Em clima de despedida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o ministro Luís Roberto Barroso para um jantar reservado no Palácio da Alvorada, na noite da última sexta-feira (17), em um encontro que durou cerca de duas horas e teve como pauta principal a sucessão no Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo relatos feitos à reportagem, Lula quis ouvir diretamente de Barroso sua avaliação sobre os nomes que estão sendo considerados para ocupar a cadeira que ficará vaga com a aposentadoria antecipada do ministro. As informações são do jornal O Globo.
O presidente mencionou os três principais nomes que circulam nos bastidores do Planalto, entre eles o do advogado-geral da União, Jorge Messias, tido como favorito, e o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Também foi citado o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.
Barroso, de acordo com interlocutores, evitou se posicionar por um nome específico, mas afirmou considerar todos os cotados como “qualificados”. O jantar entre Lula e o agora ministro aposentado do STF não contou com a presença de outros integrantes da Corte.
A reunião ocorreu no último dia de Barroso como ministro do STF, cargo que ocupou por 12 anos, e após o magistrado proferir o voto favorável à interrupção da gravidez até a 12ª semana de gestação.
O jantar também aconteceu em meio à expectativa de que Lula anuncie nos próximos dias sua terceira indicação ao STF neste mandato — as anteriores foram Cristiano Zanin e Flávio Dino. A escolha será a 11ª feita pelo petista ao longo de seus três mandatos.
Apesar das pressões públicas por maior diversidade na Corte, especialmente pela nomeação de uma mulher — apenas três ocuparam o cargo em 134 anos de história — Lula tem sinalizado que manterá o critério de confiança e proximidade política, como nas indicações anteriores. Em entrevista recente, o presidente afirmou que busca alguém “gabaritado”, sem se comprometer com gênero ou raça.
O jornalismo é feito de emoções. Já vivi muitos momentos de coração pulsante. Estive frente a frente com figuras emblemáticas, como Fidel Castro, em Cuba, na residência oficial do ex-presidente cubano. Já tive o privilégio de almoçar com o poderoso Roberto Marinho, do alto do seu salão oval das Organizações Globo, no Rio, avistando o Corcovado.
Entrevistei Barbosa Lima Sobrinho em sua casa em Laranjeiras, no Rio. De José Sarney até Lula, entrevistei com exclusividade todos os presidentes da República. Na arte, Luiz Gonzaga me deu três entrevistas. Quem tem alma de repórter, faro de pedigree, a notícia é trazida pelo vento.
Curtindo o Crato, ontem, com minha Nayla, o vento soprou e me levou a outro momento inesquecível no jornalismo: uma visita a dona Almina Arraes, de 101 anos, a única irmã viva do ex-governador Miguel Arraes.
A encontrei extremamente lúcida, embora com fortes ruídos de audição. Simpática, através do seu filho Joaquim Bezerra, servidor aposentado do Banco Central, residente no Recife, abriu as portas da sua casa onde já morou dona Benigna, sua mãe e mãe de Arraes.
Dona Almina me levou até o portão da sua casa com o filho Joaquim
Um ambiente aconchegante, pontilhado por imagens históricas da família que a poeira do tempo não tirou o brilho nem o cupim roeu, como a foto oficial de Miguel Arraes prefeito do Recife em 1959. Também Arraes abraçando dona Madalena, sua esposa, ao sair da prisão no Rio de Janeiro em plena ditadura do golpe militar de 64.
Tão logo postei ontem o vídeo da minha visita, a família se manifestou. Emocionadas, a deputada Maria Arraes e a ex-deputada Marília Arraes me enviaram mensagens e fotos da família reunida no casarão de dona Almina.
Que momento lindo! Que recepção carinhosa e vibrante! Dona Almina é uma alma iluminada, uma benção de Deus. Aos 101 anos, ainda escreve no computador, devora livros e pinta. É uma eximia pintora. Suas obras de arte estão espalhadas no terraço da sua casa, na sala, nos quartos e na sala de estar.
