O deputado estadual Antonio Coelho (União Brasil) defendeu, nesta quinta-feira (16), na Assembleia Legislativa de Pernambuco, a construção de um hospital regional estadual em Petrolina, no Sertão do São Francisco. Em pronunciamento na tribuna, o parlamentar afirmou que a medida é uma necessidade “urgente, legítima e inadiável”, essencial para garantir atendimento digno e de qualidade à população do interior, que ainda precisa se deslocar por longas distâncias até a capital para ter acesso a serviços de saúde de alta complexidade.
Petrolina é a terceira cidade mais populosa do estado, com mais de 418 mil habitantes, e exerce influência sobre uma região que abrange cerca de meio milhão de pessoas em sete municípios. Apesar dessa relevância, é a única entre as 12 regionais de saúde de Pernambuco sem um hospital estadual compatível com suas demandas. “O município de Petrolina é, na verdade, quem tem arcado sozinho com o grosso da assistência médica e hospitalar destinada aos usuários do SUS. A Prefeitura opera nove unidades de saúde, mais que o dobro das mantidas pelo governo do Estado”, criticou Coelho.
Leia maisO parlamentar destacou ainda que o município tem investido além do exigido pela Constituição, com 20,84% do orçamento próprio aplicado em saúde, segundo o Monitora SUS. Ele lembrou que o próprio Mapa de Saúde Macrorregional IV de 2024, do Governo do Estado, reconhece deficiências graves na rede, como falta de leitos de UTI neonatal, pediátrica e adulta, além da escassez de cirurgias de alta complexidade, oncologia e exames de imagem. “O Hospital Dom Malan segue superlotado, a UPA 24h mantém pacientes graves internados por falta de leitos, e a UPA-E tem fila de espera por exames que pode ultrapassar um ano”, afirmou.
“A construção de um Hospital Regional em Petrolina não é um privilégio, é uma necessidade urgente e justa. É um ato de humanidade e equidade com o povo do Sertão”, enfatizou Antonio Coelho. Segundo ele, a proposta já recebeu apoio do prefeito Simão Durando, da Câmara de Vereadores e de diversas entidades da sociedade civil. “Cabe agora a esta Casa Legislativa se unir e fazer ecoar esse grito de justiça. Não é possível falar em um Pernambuco mais justo e desenvolvido sem olhar para o interior”, concluiu.
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