A Fundação Nilo Coelho assinou, na última segunda-feira, o termo para execução da segunda edição do projeto Pontes para o Futuro, que vai beneficiar detentas da Cadeia Pública Feminina de Petrolina. Este projeto é uma parceria entre a fundação, a cadeia feminina e o Poder Judiciário de Pernambuco, visando oferecer oportunidades de capacitação para 36 detentas. Serão oferecidos três cursos na área de artesanato.
Reconhecida pelo trabalho de engajamento social em Petrolina, a Fundação Nilo Coelho exerce um papel fundamental na realização desse projeto. A capacitação terá duração de dois meses, com abordagem teórica e prática, além de acompanhamento individualizado. O encerramento se dará com uma cerimônia de conclusão e entrega de certificados. Após a formação, as participantes terão chances de inserção no mercado de trabalho e criação de negócios próprios.
“A fundação vem avançando na conquista de parcerias com instituições importantes para a sociedade. Essa é mais uma ação que promove não só a capacitação dessas mulheres, mas também a reintegração à sociedade, autonomia financeira e fortalecimento da autoestima”, destaca Miguel Coelho, Presidente da Fundação Nilo Coelho.
O governo Lula atua para nomear o ex-prefeito de Belford Roxo Wagner Carneiro (Republicanos), conhecido como Waguinho, para o comando da autoridade portuária do Rio. O posto, prometido ao aliado de Lula na Baixada Fluminense, está sob a alçada do Ministério de Portos e Aeroportos, comandando por Silvio Costa Filho, correligionário do ex-prefeito. A intenção gerou críticas em entidade do setor pelo risco de ferir a Lei das Estatais.
A PortosRio, antiga Companhia Docas do Rio de Janeiro, é uma empresa pública federal responsável pela gestão de portos em Itaguaí, Angra dos Reis, Niterói e Cabo Frio. A área é considerada sensível, tanto por envolver arrecadação com tarifas para embarcações, quanto por ser porta de entrada e saída de mercadorias, por vezes ilegais.
A nomeação é vista como um gesto de retribuição a Waguinho por ter sido o único prefeito apoiador de Lula em 2022 na Baixada Fluminense, reduto bolsonarista. No início do governo, Lula nomeou a mulher de Waguinho, a deputada Daniela Carneiro (União-RJ), como ministra do Turismo, mas ela foi demitida após perder o apoio de seu partido.
Waguinho tem dito aliados que falta só “passar no RH”, em alusão ao fato de o convite já ter sido feito, restando apenas cumprir trâmites burocráticos. A nomeação precisa ser formalizada pelo Conselho de Administração da PortosRio. A tendência é que o atual presidente da autoridade portuária, Francisco Leite Martins Neto, que foi indicado pelo ministro Silvio Costa Filho, seja realocado em uma diretoria. Em reunião no fim de abril, o conselho destituiu o então diretor de gestão portuária, Marcos Roberto Muffareg, abrindo espaço para a movimentação.
Desconforto
Entidade que representa empresas privadas que atuam no setor portuário, a Associação Brasileira de Usuários de Portos, de Transportes e Logística enviou ofício ao ministro questionando possível “ilegalidade” na nomeação de Waguinho. A associação frisou que a Lei das Estatais exige uma quarentena de 36 meses para que dirigentes partidários possam assumir cargos em empresas públicas. Waguinho, desde 2023, preside o diretório estadual do Republicanos. Em nota, a entidade afirmou não ter “nada contra” Waguinho, mas alegou ver riscos de “questionamentos futuros que possam acontecer com a sua nomeação (…), o que certamente prejudicará” o ministério e a PortosRio.
A indicação de Waguinho tem como pano de fundo justamente a iminência de ser desalojado do comando partidário, após uma pressão da ala do Republicanos mais ligada à Igreja Universal para reassumir o diretório do Rio.
Reservadamente, integrantes do PT também mostraram desconforto com a possível nomeação, devido à proximidade de Waguinho com o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, figura central no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Além das tensões políticas, pesam ainda contra Waguinho investigações conduzidas pela Polícia Federal. Em fevereiro deste ano, ele se tornou alvo de um inquérito que apura supostas fraudes na aquisição de livros didáticos durante sua gestão em Belford Roxo. As investigações, que seguem em andamento, apuram possíveis irregularidades na casa de R$ 100 milhões.
A Polícia Federal (PF) apura o uso de uma escolta considerada “ilegal” no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O policial, que já foi afastado das funções, teria acompanhado o procurador-geral afastado do INSS, Virgílio de Oliveira Filho, investigado por suposto envolvimento em um esquema de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas.
Imagens registradas em 28 de novembro de 2024 mostram Virgílio ao lado do empresário Danilo Trento, que já foi alvo da CPI da Covid no Senado, em 2021, durante investigações sobre negociações de vacinas indianas com o Ministério da Saúde. Clique aqui e confira a matéria publicada pela Revista Oeste na íntegra.
