A Câmara de Vereadores de Triunfo, a cidade mais linda do Sertão pernambucano, que não canso de divulgar suas belezas e atrativos turísticos, com destaque para o clima frio, aprovou, ontem, por unanimidade, meu título de Cidadão Honorário. Quanta honra para um pobre plebeu!
A iniciativa foi do vereador José Carlos Solon (Podemos), na foto, mas com o carimbo e as digitais do embaixador de Triunfo, Rogério Mota, que há muito vinha se movimentando para a Câmara me conceder tamanha honraria. Como eu, Mota é um apaixonado pela cidade. Não sei, na verdade, qual das suas maiores paixões entre Triunfo e o Santa Cruz, que está na peinha para virar campeão da série D.
Sou um jornalista municipalista por origem e convicção, matuto de Afogados da Ingazeira, onde comecei minha carreira como correspondente do Diário de Pernambuco nos anos 80. Já na largada, difundi Triunfo como roteiro turístico do Estado. Para mim, é a Gramado nordestina.
Tem frio o ano inteiro, está localizada num ponto mais alto do Estado, o Pico do Papagaio, a 1.260 metros acima do nível do mar, um roteiro turístico rural por excelência, com destaque para suas cachoeiras e engenhos, além do teleférico, bons restaurantes e hotéis, entre eles o do Sesc, no ponto mais alto da cidade.
Triunfo tem mais do que isso, um povo caloroso e acolhedor, que sabe valorizar a terra e receber com carinho uma legião de turistas que visita a cidade o ano inteiro, notadamente entre junho e julho, quando sua temperatura chega a registrar 10 graus, sensação de clima europeu.
Obrigado, Triunfo, por me acolher! Já perdi as contas dos títulos honorários que coleciono, começando por Recife, que amo tanto e que divide meu espaço profissional com Brasília, que também adoro.
O projeto de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá grandes iniciativas que agradarão a todas as regiões do Brasil. De um lado, a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 por mês. O projeto será votado e muito provavelmente aprovado na Câmara na próxima quarta-feira. Beneficiará com força o Sul e o Sudeste, que têm mais trabalhadores formais e são historicamente mais ricos.
Essas duas regiões somam 7 Estados. Todos estarão entre os 10 mais beneficiados com a mudança do IR, na conta considerando a porcentagem da população atingida.
O projeto do IR deixará de cobrar imposto de 10 a 11 milhões de pessoas, segundo o governo. Outros cerca de 5 milhões terão desconto por receberem na faixa de R$ 5.000 a R$ 7.000 por mês. Esse grupo que será beneficiado, muitos da chamada “classe média”, desaprova mais o governo Lula do que a média geral da população. O Planalto aposta na medida para reduzir a rejeição do petista e alavancar votos em 2026.
Do outro lado da balança eleitoral, ficarão os programas sociais, em especial o Bolsa Família e o Pé-de-Meia. O impacto dessas iniciativas está concentrado no Nordeste e no Norte. A parcela mais pobre da população já é mais simpática a Lula, mas é fato que a derrama de dinheiro público nessas duas regiões ajudará a movimentar a economia local e a aumentar a sensação de bem-estar em ano eleitoral. Clique aqui e confira a matéria completa.
A Câmara dos Deputados começou a estruturar, na última quinta-feira (25), um programa para ampliar o diálogo da Casa com autoridades locais e a sociedade civil.
A iniciativa, que havia sido anunciada em julho, faz parte de uma série de medidas da gestão do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) para melhorar a imagem e a comunicação da Casa.
O programa ‘Câmara Pelo Brasil’ começará a ganhar forma dias após a Casa e Motta se tornarem alvos de manifestações populares espalhadas pelo Brasil contrárias à aprovação da chamada PEC da Blindagem e do PL da Anistia.
Ao portal G1, o presidente da Câmara afirmou que o programa terá a função de assumir o “protagonismo” das agendas externas da Casa.
“Desde o trabalho externo das comissões permanentes e temporárias como também as agendas públicas de relação com toda sociedade brasileira”, explicou.
O projeto será coordenado por deputados que representarão as cinco regiões do país: Júnior Ferrari (PSD-PA) pelo Norte; Toninho Wandscheer (PP-PR) pelo Sul; Leo Prates (PDT-BA) pelo Nordeste; e Da Vitória (PP-ES) pelo Sudeste.
Haverá um comitê de gestão do programa, que será coordenado por Da Vitória. O deputado foi um dos formuladores da iniciativa e tem trabalhado com Motta no escopo do projeto desde o início deste ano.
Com troca de 22 secretários em menos de três anos, Raquel Lyra implanta “estado de mudança em Pernambuco”
Por Larissa Rodrigues – Repórter do blog
A saída de duas figuras importantes do governo de Raquel Lyra (PSD) na mesma semana não deixa de ser mais um desgaste para a gestão, por dois motivos principais. Primeiro, porque já são 22 nomes substituídos em menos de três anos de administração — quase um secretariado inteiro. Isso demonstra dificuldades da governadora em montar time e gerir equipes. Pernambuco realmente vive um “estado de mudança” desde 2023.
