Há muito tempo, não corria no calçadão de Boa Viagem, onde cumpri, há pouco, meus 8 km diários, já num sol abrasador, mesmo cedinho, de 7 da matina.
Há muito tempo, não corria no calçadão de Boa Viagem, onde cumpri, há pouco, meus 8 km diários, já num sol abrasador, mesmo cedinho, de 7 da matina.
Por José Adalbertovsky Ribeiro*
MONTANHAS DA JAQUEIRA – O século 20 foi o século que deu à luz a grandes vultos da humanidade terrestre. E também foi o século de personagens das trevas que fizeram eclodir duas guerras catastróficas de dimensões globais. As guerras mundiais existiram desde quando o diabo está solto na terra, no Império Romano e no Império Mongol de Gengis Khan, a encarnação da besta-fera em forma de gente. (O infeliz do Gengis Khan disse de si mesmo: “Eu sou um flagelo de Deus, e se você não cometeu grandes pecados Deus não teria enviado um castigo como eu para a terra.”
“Eu não vim trazer a paz, eu vim trazer a espada”. “Maktub” – está escrito pelo evangelista Mateus. Os estudiosos dos livros sagrados dizem que esta é uma das frases mais controversas da Bíblia.
Leia maisNuma definição simplista, seja dito que o século 20 foi o século das guerras e das vacinas. A vacina contra a poliomielite e a descoberta da penicilina, entre outros inventos maravilhosos, revolucionaram a humanidade.
A morte recente do Papa Francisco, Jorge Bergoglio de nascimento, suscita alguns comentários sobre um dos seus antecessores, o Papa João Paulo II (1978-2005), hoje consagrado como Santo, segundo os cânones da Igreja Católica.
O estadista João Paulo II foi considerado como a maior liderança espiritual do século 20 neste vale de lágrimas e de guerras. Ele foi um gigante que habitou entre nós.
Polonês de batismo e de crisma, Karol Wojtyla entronizou-se como o Papa João Paulo II em 1978 e seu pontificado durou 26 anos, até 2005. Foi um dos mais pródigos e fecundos Pontífices da Igreja Católica. Um sopro de Wojtyla, junto com outros líderes do século 20, ajudou a desmoronar o infame muro de Berlim e dissolveu a maldita cortina de ferro comunista no Leste Europeu. O legado histórico do estadista Karol Wojtyla foi sua influência decisiva para exterminar a seita comunista.
O Papa Francisco, batizado como Jorge Bergoglio, da ordem jesuíta, deixou a marca de humildade e bondade como discípulo de São Francisco de Assis, o santo que se dedicou aos mais pobres dos pobres e era fascinado pela exuberância da natureza, os passarinhos e a flora.
Francisco de Assis foi uma luz que brilhou sobre o mundo, na definição de Sua Excelência o poeta Dante Alighiere.
O globalismo na religião tem o Cristianismo como plataforma com molhos ideológicos da esquerda marxista. Em suas peregrinações pastorais pelo mundo o chefe de Estado e líder espiritual Papa Francisco bateu um papo-cabeça com o ditador Fidel Castro em Cuba, trocou figurinhas com o energúmeno Nicolas Maduro na Venezuela e abraçou o cocalero e Evo Morales, na Bolívia, que lhe ofertou um crucifixo com o símbolo comunista da foice e martelo. Se eu fosse o Papa Adalbertovsky I, eu quebrava a peça na cabeça dele, pero sem perder la ternura, e diria “eu não sou da sua laia, herege Morales”.
Também esqueceu de visitar a Nicarágua, onde o ditador terrorista Daniel Ortega mandou prender um bispo, está torturando e perseguido a comunidade a comunidade católica.
“Miserere nobis!”
*Periodista, escritor e quase poeta
Leia menosLula tem que demitir Lupi
Tão logo estourou o escândalo do INSS, desvio de quase R$ 7 bilhões de contribuições de sacrificados aposentados e pensionistas manipulados por quadrilhas, o Governo Lula e aliados se encarregaram de jogar a roubalheira no colo dos governos passados, sustentando que tudo começou em 2016, no Governo Michel Temer.
Mas nada melhor do que um dia atrás do outro. A TV Globo descobriu que o ministro da Previdência, Carlos Lupi, foi informado sobre o aumento das denúncias de fraude nos descontos dos benefícios de pensão e aposentadoria do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), mas levou cerca de um ano para tomar providências.
A ata de uma reunião do Conselho Nacional de Previdência Social de junho de 2023 mostra que a representante do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos), Tonia Galleti, levou o problema ao ministro. O conteúdo do documento foi noticiado pela TV Globo com exclusividade. Galetti havia pedido a inclusão do tema na pauta daquela reunião, mas a solicitação não foi aprovada porque os temas já tinham sido definidos.
