Por Larissa Rodrigues – Repórter do blog
O prefeito de Ipojuca, cidade do Grande Recife na qual está localizada a praia de Porto de Galinhas, Carlos Santana (Republicanos), pediu desculpas à população do município pelas agressões de barraqueiros contra um casal de turistas do Estado de Mato Grosso, ocorridas no último sábado (27). O gestor passou a manhã desta segunda-feira (29) em reunião sobre o assunto. Em entrevista ao titular deste blog, hoje, Carlos Santana afirmou que a cidade tomou uma série de medidas após o episódio.
“Primeiro, Magno, eu tenho que pedir desculpas à população do município pelo ocorrido. Foi covarde, não poderia ter acontecido, principalmente se tratando de Porto de Galinhas, que tem repercussão em nível nacional. Mas, desde o primeiro momento, a prefeitura tomou as rédeas e começou a punir os envolvidos. A gente identificou 14 ou 15 pessoas. Esse processo está passando pela delegacia de Porto. E a gente teve que tomar algumas medidas para o bem do nosso balneário”, declarou.
Leia maisA primeira medida, disse Santana, foi afastar a barraca onde as agressões ocorreram por um período de sete dias. As 15 pessoas envolvidas também tiveram suspensas as autorizações para trabalhar na praia, até o final da investigação. “A delegacia notificou todos e até o final da investigação eles estão afastados da orla. A gente aumentou o efetivo da praia também. Uma maior quantidade de guardas municipais estará mais presente na orla de Porto de Galinhas, agora”, detalhou Santana.
Na opinião do prefeito, faltou uma análise mais profunda das pessoas do entorno que presenciaram as agressões. “Os outros barraqueiros poderiam ter apaziguado e deixado o problema na barraca. Não sair caminhando em um estado de linchamento, porque foi o que aconteceu. As coisas transcorreram a quase 50 metros (da barraca). A sorte é que estava o pessoal de Salva Mar, uma equipe que fica na orla de Ipojuca e trabalha com jetski, quadriciclo e caminhonete. Um deles botou os dois turistas em cima da caminhonete, mas poderia ter acontecido uma tragédia.”
Assistência ao casal de turistas e falta de policiamento
Carlos Santana informou que uma equipe da prefeitura procuraria os turistas, na tarde de hoje, para prestar assistência e escutar a versão deles. Segundo Santana, não havia policiais militares na praia no momento do ocorrido. A presença da guarda municipal será reforçada, mas o prefeito disse esperar que haja sensibilidade da Polícia Militar de Pernambuco para que mais PMs sejam enviados a Porto.
“Antigamente a gente tinha a Ciatur, uma equipe da Polícia Militar que atuava de bermuda, mas toda armada, na beira da praia de Porto de Galinhas. Hoje, a quantidade de turistas que frequentam o nosso balneário é enorme e precisa de um efetivo policial acoplado à Guarda Municipal”, destacou Santana.
O gestor ainda destacou que integrantes da prefeitura e da Guarda Municipal estiveram em reunião marcada pela governadora Raquel Lyra (PSD), hoje, e a Secretaria de Defesa Social do Estado, além do Procon. Ficou decidido colocar um efetivo na beira da praia e uma equipe do Procon.
Perda de turistas
Carlos Santana acredita que não haverá perda de turistas após o ocorrido. “Eu acho que não, porque isso nunca aconteceu aqui em Porto de Galinhas. Faltou mais expertise dos barraqueiros para que não chegasse a esse momento. Se o problema tivesse sido solucionado na barraca, nada disso tinha se propagado. Mas, infelizmente, os ânimos muito exaltados de ambas as partes e aí os barraqueiros se uniram e partiram para cima para linchar o turista, que foi um fato lamentável e covarde”, comentou.
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