Segundo a PF, Trento teria custeado a passagem aérea de Virgílio em um trecho de Brasília a São Paulo naquela data. Depois do desembarque, o procurador-geral seguiu em um voo executivo com destino a Curitiba.
A defesa de Virgílio informou que não comentaria o caso por ainda analisar os autos. Já Trento, negou ter pago pela passagem do procurador e alegou que o encontro entre os dois foi casual. Ainda conforme o relatório da PF, Trento e Virgílio desembarcaram em Congonhas e foram escoltados por um agente federal, com quem embarcou em uma viatura oficial da corporação, destinada exclusivamente ao uso em serviço por policiais. As imagens das câmeras de segurança do aeroporto confirmam a ação.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, ontem, que “não tem medo de retaliação” dos Estados Unidos depois de fazer diversos discursos alinhados à China durante sua visita oficial à Pequim. Na viagem presidencial, o petista fez críticas ao protecionismo norte-americano e repetiu o discurso chinês de que o multilateralismo é o melhor caminho para a economia global, mesmo que nesse contexto o Brasil tenha que competir com produtos dos EUA. As informações são do portal Poder360.
“O Brasil não tem medo de competir com os Estados Unidos, na quantidade e na qualidade dos nossos produtos. Acho que quanto mais produto, quanto mais comércio, melhor para todo mundo”, declarou Lula. O presidente repetiu a vontade de negociar com os EUA a redução das tarifas norte-americanas aplicadas aos produtos brasileiros, mas declarou que, se um acordo não avançar, o Brasil “buscará seus direitos” na Organização Mundial do Comércio (OMC).
O petista elogiou a atitude do presidente dos EUA, Donald Trump (republicano), em relação aos confrontos na Faixa de Gaza e na Ucrânia. Declarou que o norte-americano adota um discurso diferente do seu antecessor, Joe Biden (democrata), que “falava todo dia em guerra”.
“Com toda divergência que eu possa ter com o Trump, eu acho que a decisão dele sobre a guerra foi importante. Porque você tinha o nosso amigo Biden falando em guerra todo dia, em destruir a Rússia todo dia e o Trump vem e diz: ‘Eu preciso fazer paz e parar com essa guerra’. Eu achei ótimo”.
Meu namoro com minha Nayla, o amor da minha vida, completou quatro anos. O tempo passa em velocidade cruzeiro, como um boeing. Parece que foi ontem, de tão ardente este amor recíproco.
Resolvemos oficializar a união no civil. Ela é a minha estrela que caiu do céu, razão do meu sorriso aberto e da minha felicidade. Minha amiga Roberta Jungmann, colunista social da Folha de Pernambuco, fez um registro na sua coluna de hoje.
Mas sem muitos detalhes. O casamento será no dia 13 de junho, uma sexta-feira, às 17 horas, numa casa de eventos em Arcoverde. Tivemos a sorte e felicidade do ato formal ser realizado pelo juiz Drauternani Pantaleão, da comarca do município, igualmente sertanejo como minha Nayla e eu.
Entre os padrinhos, escolhemos em comum acordo o casal Eduardo e Cláudia Monteiro, ele diretor-presidente do Grupo EQM, do qual integra a Folha de Pernambuco, jornal que tenho parceria escrevendo de Brasília e agora com o nosso podcast.
Será uma cerimônia muito simples, mas carregada de muita emoção e significados, com a presença apenas de familiares e amigos mais próximos.
Juntos, minha Nayla e eu, somos mais fortes e felizes. Ela é meu porto seguro, a rocha que me faltava em todos os momentos, no caminhar da vida. Tem uma frase que costumo usar muito: “Quando estamos felizes, todos os dias são belos”.
Em entrevista, ontem, ao Frente a Frente, o presidente estadual do MDB, Raul Henry, disse que montou uma chapa extremamente competitiva para disputar a reeleição. A eleição de renovação da executiva do partido está marcada para o próximo dia 24, em clima de divisão acirrada.
De um lado, Henry, histórico aliado de Jarbas Vasconcelos, e de outro o deputado estadual Jarbas Filho, que faz o jogo da governadora Raquel Lyra (PSD), em dobradinha com o senador Fernando Dueire. Henry quer que o MDB fique sempre onde esteve, no campo da esquerda, aliado ao PSB do prefeito João Campos.
Já Jarbinhas, como é tratado, quer o partido atrelado ao grupo da governadora, divergindo de uma orientação da cúpula nacional, que está entendida com João. Henry agregou nomes históricos, como o ex-senador Fernando Bezerra Coelho, e com grande densidade eleitoral e liderança, a exemplo do prefeito de Vitória de Santo Antão, Paulo Roberto.
Incluiu também o vereador Samuel Salazar, da bancada do MDB na Câmara do Recife, e Adriana Vasconcelos, filha do ex-senador Jarbas Vasconcelos, além de Alexandre Ferrer, Bruno Lisboa, Murilo Cavalcanti e o prefeito de São Bento do Una, Alexandre Batité. Durante o anúncio, todos falaram a mesma linguagem, enfatizando a necessidade de manter o partido organizado, com presença ativa no cenário estadual.
