Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) lotam a Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (7). Os manifestantes se concentram sobretudo no quarteirão próximo ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), onde está o trio elétrico em que as principais autoridades discursam.
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, fez um discurso em defesa da anistia direcionado ao Congresso Nacional, e críticas ao presidente Lula (PT). “Anistia já, anistia já!”, falou. “Se esse suposto golpe tivesse acontecido, que tudo a Justiça fala que teve um golpe, se tivesse um golpe quem iria ser a ministra da Justiça? A Débora do batom? Quem queria dar o golpe? Aquilo foi uma baderna generalizada, e ninguém concorda com o vandalismo. Mas isso não é golpe. O verdadeiro julgamento do golpe será nas eleições do ano que vem, quando será julgado o golpe da picanha prometida, do roubo do INSS, dos aposentados.”
Leia maisEm meio a cartazes pedindo a absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e em homenagem ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está morando nos Estados Unidos e atuou em prol de sanções do país contra o Brasil, manifestantes tiram selfies com políticos da direita, como o senador Marcos Pontes (PL-SP), o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL), e Valdemar Costa Neto.
Militantes também distribuíram cartazes com frases pedindo Bolsonaro na eleição de 2026 — o ex-presidente está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030 — e em apoio a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que está presa na Itália e foi condenada a dez anos de prisão por falsidade ideológica e invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O ato foi convocado por Silas Malafaia, pelo senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ) e por outras lideranças da direita em defesa da anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), além da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) são alguns dos confirmados no evento. Também ocorrem atos da direita em Brasília e na Praia de Copacabana, no Rio.
A manifestação ocorre em meio ao julgamento de Bolsonaro e dos demais acusados de estarem envolvidos na trama golpista, que começou nesta semana no Supremo Tribunal Federal (STF) e terá continuidade a partir de terça-feira (9).
À espera do “pixuleco do Lula”, um camelô que vende bandeiras do Brasil a R$ 10 diz que um fornecedor parceiro trará, para ele e seus colegas vendedores, bonecos infláveis do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Espero vender, tudo, mas o rapaz está atrasado para trazer os bonecos”, afirma o ambulante. Perto dele, outro camelô vende camisas e bandeiras com a imagem do presidente americano, Donald Trump. “Faço os dois por R$ 120 para você”, oferece o ambulante, que precisou correr do “rapa” da Guarda Civil Metropolitana, que não permitiu que ele estendesse um varal entre dois postes, da que ocorre em boa parte da via.
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