O ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) amanhã (6), a partir das 16h, em cerimônia de entrega de 2.837 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida, em Imperatriz (MA), conforme apurou o Poder360. Com o chefe do Executivo, ele deve assinar com o presidente a ordem de serviço para a construção de uma Arena Brasil, equipamento esportivo que integra o Novo PAC Seleções.
Fufuca segue cumprindo agenda normalmente, mesmo diante da pressão do Progressistas para que deixe o cargo. A participação no evento se contrapõe à determinação de seu partido, que estabeleceu hoje (5) como prazo final para que saia do ministério.
O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil-PA), também sofre pressão da sigla a que está filiado. Ele pediu demissão em 26 de setembro, mas permanece no governo – argumenta ser um pedido do presidente Lula. Sabino tenta negociar sua permanência. Na quinta-feira (2), afirmou que apoiará Lula “onde quer que esteja”.
O União Brasil deu um ultimato para que filiados com cargos federais deixassem o governo sob pena de expulsão. O partido tem 59 deputados federais e 7 senadores. Foi um dos pilares da base de sustentação do governo no início do mandato, mas a direção nacional mudou de posição em 2025 e passou a adotar uma linha de oposição.
Em 19 de agosto, PP e União Brasil formalizaram a federação União Progressista. As duas siglas integram o Centrão, grupo de partidos sem coloração ideológica definida que costuma apoiar diferentes governos. Os dois partidos, no entanto, decidiram desembarcar do governo Lula. Juntos, reúnem 109 deputados federais e 14 senadores, consolidando-se como o maior bloco da Câmara e empatando com o PL como uma das maiores bancadas do Senado.
Na sexta-feira (3), União Brasil abriu um processo disciplinar contra o ministro do Turismo, Celso Sabino. Ao Poder360, o deputado federal Fabio Schiochet (União Brasil-SC) confirmou a abertura do processo. “Fui designado relator no processo disciplinar do ministro Celso. Acredito que o ministro deve apresentar a defesa até segunda-feira [6] ou sair do governo. Minha posição é que tenho certeza que o ministro terá coerência e entregará o cargo conforme orientação do União”, declarou.
Vítima de um mal súbito, o prefeito de Jaçanã, Uady Farias (União), de 65 anos, faleceu na noite de ontem (4) enquanto participava de um compromisso em evento esportivo que acontecia na cidade.
Ele estava em seu quarto mandato à frente da Prefeitura e antes já tinha sido vereador por dois mandatos. Farias chegou a ser socorrido, mas não resistiu e faleceu. As informações são da Tribuna do Norte.
Nas redes sociais, a governadora Fátima Bezerra (PT) e a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) lamentaram o falecimento e se solidarizaram com amigos e familiares.
Um trecho do texto postado no perfil oficial da Prefeitura de Jaçanã informou que “Uady foi mais que um gestor público — foi um líder comprometido com o bem-estar da população, especialmente dos mais humildes”. O velório de Uady Farias acontece desde o início da madrugada no Ginásio Batistão e o sepultamento será neste domingo (5), às 16h, na cidade de Coronel Ezequiel.
As provas objetivas da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU) serão aplicadas neste domingo (5). Mais de 760 mil candidatos estão inscritos para participar da primeira fase.
À noite, professores especializados corrigem as provas e montam os gabaritos extraoficiais. Os gabaritos oficiais serão divulgados amanhã (6).
Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades
Diferentemente da edição anterior, que contou com oito editais, um para cada bloco temático, o processo seletivo será regido por um único edital. O documento traz informações detalhadas sobre as vagas, salários, conteúdo programático das provas, critérios de classificação e composição das notas finais.
Nesta edição, os cargos estão distribuídos em nove blocos temáticos, que agrupam as vagas por áreas de atuação semelhantes. São eles:
Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social)
Bloco 2: Cultura e Educação
Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia
Bloco 4: Engenharias e Arquitetura
Bloco 5: Administração
Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico
Bloco 7: Justiça e Defesa
Bloco 8: Intermediário – Saúde
Bloco 9: Intermediário – Regulação
Esse formato permite que o candidato concorra a várias vagas dentro de um mesmo bloco, com apenas uma inscrição.
