Zema põe o bloco na rua
Dentre os novos nomes da direita, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), foi o segundo a lançar sua pré-candidatura à Presidência da República. Decidiu assumir sábado passado, dois meses depois de o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), num ato na Bahia, dar o start da sua postulação. A cerimônia ocorreu em São Paulo e reuniu correligionários e nomes ligados ao bolsonarismo.
Ambos botaram o bloco na rua atirando em Lula e no PT. “Estamos vacinados contra a receita fracassada da esquerda. O caminho da prosperidade nós já conhecemos, é apoiar a livre iniciativa e reduzir o Estado. Se foi possível fazer em Minas, é possível fazer no Brasil”, disse. Zema subiu ao palco ao som de “Que País é Este”, amplamente aplaudido. “Vamos acertar as contas com o lulismo, os parasitas do Estado e as facções criminosas”, disparou.
Leia maisEm seu discurso, Zema contou sua história como empresário bem-sucedido e disse que foi um homem “sem padrinho e sem privilégio”. Ele criticou o PT, mirou no ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), exaltou valores como o liberalismo e livre iniciativa, e falou de suas ações no governo de Minas Gerais em relação à educação, segurança pública, merenda escolar, contas públicas e infraestrutura.
“Até os 53 anos a minha vida foi empreender e eu sempre tomei até aversão à política, mas aí veio a crise da Dilma, tive que reduzir o quadro da empresa e aquilo me fez ficar indignado, e em Minas foi pior ainda com o governo Pimentel. E foi neste momento que veio o convite do partido Novo”, relembrou. Em meio a um cenário com vários nomes na direita que podem concorrer ao governo federal, Zema não descartou “ajustes ao longo da campanha”.
Indagado em uma coletiva se pode desistir da candidatura caso haja pedido neste sentido de Bolsonaro, Zema disse que tudo depende de “conversas entre os partidos”, mas defendeu que vários políticos concorram e se unam no segundo turno. Esta tese, no entanto, fragiliza a oposição, que só ganha envergadura se enfrentar Lula unida e, mais do que isso, com apoio do ex-presidente Bolsonaro, a maior liderança no campo da direita, segundo apontam todas as pesquisas.
LIBERTAÇÃO DO LULISMO – O representante do Partido Novo se elegeu governador de Minas pela primeira vez em 2018 e permaneceu no cargo ao ser reeleito em 2022. Antes, fez carreira como empresário. Ele é ex-presidente do grupo que leva seu sobrenome criado pelo bisavô, Domingos. O conglomerado iniciou seus negócios nos anos 1920, vendendo acessórios, peças e lubrificantes automotivos, e depois passou a comercializar móveis e eletrodomésticos. Ao lançar sua pré-candidatura, Zema ainda pediu que o Brasil “saia do BRICS” e disse que vai “libertar o País do Lulismo nas urnas”. Foi acompanhado pela plateia, com gritos de “Lula ladrão”.

Caiado aposta no combate à violência – Já o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, quando lançou sua pré-candidatura ao Planalto em Salvador, em abril passado, focou seu discurso em uma área bem avaliada do seu governo: a segurança pública. “Se eu chegar no governo, na Presidência da República, vocês podem ter certeza de que bandido vai ser na cadeia ou fora do Brasil, porque aqui ele não vai incomodar mais ninguém”, disse, acrescentando: “Hoje, vivemos no País uma verdadeira desordem institucional”.
STF e Moraes atacados – Em seu discurso e na coletiva à Imprensa, o governador Romeu Zema também centrou fogo no Supremo Tribunal Federal, atacando principalmente o ministro Alexandre de Moraes. “O Brasil que nós queremos é o Brasil que trabalha, inventa e arrisca, que dá orgulho. É com esse Brasil bravo que nós vamos chegar a Brasília para varrer o PT do mapa, vamos chegar a Brasília para acabar com os abusos e perseguições do Alexandre de Moraes. Vamos chegar a Brasília para libertar o Brasil”, afirmou.
Violência sem controle – Um colombiano foi morto a tiros em frente ao condomínio Recanto do Sol, no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, na madrugada de sábado passado. A vítima foi identificada como Andres Felipe Salazar Osório, de 37 anos. A Polícia Civil investiga o caso e a motivação do crime. Segundo relatos de testemunhas, o estrangeiro conversava com duas pessoas em frente ao condomínio quando uma delas atirou nele por volta das 3h30. O homem tentou correr para dentro da área residencial, mas foi baleado e morreu próximo à portaria.

O preconceito está em Raquel, diz Borges – Do deputado Waldemar Borges, da bancada socialista na Alepe, ao tomar conhecimento do discurso da governadora em Petrolina: “Essa tentativa de se vitimizar, forçando a barra em cima de um discurso de gênero quando se critica o governo, não cola numa governante que em todas as oportunidades que teve para nomear mulheres em cargos relevantes no sistema de justiça do Estado optou por homens. Parece que é ela que tem preconceito contra a ocupação de certos espaços, em ambientes tradicionalmente masculinos, por mulheres”.
CURTAS
CARNAÍBA – Logo mais, às 19 horas, estarei em Carnaíba, terra de Zé Dantas, para uma noite de autógrafos do meu livro “Os Leões do Norte”. Será na escola de música Maestro Israel Gomes. Vou a convite do prefeito Berg Gomes (PSB), que já leu e quer difundir a obra no município como manual de pesquisa em torno da história política e administrativa na rede municipal de ensino e nas bibliotecas em geral.
DUPLA JORNADA – Amanhã, faço dupla noite de autógrafos, antecedida de uma mini palestra, primeiro em Itapetim, às 17h30min, na Câmara de Vereadores, e em seguida em Brejinho, às 19h30min, também na Câmara de Vereadores, com apoio da prefeita Aline Karina (PSB) e Gilson Bento (Republicanos).
MAIS LANÇAMENTOS – A peregrinação prossegue na quarta-feira em Afogados da Ingazeira, minha terra natal. A noite de autógrafos está marcada para o Cine São José, às 19 horas, com apoio do prefeito Sandrinho Palmeira (PSB). Na quinta-feira, será a vez de São José do Egito, na Câmara de Vereadores, às 19 horas, iniciativa do prefeito Fredson Brito (Republicanos) e na sexta-feira, enfim, em Triunfo, na Biblioteca Municipal, com apoio do prefeito Luciano Bonfim (PSD).
Perguntar não ofende: Sem unidade, a oposição a Lula vai a algum lugar?
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