Quando fez 85 anos, segundo o filho Joaquim, entrou num curso de Informática de seis meses, e colocou numa “cartilha” tudo o que havia aprendido para distribuir aos amigos interessados “em mexer com computador”. Conseguiu, com isso, fazer uma rede virtual, e ainda hoje se comunica com eles também dessa forma.
Entre os 80 e 90 anos, fez cursos de artesanato pela internet, lia jornais diários, falava com membros da família fora do Brasil, baixava músicas antigas e já “achou” na rede algumas amigas do seu tempo de infância que, como ela, também se integraram à comunicação virtual.
Dona Almina Arraes de Alencar Pinheiro nasceu em Araripe (CE), em 03.08.1924, filha de José Almino de Alencar e Silva e Maria Benigna Arraes de Alencar. Foi a sexta filha deste casal, que teve também Miguel, Maria Alice, Anilda, Laís, Alda e Violeta. Em 1928, a família mudou-se para Crato, a fim de proporcionar uma melhor educação formal aos filhos. Dois anos antes, a Diocese da cidade havia implantado o Colégio Diocesano de Crato (para educação masculina) e, posteriormente, criou também o Colégio Santa Teresa de Jesus, (destinado à educação feminina).
Ambos os educandários proporcionavam o ensino dos primeiros anos do curso médio completo. Foram neles que estudaram os filhos do casal José Almino e Maria Beniga. Dona Almina é uma mulher admirável! Conhecida por sua inteligência e perspicácia, fez o curso primário (hoje o básico) no educandário Santa Inês, pertencente a três irmãs que vieram instalar essa escola no Crato. Iniciou o intermediário no Colégio Santa Teresa de Jesus, também no Crato, mas veio a concluir esse curso na Escola Normal Rural da cidade de Limoeiro do Norte, no Ceará.
Almina foi a oradora e a aluna com as melhores notas da sua turma. Voltando ao Crato, depois de formada, exerceu o magistério até a chegada dos primeiros filhos, frutos do seu casamento, em 1946, com César Pinheiro Teles. Da união nasceram 6 filhos: Maria Edite, Joaquim, José Almino, Maria Amélia, Maria Benigna e Antônio César. As obrigações com a casa e a criação dos filhos não inibiram a criatividade de Almina.
Esta foi sempre uma característica dela: usar seu pouco tempo livre lendo e pesquisando, como forma de preencher as atividades do seu dia a dia, virtude essa que conservou até hoje. Foi da iniciativa de Dona Almina os manuscritos que proporcionaram o primeiro livro de poesias do consagrado e conhecido poeta Patativa do Assaré. Almina copiava em cadernos os versos ditados por ele. Suas anotações chegaram à editora Borsoi, no Rio de Janeiro, que publicou o primeiro livro de Patativa, em 1953, com o sugestivo título de “Inspiração Nordestina”.
Dona Almina pintou mais de 100 quadros. Lá atrás, ainda bem ativa, sensível à crise no setor da produção das conhecidas redes artesanais do Ceará, dona Almina montou um consórcio para dar saída à produção feita nos teares artesanais, ajudando muitas mulheres “rendeiras”, na obtenção de emprego e renda.
Esta iniciativa foi destacada na edição da revista “Continente”, da Companhia Editora de Pernambuco–CEPE, edição de 01.07.2012. Depois que atingiu os 90 anos, dona Almina passou a dedicar parte do seu tempo pesquisando métodos artificiais de polinização de plantas. Essa prática foi usada no seu jardim doméstico, um dos mais bonitos e bem cuidados do Crato.
Também desenvolveu uma chocadeira adaptando caixas de isopor para multiplicação de codornas, dotada de sensores e termômetros para controlar a temperatura. Pesquisei e encontrei um depoimento muito interessante sobre Dona Almina, de autoria de Jorge Furtado, roteirista da Rede Globo.
Em 2015, o cineasta Guel Arraes, sobrinho dela, esteve com uma equipe da TV Globo no Cariri produzindo uma reportagem sobre o Projeto Casa Grande, na vizinha cidade de Nova Olinda. Jorge Furtado, integrante da equipe, assim registrou a visita que fez a Dona Almina, àquela época com 91 anos de idade. Num artigo que publicou, Jorge Furtado encerrou com a seguinte frase: “Dona Almina ainda não sabe o que vai ser quando crescer”.
