Com muita cultura, música e irreverência, foi celebrado ontem o início da 10ª edição do tradicional Festival da Carroça de Burro, no munícipio de São Caetano, no Agreste de Pernambuco. Estreando o palco, a cidade foi tomada pelo forró de Fulô de Mandacaru, o repertório clássico de Alcymar Monteiro. Já hoje, a música fica por conta de Natanzinho Lima, Zé Henrique e André Costa e Barões do Piseiro.
Apesar de se traduzir num evento tradicional, que atrai turistas de várias regiões e até de Estados vizinhos, gerando empregos e movimentando a economia do município, o festival não conta com apoio do Governo do Estado. “Mais uma vez, a governadora discriminou São Caetano, porque mantemos uma posição de independência”, disse o prefeito Josafá Almeida (UB).
Além dos shows, o evento valoriza as tradições do interior nordestino com torneio de futebol, corrida de burros e jericos, além do já esperado desfile de carroças decoradas. Celebrando a cultura popular e reunindo famílias e amigos, o Festival da Carroça de Burro reforça sua importância no calendário cultural da cidade e movimenta São Caetano com festa e tradição.
A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) foi a campeã na premiação nacional da 14ª Feira de Cases da Redes Wegov, um dos eventos mais relevantes do país na apresentação de projetos em tecnologias da informação e comunicação que se propõem a aproximar instituições públicas dos cidadãos. O ‘Alepinha Literária’, uma coletânea de livros infantis cuja iniciativa tem como objetivo traduzir a cidadania e os temas discutidos pelos deputados estaduais, de maneira lúdica, tirou o primeiro lugar no encontro da Wegov que ocorreu ontem, em Florianópolis, Santa Catarina. O projeto competiu com iniciativas de órgãos públicos de todo o país.
Idealizada pela jornalista da Alepe, Carly Falcão, a coletânea “Alepinha Literária” foi lançada pela Superintendência de Comunicação da Assembleia em 2023, durante a Bienal Internacional do Livro, em Olinda. Direcionada a crianças de 0 a 6 anos, a primeira edição, intitulada “Quem Mora no Palácio Azul”, busca despertar no público infantil, de forma lúdica, o entendimento do que faz um deputado, além das noções de empoderamento e representatividade. “Os Donos do Parquinho”, segunda obra do selo, desperta nas crianças a importância de preservar e compartilhar os espaços públicos, o respeito aos direitos e deveres dos cidadãos e traz noções de gentileza e cidadania.
Já a terceira edição, “Cheia de Direito”, é direcionada ao combate do trabalho infantil e foi realizado em parceria com diversas entidades como o Ministério Público Estadual (MPPE), Tribunal da Justiça de PE (TJPE), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Movimento Pró-Criança. As publicações são ilustradas pela designer Lara Morgado.
“Essa premiação nacional traz muita satisfação. Não somente no âmbito pessoal, mas enquanto profissional, escritora, mãe, servidora pública. Acreditamos que o ‘Alepinha Literária’ pode crescer muito mais e esperamos que esse prêmio possa sensibilizar outros órgãos públicos a elaborar projetos semelhantes”, comemorou a jornalista Carly Falcão.
O presidente da Câmara Municipal do Paulista, Eudes Farias, destacou na última terça-feira (29) os avanços na modernização do Legislativo com a implantação do novo sistema eletrônico de votação, que torna as sessões mais transparentes, ágeis e acessíveis à população.
Durante a sessão, dois projetos de grande relevância para os servidores públicos foram aprovados. O primeiro trata do incentivo financeiro aos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e aos Agentes de Combate às Endemias (ACE), reconhecendo a importância e o papel fundamental desses profissionais na saúde pública do município.
O segundo projeto aprovado diz respeito ao reajuste salarial de 6,5% dos professores da rede municipal, que ficou acima da média estadual e superior ao percentual estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC). A medida representa um avanço significativo na valorização dos profissionais da educação de Paulista.
As cidades de Trindade e Ipubi, no Sertão de Pernambuco, estão alarmadas com a crescente onda de violência. Em audiência pública realizada na Câmara de Vereadores ontem, parlamentares e moradores denunciaram o cenário de insegurança agravado pela escassez de efetivo policial. Com mais de 30 mil habitantes, Trindade conta atualmente com apenas quatro policiais para realizar o patrulhamento e responder às ocorrências. Assaltos, roubos e arrombamentos têm ocorrido tanto na área urbana quanto na zona rural, atingindo desde residências até pequenos comércios e supermercados.