Embora a maior parte das vagas esteja concentrada em órgãos com sede em Brasília (DF), também há postos disponíveis em diversos estados do país.
Salários
Os salários iniciais no CNU 2025 variam de R$ 4 mil a R$ 16 mil, dependendo do cargo e do nível de escolaridade exigido.
Como serão as provas?
A prova objetiva será aplicada em 5 de outubro de 2025. Ela será composta por uma parte com questões comuns a todos os candidatos (como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades) e outra com perguntas específicas, conforme o bloco temático escolhido.
A prova discursiva será aplicada em 7 de dezembro de 2025, exclusivamente para os candidatos aprovados na primeira fase. O conteúdo e o formato da redação variarão de acordo com a área de atuação.
Prova objetiva
A prova objetiva será de múltipla escolha, com cinco alternativas e apenas uma correta. A quantidade de questões varia conforme o nível do cargo:
Nível Superior: 90 questões no total, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos.
Nível Intermediário: 68 questões, com 20 de conhecimentos gerais e 48 de conhecimentos específicos.
Prova discursiva
Na etapa discursiva, os candidatos deverão elaborar textos conforme o nível de escolaridade exigido para o cargo:
Nível Superior: 2 questões discursivas, com aplicação das 13h às 16h.
Nível Intermediário: 1 redação dissertativa-argumentativa, das 13h às 15h.
O tempo de prova também é diferente:
Nível Superior: das 13h às 18h (5 horas de duração).
Nível Intermediário: das 13h às 16h30 (3h30 de duração).
Horários
Os portões de todos os locais serão fechados às 12h30 (horário de Brasília), e as provas começam às 13h.
A duração da prova varia conforme o nível do cargo:
Nível superior: 5 horas (13h às 18h)
Nível intermediário: 3h30 (13h às 16h30)
Os candidatos devem permanecer na sala por, no mínimo, duas horas.
O caderno de prova só poderá ser levado caso a saída ocorra na última hora do período estabelecido para cada nível.
O que pode ou não levar
O candidato pode apresentar o documento de identidade em versão digital, acessado pelo aplicativo no momento da identificação na entrada da sala. É importante que o app já esteja instalado e testado, pois funciona mesmo sem internet.
O Ministério recomenda o uso de roupas e calçados confortáveis, já que o candidato ficará sentado por várias horas.
A FGV fornecerá envelopes porta-objetos para guardar pertences, inclusive o celular, que deve permanecer desligado durante toda a prova. É necessário também desativar alarmes.
Os envelopes devem ser lacrados e identificados antes do candidato ocupar a carteira, onde permanecerão guardados.
Os pertences só poderão ser retirados, e o celular religado, após o término da prova e fora do local de aplicação.
Cartão de confirmação
Para obter o cartão de confirmação, o candidato deve acessar a mesma página onde fez a inscrição. É necessário fazer login no https://conhecimento.fgv.br/cpnu2 e clicar na Área do Candidato.
O documento também tem informações como número definitivo da inscrição, horários das provas e se a pessoa inscrita terá direito a atendimento especializado ou tratamento pelo nome social, por exemplo.
Após emitir o cartão, os candidatos devem conferir se o município que indicaram no ato da inscrição, para participarem da prova, está correto.
Se tiver qualquer tipo de erro, ou se o local de aplicação for muito distante, é importante entrar em contato com a FGV e pedir a correção do que for necessário. O telefone é 0800 591 0452.
Folhas de respostas
Todas as respostas devem ser obrigatoriamente marcadas no cartão de respostas, único documento aceito para correção. O preenchimento deve ser feito com caneta azul ou preta, de corpo transparente.
É responsabilidade do candidato preencher corretamente o cartão, seguindo as instruções do edital e da capa da prova, salvo em casos de atendimento especializado previamente autorizado.
A questão será anulada se mais de uma alternativa for assinalada, se nenhuma for marcada ou se o preenchimento descumprir as instruções.
Ao concluir a prova, é obrigatório entregar o cartão de respostas junto com o caderno ao fiscal da sala.
