Aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, o projeto de lei da dosimetria não agradou a base bolsonarista, segundo o senador e ex-ministro Rogério Marinho (PL-RN). O parlamentar afirmou, em entrevista ao podcast Direto de Brasília, que o texto não era o que defendia o grupo, que sempre pregou anistia ampla, geral e irrestrita. Mesmo assim, existe a promessa de que seja vetado pelo presidente Lula (PT).
“Não é o projeto dos nossos sonhos, é o possível diante da situação. Colocamos que era necessário limitar os efeitos da lei aos eventos do 30 de outubro de 2022 a 8 de janeiro de 2023, uma vez que anistia é uma situação muito específica, ela acontece não como uma rotina ou fato recorrente, mas como um fato extraordinário. Então uma emenda de redação poderia nos ajudar a circunscrever esse tema e permitir que pudéssemos virar essa página. Seria a única mudança possível dadas as atuais circunstâncias”, lamentou Marinho.
Apesar da pressão popular ao longo desses anos, que a oposição tentou capitanear, a anistia não encontrou respaldo no Congresso Nacional para avançar, o que fez o grupo ter que diminuir as penas dos condenados pelos atos antidemocráticos, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “O projeto não é o que queríamos, nós defendemos desde o início uma anistia ampla, geral e irrestrita, mas infelizmente a correlação de forças dentro do Parlamento não ajudou. Nós não tivemos a condição de pautar o projeto da anistia, mas conseguimos o possível, que foi a diminuição de penas. Vamos trabalhar muito para que os condenados possam voltar para casa, e esperamos que haja bom senso e, sobretudo, um entendimento para virar essa página e que possamos discutir assuntos importantes”, colocou.
Mesmo preso, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deverá ser uma das vozes mais influentes da eleição do ano que vem. Esse é o pensamento do ex-ministro e atual líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN). Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por este blogueiro, o liberal criticou a estratégia da esquerda de celebrarem a prisão do ex-mandatário, afirmando que “ninguém mata uma ideia”.
“Bolsonaro está preso, é verdade. Injustamente, sendo perseguido e censurado. Mas o que eles (esquerda) não entenderam é que ninguém mata uma ideia, ninguém aprisiona um sentimento. É isso que Bolsonaro representa, cada vez mais forte. Desconheço pesquisa que mostre que partidos de centro estão melhor posicionados. Todas as pesquisas mostram que só tem dois partidos no Brasil, um é o Partido das Trevas, que é o PT, e o outro é o Partido da Luz, que é o PL. São os dois maiores partidos do Brasil, a anos-luz dos outros partidos. São duas visões diferentes do mundo e nós vamos ter a oportunidade novamente, a partir de 2026, colocar isso à prova. Não tenho dúvida nenhuma que vamos governar de novo o país”, afirmou Rogério Marinho.
Segundo o senador, a influência de Bolsonaro no PL e na direita pode ser medida comparando as eleições municipais de 2020 com as de 2024, pelo crescimento que a sigla obteve. “O que Bolsonaro fez em três anos e meio foi o que o PT construiu em 40 anos. O que o PT propõe é ruim para a sociedade brasileira, é danoso, é uma visão equivocada, mas é um partido político. E o PL hoje é o maior partido do Brasil graças a Jair Messias Bolsonaro. Em 2020, o PL era o 11º partido do Brasil em votos de legenda para vereador. Em 2024 passou para o primeiro lugar. Em 2020, o PL foi o 9º partido em votos para prefeito no Brasil, em 2024 foi o primeiro, saindo de 3,5 milhões para mais de 16 milhões, e olhe que não competiu em São Paulo. Em 2020, o PL só tinha uma única cidade com mais de 200 mil eleitores, e agora governa 16 cidades entre os maiores eleitorados, e em outras 29 cidades tem o vice-prefeito. Então é o maior partido do Brasil neste momento, com o maior eleitorado do Brasil”, elencou.
Se o leitor não conseguiu assistir a exibição ao vivo do podcast ‘Direto de Brasília’ com o pré-candidato ao Governo do Rio Grande do Norte pelo PL e líder da oposição no Senado, Rogério Marinho, clique no link abaixo e confira. Está imperdível!
