Neste domingo (11), o papa Leão XIV fez um apelo à paz duradoura na Ucrânia e ao cessar-fogo imediato e libertação dos reféns israelenses na Faixa de Gaza, durante sua primeira oração dominical a uma multidão de fiéis na Praça São Pedro, no Vaticano. Ele também celebrou o cessar-fogo no conflito entre Índia e Paquistão. As informações são do g1.
Ao apelar pela paz, Leão XIV lembrou que a Segunda Guerra Mundial terminou há 80 anos, depois de causar 60 milhões de mortes.
“No cenário dramático de uma Terceira Guerra Mundial fragmentada, como várias vezes afirmou o papa Francisco, eu também gostaria de me dirigir às autoridades do mundo, repetindo um apelo sempre atual: guerra nunca mais.”
Às 7h deste domingo (meio-dia no horário local), ele apareceu no Balcão das Bênçãos, onde recitou a oração Regina Caeli (Rainha do Céu), em homenagem à Virgem Maria. Esta oração substitui o Angelus durante o período pascal.
Sobre a guerra na Europa, o novo papa disse que carrega no coração o “sofrimento do amado povo ucraniano”. Ele apelou por negociações para alcançar uma “paz autêntica, justa e duradoura”. “Que todos os prisioneiros sejam libertados e as crianças sejam devolvidas às suas famílias.”
Ao falar sobre Gaza, Leão XIV lembrou que, 5 horas antes, um ataque israelense havia matado dez pessoas, incluindo quatro menores em Khan Yunis. “Estou profundamente triste com o que está acontecendo na Faixa de Gaza”, afirmou. “Que seja oferecida ajuda humanitária à sofrida população civil e que sejam libertados todos os reféns”, disse.
“Quantos outros conflitos existem no mundo? Confio à Rainha da Paz esse meu apelo, para que ela o apresente ao senhor Jesus para obter o milagre da paz”, rezou o papa.
Dia das Mães
O novo papa também citou o Dia das Mães. “Mando uma querida saudação a todas as mães por elas e por aquelas que já estão no céu: feliz Dia das Mães a todas as mães”
Primeiros atos no papado
Na última sexta-feira (9), Leão XIV celebrou a primeira missa em uma cerimônia privada na Capela Sistina para os cardeais que o elegeram. Ele fez homenagens ao apóstolo São Pedro, considerado o primeiro papa e discípulo de Jesus, e pediu bênção a Pedro para seu papado. Também fez uma homenagem a seu antecessor Francisco e disse esperar “trazer luz às noites escuras deste mundo”.
No sábado, o papa Leão XIV visitou um santuário nos arredores de Roma e depois rezou diante do túmulo de Francisco, dentro da basílica de Santa Maria Maggiore.
Sem mãe, Dia das Mães dói muito. É uma ferida aberta sem cicatrização. Traz recordações de um tempo em que mamãe Margarida, linda e radiante, me abraçava fortemente em Afogados da Ingazeira quando eu chegava empoeirado da longa peregrinação por terras de vidas secas, chão seco retratado na pena de Graciliano Ramos.
No abraço, longo e afetuoso, ficava impregnado o cheiro do seu perfume, o aroma da sua alma, as marcas do seu batom no meu rosto, de beijos que expressavam o seu amor, verdadeiro, puro e cristalino amor.
Deus levou minha mãe em 2013, aos 86 anos. Um infarto fulminante encerrou sua missão terrestre. A dor só foi amenizada por ter a certeza de que os céus esperavam a chegada de um dos seus anjos mais belos. Seus braços são agora asas e seu coração a estrela mais brilhante do horizonte.
É assim que me sinto quando olho os céus com o coração apertado de saudade e tristeza, mas também com orgulho de a ter conhecido como mãe. Sei que a melhor homenagem que poderei lhe fazer é seguir com a minha vida, honrando sua memória e lutando pela minha felicidade.