Após a divulgação dos resultados, a FGV disponibilizará imagens digitalizadas dos cartões de respostas por até 15 dias. Encerrado esse prazo, não serão aceitos pedidos de acesso.
Locais de provas
Os candidatos foram distribuídos em locais de aplicação em 228 cidades, de acordo com o CEP informado no momento da inscrição.
Confira o cronograma oficial
Inscrições: de 2 a 20/7/2025 (com pagamento até 21/7)
Solicitação de isenção da taxa de inscrição: de 2 a 8/7/2025
Prova objetiva: 5/10/2025, das 13h às 18h
Disponibilização da imagem do cartão de respostas: 12/11/2025
Convocação para prova discursiva: 12/11/2025
Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025
Convocação para a avaliação de títulos: 12/11/2025
Envio de títulos: de 13 a 19/11/2025
Cartão de confirmação de inscrição para prova discursiva: 1/12/2025
Prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7/12/2025
Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17/12/2025
Resultado preliminar da avaliação de títulos: 2/1/2026
Divulgação da nota preliminar da prova discursiva: 6/1/2026
Pedidos de revisão das notas da discursiva: de 7 a 8/1/2026
Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026
Petrolina é uma cidade diferenciada no Nordeste. Plana, bem iluminada, com uma orla na beira do Rio São Francisco repleta de bons restaurantes, equipamentos de lazer e esportes. A parte urbana nada lembra os cenários dos grotões do sertão, com seus bolsões de miséria. No hotel encontrei meu amigo Pedro Pires, um dos melhores médicos em ultrassom e Medicina Fetal.
Ele está em Petrolina um final de semana por mês para dar aula em uma faculdade da cidade. Entusiasmado, pegou seu celular para exibir um vídeo noturno em Petrolina, com suas largas avenidas e viadutos iluminados. “Não estou no Nordeste, mas nas Bahamas”, sapecou.
Pedro Pires vem do mesmo sertão de vidas secas que berrei ao mundo, o Vale do Pajeú, onde todas as suas almas são de cantadores, como disse Rogaciano Leite, o maior de todos os trovadores da minha terra, que do leito seco do rio não se encontra água, mas a poesia brota fácil. Vem de Tabira, celeiro de repentistas que nos fazem mais humanos e apaixonados pelo seu canto torto, como cantou Belchior.
Petrolina é a vanguarda do Nordeste, referência em qualidade de vida. Segundo estudo da Macroplan, renomada consultoria em planejamento e gestão, Petrolina desponta no primeiro lugar no índice geral de qualidade de vida no Nordeste. A Macroplan avalia a qualidade de vida das cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes em 15 indicadores-chave.
Petrolina obteve a nota 0,622, média superior a de todas as capitais e demais cidades nordestinas de grande porte. O estudo revelou avanços na qualidade dos serviços públicos, como melhorias no ensino fundamental, taxa de matrículas na educação infantil, ampliação da cobertura de saúde, entre outros. De 2010 até 2025, a cidade subiu 23 posições, mantendo-se como a única nordestina entre os 50 melhores municípios do Brasil.
Petrolina foi classificada como a melhor cidade de Pernambuco e a única do Estado entre as 20 melhores do País, considerando os municípios acima de 100 mil habitantes no ranking 2025 do Índice de Governança Municipal (IGM), elaborado pelo Conselho Federal de Administração (CFA). Com a nota 7,24 Petrolina ficou à frente até do Recife, que ficou com 6,25, e de cidades como Jaboatão dos Guararapes e Caruaru, que alcançaram 6,95 e 6,87, respectivamente.
O Índice de Governança Municipal (IGM) foi lançado em 2016 e tem como objetivo auxiliar gestores municipais na elaboração das políticas públicas mais adequadas aos seus municípios. O cálculo da eficiência da gestão pública tem como base três dimensões: finanças, gestão e desempenho. O levantamento inclui dados de 5.570 municípios brasileiros e do Distrito Federal, separados por grupos, conforme o número de habitantes e o PIB per capita.
