Os Estados Unidos sancionaram nesta sexta-feira (24) o presidente colombiano Gustavo Petro, a esposa Verónica Alcocer, o filho Nicolás Petro e o ministro do Interior colombiano, Armando Benedetti.
Os nomes dos sancionados foram incluídos na Lista de Nacionais Especialmente Designados e Pessoas Bloqueadas do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), uma agência do Departamento do Tesouro. Eles são submetidos a sanções econômicas. As informações são da CNN.
Leia maisCidadãos e empresas dos Estados Unidos são, de forma geral, proibidos de realizar qualquer tipo de transação financeira ou comercial com os listados.
No X, Gustavo Petro disse que “a ameaça de Bernie Moreno (senador republicano pelo estado de Ohio) se cumpriu: eu, meus filhos e minha esposa fomos incluídos na lista da OFAC. Meu advogado de defesa será Dany Kovalik, dos Estados Unidos”, escreveu o presidente colombiano.
“Lutar contra o narcotráfico durante décadas, e com eficácia, me trouxe esta medida por parte do governo da mesma sociedade que tanto ajudamos a conter o consumo de cocaína”, continuou Petro. “Um verdadeiro paradoxo — mas nem um passo atrás, e jamais de joelhos”, finalizou.
Bernie Moreno, a quem Petro se refere na postagem, é um senador republicano pelo estado americano de Ohio. Há dois dias, o senador afirmou que Trump imporia sanções a Petro, mas não haveria a imposição de taxas à Colômbia.
Maduro faz parte de mesma lista de sanções
Entre setembro de 2024 e janeiro de 2025, a Ofac impôs sanções financeiras a 45 autoridades da Venezuela pelo papel desempenhado em fraude eleitoral ou repressão.
Mais tarde, em 1º de junho deste ano, o Departamento do Tesouro incluiu os nomes de mais de 150 venezuelanos e três entidades do país. Entre eles, o ditador Nicolás Maduro, a esposa e o filho, a vice-presidente da Venezuela Delcy Rodríguez e o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López.
Crise diplomática entre Colômbia e Estados Unidos
A relação entre Colômbia e Estados Unidos chegou ao nível mais baixo da história recente e vem piorando desde que Donald Trump assumiu a presidência, em janeiro.
Na semana passada, Trump chamou Petro de “líder do tráfico ilegal de drogas” e alertou ao líder colombiano que fechasse as rotas dos criminosos em território colombiano, ou ele mesmo fecharia.
“É melhor fechar esses campos de extermínio imediatamente, ou os Estados Unidos os fecharão, e isso não será feito de forma agradável”, continuou o presidente dos EUA.
Em resposta, Gustavo Petro fez uma publicação X no domingo (19) na qual chamou Donald Trump de “rude” e “ignorante”.
No mês passado, os Estados Unidos revogaram o visto do presidente da Colômbia depois que Gustavo Petro se juntou a uma manifestação pró-Palestina em Nova York e instou os soldados americanos a desobedecerem às ordens de Trump.
O presidente da Colômbia é um duro crítico da atuação de Trump no nível internacional e tem criticado a atuação de militares americanos no mar do Caribe. Petro argumenta que os bombardeios contra barcos pequenos ferem “o princípio universal da proporcionalidade da força”.
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