E é isso que faço quotidianamente esperando que lá de cima ela me acompanhe sempre. A ausência deixa um vazio, mas o amor e as lembranças permanecem vivos. Dia das mães também existem para expressar com palavras a dor e a gratidão. Mãe não é eterna, mas jamais deveria morrer.
O Dia das Mães ficou tão sem graça depois que ela partiu. Sinto tanta falta do seu colo, de ouvir a sua voz, sinto falta de tudo que ela me proporcionava com sua alegria radiante, sua energia que não esmorecia nunca. Seu lindo sorriso aberto. Sua força e amor ficam como inspiração permanentes.
Mamãe era durona. Menino travesso, quando a palavra não me admoestava, a chibata dela corria solta. Puxou a vovô Severo Martins. Só de olhar para o semblante firme dele, tinha medo. Veio lá das bandas de Monteiro, na Paraíba, onde há ainda remanescentes do tronco Martins. Há pouco, descobri que o cantor Novinho da Paraíba, de Monteiro, é parente distante pelo tronco Martins.
Batizada por Margarida, minha mãe tem a beleza das flores, a doçura do mel e o brilho das estrelas. Victor Hugo, romancista francês, dizia que os braços de uma mãe são feitos de ternura e por isso mesmo os filhos dormem profundamente neles.
Um dia, muitos dias, dormi no colo da minha mãe na igreja, enquanto ela recebia as bençãos de Deus. Eu era menino ingênuo, uma ingenuidade pueril. Sonhava com os anjos no colo de mamãe. Sem saber, sentia que no seu colo aprendia o valor do amor, a ternura como maior tesouro, o motor que impulsiona a minha vida.
Aprendi, mais do que isso, que triunfar não é fácil, mas também não é impossível. No colo dela, aprendi ainda que amor de mãe é cura para o que nem sabia que estava doendo, o aconchego que nem sabia que precisava, a força que me guiava quando pensava em desistir.
O amor da minha mãe foi e será para sempre o combustível que me capacitou para fazer o impossível. Sua ausência, que triste ausência, me revela que ela é a maior força do meu universo.
Tudo nesta vida passa, mas o amor de mãe é um sentimento eterno, tão sublime quanto incondicional, que nos molda e nos transforma.
Toyota Hilux SRV, de R$ 311,6 mil: veja pontos fortes e fracos
O comércio de picapes médias no Brasil em 2024 foi liderado pela Toyota Hilux, com mais de 50 mil emplacamentos. A seguir, vêm a Ford Ranger, com 31,9 mil; a Chevrolet S10, com 27,4 mil; a Mitsubishi L200, com 10,9 mil. Em todo o mundo, o desempenho da caminhonete é também significativo: com 513,4 mil unidades vendidas, ela só perde para as Ford F-Series (903,5 mil) e a Chevrolet Silverado (639,9 mil). Em algum lugar fora dos Estados Unidos, a terra-mãe dos picapeiros, ela lidera. A que se deve esse sucesso? No geral, e já fazendo um resumo da constatação ou percepção obtidas, esse desempenho se deve à robustez (raramente quebra) e à consistência em diferentes tipos de terreno, especialmente em estradas.
No caso deste teste específico, foram uns 200 quilômetros por rodovias de terra batida no interior de Goiás, usando-se inclusive a tração 4×4. É um percurso pequeno, claro, mas esqueçamos a peculiaridade: os números de vendas mostram que a reputação conquistada — ser um carro resistente e duradouro — não foi, portanto, à toa. Ela, de fato, suporta condições de uso exigentes — e alie a esse fato o bom pós-venda (e nível de confiança mecânica) da Toyota. Sem falar que tem um dos menores índices de desvalorização entre as picapes.
