Enfim, o sucessor de Danilo Cabral na Sudene está oficializado: Francisco Ferreira Alexandre, também indicado pelo senador Humberto Costa (PT), mas em parceria com a senadora Teresa Leitão (PT), de quem ele é segundo-suplente. A portaria da nomeação saiu publicada no Diário Oficial da União.
O advogado, gestor público e cientista político Renato Hayashi foi agraciado com a Medalha Ministro Nunes Maia Filho, durante o 4º Congresso da Associação dos Advogados Previdenciaristas de Pernambuco (AAPREV).
A honraria reconhece sua destacada atuação na advocacia previdenciária, na educação jurídica e defesa dos direitos sociais. O reconhecimento reforça sua trajetória dedicada ao fortalecimento da advocacia e à promoção de iniciativas que unem conhecimento técnico e compromisso social.
A governadora Raquel Lyra (PSD) foi duramente criticada por não ter acompanhado a agenda do presidente Lula (PT), ontem, em Pernambuco. Enquanto cumpria compromissos no Sertão, Raquel fez questão de reforçar a parceria que tem com a Presidência da República e destacar as obras federais que estão espalhadas pelo Estado, obras, aliás, que tem se apoderado sem antes citar que a origem dos recursos é do Governo Lula. Confira o vídeo na íntegra!
“O correr da vida embrulha tudo… e o que ela quer da gente é coragem”. Lula sempre teve – coragem e cuidado com Pernambuco, mesmo quando o comando do Palácio não era aliado. Trouxe água, estrada, obra. Não mediu cor de bandeira, mediu a sede do povo.
Ao não receber o presidente, Raquel Lyra (PSD) mostrou ingratidão a quem tanto fez por nosso chão. Gratidão não se guarda no bolso; se planta na alma e se mostra no gesto.
No Sertão, a ingratidão é como água que escapa por entre os dedos na seca. Quem se ausenta na hora que o chão racha e o vento queima a alma, não conhece a força da lealdade. Pernambuco aprendeu que promessa sem gesto é poeira; quem só aparece na bonança não planta raiz, não deixa sombra nem fruto.
Raquel, que não cresce nem junta, sai menor. Menor diante do povo, menor diante da história de Pernambuco, menor diante de quem sempre estendeu a mão ao nosso estado. Na política, como na vida, não basta aparecer: é preciso ter coragem de agir, firmeza de gesto e compromisso com quem confia em você. Quem evita o encontro, quem se afasta na hora certa, só diminui a própria sombra.
João Campos entendeu: na vida e na política, é preciso separar o joio do trigo. Quem é de verdade não deixa o amigo sozinho na lida e na seca. Lula é gigante e, hoje, quem lidera com folga as pesquisas no Brasil e em Pernambuco é Lula. Aqui, Lula é João e João é Lula.
A justificativa apresentada pela governadora Raquel Lyra (PSD) para não acompanhar o presidente Lula (PT) em agendas no Recife e em Goiana, ontem,,já entrou para o anedotário político. A explicação oficial – de que estava em Petrolina, a mais de 700 quilômetros, conduzindo o Ouvir para Mudar, um seminário de consulta popular – soou frágil e sobrou para a vice-governadora Priscila Krause (PSD), incumbida de representar o Estado nos eventos.
O argumento de incompatibilidade de agendas foi recebido como piada pronta. Afinal, o Ouvir para Mudar é organizado pelo próprio Governo de Pernambuco. Se a governadora, autoridade máxima do Executivo estadual, não pode alterar a data de um evento criado e comandado por sua gestão, quem poderia? Mais curioso ainda é o fato de o programa ocorrer em várias cidades, com calendário flexível, o que permitiria a Raquel escolher onde e quando participar.
Eleita em 2022 com o discurso de “neutralidade” na política nacional — que convenceu apenas os mais distraídos —, a governadora, apelidada nos bastidores de “Raquel Mandacaru”, por não oferecer sombra nem abrigo a ninguém, parece ter deixado cair a máscara.
O distanciamento das agendas de Lula coincide com a percepção de que o presidente poderá apoiar João Campos (PSB) na disputa pelo Governo do Estado em 2026, caso o prefeito confirme a candidatura. Some-se a isso o fato de que, se o PSD lançar candidato à Presidência, será difícil manter o mantra da neutralidade.
Diante deste cenário, Raquel provavelmente avaliou que o risco de ser vaiada em Brasília Teimosa, tradicional reduto da esquerda, não valeria a pena. Também pesou o temor de ver João Campos ofuscá-la, como já ocorreu em maio, durante agenda presidencial em Salgueiro.
