Acordão selado em jantar oferecido por Flávio Bolsonaro teria destravado votação da dosimetria na Câmara

A votação do projeto que altera a dosimetria de penas, aprovada na madrugada desta terça-feira (10) na Câmara dos Deputados, foi destravada após um acordão articulado em torno da possível retirada da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência da República. No domingo (7), o senador declarou publicamente que sua candidatura tinha “um preço” e poderia ser retirada mediante contrapartida, sinalizando disposição para negociar. Na noite seguinte (8), Flávio recebeu parlamentares em um jantar em sua residência, encontro que antecedeu a reabertura das discussões sobre o texto.

Segundo bastidor revelado por Júlia Duailibi no Jornal da Globo, a dosimetria, que estava parada e não era prioridade nem mesmo para aliados de Jair Bolsonaro, cujo foco seguia sendo a anistia ampla, voltou à pauta como alternativa apresentada por Flávio nas negociações. O movimento reordenou posições dentro do Centrão, interessado em viabilizar o nome de Tarcísio de Freitas para 2026. Assista:

Câmara Municial Recife - O Recife que amamos

O uso indevido de uma música composta por Beyoncé no trailer do filme inédito “Dark horse” — que pretende contar a trajetória do ex-presidente Jair Bolsonaro — levou a equipe da artista americana a acionar a Justiça nesta semana. A informação foi revelada pelo brasileiro Anderson Nick, um dos integrantes da Beygood, organização filantrópica mantida pela artista e que destaca iniciativas inovadoras ao redor do mundo, com atuação, inclusive, no Brasil.

“Obviamente a música foi utilizada sem autorização e as providências legais já estão sendo tomadas para que (o trailer) seja retirado o mais rápido possível”, afirmou ele, por meio dos Stories no Instagram. A obra em questão é “Survivor”, canção composta por Beyoncé em parceria com Anthony Dent e Mathew Knowles — e que foi hit mundial nos anos 2000 na voz do antigo grupo Destiny’s Child, com Beyoncé, Kelly Rowland e Michelle Williams. As informações são do jornal O GLOBO.

Toritama - Tem ritmo na saúde

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (10/12), a representação pela cassação do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Mais cedo, o colegiado rejeitou o parecer do relator Diego Garcia (Republicanos-PR), favorável à manutenção do mandato da parlamentar bolsonarista, que foi condenada pelo STF e está presa na Itália. Foram 32 votos a favor e 2 contrários.

Em agosto, Zambelli foi condenada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos e oito meses de prisão e à perda de mandato. A decisão se baseou na participação da parlamentar na inserção de documentos falsos na plataforma do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), realizada pelo hacker Walter Delgatti, que teria agido a mando da deputada – o que ela nega. As informações são do Metrópoles.

Caruaru - Primeiro lugar no IDEPE

Por Cláudio Soares*

Sem aviso prévio, 12 cadeias públicas foram fechadas de forma abrupta em cidades do interior de Pernambuco — Afrânio, Carnaíba, Flores, Glória de Goitá, Ibimirim, Moreilândia, Nazaré da Mata, Parnamirim, Riacho das Almas, Sertânia, Tuparetama e Vicência. Ao todo, 113 presos, a maioria provisórios, foram transferidos para presídios sem que suas famílias, advogados ou mesmo diretores das unidades fossem informados.

A decisão, tomada pela secretaria responsável pela administração penitenciária, provocou indignação entre defensores de direitos humanos, operadores do Direito e familiares dos detentos. O modo como a ação foi conduzida expõe uma profunda falta de transparência e planejamento — marcas que não deveriam compor a gestão de um sistema já historicamente frágil.

Cabo de Santo Agostinho - Vem aí

Por Igor Gadelha – Metrópoles

Integrantes do Palácio do Planalto e da base governista no Congresso Nacional viram uma dobradinha de Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP) na decisão de votar o PL da Dosimetria antes do recesso.