Dona Almina é um dos maiores patrimônios humanos do Brasil. Um patrimônio moral, ético, um dos ícones da cultura do Crato, segundo definiu o escritor Armando Lopes Rafael, conterrâneo do Crato, numa homenagem pela passagem do centenário dela, ano passado.
Confira, em vídeo, a visita a casa da dona Almina aqui.
Oito em cada dez oficinas brasileiras são de pequeno porte — e nelas a manutenção preventiva se consolidou como principal motor de crescimento. É o que mostra o estudo exclusivo ‘O futuro da relação: indústria reparador’, da Oficina Brasil. O levantamento também evidencia que a realidade do setor é marcada por operações enxutas: 80% das oficinas são de médio e pequeno porte, geralmente com a gestão concentrada no proprietário.
Nesse cenário, a busca por qualificação técnica é quase unânime. Pelo menos 97% dos reparadores afirmam precisar de atualização contínua para atender à crescente demanda por manutenção preventiva. “É o principal motor de crescimento das oficinas independentes, que hoje respondem por grande parte dos atendimentos no Brasil. Isso mostra como o reparador desempenha um papel central não apenas na rotina dos motoristas, mas também na sustentabilidade econômica de toda a cadeia automotiva”, afirma André Simões, diretor da Oficina Brasil. Quando o tema é a relação com a indústria, surgem sinais de distanciamento. Embora 82% dos reparadores sintam orgulho em indicar uma marca, 60% acreditam que não são ouvidos e 34% nunca receberam apoio relevante de fabricantes.
A fidelização também mostra fragilidade: 67% têm sempre duas ou três opções equivalentes ao escolher peças, e apenas 12% declaram fidelidade real. Entre os atributos mais valorizados, destacam-se a qualidade (65%) e a confiança (48%), que superam preço ou status da marca. Os desafios diários também reforçam o papel estratégico das oficinas independentes. Segundo o estudo, os problemas que mais tiram o sono dos reparadores são turnover (47%), retrabalho (40%) e prazo de entrega de peças (30%). Entre as maiores necessidades, 97% destacam a qualificação profissional e atualização técnica, seguidos por gestão da oficina (54%) e acesso a ferramentas (11%).
Comunidades – O estudo evidencia que os reparadores recorrem cada vez mais às suas próprias comunidades para trocar informações e resolver problemas técnicos. Entre os entrevistados, 70% afirmaram buscar colegas de profissão ou participar de grupos e fóruns, enquanto 50% mencionaram tutoriais em vídeo e 39% citaram materiais técnicos como recursos utilizados. Esses percentuais são complementares e revelam a diversidade de canais acionados pelos profissionais no dia a dia. Os insights revelam que a maior parte dos reparadores que participam de grupos interagem de forma ativa nesses espaços, demonstrando engajamento na troca de informações. Ainda assim, 75% afirmam já ter deixado algum grupo em função de conflitos, excesso de propaganda ou falta de conteúdo útil.
Objetividade – Os dados também mostram que a objetividade é determinante na rotina dos reparadores. O vídeo curto desponta como o formato preferido de aprendizado (60%) e também como a principal alternativa quando estão sem tempo (63%). Além disso, outros recursos complementam essa busca por praticidade: 37% recorrem a materiais técnicos em PDF ou manuais, 34% a vídeos passo a passo e 17% a cursos longos estruturados. Em momentos de maior demanda, além do vídeo rápido, 45% priorizam a troca direta com colegas e 28% a pesquisa na internet, reforçando que o conteúdo técnico precisa ser prático, acessível e adaptado ao ritmo dinâmico das oficinas. A pesquisa teve abrangência nacional e considerou oficinas em diferentes estágios de maturidade. Do total, 45,9% são negócios maduros (11 a 20 anos de operação), enquanto 40% já ultrapassaram duas décadas de atuação.