Também vale destacar o interior da versão avaliada, com bancos aconchegantes de couro e com ajuste elétrico apenas para o do motorista e uma central multimídia modesta com espelhamento Android Auto e Apple CarPlay, por exemplo. A posição elevada de dirigir e a excelente altura do solo dão uma sensação diferente na condução. Os materiais usados são de qualidade. O isolamento acústico poderia ser mais eficiente. A suspensão é dura? Bastante, mas a Hilux não é carro para uso urbano. É um veículo seguro, que ganha sempre boas notas nos testes de colisão. A SRV tem 7 airbags e até oferece assistente de permanência em faixa e alerta de colisão frontal. E, pelo tamanho das picapes, são fundamentais os sensores de estacionamento e a câmera de ré com guias. Mas poderiam ser incluídos outros sistemas de auxílio à condução.
Conjunto de força – No entanto, aqui vai a primeira menção negativa: a direção é muita dura de manejo e o freio de mão manual está ultrapassado, só para ressaltar. Os diretores da Toyota no Brasil poderiam ser menos conservadores, adotando direção com assistência elétrica e freio de mão eletrônico — até pelo preço cobrado por esta versão. São R$ 311,6 mil, com frete incluso e na cor metálica cinza, para Brasília — algo bem acima do praticado pelas concorrentes. A experiência de condução, apesar dos pesares, é positiva — especialmente na estrada.
Um dos pontos fortes da Hilux é o motor 2.8 turbodiesel, recentemente atualizado para atender às novas regulamentações de emissões de poluentes. O modelo manteve, na versão testada, os 204cv de potência e torque de 50,9 kgfm. Em ultrapassagens e retomadas, ela exige um ‘pé pesado’ e atenção do motorista: boa aceleração não é o forte de picapes a diesel, mas principalmente da Hilux. Números da própria Toyota mostram que para fazer de 0 a 100 km/h ela precisa de 12,1 segundos. O consumo, até pelo uso do diesel e pelo porte do veículo, é no limite do aceitável, digamos assim: em torno de 10km/l na cidade e de 11km/l na estrada.
Garantia estendida – Outro fator que ‘incentiva’ a aquisição de uma Hilux é novo: a possibilidade que, por meio do programa Toyota 10, o dono estenda a garantia de fábrica dos modelos a até 10 anos – e sem custo adicional. O benefício é ativado automaticamente após o término do período de 5 anos da cobertura atual, desde que as revisões sejam realizadas nas concessionárias da marca. A Toyota explica que a cobertura adicional é renovável a cada 12 meses ou 10.000km e contempla peças de carroceria, sistema de arrefecimento, componentes elétricos e eletrônicos, motor, transmissão e freios. Mas até o limite máximo de 60 meses (totalizando 120 meses quando somados à garantia inicial) e 200.000 km para uso particular ou 100.000 km para uso comercial — o que ocorrer primeiro.
O programa também estará disponível para unidades da Hilux produzidas desde 2020 (desde que estejam elegíveis pelos critérios da cobertura). Do ponto de vista tecnológico, a SRV ganhou sistema que permite ao dono consultar status do veículo, histórico de viagens, lembrete para revisões, indicadores de consumo e diagnóstico de falhas diretamente no aplicativo Toyota App. Ele também permite rastreamento e imobilização de veículo roubado e emite alertas remotos de limite de velocidade e acionamento do alarme.
Venda de híbridos plug-in – O comércio de veículos leves eletrificados no Brasil (BEV, PHEV, HEV e HEV Flex) chegou a 14.759 unidades em abril deste ano, elevando o total acumulado no primeiro quadrimestre do ano para 54.683 veículos. As estatísticas estão sendo puxadas pelos veículos híbridos plug-in PHEV, que dispararam nos últimos meses. O resultado representa um crescimento de 2,6% em relação a março, quando foram comercializadas 14.380 unidades. Na comparação com abril de 2024 (15.206), houve uma pequena queda de 2,9%.