Petrolina deve tudo aos Coelho. Sem a influência política do clã do velho Quelé, que gerou o estadista Nilo Coelho, o São Francisco, especialmente em Petrolina, ainda estaria hoje patinando. Nilo enxergou no Velho Rico a fórmula de transformar água em ouro, através dos projetos de irrigação. O primeiro foi Bebedouro, farol que se acendeu para iluminar a mente dos que enxergaram o futuro nas terras antes inóspitas.
Petrolina venceu o terrível ciclo de vidas secas e de retirantes. Virou um centro de agricultura irrigada, especialmente na produção de frutas. A cidade passou a ter vinhedos e vinícolas, elevando seu potencial econômico e turístico. A pujança de Petrolina se manifesta principalmente em seu poderoso setor de fruticultura irrigada, que transforma o sertão em um polo de exportação de frutas para o mundo, com destaque para mangas e uvas.
Além do agronegócio, a cidade se destaca pela sua cultura vibrante, a gastronomia regional do Bodódromo, o turismo de enoturismo e a tradição do artesanato, com a artista Ana das Carrancas sendo um símbolo do Patrimônio Vivo de Pernambuco. Na produção de frutas, mangas e uvas são exportadas para países como Estados Unidos e Reino Unido.
O setor se desenvolve com investimentos em novas tecnologias, aumentando a produtividade e garantindo o crescimento da produção. A região é reconhecida por sua capacidade de transformar o sertão em um polo agrícola de alta performance, como a conhecida terra dos impossíveis.
Junte-se a tudo isso de Petrolina a capacidade empresarial dos que acreditaram em plantar uvas e fazer vinho no calor do trópico, e produzem também uma grande variedade de frutas, assegurando espaços no mercado externo que o Brasil nunca tivera antes.
Se existem milagres feitos pelos humanos, o agronegócio em Petrolina é um deles, e não foi excluída a participação da agricultura familiar, que encontrou espaços próprios. Quem visita Petrolina, sob o impacto que nos aflige da complicada realidade brasileira, com o desemprego aumentando, a economia travada, e a política se desencaminhando aos extremos, observa, sem necessitar de muita argúcia, que a crise quase some no dia a dia, onde as preocupações fundamentais voltam-se para o plantar, o colher, e ter êxito na comercialização dos produtos.
Isso acontece porque o ambiente de negócios é dinâmico, o desemprego é mínimo, e quem trabalha está confiante nos resultados favoráveis. Já a gastronomia é outro destaque em Petrolina. O Bodódromo oferece a culinária regional sertaneja, com pratos como carneiro assado, linguiça e buchada, atraindo milhares de turistas. Há vinhedos na região que oferecem passeios e degustações, impulsionando o turismo de enoturismo.
A obra de Ana das Carrancas, com suas carrancas de barro, é um símbolo do Patrimônio Vivo de Pernambuco e representa a pujança do artesanato local. Petrolina, enfim, mira um futuro tecnológico, com a instalação de unidades de centros de inovação, impulsionando o desenvolvimento local.
A marca japonesa sediada em Manaus anunciou investimentos de R$ 1,6 bilhão até 2029 para lançar novas motocicletas no Brasil. Ela, garante os dirigentes da empresa, serão mais econômicas e ambientalmente responsáveis, com motores eficientes, recursos de segurança aprimorados e maior conectividade. Com isso, a marca ampliará seu portfólio de produtos, que atualmente conta com 20 produzidos localmente e 7 importados — que vão de 110cc a 1.800cc e atendem a uma ampla variedade de perfis de clientes e necessidades de mobilidade, desde o deslocamento diário e trabalho até o lazer. Confira as novidades:
NC750X – A nova versão da crossover, que chegará às revendas da marca ainda em 2025, será oferecida em versão com câmbio DCT ou convencional, e trará novidades estéticas e atualizações nos aspectos técnicos e itens voltados à praticidade e segurança.
CB750 Hornet e XL750 Transalp – Os modelos reforçam o apelo esportivo e versátil.
