O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, comparou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e sua esposa, Viviane Barci de Moraes, ao casal de criminosos Bonnie e Clyde, que atravessou os EUA no período da Grande Depressão cometendo crimes.
“Não há Clyde sem Bonnie”, afirmou Bessent, segundo a agência Reuters, ao responder por que sancionar a esposa do magistrado.
Viviane foi incluída nesta segunda-feira (22) na lista de sancionados pela Lei Magnitsky. As informações são da Folha de S. Paulo.
Leia maisPor meio da decisão, o governo americano determina o congelamento de qualquer bem ou ativo que a pessoa sancionada tenha nos Estados Unidos e também pode proibir entidades financeiras americanas de fazerem operações em dólares com ela.
A medida incluiria o uso das bandeiras de cartões de crédito Mastercard e Visa, por exemplo.
O casal Bonnie e Clyde cruzou o sul dos EUA nos anos 1930 assaltando bancos, roubando carros e matando policiais. Seus nomes viraram presença frequente na imprensa. Foram mortos a tiros por um destacamento de policiais em Louisiana em maio de 1934.
Em 1967, a história virou foi levada ao cinema no filme “Bonnie e Clyde”. Considerado como um dos primeiros filmes da era Nova Hollywood, foi um símbolo da contracultura e inspirou cineastas por abordar sexo e violência abertamente. Conquistou o Oscar de melhor ator coadjuvante (com a interpretação de Estelle Parsons), assim como o de melhor fotografia.
Bessent afirmou também que Moraes “é responsável por uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias e processos politizados”, incluindo Bolsonaro, e que a sanção desta segunda-feira deixa claro que o governo americano seguirá mirando pessoas que derem suporte ao magistrado.
O Departamento de Estado também divulgou nota destacando as sanções ao entorno do ministro e dizendo que quem protege “atores estrangeiros malignos como Moraes ameaçam os interesses dos EUA e também serão responsabilizados”.
O governo Donald Trump deve anunciar mais restrições de vistos de autoridades brasileiras em reação ao julgamento de Jair Bolsonaro no STF.
Devem ser atingidos, segundo a Folha apurou, o ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, o delegado Fabio Schor e os juízes Airton Vieira e Marco Antônio Vargas, que assessoraram o ministro do STF Alexandre de Moraes em casos envolvendo o ex-presidente.
Messias afirmou ser alvo de uma “agressão injusta” e disse que recebe a medida “sem receios”.
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