O pré-candidato ao Governo do Rio Grande do Norte pelo PL e líder da oposição no Senado, Rogério Marinho, é o entrevistado do podcast ‘Direto de Brasília’ de hoje. O programa é uma parceria deste blog com a Folha de Pernambuco, com transmissão para 165 emissoras no Nordeste.
Na pauta, o cenário nacional, a candidatura de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República, a proposta de anistia, agora transformada em dosimetria (redução de pena aos envolvidos na tentativa de golpe em janeiro de 23), e a própria candidatura de Marinho ao Governo potiguar.
Rogério é economista, além de ter sido secretário especial da Previdência, de 2019 a 2020, e ministro do Desenvolvimento Regional de 2020 a 2022, durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Anteriormente, foi deputado federal pelo Rio Grande do Norte e secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte no governo de Rosalba Ciarlini.
O ‘Direto de Brasília’ vai ao ar das 18h às 19h, com transmissão pelo YouTube da Folha de Pernambuco e do meu blog, e também em cerca de 165 emissoras de rádio no Nordeste. Retransmitem ainda o programa a Gazeta News (Grupo Collor) em Alagoas; a Rede Mais Rádios, com 25 emissoras na Paraíba; a Mais-TV, sob o comando do jornalista Heron Cid; e ainda a Rede ANC, no Ceará, com mais de 50 emissoras, além TV LW, de Arcoverde.
Entram como parceiros na mídia institucional o Grupo Ferreira, de Santa Cruz do Capibaribe, a Autoviação Progresso, o Grupo Antonio Ferreira Souza, a Água Santa Joana, a Faculdade Vale do Pajeú e o grupo Grau Técnico.
Um levantamento realizado pelo Correio Braziliense com base nos dados da Câmara dos Deputados mostra que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), o ex-presidente Arthur Lira (PP-AL) e líderes partidários gastaram, juntos, mais de R$ 2,8 milhões em cota para o exercício da atividade parlamentar ao longo de 2025. As despesas incluem gastos com passagens aéreas, divulgação da atividade parlamentar, combustíveis, locação de veículos, telefonia e manutenção de escritórios.
Entre os parlamentares analisados, o presidente da Câmara foi o que registrou o maior volume de despesas no ano, seguido pelos líderes do PL e do governo na Câmara. Ao todo, o chefe da mesa-diretora gastou R$ 527.752,69 em cota parlamentar ao longo de 2025. As informações são do Correio Braziliense.
O mês com maior despesa foi fevereiro, quando os gastos somaram R$ 56.995,89. Nesse período, o maior desembolso foi com divulgação da atividade parlamentar, que alcançou R$ 27.950, seguido por locação ou fretamento de veículos (R$ 12 mil) e combustíveis (R$ 9.392). As despesas com passagens aéreas chegaram a R$ 7.049,07.
Já o ex-presidente da Casa Legislativa, deputado Arthur Lira, teve despesas menores no acumulado do ano, totalizando R$ 301.908,38. O pico ocorreu em março, quando os gastos chegaram a R$ 96.903,38, valor próximo de R$ 100 mil. Nesse mês, as passagens aéreas concentraram quase toda a despesa, somando mais de R$ 91 mil, entre reembolsos e gastos via sistema da Câmara. Os demais custos incluíram combustíveis, telefonia e manutenção de escritório.
Panorama entre base e oposição
O Correio também fez um comparativo entre as lideranças da base do governo federal e da oposição que representa a ala bolsonarista no Parlamento. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), por exemplo, registrou R$ 283.464,99 em despesas ao longo de 2025. O mês de maior gasto foi setembro, com R$ 41.652,70. As principais despesas nesse período foram passagens aéreas (R$ 21.466,42) e divulgação da atividade parlamentar (R$ 13 mil), além de gastos com manutenção de escritório e telefonia.