Versão de entrada Creta fica mais segura – Batizada de Comfort Safety, a nova configuração do SUV médio da Hyundai incorpora recursos importantes de assistência à condução, como o sistema de alerta e frenagem autônoma, o assistente de permanência e centralização em faixa, farol alto adaptativo e detector de fadiga. Os demais itens de tecnologia e segurança seguem conforme especificação da versão anterior, Comfort. O modelo já está disponível na rede de concessionárias Hyundai no Brasil, com preço sugerido de R$ 151.790.
Além das tecnologias de segurança, todas as versões possuem como item de série o Hyundai Bluelink, sistema de conectividade que permite ao condutor monitorar seu veículo remotamente. O uso do Bluelink é gratuito por cinco anos e, entre suas principais funcionalidades, estão o monitoramento do automóvel, rastreamento e imobilização, assistência 24 horas e diagnóstico dos sistemas. Também vem com a Smart Câmera 360°, que permite a visualização do entorno do carro na tela do celular. Complementam o serviço, conforme a configuração da central multimídia especificada em cada modelo, os comandos de voz e a busca de pontos de interesse com informações de trânsito em tempo real.
Novo Jetta GLI custa R$ 270 mil – O sedã médio da Volkswagen chega às concessionárias no dia 8 de novembro. É uma configuração única, sem opcionais. Destaques para o teto solar panorâmico, seis airbags e pacote de assistentes de condução: assistência de faixa, detecção de pedestres, monitoramento de ponto cego etc. O visual foi renovado, trazendo assinatura de iluminação 100% em LED, com faróis e lanternas conectadas, nova grade em colmeia com friso vermelho e badge GLI centralizado na traseira. O motor é um 2.0 turbo, que entrega 231cv de potência e 35,7kgfm de torque.
Dolphin Mini: menos de R$ 100 mil para taxistas e PCD – A BYD está oferecendo desde a semana passada os modelos Dolphin Mini, King e Song Pro, agora montados em Camaçari, BA, para vendas diretas, taxistas e pessoas com deficiência (PCD) com isenção fiscal de IPI e ICMS. Para esses públicos específicos, o Dolphin Mini GL, nova versão de entrada do compacto elétrico, custará R$ 99.990, no caso de PCD, e R$ 98.590 para taxistas. Para microempresa e produtor rural, fica em R$ 107.091. O Dolphin Mini é o elétrico mais vendido do Brasil. De janeiro a setembro, foram 10,3 mil licenciamentos, 25% dos mais de 40 mil carros elétricos vendidos pela BYD no período. As versões GL dos híbridos SUV Song Pro e do sedã King também contarão com os incentivos para vendas diretas. Com a isenção de impostos, o SUV custará R$ 132.990 para taxistas e R$ 147.990 para PCD e o sedã sai de R$ 169.990 por R$ 124.990.
Chega o Geely EX2 – A Geely Auto desembarcou nesta sexta-feira (17), no porto de Paranaguá (PR), o primeiro lote do Geely EX2, segundo modelo da marca que será vendido no país. O veículo foi o mais vendido na China em 2025. A comercialização por aqui começa já agora em novembro. Com propulsão elétrica, o EX2 foi desenvolvido dentro de quatro pilares: design, com visual harmônico e proporções equilibradas; espaço, com soluções inéditas de aproveitamento; economia, com alta eficiência energética e recarga rápida; e performance Inteligente, com uma combinação de desempenho.
Toyota expande garantia para blindados – A marca japonesa acaba de anunciar a ampliação do programa de extensão de garantia Toyota 10 para veículos com blindagem certificada. Dessa forma, os clientes que optarem pela proteção balística terão a mesma cobertura aplicada ao portfólio – que permite a extensão por até 10 anos ou 200 mil quilômetros para modelos a partir de 2020, sem custo adicional.