CG 160 Titan Special Edition – Tem design alusivo ao marco de 50 anos da produção da motocicleta mais vendida do Brasil – e 1ª Honda a ser fabricada em Manaus. O modelo ganhará uma versão inédita com cores e logotipias exclusivas. A previsão de lançamento no mercado brasileiro será no primeiro trimestre de 2026.
Tornado Special Edition – A XR 300L Tornado, lançada em meados de 2024, se confirmou como um dos modelos mais cobiçados do lineup por conciliar versatilidade com espírito aventureiro. Ela dará destaque a esportividade por meio de grafismos/cores alusivos às CRF campeãs do Rally Dakar. A previsão de lançamento é para o primeiro trimestre de 2026.
CB1000 Hornet – A streetfighter chega no primeiro trimestre de 2026 para complementar a família Hornet. O modelo será oferecido em duas configurações, com destaque para a SP — que traz quickshifter, suspensão Ohlins e freios Brembo.
GL1800 Gold Wing Tour 50 Anniversary – Versão comemorativa do modelo, especialmente para celebrar os 50 anos do lançamento da primeira Gold Wing, a GL 1000 de 1975. Pintura especial 50 Anniversary e aperfeiçoamentos no sistema de áudio e na tecnologia de bordo tiveram como alvo a melhoria da experiência ao guidão, que estará disponível no primeiro semestre de 2026.
O investimento ocorre em um mercado em crescimento, que demanda por soluções de mobilidade ágeis e versáteis. A Honda aumentará a capacidade produtiva de sua fábrica em Manaus para 1,6 milhão de unidades por ano (tanto lançamento de novos produtos — tanto modelos inéditos quanto versões atualizadas de modelos consagrados — e a otimização de processos para melhorar a eficiência e ampliar a flexibilidade operacional da planta. Com isso, 350 novos empregos serão criados. A Honda emprega mais de 9 mil trabalhadores diretos apenas na fábrica de Manaus. A Fenabrave, que reúne os fabricantes de veículos, está otimista quanto ao crescimento para o mercado de motocicletas. E eleva de 10% para 15% a expectativa de vendas (para quase 2,2 milhões de emplacamentos). O segmento tem maior participação do consórcio e, por isso, sofre menos com os juros altos.
Projeção da venda de veículos leves – Por falar em Fenabrave, ela reduziu a expectativa de expansão para o mercado de automóveis e comerciais leves. A meta de crescer 5% baixou para 3% — o que representará 67,5 mil unidades a menos do que o inicialmente previsto. A estimativa inicial de atingir 2.608.777 emplacamentos de veículos leves em 2025 foi revista para 2,6 milhões. No ano passado, as vendas atingiram 2.484.740 unidades. O programa Carro Sustentável, que contempla os mais baratos de cinco marcas, ainda é positivo, com aumento de 24,2% no comparativo interanual do mês de setembro.
O recorde da GWM – A marca chinesa estabeleceu no Brasil um novo marco histórico em sua trajetória. Pela primeira vez desde sua chegada, ultrapassou a barreira das 4 mil unidades vendidas em um único mês, somando 4.044 veículos emplacados. Esse resultado é o terceiro recorde de vendas neste ano. No acumulado de janeiro a setembro, a GWM alcançou um avanço de 30,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho contrasta com a média do mercado automotivo, que conta com menos de 1% de crescimento no período. Esses números foram impulsionados pela chegada da linha diesel, a picape Poer P30 e o SUV de 7 lugares Haval H9, e pela rápida expansão da rede de concessionárias.
Venda eletrificados se supera – O segmento, até impulsionado pelos híbridos da Stellantis, continuam ampliando a participação no mercado.Dados da Bright Consulting indicam recorde de vendas em setembro, com 26.257 unidades, o que representou alta de 100% sobre idêntico mês de 2024 e de 7% em relação a agosto. As marcas chinesas cravaram 10% de participação em setembro. As que mais vendem localmente são a BYD e a GWM. Os eletrificados, incluindo 100% elétricos e híbridos, chegaram a 11,3% em setembro.