Já o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), gastou R$ 453.851,91 em cota parlamentar no ano de 2025, R$ 170.386,92 a mais que o líder da sigla petista. O mês de maior despesa foi maio, quando os gastos chegaram a R$ 55.948,64, cujo os principais custos foram com passagens aéreas (R$ 22.190,59), divulgação da atividade parlamentar (R$ 15 mil), locação de veículos (R$ 12,7 mil) e combustíveis.
No comparativo entre a liderança da oposição e do governo Lula na Casa, os maiores gastos mudam de lado, apesar de pouca diferença, com o líder do Executivo no Parlamento tendo um gasto anual que ultrapassou R$ 450 mil.
Ao todo, José Guimarães (PT-CE) gastou R$ 453.790,15 em cota parlamentar ao longo do ano. O mês de maior despesa foi julho, quando os gastos chegaram a R$ 61.473,25. Nesse período, os principais custos foram com passagens aéreas (R$ 26.803,88), manutenção de escritório (R$ 13.564,14) e divulgação da atividade parlamentar (R$ 12.396).
Já o líder da oposição na Câmara, Zucco (PL-RS), teve despesas totais de R$ 419.669,70 em 2025. O maior gasto mensal ocorreu em abril, com R$ 53.836,80. As despesas foram puxadas principalmente por passagens aéreas, que somaram R$ 27.240,37, além de manutenção de escritório, locação de veículos, combustíveis e divulgação da atividade parlamentar.
Cota parlamentar
A cota para o exercício da atividade parlamentar é um recurso público destinado a custear despesas relacionadas ao mandato, como transporte, comunicação, aluguel de veículos, manutenção de escritórios e divulgação das atividades do deputado. Os valores variam de acordo com o estado de origem do parlamentar e são divulgados mensalmente no Portal da Transparência da Câmara dos Deputados.
Após cassar os mandatos de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ), a Câmara dos Deputados oficializou, nesta terça-feira (23), a exoneração dos funcionários dos gabinetes dos dois ex-parlamentares.
Ao todo, foram nove exonerações no gabinete de Eduardo Bolsonaro e 12 no de Ramagem, publicadas no Diário Oficial da União. Todos os servidores de ambos os gabinetes estão exonerados desde o dia 18, data da cassação. As informações são do Metrópoles.
Pelo portal da Câmara, é possível verificar que não há mais funcionários vinculados ao gabinete de Eduardo Bolsonaro. Já Ramagem, mesmo após as exonerações, ainda mantém uma servidora ativa em seu gabinete.
No caso, permanece no gabinete Eduarda Rafaela de Lucena Nunes, que chegou a trabalhar na Secretaria de Relações Institucionais durante os últimos meses do governo de Jair Bolsonaro.
Na quinta-feira (18/12), a Câmara também cancelou os passaportes diplomáticos dos dois ex-deputados. Ramagem ainda ocupa um imóvel funcional da Casa, que deverá ser devolvido.
A pré-candidatura de Gabriel Porto (PSDB) a deputado federal recebeu, nesta terça-feira (23), o apoio do grupo de oposição de Lagoa dos Gatos, no Agreste, conhecido como Boca Preta. O anúncio foi feito durante confraternização do bloco político, por articulação do empresário Boró, e reuniu o ex-vice-prefeito Dr. Marcelo, o vereador Netto de Boró, os ex-vereadores Dudé, Zé de Boró, Badaró do Gesso, Carlinho de Catucá e Márcio Freire, além de lideranças como Zefinha do Sindicato, Júnior de Reinaldo, Carlos Cézar, Cido de Elizeu, Aldenora de Boró e Lucas do Cocão.
“Tenho trabalhado para reunir gente que, ao longo dos anos, tem feito da política um instrumento para melhorar e transformar a vida das pessoas, das comunidades e dos municípios. Os Boca Preta chegam para somar e fortalecer nossas ideias e nosso projeto. Agradeço a confiança de cada apoio recebido hoje. Vamos trabalhar juntos em favor de Lagoa dos Gatos e do seu povo”, afirmou Gabriel.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (23), que o resultado da taxação de 40% sob produtos brasileiros imposta pelos Estados Unidos terminou sendo “irrelevante” para o Brasil e as discussões em torno do tema propiciaram uma amizade entre ele e líder norte-americano, Donald Trump.