Ipubi enfrenta condição ainda mais precária: apenas dois policiais estão responsáveis pela segurança de um município inteiro. A defasagem no policiamento reforça a sensação de vulnerabilidade de toda a região. Os representantes do Legislativo municipal cobraram do Governo de Pernambuco uma resposta imediata e estruturada, com reforço no contingente policial e investimentos na segurança pública do interior.
O senador pernambucano Humberto Costa, segundo vice-presidente do Senado e presidente nacional do PT, em mandato tampão até julho, quando a legenda escolherá o seu sucessor em eleição que deve mobilizar dois milhões de filiados, participa do meu podcast “Direto de Brasília”, em parceria com a Folha de Pernambuco, da próxima terça-feira. Ele vai tratar das eleições internas do PT, que já tem cinco candidatos disputando o seu comando.
Estão no páreo representantes das mais diferentes correntes: Edinho Silva (CNB – Construindo um Novo Brasil), Valter Pomar (Articulação de Esquerda), Romênio Pereira (Movimento PT), Rui Falcão (Novo Rumo) e Washington Quaquá (CNB dissidente). O mais competitivo e tido como favorito é Edinho Silva.
Representante da corrente “Construindo um Novo Brasil (CNB)”, Edinho Silva é ex-prefeito de Araraquara (SP) e ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo Dilma Rousseff. Edinho é o candidato preferido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O podcast vai ao ar das 18 às 19 horas, com transmissão pelo YouTube da Folha e deste Blog.
Além da transmissão pelo Youtube, o ‘Direto de Brasília’ também é veiculado pela Rede Nordeste de Rádio, formada por 48 emissoras em Pernambuco, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM. A transmissão também será realizada no Instagram e no Facebook deste Blog.
Entram como parceiros na transmissão a Gazeta News, do Grupo Collor, em Alagoas, a Rede Mais Rádios, com 25 emissoras, na Paraíba, e a Mais-TV, do mesmo grupo, sob o comando do jornalista Heron Cid. Ainda a Rede ANC, do Ceará, formada por mais de 50 emissoras naquele Estado. Os nossos parceiros neste projeto são o Grupo Ferreira de Santa Cruz do Capibaribe, a Autoviação Progresso, o Grupo Antonio Ferreira Souza, a Água Santa Joana e a Faculdade Vale do Pajeú.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desistiu de participar dos atos de 1º de Maio – data em que se comemora o Dia do Trabalho – organizados pelas centrais sindicais em São Paulo. O petista quer evitar um desgaste político de estar presente em um evento que provavelmente será esvaziado. A decisão, porém, ganhou maior peso depois da revelação de fraudes no INSS.
Em 2024, o ato das centrais teve um público de pouco mais de 1.600 pessoas, de acordo com levantamento da USP (Universidade de São Paulo). O evento foi realizado no estacionamento da Neo Química Arena, do Corinthians, na zona leste de São Paulo.
Na época, Lula reuniu centrais sindicais e nove ministros. Diante de um público diminuto, deu uma bronca no ministro Márcio Macêdo, que comanda a Secretaria Geral da Presidência, órgão ligado aos movimentos. Lula classificou o ato como “mal convocado”.
Desde então, outras manifestações convocadas pela esquerda também tiveram pouca participação popular. Em 30 de março, o ato chamado pelo deputado Guilherme Boulos (Psol-SP) em protesto à discussão do projeto de lei 2.858 de 2022 que anistia os condenados do 8 de Janeiro reuniu cerca de 5.500 pessoas na av. Paulista, em São Paulo.
O público foi bem menor do que os cerca de 26.000 ativistas pró-Bolsonaro que defenderam o mesmo projeto de lei em um ato realizado duas semanas antes na praia de Copacabana, no Rio.
As centrais sindicais prepararam dois atos para esta quinta-feira (1). Um deles foi organizado pela CTB (União dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores), NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores) e Pública. Será realizado na Praça Campo de Bagatelle, na zona norte da capital paulista. Desta vez, a Secretaria Geral da Presidência não se envolveu na organização dos eventos.
A CUT (Central Única dos Trabalhadores) foi convidada, mas organizou um ato próprio em São Bernardo do Campo (SP), no ABC paulista, berço político de Lula, que foi metalúrgico.
Devem participar os ministros Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), Márcio Macêdo (Secretaria Geral) e Cida Gonçalves (Mulheres). Leia abaixo quem mais deve estar presente.