“Tenho plena confiança na nossa história, no trabalho que realizamos ao longo desse tempo e nas relações de lealdade, respeito e companheirismo que construímos”, disse Henry, em sua fala, sendo bastante aplaudido. “O que nos une é muito mais forte do que qualquer diferença”, disse Paulo Roberto.
“Estamos unidos para garantir esta vitória. Queremos ver o MDB crescer ainda mais”, afirmou, por sua vez, a deputada federal Iza Arruda. Já o ex-senador Fernando Bezerra Coelho destacou que o partido, com Henry, está no rumo certo. “Estamos fazendo história. A eleição vai marcar o rumo da política de Pernambuco”, enfatizou.
FEDERAÇÃO COM REPUBLICANOS – Presidente nacional do MDB, Baleia Rossi teve uma conversa com o chefe nacional do Republicanos, Marcos Pereira. Os dois alinharam os passos para a criação de uma federação entre as duas siglas. Segundo Baleia, o projeto avançou e, agora, os dois partidos vão avaliar os cenários de seus diretórios nos estados para definir a futura aliança, focos de divergência e outras questões com os filiados. Depois dessa fase de conversas com as bases partidárias, a ideia é que os dois caciques voltem a se reunir para bater o martelo em duas semanas.
Dupla derrota – Se perderem a eleição para o grupo de Henry, Fernando Dueire e Jarbas Filho sofrerão um novo revés mais na frente: a viabilização da federação do MDB com o Republicanos. Neste caso, terão que se abrigar em outro ninho partidário, porque em Pernambuco o Republicanos é controlado pelo ministro dos Portos, Sílvio Costa Filho, aliado do prefeito do Recife, João Campos, e cotado para disputar uma das vagas ao Senado nas eleições de 2026 na provável chapa ao Governo do Estado encabeçada pelo socialista.
Fora do tom no exterior – O site Poder360, de Brasília, mandou um repórter a Nova York cobrir o 14º Lide Investments Forum. De lá, ele mandou uma postagem com os oito governadores com o tom de reclamação e advertência ao Governo Lula. Eles cobraram menos ideologia e mais resultado do Governo. A pauleira foi grande, mas a governadora Raquel Lyra (PSD) destoou. Preferiu destacar apenas o potencial logístico e energético de Pernambuco, com foco na transição energética, combate à pobreza hídrica e parcerias com a iniciativa privada. “Não queremos só colocar placa solar. Queremos fabricar tecnologia, exportar inovação e gerar renda para o povo”, disse. É claro que Raquel não tem do que reclamar de Lula. Em sua gestão, tem sido tratado a pão de ló pelo petista.
Articulação frágil – O mais contundente foi o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB). “Não é possível continuar governando com um presidencialismo que não tem controle sobre o orçamento”, disse Caiado, ao criticar a fragilidade da articulação política no Planalto. Para ele, o modelo atual restringe a governabilidade e emperra projetos. Também defendeu o fim da reeleição, por entender que quem se lança à disputa não consegue enfrentar os temas espinhosos.
O maior opositor de Raquel – Em Nova York, a governadora Raquel Lyra (PSD) tomou conhecimento do bombardeio disparado ontem, em discurso na Assembleia Legislativa, pelo presidente da Casa, Álvaro Porto (PSDB), que tem endurecido o tom de oposição. Porto culpou a governadora pela escalada de violência no Estado apontada em relatório nacional, no qual Pernambuco aparece como o terceiro Estado mais violento. “No combate à violência, a realidade sangrenta das ruas contradiz o marketing fantasioso do governo Raquel sobre segurança pública”, disparou.
CURTAS
DEFESA – Em defesa do Governo, a líder na Alepe, Socorro Pimentel (UB), rebateu a pauleira de Porto. “Impossível garantir 100% de segurança pública com apenas dois anos e cinco meses, depois de a governadora se encontrar numa situação complicada em 2023”, disse, adiantando que Raquel recebeu um Estado sucateado, com viaturas depenadas e sem combustível. “Não havia compromisso com a segurança pública. Em 2018, os policiais revezavam coletes”, disse.
SEDE CARA – A Câmara de Vereadores do Recife anunciou a compra de um imóvel no bairro de Santo Amaro, na área central da cidade, para ser a nova sede que vai abrigar a estrutura administrativa e legislativa da instituição. O custo foi de R$ 25 milhões, valor que será pago com recursos próprios.
EDINHO NO PODCAST – Em mais um podcast “Direto de Brasília”, em parceria com a Folha de Pernambuco, entrevisto, hoje, o candidato oficial do PT à presidência da executiva nacional, Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP).
Perguntar não ofende: De Nova York, a governadora vai responder a pauleira de Álvaro Porto?