A Região Metropolitana de São Luís vive uma das semanas mais violentas dos últimos anos. Desde domingo (19), uma série de ataques ligados à disputa entre facções criminosas por território deixou ao menos sete mortos e mais de dez feridos em diferentes bairros da capital maranhense e de cidades vizinhas.
Os episódios se concentram principalmente na Cidade Operária, área de forte presença de grupos rivais. Tiros em sequência, tentativas de execução e ataques em via pública se tornaram rotina desde o início da semana, obrigando escolas, universidades e comércios a suspenderem as atividades. As informações são do portal Infomoney.
Leia maisEntre as vítimas estão jovens de 17 a 26 anos, além de homens adultos. Os crimes seguem o mesmo padrão: disparos à queima-roupa feitos por ocupantes de veículos em movimento. Em alguns casos, as autoridades investigam se os ataques foram represálias diretas entre grupos que disputam pontos de tráfico.
Na terça-feira (21), um ataque a tiros deixou um jovem morto e outras cinco pessoas feridas, entre elas um adolescente de 13 anos. O grupo estava na frente de um comércio quando foi surpreendido por homens armados que fugiram em direção à Cidade Olímpica.
A escalada da violência paralisou parte da rede de ensino. Ao todo, 14 escolas estaduais e sete municipais interromperam as aulas, além de instituições como o Instituto Federal do Maranhão (IFMA), a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). A retomada completa está prevista apenas para a próxima semana.
Reação das autoridades
Diante da situação, o governo estadual reforçou o policiamento na região. O Comandante-Geral da PM, coronel Wallace Amorim, afirmou que todas as forças de segurança estão nas ruas para garantir a ordem e que não há registros de ataques dentro das escolas.
O governador Carlos Brandão (PSB) declarou que o efetivo policial foi ampliado e que o Estado vai agir “com rigor contra qualquer ameaça à ordem pública”.
Já o secretário de Segurança, Maurício Martins, informou que cerca de 140 policiais militares, incluindo equipes do Bope, Rotam e Batalhão de Choque, estão em operação permanente na Cidade Operária e nos bairros vizinhos.
As investigações, conduzidas pela Polícia Civil, apontam que os ataques partem de células locais de facções que disputam o controle do tráfico e ordenaram os crimes como retaliação a prisões recentes.
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