Na avaliação de Lula, esse é um dos fatores que sinalizam que o ano “terminou bem” para o Brasil. As informações são da CNN.
“O ano termina bem, o preço do alimento está caindo, as pessoas estão voltando a acessar coisas que ficaram mais caras. Mesmo a taxação que os Estados Unidos fizeram contra o Brasil terminou sendo irrelevante. Quando muita gente imaginava que eu e o Trump ia entrar em guerra, nós terminamos virando amigos”, disse o presidente durante cerimônia no Palácio do Planalto.
A tensão na relação entre Brasil e Estados Unidos teve seu ápice entre julho e agosto, quando o governo americano anunciou às tarifas sobre produtos brasileiros. Na época, Trump e seus aliados criticavam o processo da trama golpista no STF (Supremo Tribunal Federal), no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acabou condenado a 27 anos e três meses de prisão.
Em julho, o governo norte-americano ainda aplicou a Lei Magnitsky contra o ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, sob a justificativa que ele teria autorizado “prisões preventivas arbitrárias” e atuado para suprimir a liberdade de expressão no Brasil.
No último dia 12, o magistrado e a sua esposa, Viviane Barci de Moraes, foram retirados da lista.
Em setembro, Lula e Trump se encontraram Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) e o norte-americano afirmou que ele e o petista tiveram uma “química excelente”.
No início de dezembro, após uma ligação com Lula, o republicano voltou a dizer que gosta do presidente brasileiro.
“Tivemos uma ótima conversa, falamos sobre comércio, falamos sobre sanções porque, como vocês sabem, eu impus sanções, que tem a ver com certas coisas que aconteceram […] tivemos uma conversa muito boa. Eu gosto dele. Tivemos boas reuniões, como vocês sabem e tivemos uma conversa muito boa hoje, sim”, disse Trump.
O prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral, inaugurou nesta segunda-feira a Base Descentralizada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) na praia de Gaibu. A unidade foi instalada no antigo núcleo da Polícia Militar e passa a atuar como apoio à central do SAMU, localizada na Charneca, com o objetivo de reduzir o tempo de resposta às ocorrências na faixa litorânea do município.
A nova base contará com motolâncias e uma Unidade Básica Móvel, operadas por técnicos e condutores especializados, para atender situações de urgência e emergência nas praias. “A Base Descentralizada do SAMU vai oferecer a estrutura e o suporte necessários para os profissionais de saúde que atuarão aqui e, principalmente, para a população das praias, que passará a contar com um atendimento mais rápido e eficaz”, afirmou o prefeito Lula Cabral.
O deputado estadual Antônio Moraes participou, ontem (22), de uma reunião de confraternização com vereadores e lideranças políticas em Aliança, na Mata Norte de Pernambuco. O encontro contou com a presença do prefeito Pedro Freitas, do vice-prefeito José Sales e do ex-prefeito Xisto Freitas, além de integrantes do grupo político do parlamentar no município.
Na reunião, Moraes defendeu a manutenção de parcerias locais e comentou a atuação do Governo do Estado nas cidades pernambucanas. “A gente não pode voltar atrás. Digo isso porque participei da gestão anterior, e Pernambuco estava numa situação de penúria, sem obras, sem nada. Hoje, eu fico impressionado com a eficiência do governo Raquel Lyra. Em qualquer município que vou agora, vejo que o governo está presente, atuando, inclusive com obras estruturadoras, como o arco metropolitano”, afirmou.
O deputado também citou a previsão de extinção, em 2033, dos benefícios fiscais existentes no país e disse que isso deve intensificar a disputa entre estados por investimentos. “A fábrica da Jeep, por exemplo, é modulada, e só veio para Pernambuco porque Lula era presidente e concedeu uma boa isenção de impostos. Mas isso vai acabar em 2033, e se a gente não tiver uma boa infraestrutura para segurar empresas como a Jeep, elas vão embora”, declarou.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) empossou nesta terça-feira (23) o novo ministro do Turismo, Gustavo Feliciano. O paraibano assumirá a cadeira de Celso Sabino.
