A crônica domingueira

Em plena era das canções de gosto duvidoso, que fazem a cabeça das novas gerações, tratar nesta crônica do romantismo contagiante das serenatas soa como uma provocação. Mas as serestas, ou serenatas, estão de volta, por incrível que pareça, depois de um longo período adormecidas. Em Pernambuco, o grito de renascimento, a ousadia, vem de Santa Maria da Boa Vista, a 605 km do Recife, modelo para outras cidades.

Ali, o cenário próprio e inerente para uma seresta, com ambientes que reportam ao romantismo europeu, de onde surgiram as serenatas, encanta e seduz. Se passa em casarões e prédios mais que centenários, beirando o Rio São Francisco, com a luz exuberante da lua cheia estendida sobre as águas do Velho Chico, o chamado Rio da Integração Nacional.