É natural que, em uma gestão de quatro anos, haja algum ajuste aqui ou ali, trocas pontuais, às vezes por motivos pessoais daqueles que deixam os cargos. Mas 22 pessoas em menos de três anos é, no mínimo, curioso.
Segundo, porque Raquel Lyra está em um momento de baixa nas pesquisas de intenção de voto ante o seu provável oponente, o prefeito do Recife, João Campos (PSB). Por essa razão, a gestora tem um adversário ainda mais duro do que o socialista: o tempo.
Se quiser buscar a reeleição, Raquel não tem muito tempo para convencer os pernambucanos e pernambucanas de que seu governo deu certo e merece mais quatro anos. Faltam praticamente três meses para a governadora entrar em seu último ano como chefe do Poder Executivo — justamente o ano eleitoral.
O momento é de Raquel tentar reverter a desvantagem para João e entrar em 2026 competitiva para a disputa. Mas, com gente saindo do governo e sempre deixando a imagem de que o problema foi na relação interna — ou com a própria governadora, ou com pessoas próximas a ela —, fica difícil dizer que a gestão está no rumo certo.
Há informações de bastidores de que o ex-secretário da Fazenda, Wilson de Paula, de uma das pastas mais importantes, e a secretária da Controladoria-Geral, Érika Lacet, responsável pela auditoria interna do governo, deixaram a administração para não lidar com a vice-governadora, Priscila Krause, nos 15 dias de licença de Raquel, em outubro.
Independentemente das razões, são mais duas baixas, justo em uma fase da gestão Raquel Lyra de busca pela transformação da imagem de governo atrapalhado e ruim de diálogo para governo que vai bem e merece continuar — ou seja, momento de evitar desgaste.
Discurso para as mulheres cai por terra – Também complicou para Raquel Lyra manter o discurso feminista. A 22ª mudança no secretariado da gestora, com a saída de Érika Lacet da Controladoria-Geral, marcou o encolhimento da participação de mulheres auxiliares diretas da primeira mulher eleita governadora de Pernambuco. Ao assumir o cargo, em 2023, Raquel prometeu protagonismo feminino nomeando 13 secretárias e 14 secretários. Dois anos e oito meses depois, das 30 secretarias atuais, apenas dez têm mulheres como titulares. Um encolhimento de 48% para 33% de participação feminina no primeiro escalão.
Homenagem a José Múcio – O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, foi agraciado pela Universidade de Pernambuco (UPE) com o título de Doutor Honoris Causa, em decisão do conselho superior da instituição. A homenagem, anunciada na mesma semana em que o pernambucano celebrou aniversário, reconhece sua longa trajetória política e as contribuições prestadas ao desenvolvimento do estado e do país, marcando um gesto de respeito e valorização à sua dedicação ao serviço público.
Troca-troca dos prefeitos – O prefeito de João Alfredo, Zé Martins, oficializou sua saída do PSB e a filiação ao PSD, presidido por Raquel Lyra. O movimento representa mais uma baixa para os socialistas e reforça a sigla da governadora, que já concentra o maior número de prefeitos em atividade no estado. A mudança ocorre um dia após o PSB ter comemorado a adesão do prefeito de Xexéu, Thiago de Miel (PSD), ao palanque de João Campos para o Governo de Pernambuco em 2026.
Crise interna no MDB de PE – Membros do Diretório Estadual do MDB em Pernambuco se manifestaram em oposição à decisão tomada pela Executiva estadual da legenda de passar para a oposição ao governo Raquel Lyra (PSD) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Por meio de nota assinada por 17 integrantes da sigla, divulgada ontem, o grupo questiona a legitimidade da escolha. O deputado estadual Jarbas Filho (MDB) já havia se manifestado contrário à mudança e declarou que o presidente da agremiação em Pernambuco estaria descumprindo decisões judiciais ao realizar o encontro.
Janja em Caruaru – De olho na importância do voto evangélico, a primeira-dama do Brasil, Janja, estará em Caruaru, no Agreste, na próxima terça-feira (30), para participar de um culto com mulheres evangélicas em uma igreja da cidade. A programação está sendo organizada pela esposa do ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz (PDT), Thania Queiroz. O casal se organiza para receber Janja em sua residência, à noite, junto a outras mulheres caruaruenses.
CURTAS
Celso Sabino entrega cargo 1 – O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), entregou uma carta de demissão ao presidente Lula (PT), ontem. A renúncia veio depois que o União Brasil determinou que todos os filiados com cargos federais saíssem do governo sob pena de expulsão do partido.
Celso Sabino entrega cargo 2 – Apesar de entregar o cargo, Celso Sabino seguirá na pasta até a próxima quinta-feira (2), a pedido do presidente Lula, para acompanhar inaugurações ligadas à COP30, em Belém, no Pará. As informações são do portal Poder360.
Motta pegando carona no momento de Lula – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (RP-PB), afirmou, ontem, que Lula caminha para “sua quarta eleição”. Motta comentava desafios da Câmara com a polarização e citou indiretamente o presidente. “Nós temos, pela primeira vez, o presidente da República três vezes eleito desde a redemocratização do país, já caminhando para a sua quarta eleição, já em processo de reeleição”, disse.
Perguntar não ofende: Quantos membros do primeiro escalão de Raquel Lyra estarão no governo até o final?