O programa permite prolongar a cobertura por até 10 anos, sem nenhum custo adicional, e é ativado automaticamente ao serem realizadas revisões programadas na rede autorizada após o término do período inicial de 5 anos de garantia de fábrica. Essa cobertura adicional é renovável a cada 12 meses ou 10.000 km e contempla peças de carroceria, sistema de arrefecimento, componentes elétricos e eletrônicos, motor, transmissão e freios até o limite máximo de 60 meses (totalizando 120 meses quando somados à garantia inicial) e 200.000 km para uso particular ou 100.000 km para uso comercial — o que ocorrer primeiro.
As motos elétricas e a segurança no trânsito – O mercado de motocicletas elétricas vive uma situação inédita no Brasil: no primeiro trimestre de 2025, foram licenciadas 3.452 unidades, mais que o dobro do registrado no mesmo período do ano passado, quando 1.686 unidades foram emplacadas, segundo dados da Fenabrave. Se, por um lado, o crescimento pode ganhar ainda mais impulso com a entrada de marcas tradicionais do setor, por outro acende o alerta sobre segurança no trânsito. Afinal, a tecnologia exige novas práticas de pilotagem e maior conscientização dos condutores.
Segundo Diogo Figueiredo, gerente de Capacitação e Treinamentos do Cepa Mobility, os riscos estão ligados a características próprias das motos elétricas. “O torque imediato e a aceleração linear facilitam arrancadas fortes, enquanto o silêncio em baixas velocidades reduz a percepção por pedestres e outros motoristas. Isso aumenta as chances de incidentes em áreas urbanas, especialmente atropelamentos”, explica. Outro ponto de atenção é a frenagem regenerativa, que altera a sensação de desaceleração e pode surpreender condutores sem experiência. “Treinar frenagens progressivas e antecipar manobras é fundamental para evitar travamentos e desequilíbrios. O veículo responde diferente da combustão, e o piloto precisa se adaptar”, completa Figueiredo.
Treinamento – Para o especialista, a rápida popularização das motos elétricas precisa ser acompanhada de medidas de conscientização, regulamentação e treinamento. Hoje, a legislação brasileira já enquadra ciclomotores e motocicletas elétricas nas mesmas categorias de habilitação (A e ACC), mas o desafio está em preparar os condutores para as particularidades desse tipo de veículo. Na prática, o Cepa recomenda que o pretendente a uma elétrica leve em conta fatores como perfil de uso, autonomia real, rede de assistência e condições de recarga. Também sugere treinos de adaptação: arrancadas suaves, sinalização antecipada, planejamento de autonomia e prática de frenagens em diferentes condições de pista. “Não é zero manutenção: pneus, freios e suspensão continuam críticos. Já a bateria exige cuidados de recarga e armazenamento, sempre em pontos seguros e com equipamentos adequados”, orienta o especialista.
Nissan em Resende: 100 mil carros para exportação – Com 11 anos de história, o Complexo Industrial da Nissan em Resende (RJ) celebra mais um marco: a exportação de 100 mil carros. A unidade que definiu esse marco foi um Kicks Play Sense com câmbio manual na cor branca destinado à Argentina, país que recebeu mais da metade de toda a produção feita para comercialização em mercados externos desde o início do programa de exportação. Dentro desse total, a Nissan também enviou veículos a países como Chile, Paraguai, Uruguai, Peru, Costa Rica, Panamá e Bolívia.
O primeiro veículo produzido na Nissan do Brasil para exportação foi o compacto Nissan March para a Bolívia. Porém, o primeiro embarque foi de unidades do mesmo modelo para exportação ao Paraguai. Entre os modelos e versões mais exportados pela planta de Resende estão o March S, Versa Sense, Kicks Play Advance e o novo Kicks Advance. Hoje, o Complexo Industrial da Nissan em Resende exporta o novo Kicks e o Kicks Play. E, no futuro, também como resultado do investimento de R$ 2,8 bilhões da fabricante japonesa, a fábrica passará a produzir um novo SUV que será vendido para mais de 20 países, tornando Resende um hub de exportação.