As médias reais de preços dos 0Km – A Megadealer lançou, este mês, o PVZ Estudo de Preços de Veículos 0km, uma ferramenta inédita no mercado brasileiro de veículos novos que reúne dados e insights valiosos sobre precificação e descontos praticados pelas concessionárias. Somente no primeiro semestre deste ano, foram coletadas informações de mais de 430 mil operações de vendas de veículos, que integram a primeira versão do estudo. Mensalmente, serão analisados indicadores-chave de performance dos preços praticados pelas concessionárias, nos vários segmentos, cores, modelos e, principalmente, os respectivos descontos sobre o preço sugerido pelo fabricante.
A primeira versão do estudo revelou que as vendas gerais de 0km no mercado, durante o mês de agosto, apresentaram aos consumidores um desconto médio de 7,3% no valor de compra dos veículos, em comparação com os preços sugeridos pelas fabricantes. Os dados mostraram que o ticket médio dos veículos vendidos ficou em R$ 155.642,00, contra o preço médio de R$ 167.871,00 sugerido pelas montadoras. Ainda segundo o PVZ, o mercado de carros zero km apresenta, atualmente, um bom giro de estoque de 39 dias, em média. Ari Kempenich, diretor da Megadealer, avalia que o estudo já dá mostras do impacto da redução do IPI , que entrou em vigor em julho.
“A redução do imposto promovida pelos programas do governo beneficiou principalmente os segmentos com os menores preços, sendo o segmento de hatch compacto o que apurou o maior nível de desconto ao consumidor final (11,9%)”, diz. Os estados do Sudeste (RJ/MG/ES) são aqueles onde os maiores descontos estão sendo praticados (7,7%), seguidos por São Paulo que, analisado individualmente, apresentou um desconto médio de 7,5%. Nas regiões Norte e Centro-Oeste foi observada a menor taxa, ambas com 6,2%, enquanto o Sul e o Nordeste tiveram boas médias de descontos de 7,3% e 7%, respectivamente.
No recorte por montadoras, as redes de concessionárias que apresentaram maior desconto no preço para os consumidores foram as da Renault (10,7%), Jeep (10,6%) e Peugeot (10%). Já as redes da GWM (0,6%), CAOA Cherry (1,4%) e KIA (2.5%) tiveram os menores índices de redução nos preços.
M2 CS: 30 unidades a R$ 981 mil cada – A BMW começou a fazer reservas do esportivo de alto desempenho M2 CS. São 30 unidades, numa referência às três décadas de atuação da marca no mercado brasileiro, ao preço de R$ 980.950. O carro combina ajustes para pistas de corrida aos das condições urbanas. Por exemplo: há modos de condução programáveis, suspensão adaptativa e, claro, pacote de tecnologias de assistência de direção. O modelo tem rodas de 19 polegadas na dianteira e 20’’ na traseira, escapamento com duplas saídas, bancos tipo concha, teto de fibra de carbono e freios de carbono-cerâmica com pinças vermelhas. O motor biturbo 3.0 de 510cv o fez bater recorde no circuito de Nürburgring-Nordschleife (na categoria de esportivos compactos) com em 7 minutos e 25,5 segundos.
Novo Porsche 911 S – E por falar em carro caro, a Porsche começou o processo de pré-vendas do novo 911 Turbo S (agora, híbrido). Preço? R$ 2,1 milhões – com uma diferença de uns R$ 50 mil entre o cupê e o cabriolet. A motorização (dois turbos elétricos e boxer 3.6) entrega 711cv e 81,6kgfm de torque. É o 911 de série, para ser usado nas ruas, potente já produzido. Faz, por exemplo, 0 a 100 km/h em 2,5 segundos, com velocidade máxima de 322 km/h. Também em Nürburgring, o novo S completou a volta em 7:03,92 – ou 14 segundos mais rápido que seu antecessor.