Essa retração é atribuída a fatores sazonais (mais emendas de feriados em abril deste ano do que em abril de 2024) e à nova metodologia da ABVE, adotada a partir de janeiro de 2025, que deixou de contabilizar os veículos micro-híbridos MHEV nas estatísticas de eletrificados. Ainda assim, o acumulado do primeiro quadrimestre de 2025 (54.683) superou em 6,6% o volume registrado no mesmo período de 2024 (51.296). Em relação a 2023 (19.579 unidades), o crescimento é exponencial e alcança os 180%.
Carro e qualidade de vida: o que têm a ver – A percepção de satisfação com a vida foi avaliada em média com nota 7,7 entre aqueles que têm um carro, enquanto os que não atribuíram em média nota de 7,1, segundo dados de pesquisa realizada pelo Data OLX Autos. Do total de entrevistados, 74% são donos de algum tipo de veículo. Desses, 65% tem carro, 20% moto, 7% picape ou caminhonete e 2% outros tipos de automóveis. Do total de entrevistados, 84% têm pelo menos uma vaga de garagem em casa: 65% contam com espaço para até dois automóveis, 8% têm três, e apenas 16% não dispõem de vaga na residência.
“A pesquisa revela como o fato da posse de um automóvel impacta a percepção da qualidade de vida das pessoas, seja no menor tempo de deslocamento, na facilidade de acesso a determinados lugares ou na percepção que as pessoas têm em relação à região em que residem. Os proprietários de automóveis avaliam suas cidades, em média, com nota maior do que aqueles que não têm um veículo”, diz Flávio Passos, VP de Autos do Grupo OLX.
Saúde física e mental, casa própria e estabilidade financeira, são, nesta ordem, os aspectos que mais contribuem positivamente na satisfação com o momento de vida atual, segundo a pesquisa. Em sétimo lugar estão a posse de um automóvel e o tempo livre, cada um com 25% das citações, considerando o índice de multiplicidade das respostas.
O comércio on-line de veículos – O setor automotivo brasileiro deve, segundo a federação dos distribuidores de veículos, ter um aumento de 5% nas vendas este ano. Com o bom desempenho nas vendas, o marketing também ganha protagonismo no setor. Por exemplo: a expectativa da Fenabrave é de que a receita com publicidade automotiva tenha um aumento de 6,3%. Um dos destaques é o crescimento do comércio online.
Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, o número de veículos vendidos pela internet aumentou 22,4%. Entre os setores analisados — como varejo e materiais de construção —, o automotivo liderou em crescimento. O estudo também projeta que as vendas no ambiente digital devem continuar em alta nos próximos anos. Dados da consultoria Fortune Business Insights reforçam essa tendência: as vendas globais do setor automotivo atingiram US$ 86,55 bilhões em 2023 e devem chegar a cerca de US$ 343 bilhões até 2032.
Empresas do setor estão inovando para sustentar esse crescimento, adotando soluções de inteligência artificial que permitem personalizar conteúdos de acordo com o perfil de cada consumidor. E o CRM, sigla para Gestão de Relacionamento com o Cliente, é uma ferramenta que centraliza e organiza as interações com os consumidores em uma única plataforma. No setor automotivo, quando associado à inteligência artificial, o CRM para vendas permite analisar o perfil de cada cliente, considerando preferências, comportamentos de consumo e informações demográficas.
Com essas informações, concessionárias e demais empresas conseguem mapear toda a jornada de compra, identificando os fatores que influenciam tanto o fechamento quanto a desistência de uma venda. Segundo Caio Nascimbeni, executivo da Syonet, a aplicação eficaz do CRM pode aumentar as vendas em até 30%.Diante disso, a expectativa é de que o setor continue investindo em inovação e tecnologia como pilares estratégicos para compreender melhor seus clientes e ampliar o volume de vendas nos próximos anos.