Sabino foi demitido depois de uma ala de deputados federais governista do União Brasil, partido do qual foi expulso e que era responsável por sua indicação ao ministério, articular a troca de comando na pasta. As informações são do g1.
O paraibano é filho do líder da bancada negra da Câmara, Damião Feliciano (União-PB), e é aliado do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que confirmou ter conversado com Lula a respeito da indicação.
Membros da cúpula do União Brasil contrários ao governo Lula atribuem a articulação integralmente a Hugo Motta, que tenta melhorar sua relação com o Planalto de olho nas eleições de 2026, quando pretende lançar o pai, Nabor Wanderley, ao Senado.
Motta participou da cerimônia de posse de Feliciano nesta terça, no Palácio do Planalto, ao lado de outras lideranças do União, PP e PSD na Câmara dos Deputados. O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), também esteve presente.
Em conversa com jornalistas na última semana, o presidente da Câmara afirmou que defendeu ao petista o nome de Gustavo Feliciano.
“O que eu pude dizer é que eu conheço o Gustavo. Eu pude dar um testemunho favorável. Penso que ele vai ajudar o governo nessa interlocução com o partido [União Brasil] e acho que o presidente foi feliz na escolha do Gustavo para ser o ministro do Turismo”, disse Motta. Na cerimônia desta terça, Hugo Motta saudou Lula pela nomeação e avaliou que a decisão demonstra “sensibilidade política e a capacidade de agregar”. O deputado também afirmou que a gestão de Feliciano “contará com o apoio do Parlamento” e terá participação da Câmara.
Gustavo Feliciano foi indicado ao comando do Ministério do Turismo por uma fatia da bancada do União Brasil na Câmara que deseja estar alinhada a Lula nas disputas regionais de 2026. Em troca, segundo relatos, os deputados se comprometeram a ajudar o Planalto dentro da Casa.
Apesar do movimento, o novo ministro do Turismo não é filiado ao União Brasil. Ele integrou os quadros do partido entre 2022 e outubro de 2025. Antes, esteve filiado ao PDT e ao MDB.
Feliciano foi secretário do Turismo da Paraíba entre 2019 e 2021. Ele é filho da ex-vice‑governadora do estado Lígia Feliciano e do deputado federal Damião Feliciano.
Nesta terça, o novo ministro agradeceu publicamente às lideranças do União Brasil que o indicaram à pasta. Também fez questão de agradecer a Hugo Motta.
Em discurso, Gustavo Feliciano defendeu o investimento em ações turísticas e afirmou que o turismo tem “que ser de todos”. “Felicidade e alegria não pode ser questão social. Quanto mais turismo mais igualde. E quanto mais turismo mais emprego, mais renda”, declarou.
Saída de Sabino
A saída de Celso Sabino do comando do Ministério do Turismo foi anunciada na última semana, em uma reunião de balanço de Lula com ministros. Sabino estava à frente da pasta desde agosto de 2023.
O agora ex-ministro do Turismo havia sido indicado ao comando da pasta pela bancada do União Brasil na Câmara. Neste ano, porém, o partido decidiu romper institucionalmente com o governo Lula e obrigar seus membros a deixar cargos na gestão petista.
Sabino descumpriu a regra e foi expulso da legenda. O paraense decidiu permanecer na pasta de olho nas eleições de 2026, nas quais deseja disputar uma vaga ao Senado pelo Pará. Em seu discurso de despedida, Celso Sabino repetiu seguidas vezes que agradecia a Lula pela “oportunidade” de chefiar a pasta do Turismo. Ele também agradeceu aos parlamentares do União Brasil que o indicaram ao cargo em 2023.
Sabino fez questão, ainda, de destacar o seu trabalho à frente da organização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), ocorrida em novembro, em Belém (PA). O evento foi um dos fatores que levaram o ministro a ignorar a ordem da cúpula do União Brasil e permanecer no ministério. Na ocasião, o cálculo era de que a conferência ajudaria a impulsionar a sua candidatura ao Senado em 2026.