Hyundai lança carros por assinatura – A marca coreana anunciou no meio da semana o lançamento oficial do “Hyundai Assina”, programa de carros por assinatura — uma novidade já disponível nas concessionárias da Grande São Paulo e que será expandida para todo o Brasil até o fim de 2025. Ele permite que o cliente possa ter um Hyundai 0km com todos os custos inclusos em uma única mensalidade: IPVA, licenciamento, seguro, manutenção preventiva e assistência 24h. E elimina preocupações com entrada, financiamento ou desvalorização do veículo, oferecendo mais liberdade e previsibilidade financeira. A empresa garante que, quando comparado às opções de compra à vista e compra financiada, o “Assina” pode representar uma economia de até 20% ao longo de três anos.
Yangwang U9 Xtreme é vendido para um brasileiro – A primeira unidade do Yangwang U9 Xtreme, carro de produção mais rápido do mundo, foi vendida para o brasileiro Leo Sanchez, piloto e dono da farmacêutica EMS. O supercarro elétrico — da BYD — quebrou o recorde mundial, atingindo 496,22 km/h no centro de testes ATP Automotive Testing Papenburg, na Alemanha.
Com produção global limitada a apenas 30 unidades e apenas uma destinada para venda no Brasil, o carro mais rápido do planeta aproveita a arquitetura técnica do U9. A versão inclui uma plataforma atualizada com o sistema elétrico de ultra alta tensão de 1200V (em comparação com 800V), bateria Blade de fosfato de ferro e lítio com incrível taxa de descarga de 30C, quatro motores de ultra-alta velocidade que operam a até 30.000 rpm e produzem um total de mais de 3.000 cv, pneus semisslick de nível de competição e a suspensão DiSus-X revisada, com calibração específica para lidar com as tensões aumentadas em circuitos. A Yangwang é a marca superesportiva premium da BYD.
Carregador elétrico e a manutenção preventiva – Com mais de 480 mil veículos elétricos em circulação no Brasil, a infraestrutura de recarga ganha papel cada vez mais estratégico na consolidação da mobilidade no país. Mais do que instalar os equipamentos, manter os carregadores em boas condições de uso é essencial para garantir segurança, eficiência energética e durabilidade dos sistemas.
A manutenção preventiva atua como um verdadeiro check-up técnico, antecipando falhas e evitando interrupções no funcionamento, em processo que inclui limpeza completa, verificação de ventilação, inspeção de cabos e terminais, reaperto de conexões e, quando necessário, atualização de software.
Segundo Ayrton Barros, diretor-geral da NeoCharge, o intervalo entre as manutenções deve variar conforme o perfil de uso do equipamento. “Para carregadores de uso residencial, o ideal é realizar a manutenção uma vez por ano. Já nos modelos instalados em locais públicos, com alta frequência de recargas, o intervalo recomendado é de seis em seis meses”, orienta.
Para o especialista, o cuidado deve ser redobrado em ambientes abertos — como estacionamentos e rodovias —, onde a exposição à maresia, ao sol e à poeira acelera o desgaste. “Nesses casos, é indicado realizar verificações a cada três meses, especialmente em carregadores DC, que possuem partes móveis e ventilação ativa mais sensível”, acrescenta.
Além de prevenir falhas elétricas e superaquecimentos, a manutenção garante melhor desempenho energético, uma vez que equipamentos limpos e calibrados operam com maior eficiência e estabilidade, evitando desperdício de energia e ampliando a vida útil dos componentes.
Durante a inspeção, também é importante verificar os disjuntores, dispositivos de proteção (DR e DPS) e toda a estrutura elétrica envolvida. Segundo Ayrton Barros, este cuidado reduz o risco de incêndios e falhas graves nas instalações. “Com a limpeza, o reaperto dos terminais e a checagem do resfriamento, é possível evitar problemas e manter o equipamento operando com segurança por muito mais tempo”, explica.
Com a expansão acelerada da frota elétrica no país, o hábito da manutenção preventiva tende a se consolidar como uma etapa essencial para o bom funcionamento da rede de recarga. “Mais do que um procedimento técnico, trata-se de um pilar de segurança e confiança para o crescimento sustentável da mobilidade elétrica no Brasil”, reforça.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.