BMW começa a produzir a nova C 400 X em Manaus – A fábrica do BMW Group em Manaus já produz em Manaus (AM) a nova BMW C 400 X. O modelo vem equipado com o avançado sistema BMW Motorrad ABS Pro e controle de tração dinâmico, elevando o nível de segurança. Outro grande diferencial é a tela TFT de 6,5 polegadas, agora item de série, oferecendo uma interface intuitiva e de alta qualidade para o condutor. A BMW C 400 X permanece com o motor monocilíndrico de 34 cv a 7.500 rpm e torque máximo de 35 Nm a 5.750 rpm, garantindo desempenho dinâmico e eficiente.
A potência é transmitida por meio de uma transmissão CVT e a suspensão possui um braço oscilante de alta rigidez torcional, proporcionando maior estabilidade na condução. A motocicleta reforça o compromisso da marca com inovação. “A BMW C 400 X não é apenas uma scooter, mas uma extensão da nossa filosofia, que inclui segurança e conectividade de ponta em um modelo urbano sofisticado”, explica Matheus Pereira, CEO da BMW Motorrad no Brasil. Este já é o terceiro modelo que a marca inicia a produção neste ano, de um total de seis previstos para 2025.
Harley-Davidson Fat Boy Gray Ghost – A Harley-Davidson acaba de revelar a nova Fat Boy Gray Ghost, modelo de produção limitada da série Icons Motorcycle Collection. Esta edição exclusiva comemora os 35 anos da lendária Fat Boy — uma das motocicletas mais lendárias da história. O modelo conta com um acabamento inovador chamado Reflection, que confere à moto um visual cromado impressionante, como se tivesse sido esculpida em alumínio polido. A Icons Motorcycle Collection apresenta releituras modernas de motos clássicas da Harley-Davidson, sempre em edições numeradas e com recursos diferenciados. A produção global da Fat Boy Gray Ghost será limitada a 1.990 unidades — uma homenagem ao ano de lançamento do modelo original, em 1990.
Prevista inicialmente para ser uma edição limitada, a Fat Boy atravessou três gerações de motorização e evoluções, mantendo por 35 anos sua presença marcante e estilo inconfundível. O motor é Milwaukee-Eight 117 Custom, com 101cv e torque de 171 Nm — 7% mais potência e 3% mais torque que a versão anterior.
Chega o inédito A6 Sportback e-tron – A Audi do Brasil começa a pré-venda do A6 Sportback e-tron, o novo veículo 100% elétrico da fabricante no país. O modelo chega com uma credencial de respeito: ele é o carro mais aerodinâmico da história da marca das quatro argolas.O modelo possui uma nova bateria com autonomia total de 445 quilômetros, de acordo com o Inmetro, e carregamento de 10% a 80% em apenas 21 minutos — dependendo do carregador usado, claro. Ele já está disponível na rede de 40 concessionários da marca em versão única — a A6 Sportback e-tron Performance Black —, no valor de R$ 650 mil.
O A6 é equipado com baterias de íons de lítio, tração traseira e motorização elétrica com potência combinada de 367 cavalos e 59.1kgfm de torque. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em somente 5,4 segundos e a velocidade máxima (limitada eletronicamente) é de 210 km/h. A segurança é o forte: ele traz, por exemplo, diversas tecnologias de condução semiautônoma, como assistente de desvio e conversão; controle de cruzeiro adaptativo, aviso de saída de faixa com assistente de emergência e sistema de frenagem autônoma; park assist plus com sensores estacionamento dianteiro e traseiro; assistente de troca de faixa, alerta de tráfego reverso, exit warning e assistente de conversão em marcha a ré.
Dia do Automóvel: saiba como cuidar do seu – Celebrado em 13 de maio, o Dia do Automóvel é uma oportunidade para refletir sobre a importância da segurança nas estradas brasileiras. Apesar de os veículos simbolizarem liberdade e progresso, dados do anuário da Confederação Nacional do Transporte (CNT) mostram que, só em 2024, mais de 64 mil acidentes foram registrados em rodovias federais — muitos causados por falhas mecânicas que poderiam ser evitadas. Para alertar motoristas e contribuir com a prevenção, Célio Renato Ruiz, gerente de Assistência Técnica da Henkel, referência global em soluções de adesivos e selantes, compartilha recomendações práticas de manutenção para uma direção mais segura.