“Dediquei todos os meus esforços, todo o meu empenho nesses últimos dois anos para honrar a sua confiança. Tenho orgulho de ter honrado meu estado do Pará com ações importantes. Destaco, entre elas, a COP30 – no início desacreditada. Quando disseram que não haveria infraestrutura, nós demos um show”, afirmou.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto nesta terça-feira que reconhece a música gospel como manifestação cultural em um gesto de aproximação com o segmento evangélico. A cerimônia contou com a participação do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), parlamentares evangélicos, como a senadora Eliziane Gama (PSB), o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) e a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), e com cantores de música gospel. As informações são do jornal O GLOBO.
Ao discursar, Lula afirmou que o “ato é simples”, mas tem “força simbólica” e é um “importante de acolhimento e respeito” ao povo evangélico brasileiro:
— A assinatura desse decreto representa mais um passo importante de acolhimento e respeito a comunidade e ao povo evangélico do Brasil. É um ato simples mas com força simbólica muito profunda. Com esse decreto o estado brasileiro confirma que a fé também se expressa com cultura, como identidade e história viva do nosso povo — afirmou Lula.
O presidente também agradeceu a sugestão do decreto, feita pela senadora Eliziane Gama, em uma conversa em seu gabinete e reconheceu que se “dependesse dele”, possivelmente o decreto não sairia:
— Esse decreto surgiu por conta de uma conversa minha com a (senadora) Eliziane (Gama), ela apareceu no meu gabinete, com um papel na mão e falou: “presidente, transforma música gospel num patrimônio nacional”. E eu liguei para a companheira Margareth e disse: “vamos fazer isso”. E sua reivindicação está sendo atendida por que é fazer justiça ao povo evangélico e à música gospel. É apenas um reconhecimento — afirmou — Se dependesse de mim, possivelmente não saísse esse decreto. Se não tivesse alguém que falasse: ‘Presidente, se manca aí, vamos faze esse decreto’.
Lula elogiou a iniciativa da primeira-dama Janja da Silva que tem se reunido com núcleos de mulheres evangélicas em diferentes regiões do país. O movimento de Janja faz parte de um gesto do governo para se aproximar do segmento.
— Fiquei feliz que porque ela (Janja) resolveu fazer reuniões com mulheres evangélicas, isso é muito importante. Um governo não tem que ter lado, governo não tem que ter religião, não tem que ter partido. Pode pertencer a um partido para se eleger, mas na hora de governar, é para todos.
O anúncio do decreto foi feito por Lula na última reunião ministerial de 2025, 17 de dezembro, e teve como destinatário direto o advogado-geral da União, Jorge Messias, indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) e evangélico.
— Vamos transformar a música gospel, Messias, em patrimônio. Na semana que vem, você pode estar preparado porque, além de ser ministro da Suprema Corte, você vai poder cantar música gospel no Palácio do Planalto — disse Lula.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta terça-feira (23) que Jair Bolsonaro seja internado e passe por uma cirurgia na quinta-feira (25) para tratar um quadro de hérnia inguinal.
Segundo a determinação, o ex-presidente será internado na quarta-feira (24) para iniciar os procedimentos pré-operatórios e a cirurgia será na quinta.
Bolsonaro deve passar por um procedimento cirúrgico para tratar um quadro de hérnia inguinal bilateral e de crises de soluço. Segundo a equipe médica da PF, trata-se de uma cirurgia eletiva, ou seja, não é de urgência, mas é importante para evitar o agravamento da situação médica. As informações são do g1.
A hérnia inguinal (também chamada hérnia na virilha) acontece quando os tecidos do interior do abdômen saem por um ponto fraco da parede muscular abdominal formando uma espécie de abaulamento no local. Quando isso ocorre dos dois lados, ela é chamada de bilateral.
Moraes autorizou apenas que a mulher de Bolsonaro, Michelle, seja a acompanhante do ex-presidente durante o procedimento.
