Entre os alvos das ordens de prisão domiciliar cumpridas neste sábado, conforme apurou a TV Globo, estão Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está no Paraná; Ângelo Denicoli, major da reserva do Exército, no Espírito Santo; Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército, no Distrito Federal; Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército, no Tocantins; Giancarlo Rodrigues, subtenente do Exército, na Bahia; Guilherme Marques Almeida e Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, ambos tenentes-coronéis do Exército, este último no Rio de Janeiro; além de Marília Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, no Distrito Federal, e Ailton Gonçalves Moraes Barros, ex-major do Exército, no Rio de Janeiro.
Os alvos terão de usar tornozeleira eletrônica, além de cumprir outras medidas restritivas, como proibição do uso de redes sociais e contato com outros investigados, entrega de passaportes, e proibição do recebimento de visitas. O ministro do STF também determinou a suspensão dos documentos de porte de arma de fogo.
De acordo com a PF, as ordens judiciais estão sendo cumpridas nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Bahia, Tocantins e no Distrito Federal, com apoio do Exército Brasileiro em parte das ações.
Condenados dos núcleos 2, 3 e 4
Os alvos da operação deste sábado integram os núcleos 2, 3 e 4 da trama golpista, que foram condenados pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo denúncia da Procuradoria-Geral da República os condenados do núcleo 2 fizeram uso de forças policiais para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder; coordenaram ações de monitoramento de autoridades públicas; tiveram interlocução com as lideranças ligadas aos atos de 8 de Janeiro; e atuaram na elaboração da chamada minuta do golpe.
Fazem parte do núcleo 2 e foram alvos de medidas hoje: Filipe Martins, ex-assessor especial de Assuntos Internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 21 anos de prisão, e Marília Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça na gestão de Anderson Torres, condenada a oito anos e seis meses de prisão.
Já os condenados do núcleo 3 foram denunciados pela PGR por planejar as “ações mais severas e violentas” da organização criminosa golpista, como o plano para assassinar autoridades.
Fazem parte do núcleo 3 e foram alvos de medidas hoje: Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército, condenado a 17 anos de prisão; Fabrício Moreira de Bastos, também coronel do Exército, condenado a 16 anos de prisão; e Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel do Exército, condenado a 17 anos de prisão.
O núcleo 4, por sua vez, foi acusado e condenado por disseminar notícias falsas para criar uma instabilidade institucional e favorecer uma tentativa de golpe de Estado.
Fazem parte do núcleo 4 e foram alvos de medidas hoje: Ângelo Denicoli, major da reserva do Exército, condenado a 17 anos de prisão; Giancarlo Rodrigues, subtenente do Exército, condenado a 14 anos de prisão; Guilherme Marques Almeida, tenente-coronel do Exército, condenado a 13 anos e seis meses de prisão; e Ailton Gonçalves Moraes Barros, ex-major do Exército, condenado a 13 anos e seis meses de prisão.
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