. “Seria fazer uma ação que não tinha sustentação regimental e daria uma discussão, terminaria talvez até se judicializando isso”, explicou.
Leia maisO senador, que deve assumir a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em 2026, disse que discutiu o assunto com Alcolumbre e a assessoria jurídica do Senado antes do anúncio. Com o impasse sobre o envio da mensagem, Otto Alencar avalia que não há mais tempo hábil para concluir a indicação este ano. Segundo ele, o recesso parlamentar deve começar por volta do dia 17 ou 18 de dezembro.
“Se ele fosse encaminhado amanhã, dificilmente daria tempo para esse ano […] ficaria um tempo muito curto, muito exíguo para se apreciar essa matéria. Portanto, na minha opinião, pelo que eu estou vendo, vai ficar para o próximo ano também”, previu.
Apesar de defender o rito, Otto reconheceu que há um componente político na resistência do Senado: a preferência pelo senador Rodrigo Pacheco. “Existia uma ‘querência’ aqui pelo nome do Pacheco”, admitiu. No entanto, ele acredita que o presidente Lula não recuará da indicação de Messias. “Eu acho que ele [Pacheco], com a indicação do Jorge Messias, está fora do páreo”, analisou.
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