No pedido, a defesa chegou a solicitar que os dois filhos Flávio e Carlos Bolsonaro também fossem autorizados a visitá-lo como acompanhantes secundários. O pedido foi negado.
Perícia da PF Bolsonaro passou por uma perícia médica realizada pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, que concluiu que o ex-presidente tem hérnia inguinal bilateral – um problema que afeta os dois lados da região da virilha – e precisaria de intervenção cirúrgica.
Segundo o laudo, a cirurgia é considerada eletiva, ou seja, não se trata de um caso de urgência ou emergência. Ainda assim, os peritos recomendaram que o procedimento fosse realizado “o mais breve possível”, para evitar agravamento do quadro.
A perícia avaliou que houve “piora progressiva” do quadro de hérnia de Bolsonaro, provavelmente causado pelo “aumento da pressão intra-abdominal decorrente dos soluços e da tosse crônica”.
A autorização para a cirurgia foi concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na última quinta-feira (19). Na ocasião, ele também negou o pedido de prisão domiciliar apresentado pela defesa do ex-presidente.
A defesa, no entanto, ainda não havia submetido oficialmente um pedido para marcar a data, o que ocorreu nesta terça.
Detido desde novembro Bolsonaro está detido na Superintendência da Polícia Federal (PF) desde 22 de novembro, após a violação da tornozeleira eletrônica que era usada por ele. O ex-presidente confessou ter tentado abrir o aparelho com um ferro de solda.
Três dias depois, Moraes determinou que o ex-presidente começasse o cumprimento da pena de mais de 27 anos de reclusão no mesmo local.
“O custodiado Jair Messias Bolsonaro, portanto, não tem direito à prisão domiciliar, pois foi condenado à pena privativa de liberdade em regime fechado, pela prática de crimes gravíssimos contra o Estado Democrático de Direito, praticados com violência e grave ameaça, bem como por liderar complexa organização criminosa composta por agentes públicos e infiltrada nos altos escalões dos órgãos governamentais”, afirmou Moraes.
A PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifestou favoravelmente às datas pedidas pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para internação e realização de cirurgia de hérnia inguinal bilateral.
No parecer, o órgão concorda com a transferência de Bolsonaro para o hospital DF Star, em Brasília, nesta quarta-feira (24), para a realização de exames preparatórios, e com a cirurgia na quinta-feira (25), dia de Natal. As informações são da CNN.
“A Procuradoria-Geral da República não se opõe aos pedidos de condução do apenado Jair Messias Bolsonaro ao Hospital DF Star em 24.12.2025 para realização de exames preparatórios para posterior cirurgia em 25.12.2025. Não se opõe, igualmente, à presença dos acompanhantes nomeados pela defesa”, afirma.
A PGR também se posicionou a favor do pedido para que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro seja a acompanhante principal do marido durante a internação. Além disso, não vê óbice para que os filhos vereador Carlos Bolsonaro (PL) e senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) atuem como acompanhantes secundários, quando necessário.
Com o parecer da Procuradoria, caberá agora ao ministro Alexandre de Moraes decidir se referenda as datas propostas e definir as condições da transferência de Bolsonaro da Superintendência da Polícia Federal para o hospital.
De acordo com a perícia médica oficial, Bolsonaro é portador de hérnia inguinal bilateral. O laudo aponta a necessidade de intervenção cirúrgica, mas sem caráter emergencial.
Diante disso, o procedimento foi classificado como cirurgia eletiva, ou seja, deve ser previamente agendado e não exige realização imediata.
Uma mulher entrou em trabalho de parto durante uma corrida por aplicativo e foi socorrida por policiais militares, que a auxiliaram a dar à luz, no Recife. Tudo aconteceu na avenida Joaquim Ribeiro, no bairro da Várzea, Zona Oeste da cidade, na noite de ontem. Policiais do 12º BPM faziam um patrulhamento pelo local quando foram acionados por populares.
“Um motorista de aplicativo havia feito um pedido de socorro, relatando uma emergência envolvendo uma passageira. Ao chegarem ao local, os policiais constataram que a passageira estava em trabalho de parto”, afirmou a Polícia Militar, por meio de nota.