Accord híbrido por R$ 332 mil – A versão única da linha 2026 do sedã grande Honda ganhou algumas novidades tecnológicas – como a nova central multimídia de 12,3”, compatível com o Google Assistente integrado, que permite comandos por voz e acesso direto a aplicativos. O preço do modelo importado dos EUA é de R$ R$ 332.400. A motorização híbrido de 194cv não mudou: vem com motor 2.0 a combustão de 146 cv e um elétrico de 184 cv, o que garante consumo de até 17,8 km/l na cidade e 16,1 km/l na estrada, segundo a marca. Os equipamentos, compatíveis com o preço, claro, incluem sistema de som Bose com 12 alto-falantes, quatro entradas USB-C iluminadas, carregador por indução, teto solar e pacote de segurança com controle de cruzeiro adaptativo, frenagem autônoma, assistente de faixa, mitigação de evasão de pista, farol alto automático e 8 airbags.
Os elétricos nas empresas – A Edenred Ticket Log, marca da Edenred Brasil em soluções de mobilidade na América Latina, fez uma pesquisa com gestores de 300 empresas para entender o estágio atual da eletrificação de frotas. O estudo revelou que 18% das companhias já utilizam veículos elétricos e outros 18% planejam adotá-los nos próximos três anos. Isso significa que quatro em cada dez empresas estão diretamente envolvidas com esse movimento. Entre as que já operam com veículos elétricos, 60% afirmam que a decisão foi impulsionada por metas de descarbonização, enquanto 47% mencionam a busca por inovação como principal motivador. Além disso, 23% dessas empresas já estabeleceram metas para expandir o uso desse tipo de veículo em suas frotas. Entre aquelas que ainda não possuem veículos elétricos, mas pretendem adquirir, a descarbonização é o principal objetivo para 69% destas.
Erros comuns na lavagem do carro para se evitar – A lavagem a seco conquistou espaço entre motoristas que buscam praticidade, economia de água e preservação da pintura do veículo. Mas é preciso ter atenção nesse processo e não inverter a ordem. Se realizada de forma incorreta, pode causar danos à lataria e comprometer o brilho da pintura. Marco Lisboa, CEO e fundador da KoalaCar, rede de microfranquias especializada em limpeza a seco de veículos, explica que um dos equívocos mais frequentes é não utilizar produtos específicos para lavagem a seco. “Muitas pessoas recorrem a soluções caseiras ou sprays genéricos, que não possuem os componentes necessários para encapsular a sujeira e evitar riscos. É preciso atenção ao produto indicado, pois sua formulação cria uma película que envolve as partículas de poeira e facilita a remoção sem arranhar a superfície”, diz Lisboa.
Um erro recorrente está no uso inadequado dos panos de microfibra. Toalhas comuns, lenços ou tecidos ásperos podem arranhar a pintura. Além disso, vale ressaltar que ela precisa estar limpa e dobrada em várias partes, para que cada lado seja usado apenas uma vez. “Muita gente não dá importância ao pano usado, mas a microfibra é fundamental, porque tem uma estrutura de fios extremamente finos (muito mais que o algodão, por exemplo), que encapsula e retém a sujeira nas tramas, em vez de arrastá-la pela pintura. Já um pano comum pode causar riscos que só aparecem depois de um tempo, comprometendo o brilho da pintura”, diz o CEO de KoalaCar.
A ordem da limpeza também faz diferença. Começar pelas áreas mais sujas, como para-choques e saias laterais, pode transferir partículas maiores de sujeira para outras partes da carroceria. O ideal é iniciar pelas superfícies superiores, descendo gradualmente até a parte inferior.
Muitos motoristas ainda exageram na quantidade de produto ou, ao contrário, aplicam menos do que o necessário. O excesso pode deixar manchas e resíduos, enquanto a falta compromete a proteção da pintura. A recomendação é seguir a indicação do fabricante conforme o rótulo da embalagem.
Um erro pouco comentado, mas bastante comum, é lavar o carro sob sol forte. A alta temperatura acelera a secagem do produto, deixando marcas e prejudicando o acabamento. O indicado é realizar a lavagem em local coberto e arejado. A lavagem a seco, quando feita da maneira correta, é uma aliada da sustentabilidade e da estética automotiva. Para quem não sabe ou tem dificuldades em fazer sozinho, chamar um especialista pode ser a melhor opção para preservar a pintura, economizar água e garantir um brilho duradouro ao veículo”, diz Lisboa.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.