Por Andreza Matais – Metrópoles
O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, convidou o ex-presidente Michel Temer a ingressar no partido e se lançar candidato à Presidência da República.
Temer é presidente de honra do MDB e está na legenda desde 1981 — sua única filiação partidária até hoje. A justificativa dos tucanos é que o MDB é um partido dividido e dificilmente daria legenda para ele disputar o cargo.
Leia maisO MDB reagiu à investida. A coluna apurou que Temer já foi sondado por seu partido sobre uma eventual candidatura e respondeu que aceitaria concorrer caso houvesse uma união entre PL, União Brasil, PP, PSDB, MDB, PSDB e Republicanos em torno de seu nome.
Um movimento improvável. Os partidos de centro têm como prioridade o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para enfrentar Lula, que deve buscar o quarto mandato. Pesquisas indicam que o petista não consegue diminuar sua alta rejeição, reflexo de um certo cansaço do eleitorado, o que anima a centro-direita.
A iniciativa do PSDB para atrair Temer é tratada no MDB como uma “fofoquinha política bem sem vergonha”, vinda de uma ala tucana que tenta “prejudicar um projeto nacional”.
Com dois ministros no governo Lula — Simone Tebet (Planejamento) e Renan Filho (Transportes) —, o MDB segue dividido entre os que defendem apoiar o petista e os que querem lançar um candidato de oposição. Por isso, o partido deve empurrar essa discussão para o último momento.
O PSDB iniciou um movimento para se reerguer nacionalmente. O pontapé foi o retorno do ex-ministro Ciro Gomes na última semana. Ciro deixou o PDT para disputar o governo do Ceará. Cinco deputados federais negociam o embarque na sigla, que voltará a ser presidida por Aécio Neves (MG) a partir de novembro.
Perillo, atual presidente, será candidato ao governo de Goiás. Terá como oponente o vice-governador Daniel Vilela, do…MDB.
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