Para aliados e auxiliares de Lula, os presidentes da Câmara e do Senado fizeram anúncios casados sobre a votação da proposta com o objetivo de mandar um recado ao presidente da República, com quem ambos têm tido divergências.

Palmares - Natal Encantado 2025

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), recuou e suspendeu o trecho da liminar que restringia à PGR (Procuradoria-Geral da República) o poder de pedir impeachment de ministros da Corte.

A nova decisão foi publicada na tarde desta quarta-feira (10) após pedido protocolado pelo Senado Federal. A sessão virtual de julgamento para referendar a liminar, que estava maracada para a próxima sexta-feira (12), foi retirada de pauta. As informações são da CNN.

Olinda - Refis últimos dias 2025

O deputado Osmar Terra (PL-RS) foi o único parlamentar do PL (Partido Liberal) a votar contra o Projeto de Lei da Dosimetria, aprovado pelo plenário da Câmara dos Deputados na madrugada desta quarta-feira (10).

O texto, que reduz as penas de envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro e é considerado benéfico ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), recebeu 291 votos favoráveis e 148 contrários. Com a aprovação, segue agora para análise do Senado. As informações são da CNN.

O PL da Dosimetria, aprovado pelo plenário da Câmara dos Deputados na madrugada desta quarta-feira (10/12), pode beneficiar outros presos, além dos condenados pela trama golpista e pelos atos de 8 de janeiro de 2023.

Durante a votação do relatório do deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), deputados da base governistas denunciaram que o projeto facilita “a progressão de regime para diversos crimes”. As informações são do Metrópoles.

O governo Trump se manifestou novamente nesta semana sobre a aplicação da lei Magnitsky ao ministro do STF Alexandre de Moraes, na qual acusou o magistrado brasileiro de realizar “prisões arbitrárias” e censura.

Em ofício enviado ao deputado republicano Rick McCormick na segunda-feira (8), a secretaria do Tesouro afirmou que Moraes “se utilizou sua posição para autorizar detenções arbitrárias antes do julgamento e suprimir a liberdade de expressão”. McCormick é membro do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados dos EUA. As informações são do g1.

O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, o senador Otto Alencar (PSD-BA), e o senador Renan Calheiros (MDB-AL) reeditaram a parceria que formaram durante a tramitação da PEC da Blindagem, agora para barrar a aprovação acelerada do PL (Projeto de Lei) da Dosimetria no Senado Federal. A análise é da âncora da CNN Tainá Falcão.

Otto Alencar anunciou que o relator da proposta será o senador Esperidião Amin (PP-SC) e criticou diretamente a tentativa de tramitação acelerada do projeto. Durante sessão no Senado, Alencar afirmou que a Casa não pode ser “cartório da Câmara Federal”, referindo-se à prática de aprovar rapidamente projetos que vêm da Câmara dos Deputados sem a devida análise.

O Ministério do Planejamento e Orçamento confirmou nesta quarta-feira (10) que o salário mínimo vai ser de R$ 1.621 em 2026. Com isso, o valor será R$ 103 acima dos atuais R$ 1.518.

Reportagem do g1 publicada mais cedo, nesta quarta, já informava que a estimativa de valor do salário mínimo para 2026 era essa.

O reajuste, de 6,79%, será aplicado a partir de janeiro – ou seja, no salário que o trabalhador recebe em fevereiro. As informações são do g1.

Por Zé Américo Silva*

A madrugada de 10 de dezembro de 2025 será lembrada como um marco de degradação institucional. A Câmara dos Deputados aprovou o chamado PL da Dosimetria, apresentado como uma “revisão técnica” do cálculo das penas, mas que, na prática, se converteu no maior ato de complacência parlamentar com golpistas desde a redemocratização.

Ao reduzir drasticamente as sanções de quem atentou contra o Estado Democrático de Direito, a Câmara produziu um efeito jurídico direto: aliviar a situação de Jair Bolsonaro e de seus generais conspiradores, repetindo o ciclo de anistias e proteções que sempre o acompanharam desde seus tempos de medíocre capitão do Exército. A história se repete como farsa – e, desta vez, como ameaça concreta ao futuro democrático do país.