Lula também participou dos eventos sindicais para comemorar o Dia do Trabalho em 2023, no seu primeiro ano do terceiro mandato. Agora, será a primeira vez na atual gestão que deixará de comparecer.
A ausência do petista foi minimizada por aliados diante da sucessão de desgastes políticos da última semana. Primeiro, o deputado Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA) declinou do convite para assumir o Ministério das Comunicações e expôs a fragilidade da articulação política do governo. Depois, a Polícia Federal e a CGU (Controladoria-Geral da União) deflagraram uma operação que expôs um esquema de fraudes no INSS que pode chegar a R$ 6,5 bilhões.
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse ontem que o presidente decidiu não participar dos atos de 1º de Maio neste ano para realizar um pronunciamento em redes de televisão e rádio que foi ao ar na noite de ontem. O vídeo foi gravado no Palácio da Alvorada na manhã de segunda-feira (28).
Gleisi defendeu que Lula tem “uma grande ligação com o povo trabalhador” e disse esperar que a mobilização nos eventos seja bem-sucedida, mesmo sem a presença do presidente. Ela deu as declarações em entrevista ao programa “Estúdio i”, da GloboNews.
No pronunciamento, Lula disse que o governo irá aprofundar o debate sobre a redução da jornada de trabalho e defendeu o fim da escala 6×1. “Está na hora do Brasil dar esse passo, ouvindo todos os setores da sociedade, para permitir um equilíbrio entre a vida profissional e o bem-estar de trabalhadores e trabalhadoras”, disse o presidente.
Lula recebeu representantes de oito centrais sindicais na terça-feira (29) no Palácio do Planalto. Os sindicalistas entregaram uma pauta de reivindicações que o petista disse que se comprometeria a avançar com elas. Um dos pedidos é justamente a redução da jornada de trabalho.
Dentre os outros pedidos estão a aprovação do projeto de lei que isenta do Imposto de Renda quem recebe até R$ 5.000 por mês. O texto (íntegra) apresentado a Lula é um desdobramento e atualização da Pauta da Classe Trabalhadora aprovada na Conclat (Conferência Nacional da Classe Trabalhadora) em abril de 2022. À época, o petista ainda era candidato à Presidência da República.
Lula usou ainda o horário nobre na televisão para defender seu governo no caso das fraudes no INSS. Disse que sua gestão desmontou um esquema criminoso de cobranças indevidas contra aposentados e pensionistas.
“Na última semana, o nosso governo, por meio da Controladoria Geral da União e da Polícia Federal, desmontou um esquema criminoso de cobrança indevida contra aposentados e pensionistas, que vinha operando desde 2019. Determinei à Advocacia Geral da União que as associações que praticaram cobranças ilegais sejam processadas e obrigadas a ressarcir as pessoas que foram lesadas”, afirmou.
Esta foi a primeira vez que o chefe do Executivo falou publicamente sobre o assunto. Na noite desta quarta-feira (30), nomeou o procurador federal Gilberto Waller Júnior para a presidência do instituto, depois que mandou demitir o ex-presidente, Alessandro Stefanutto.
Apesar da declaração, Lula evitou explicar como o governo ressarcirá os aposentados. Até 24 de abril, a última satisfação foi dada pelo ministro da CGU (Controladoria Geral da União), Vinícius de Carvalho. Uma das alternativas foi bloquear R$ 2 bilhões de instituições investigadas e pessoas ligadas a elas.
O governo afirma que das 40 milhões de pessoas beneficiadas pelo INSS, 6 milhões tiveram descontos. O que não se sabe ainda é quantos desses foram irregulares. A CGU (Controladoria Geral da União) diz que 97,6% dos aposentados e pensionistas do INSS tiveram descontos diretos não autorizados em seus benefícios para pagar sindicatos e associações.
Uma nova federação e uma fusão partidária — a primeira já formalizada entre União Brasil e PP, e a segunda confirmada pelo PSDB com o Podemos — chegam como novos ingredientes para as eleições de 2026. Dificilmente o que os caciques decidem em Brasília não produz estragos na ponta, ou seja, nos estados e municípios.
Daí as dificuldades e a demora nas negociações no plano nacional para bater o martelo nos entendimentos. A federação União Brasil–PP quase não saiu. A pedra no caminho foi o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), porque se achava no direito de presidir a aliança nos primeiros dois anos. Cedeu, mas Antônio Rueda, presidente do UB, também não reinará sozinho.