Verificação do sistema de freios – A revisão dos freios deve ser prioridade em qualquer plano de manutenção veicular. Além do desgaste natural de peças como pastilhas e discos, o sistema pode sofrer alterações devido a fatores climáticos, aumentando o risco de aquaplanagem e perda de controle em situações de emergência. “A atenção aos freios é primordial. O sistema de fluido não pode apresentar vazamentos e deve suportar a pressão exigida durante a frenagem. Na montagem do sistema é necessária a aplicação de adesivos anaeróbicos, conhecidos como veda roscas, para impedir falhas e garantir o funcionamento ideal. Trepidações ou ruídos ao frear já são sinais de que algo precisa ser verificado imediatamente”, alerta Ruiz.
Para-choque em boas condições – Responsável por absorver parte da energia gerada em colisões, o para-choque é fundamental para a proteção dos passageiros. Qualquer fissura, trinca ou deformação compromete a capacidade de dissipar o impacto em caso de acidente. “A estrutura do para-choque precisa estar íntegra e em perfeitas condições. Dependendo do dano, é possível repará-lo com adesivos específicos de alta resistência mecânica e flexibilidade. Mas em casos mais graves, a substituição é recomendada para não comprometer a segurança”, orienta o especialista.
Atenção ao para-brisa – Mais do que um item de visibilidade, o para-brisa reforça a estrutura do carro e é decisivo na proteção do motorista e dos passageiros. Essa estrutura é responsável por absorver a força gerada por variados impactos, que vão desde um acidente frontal até choques com pedregulhos e pássaros. Trincas e rachaduras comprometem essa segurança e podem aumentar os riscos em acidentes. Mesmo pequenos danos reduzem a resistência contra o vento e elevam o risco de estilhaços.
“Danos maiores que uma moeda de R$ 1 não devem ser reparados e, se estiverem na linha de visão do condutor, exigem troca imediata. A fixação correta do vidro é feita com adesivos automotivos de alta flexibilidade, que absorvem impactos e resistem à força do airbag em situações de emergência. A aplicação de adesivos para para-brisa requer conhecimento técnico para garantir máxima fixação”, explica Ruiz.
Calibragem dos pneus – A pressão inadequada dos pneus afeta a dirigibilidade, o consumo de combustível e aumenta o risco de acidentes, principalmente em curvas e frenagens. A recomendação é calibrar os pneus semanalmente ou antes de viagens longas, sempre respeitando a indicação do fabricante. “A calibragem correta preserva a aderência ao solo e a estabilidade do veículo. É um cuidado simples, mas que faz enorme diferença na segurança”, destaca Ruiz.
Mais recomendações – Além da manutenção mecânica, é fundamental manter no veículo itens obrigatórios como triângulo, estepe calibrado, chave de roda e macaco. Esses equipamentos são essenciais em emergências e sua ausência pode gerar multa e pontos na carteira. Antes de viagens longas, também é importante checar o nível do óleo do motor e do fluido de arrefecimento. A falta desses líquidos pode provocar superaquecimento ou danos graves, aumentando o risco de pane e acidentes.
Faróis, lanternas e luzes de freio precisam funcionar perfeitamente para sinalizar manobras e garantir boa visibilidade, especialmente em rodovias pouco iluminadas. O Dia do Automóvel reforça a importância da cultura de segurança nas estradas. Pequenas atitudes de manutenção preventiva, muitas delas simples e acessíveis, ajudam a reduzir acidentes e proteger vidas, valorizando não só os veículos, mas, principalmente, quem está ao volante e de todos que utilizam as vias.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.