O presidente da Subcomissão dos Presos do 8 de janeiro, deputado Coronel Meira (PL) realiza a quinta e última audiência pública, hoje, a partir das 17h, dando continuidade ao recebimento de relatos e denúncias de violações de direitos humanos praticadas contra os presos do 8 de janeiro.

“Essas audiências, vão assegurar que o Estado brasileiro cumpra seus deveres de respeito à dignidade da pessoa humana, ao devido processo legal e à integridade dos cidadãos que se encontram injustamente sob sua custódia”, afirma o deputado Coronel Meira.

Por Paulo Abou Hana*

Hoje, 10 de dezembro, completam-se quatro anos que meu pai se foi. Como o tempo voa… Parece que foi ontem que eu, na estrada a caminho de Petrolina, recebi uma ligação de um médico dizendo que papai não havia resistido a mais uma parada cardíaca.

A viagem de volta foi a mais longa da minha vida. Foi inacreditável ver meu Pai, meu herói, sendo “preparado” para ser velado e sepultado. Acompanhei e cuidei de tudo como se fosse uma última missão a ser cumprida. Que dor…

A família e os muitos amigos foram fundamentais para a “ficha” da saudade, que só cai depois.  Honrarei sempre seu nome e o seu legado. Tomara que os Kardecistas estejam certos e um dia eu possa te ver, te abraçar e conversar muito com o senhor sobre tudo que vivemos e deixamos de viver também.

Te amarei sempre, meu pai.

*Advogado

Por Rudolfo Lago – Correio da Manhã

É bastante provável que a CPI do Crime Organizado seja mais uma de várias recentes no Congresso a não chegar a lugar algum. Seja, porém, qual for seu resultado, ela vai ficar marcada pela contundente sinceridade de seu relator, o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), ao criticar a promiscuidade que hoje parece haver entre os poderes e o crime organizado.

Ao inquirir o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que já foi ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Vieira pôr um dedo “Supremo” na ferida, ao afirmar, com todas as letras, que “há hoje infiltração criminosa nos poderes da República”. E citou dois fatos recentes noticiados envolvendo ministros do STF em ligações com o enroladíssimo Banco Master.

Por Marcelo Diniz*

O debate sobre o chamado “PL da dosimetria” foi vendido como um acerto de contas com supostos excessos do Supremo Tribunal Federal nas penas do “8 de janeiro”. Mas o texto aprovado pela Câmara vai muito além de Bolsonaro e dos réus da trama golpista.

Ao mexer na Lei de Execução Penal e no capítulo dos crimes contra o Estado Democrático de Direito, o Congresso alterou engrenagens centrais do sistema penal. E fez isso num momento em que o próprio Legislativo discute leis para endurecer o combate às facções criminosas e milícias. O resultado é um conjunto contraditório de normas, que pode abrir brechas para antecipar a soltura ou até evitar a prisão de integrantes de organizações criminosas.

Por Inácio Feitosa*

Há mudanças silenciosas que raramente viram manchete, mas alteram a espinha dorsal do Estado. Em 2025, duas normas assim redesenharam o futuro da educação inclusiva no Brasil: o Decreto Federal nº 12.686/2025 e a Resolução nº 296/2025 do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco. Juntas, essas normas instauram um novo regime jurídico que simplesmente não admite aquilo que, por décadas, foi regra em milhares de municípios: improviso, contratações frágeis e cuidadores informais que sustentavam, precariamente, uma política que deveria ser técnica, estável e contínua.

O decreto federal estabelece o padrão nacional de inclusão escolar. Determina que estudantes com deficiência, com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) devem receber apoio especializado dentro da escola regular, com parâmetros mínimos de qualidade e com profissionais devidamente preparados. Não se trata apenas de garantir acesso; trata-se de assegurar aprendizagem, permanência, segurança e dignidade. A inclusão deixa de ser apêndice e passa a ser eixo de organização das redes municipais.