Dividirá o comando da federação com o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil na gestão Bolsonaro. Aliás, Rueda e Ciro são bolsonaristas de alta linhagem e o ato da oficialização, na terça-feira, no Salão Negro do Congresso, foi embalado com discursos à direita, de oposição ao Governo Lula, embora ambos os partidos ocupem dois ministérios cada um, totalizando quatro.
Em Pernambuco, a junção do PP com o UB forçou de imediato uma composição entre os dois presidentes – Eduardo da Fonte e Miguel Coelho. Isso, evidentemente, com implicações em 2026, tendo em vista que Dudu, como é mais conhecido, na condição de principal líder do PP, tem, hoje, alinhamento ao Governo Raquel Lyra, enquanto Miguel, do UB, está no campo da oposição.
Vão se unir em 2026? Segundo apurei, vão esperar como o Governo e a própria Raquel ficarão com o passar do tempo. A trégua é de um ano. Se até lá a governadora não tiver se recuperado, não será surpresa Miguel arrastar Dudu para o palanque de João Campos e vice-versa. Raquel bem, estando competitiva para a reeleição, quem sabe Dudu e Miguel não fecham as duas vagas para o Senado na chapa da governadora.
Só o tempo, que é o senhor da razão, dará esse desfecho!
CONSEQUÊNCIAS IMEDIATAS – No caso da fusão do PSDB ao Podemos, as implicações são mais imediatas em Pernambuco. Presidente nacional do Podemos, Renata Abreu não conseguiu atender ao pedido do ex-presidente do partido do Estado, Ricardo Teobaldo, amigo do peito, de entregar o comando do novo partido ao atual presidente do Podemos, Marcelo Gouveia. Renata não venceu as resistências do comando nacional do PSDB, leia-se Marconi Perillo e Aécio Neves, contra a governadora Raquel Lyra, hoje no PSD, que usou R$ 38 milhões de fundo partidário e saiu da legenda tucana sem dar satisfação.
Porto comanda nova legenda – O novo partido, resultado da fusão do PSDB ao Podemos, será presidido em Pernambuco pelo deputado Álvaro Porto, presidente da Assembleia Legislativa. Ele tem carta branca para negociar a entrada de novas lideranças políticas, assim como dar as diretrizes ao projeto majoritário da legenda nas eleições de 2026. De passagem ontem por Brasília, Porto começou a receber essas orientações, tanto de Perillo quanto de Renata Abreu.
Procura de partido – Marcelo Gouveia e Ricardo Teobaldo, agora na condição já de ex-dirigentes do Podemos, já começaram a quebrar a cabeça em busca de um novo partido. A princípio, se cogitou o PDT, no Estado atualmente tocado pelo ex-prefeito de Caruaru, Zé Queiroz, e seu filho, o ex-deputado Wolney Queiroz, que têm alinhamento ao palanque de João e fazem oposição a Raquel. Não será fácil, porque há uma tendência no Congresso do afunilamento dos partidos com a criação de novas federações ou fusões.
Eduardo rasga seda de Miguel – Em entrevista, ontem, ao Frente a Frente, direto de Brasília, o presidente do PP, Eduardo da Fonte, partido agora federado com o União Brasil, fez rasgados elogios ao ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, seu novo aliado no Estado. Acertaram em fazer um trabalho conjunto e harmônico pela ampliação da federação no Estado. Quanto ao nome para o Senado, seja na chapa de Raquel ou João, o critério se dará por pesquisas de intenção de voto quando as eleições estiverem mais próximas e na ordem do dia da população.
CURTAS
CONVIDADO – Da bancada federal de Pernambuco, o primeiro deputado a ser contactado para ingressar na União Progressista, a federação UB-PP, foi Júnior Uchôa, filho do ex-presidente da Alepe, Guilherme Uchôa. Foi eleito pelo PSB, mas não está confortável na legenda.
SÓ NA JANELA – Ao blog, Uchôa disse que tem tempo para decidir e que aguardará a janela partidária para as próximas eleições, em abril de 2026. Tem razão, até porque se ingressar de imediato corre o risco de sofrer um processo de perda do seu mandato pelo primeiro-suplente.
FASCISMO – Principal adversário de Edinho Silva, o candidato do Planalto à presidência do PT, o deputado Rui Falcão disse ao meu podcast Direto de Brasília, em parceria com a Folha, que o postulante oficial não é a melhor opção para o PT. “Edinho acena para nazismo e o fascismo, as duas correntes do bolsonarismo. Não há possibilidade de uma convivência saudável com essa gente”, disparou.
Perguntar não ofende: A nova federação União Progressista vai entregar os quatro ministérios a Lula?