Por J. Alencar
Leitor do blog
A questão de Anderson Ferreira continuar excluindo o time de Gilson Machado é um ponto central e controverso na estratégia do PL em Pernambuco. A decisão envolve uma série de cálculos políticos internos e as consequências de tal racha são objeto de debate no meio político. Não há uma resposta única se ele “deve” ou não continuar excluindo, pois isso depende dos objetivos estratégicos de cada grupo. No entanto, a análise política sugere que a união traria vantagens significativas. Vamos a ela:
Potencial de votos: a junção dos grupos representa uma força eleitoral considerável, somando cinco deputados federais (se considerarmos a influência dos grupos) e uma base de votos expressiva (os 350.000 votos de Gilson Machado são um capital político relevante).
Leia maisFortalecimento da bancada: a união poderia ampliar a bancada federal do PL no estado, dando mais peso político ao partido nacionalmente, o que interessa diretamente a Valdemar da Costa Neto.
Coerência e imagem: Uma imagem de unidade transmite força e organização, enquanto conflitos internos podem desmobilizar a base e afastar eleitores e novos filiados.
Por outro lado, a manutenção da exclusão por parte de Anderson Ferreira pode se dever a:
• Disputa por poder e espaço: o controle do partido no estado e a distribuição de recursos e candidaturas são pontos de atrito clássicos. Anderson Ferreira, como presidente estadual, detém o controle formal da estrutura partidária.
• Estratégias eleitorais diferentes: pode haver visões distintas sobre como abordar o eleitorado ou quais alianças fazer em nível estadual, o que dificulta a conciliação.
• Rachas pessoais: muitas vezes, desentendimentos políticos ganham contornos pessoais, tornando a conciliação mais difícil do que a simples lógica matemática de votos sugere.
A perda de Jaboatão dos Guararapes pelo grupo dos Ferreira adiciona pressão sobre a atual direção estadual. A popularidade da esposa do atual prefeito pode ser um fator na política local, mas a nível estadual, a capacidade de aglutinar forças se torna crucial para o crescimento do partido.
Em última análise, a decisão de Anderson Ferreira impacta diretamente o potencial de crescimento do PL em Pernambuco. A lógica dos números sugere que a união seria benéfica para a ampliação da bancada federal, mas as dinâmicas internas de poder e as divergências pessoais continuam a ser o principal obstáculo.
A questão central da sua análise é se a união dos grupos políticos de Anderson Ferreira e Gilson Machado é necessária para o crescimento do PL em Pernambuco, dado o peso eleitoral de ambos (cinco deputados federais juntos, segundo sua conta). A situação atual, no entanto, é marcada por um conflito notório, que tem impedido essa união.
Responder se Anderson Ferreira “deve continuar excluindo” o time de Gilson Machado é uma questão de estratégia política, com diferentes perspectivas:
Do ponto de vista da união e crescimento do partido
Para que o PL maximize seu potencial eleitoral no estado, a coerência e a união das principais forças internas seriam o caminho mais lógico. A soma dos votos e a capilaridade dos dois grupos (especialmente com a influência de Gilson Machado no Agreste e a base dos Ferreira em Jaboatão e Região Metropolitana) permitiriam ao partido apresentar uma frente mais sólida e competitiva em 2026. A manutenção da exclusão, nesse cenário, é vista por alguns membros do próprio partido como prejudicial à ampliação da bancada federal e ao projeto de poder do PL em Pernambuco.
Do ponto de vista do controle e poder interno
A atual gestão do partido sob Anderson Ferreira tem buscado manter o controle da legenda no estado, o que por vezes entra em conflito com as aspirações de Gilson Machado. Houve, inclusive, uma decisão recente de destituir Gilson Machado da presidência do diretório municipal do Recife, com o aval do presidente nacional Valdemar Costa Neto. Essa ação indica que Anderson Ferreira, no momento, tem o respaldo da direção nacional para tomar decisões que visam consolidar seu próprio grupo no comando do PL-PE, mesmo que isso signifique o afastamento de Gilson Machado.
Conclusão
A decisão de Anderson Ferreira de manter distância do grupo de Gilson Machado parece ser parte de uma estratégia para consolidar o controle da legenda no estado, mesmo que isso signifique abrir mão de uma força eleitoral considerável no curto prazo. A pergunta se ele deve continuar excluindo-o é uma escolha entre a unidade pragmática em prol do crescimento geral do partido e a lealdade interna para manter seu grupo no poder — uma decisão que cabe aos líderes do PL e que continuará a gerar debates no cenário político pernambucano.
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