Neste momento, os policiais prestaram suporte à mulher, e realizaram os primeiros procedimentos de assistência ao parto no local. Após o nascimento do bebê, mãe e filho foram encaminhados ao Hospital Barão de Lucena, no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife, para receber cuidados médicos especializados. “Ambos estão sob a supervisão da equipe de saúde, recebendo o acompanhamento necessário”, finalizou a polícia.
A pré-candidata a deputada estadual Regina da Saúde segue consolidando sua base eleitoral para o pleito de 2026, desta vez com um movimento estratégico na Zona da Mata Sul de Pernambuco. Ontem, a ex-prefeita de Itaíba recebeu o apoio oficial de Adeíldo Gouveia, popularmente conhecido como Galego do Gás, ex-prefeito do município de Primavera.
A aliança representa um ganho significativo de capilaridade política para Regina. Ao justificar a adesão, o ex-prefeito destacou a afinidade com o perfil de gestão de Regina. “Estou ao lado de Regina da Saúde porque acredito que ela será uma grande deputada estadual. Ela tem algo raro na política: gosta de cuidar das pessoas. Eu também sempre fui assim. Por isso, meu apoio é dela”, declarou Galego.
As universidades federais sofreram cortes do Congresso e vão ter quase R$ 400 milhões a menos em 2026 para o orçamento discricionário – aquele em que a instituição pode escolher onde gastar e cobre despesas com água, luz, manutenção, segurança, limpeza e bolsas – na comparação nominal com 2025, ainda sem contar com a inflação.
A informação é da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Ela ainda alerta que o cenário compromete o “pleno desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão” e que coloca em risco a assistência estudantil, como moradia e alimentação de alunos mais pobres.
Em 2025, o orçamento executado das universidades foi de R$ 6,82 bilhões. O Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) enviado pelo governo para 2026 previa R$ 6,89 milhões. No entanto, o Congresso cortou R$ 488 milhões desse montante. Assim, as instituições ficaram com R$ 6,43 bilhões.
Em nota, a Andifes, grupo que reúne os reitores das universidades federais do país, informou que “os cortes aprovados agravam um quadro já crítico” e que “caso não haja recomposição, o orçamento das Universidades Federais em 2026 ficará nominalmente inferior ao orçamento executado em 2025, desconsiderando os impactos inflacionários e os reajustes obrigatórios de contratos, especialmente aqueles relacionados à mão de obra”.
Além disso, alegou que o quadro se torna ainda mais preocupante diante de cortes semelhantes ocorridos nos orçamentos da Capes e do CNPq, duas importantes fontes de financiamento de pesquisas.
“Estamos, portanto, em um cenário de comprometimento do pleno desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão nas Universidades Federais, de ameaça à sustentabilidade administrativa dessas instituições e à permanência dos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica. A restrição orçamentária também impõe entraves à continuidade do desenvolvimento científico e, portanto, à soberania nacional”, diz o grupo.
Ainda segundo a Andifes, os cortes incidiram de forma desigual entre as universidades e atingiram todas as ações orçamentárias essenciais ao funcionamento da rede federal de ensino superior. “A situação é ainda mais grave no que se refere à assistência estudantil, área estratégica para a permanência de estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica”.
Apenas nessa ação, diz o texto, o corte do Congresso em relação ao que foi proposto pelo governo alcançou aproximadamente R$ 100 milhões, o equivalente a uma redução de 7,3%, comprometendo diretamente a implementação da nova Política Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), “colocando em risco avanços recentes na democratização do acesso e da permanência no ensino superior público”.
Entre as ações da Pnaes, há o Programa de Assistência Estudantil (PAE), que oferece benefícios diretos aos estudantes que fazem parte de um grupo familiar em situação de vulnerabilidade socioeconômica para moradia, alimentação, transporte, saúde, inclusão digital, cultura, esporte, apoio pedagógico e acesso a estudantes com deficiência. Também há o Programa de Bolsa Permanência (PBP), que garante auxílio financeiro para estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, com foco em indígenas e quilombolas.