O problema é que a ausência não é um gesto neutro. A recepção a um presidente da República carrega ritos e simbolismos políticos que se comunicam tanto pelo que se faz quanto pelo que se deixa de fazer. Ao trocar uma entrega emblemática — a da nova fábrica da Hemobrás — por um evento interno do governo, Raquel foi, no mínimo, pouco descortês.
Até mesmo governadores opositores de Lula, como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Romeu Zema (Novo-MG), têm marcado presença em agendas do presidente em seus estados. No Recife, durante o discurso em Brasília Teimosa, João Campos evocou o exemplo do pai, Eduardo Campos, que, enquanto governador, recebeu Lula em todas as oito visitas que o presidente fez a Pernambuco.
E reforçou: “Onde o senhor estiver, no meu Estado e na minha cidade, estarei ao seu lado defendendo o seu nome e dizendo que sou um soldado do senhor.” Na voz da governadora, a frase pareceria invertida: se Lula estiver no leste, ela seguirá para o oeste; se o presidente visitar o litoral, Raquel fará as malas rumo ao Sertão.
NEUTRALIDADE – Até os aliados da governadora Raquel Lyra (PSD) desconfiam que a sua ausência da agenda do presidente Lula, ontem, foi uma sinalização da sua nova estratégia: aos poucos, distanciar-se do presidente e do PT, sepultando a ideia de abrir um segundo palanque em Pernambuco em apoio à reeleição do petista. Pelo visto, Raquel vai repetir 2022: adotar o muro, não se alinhando nem a Lula nem ao candidato bolsonarista. Deu certo no segundo turno da eleição passada, mas em política a história não se repete.
O federal de Rodrigo – De passagem ontem para o Sertão encontrei o prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro (PSD), no restaurante Tio Armênio, numa conversa descontraída com o ex-senador Douglas Cintra (PSB). Numa rápida conversa, confirmou que o seu candidato a deputado federal será Fernando Monteiro, que disputa a reeleição pelo Republicanos. “Fernando tem sido muito atencioso e correto com Caruaru. Ganhou a minha confiança e o meu apoio incondicional”, disse, adiantando que o parlamentar já começou a injetar emendas para o município.
Bolsonaristas preservados – Aliado de primeira hora do governo Lula, Danilo Cabral foi exonerado por defender interesses do Estado, como a ferrovia Transnordestina. O estranho é que, num governo de esquerda, os diretores bolsonaristas da autarquia continuam intocáveis em seus cargos. A nomeação de Francisco Ferreira Alexandre, indicação pelo senador Humberto Costa para o lugar de Danilo, deve sair no Diário Oficial nos próximos dias.
Coisa ruim – O presidente Lula deu várias estocadas em Bolsonaro no discurso de ontem em Goiana. Disse que seu antecessor virou “aquela coisa ruim” porque não tomou vacinas. Lula criticou também o tarifaço imposto por Donald Trump (Partido Republicano), negou perseguição a Bolsonaro e aproveitou para cobrar que o ex-presidente seja responsabilizado pelas mortes durante a pandemia. “Ô, gente, ele deveria ser julgado em um tribunal internacional pela quantidade de mortes da covid aqui que ele tem responsabilidade”, afirmou.
Gol contra do trapalhão Odorico – Existem políticos ignorantes por natureza. Nunca ouviram falar de liturgia do poder. Outros, analfabetos funcionais. Júnior Matuto, que virou deputado por uma fatalidade, personifica os dois. Não sabe que o nível rasteiro adotado da tribuna da Alepe, a la Odorico Paraguassu, é tudo que Raquel Lyra quer para se vitimizar, e tudo que a oposição não contava para se fragilizar. Nunca vi nada tão débil e imbecil. Precisa urgentemente de um divã.
CURTAS
Faltou alguém soprar – Diante do clima de tensão e apreensão no Vale do São Francisco pelos efeitos do tarifaço de Trump, o presidente Lula poderia ter feito uma escala técnica em Petrolina, antes de aterrisar no Recife, para discutir alternativas com os produtores de manga, que correm o risco de perder toda a produção desta safra. Teria feito um gol de placa.
Incansável – Temendo o pior com a crise instalada no São Francisco por causa do tarifaço, o prefeito de Petrolina, Simão Durando (UB), tem sido incansável na luta em favor dos produtores de manga: praticamente se transferiu para Brasília para encontrar uma luz no final do túnel a quem gera riquezas na região.
DUPLO – Na incursão ao Pajeú para noites de autógrafos do meu livro Os Leões do Norte, na próxima semana, a terça-feira, 19, será de duplo lançamento: às 17h30 em Itapetim e às 19h30 em Brejinho, cidades irmãs, separadas por apenas 15 km.
Perguntar não ofende: Júnior Matuto virou o Tiririca da Alepe?