Leia maisDiante disso, ela reforçou o pedido de discussão sobre os Acordos de Cooperação Técnica das entidades que possuíam desconto de mensalidade junto ao INSS. Ela requisitou que fossem apresentadas a quantidade de entidades que possuíam acordos com o INSS, a curva de crescimento dos associados nos últimos 12 meses e uma proposta de regulamentação que trouxesse maior segurança aos trabalhadores, ao INSS e aos órgãos de controle.
De acordo com o documento, o ministro registrara que a solicitação do sindicato era relevante, mas que não haveria condições de fazê-la de imediato, “visto que seria necessário realizar um levantamento mais preciso”. Na ocasião, Lupi solicitou que o tema fosse pautado como primeiro item da reunião seguinte. No entanto, o assunto não foi discutido e só entrou na pauta do Conselho em abril do ano passado.
Ou seja, tudo leva a crer que Lupi está envolvido até o talo com a quadrilha, até porque resistiu em aceitar a demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que, segundo a Polícia Federal, sabia de tudo e escondeu debaixo do tapete. Ambos têm culpa no cartório. O primeiro já foi degolado. Resta saber até quando o presidente Lula vai deixar a Previdência sangrando e nas mãos de um suspeito.
ACREDITE SE QUISER – Procurado pela Folha de São Paulo, o ministro Lupi afirmou que o INSS realizou uma auditoria para apurar denúncias de descontos irregulares. Ele disse que, ao longo desse trabalho, o diretor de Benefícios do instituto foi exonerado “para que conseguíssemos ter um diagnóstico e tomar as providências cabíveis”. O caso é investigado pela CGU (Controladoria-Geral da União) com a Polícia Federal. A operação Sem Desconto, que deu luz ao caso, calculou que entre 2019 e 2024 foram descontados R$ 6,3 bilhões em benefícios previdenciários.
Demitido na gestão Dilma – No final de 2011, na gestão de Dilma, Carlos Lupi, então ministro do Trabalho, foi demitido por corrupção, acusado de irregularidades em convênios firmados pela pasta com Organizações Não-Governamentais (ONGs). Segundo as acusações, assessores do ministro cobravam propina para resolver pendências de ONGs com o ministério. Tudo com o conhecimento de Lupi. A situação do ministro se agravou com a divulgação de imagens que contrariam a versão de que ele não teria usado, em 2009, um avião providenciado por dono de ONG que tinha convênios com a pasta.
Fantasma do PDT – Segundo foi noticiado na época, Lupi era assessor-fantasma do PDT na Câmara dos Deputados em Brasília. O pedetista teria acumulado ilegalmente cargos em Brasília e no Rio. A Comissão de Ética da Presidência recomendou a exoneração dele, após entender “que não tinha explicado a base das acusações, que era a série de convênios irregulares firmados com pessoas do seu partido”, afirmou Sepúlveda Pertence, presidente da Comissão. Dos 37 ministros de Dilma, ele foi o sétimo a cair.
Dois pesos, duas medidas 1 – A Operação Lava Jato, que abalou o cenário político brasileiro, levou à prisão tanto o ex-presidente Fernando Collor de Mello quanto o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No entanto, os processos de cada um seguiram caminhos distintos, resultando em desfechos opostos. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou Collor de receber R$ 20 milhões em propina. O STF o condenou por usar sua influência na BR Distribuidora para direcionar contratos à UTC Engenharia.
Dois pesos, duas medidas 2 – Já Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá, sendo preso entre 2018 e 2019. Sua soltura ocorreu após o STF mudar o entendimento sobre prisão em segunda instância. Em 2021, o STF anulou as condenações de Lula, alegando que o então juiz Sérgio Moro era parcial e que a Vara de Curitiba não tinha competência para julgar o caso. Posteriormente, a Justiça reconheceu a prescrição dos crimes.
CURTAS
COM PORTO – A fusão do PSDB ao Podemos não será nada pacífica em Pernambuco. Soube em Brasília que o comando do novo partido no Estado será entregue ao presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto.
NOVA LEGENDA – Se isso vier a ser confirmado, o presidente estadual do Podemos, Marcelo Gouveia, candidato a deputado federal apoiado pelo ex-presidente da legenda, Ricardo Teobaldo, terá que buscar abrigo em outra legenda.
O TROCO – A decisão foi tomada em conjunto pelos presidentes nacionais das duas legendas, Marconi Perillo, e Renata Abreu, respectivamente PSDB e Podemos. Soube que foi uma forma da cúpula nacional tucana dar o troco à governadora Raquel Lyra por trocar de partido e ainda levar os 30 prefeitos do PSDB para o PSD.
Perguntar não ofende: E na federação PP com o União Brasil, Miguel Coelho fica no UB ou vai procurar uma legenda da base de João Campos?
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