Leilão de cotas do Finor injeta R$ 816 milhões no Fundo de Desenvolvimento do Nordeste

O Banco do Nordeste (BNB) concluiu, em março, o segundo leilão de recompra de cotas escriturais do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor), resultando na reintegração de mais de 939 bilhões de cotas ao valor de R$ 1,06 por lote de mil unidades. Realizado na B3, a operação movimentou R$ 996 milhões, dos quais aproximadamente R$ 816 milhões foram destinados ao Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), após dedução de despesas.

Segundo o diretor de Ativos de Terceiros do BNB, Antônio Jorge Pontes Guimarães Junior, os recursos reforçarão o financiamento de projetos estratégicos na região, voltados à infraestrutura, energia renovável, inovação tecnológica e desenvolvimento urbano. “Essa operação demonstra nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável da região”, destacou o executivo. O valor repassado ao FDNE decorre da diferença entre o valor patrimonial das cotas em circulação e o preço pago aos cotistas.

A recompra atendeu 85,4% do volume total de cotas ofertadas, o que, segundo o BNB, representa um sucesso na liquidação de posições dos investidores. A operação também reafirma o papel do banco como gestor eficiente dos incentivos fiscais que alimentam os fundos regionais, com impactos diretos na geração de empregos e na dinamização econômica do Nordeste.

Por Blog da Folha

O deputado federal André Ferreira (PL/PE) foi designado presidente da Comissão de Assuntos Sigilosos da Câmara dos Deputados. A indicação de André Ferreira foi feita pelo presidente da Câmara, Hugo Motta. Em seu segundo mandato como deputado federal, o parlamentar pernambucano já foi líder de partido, vice-líder do governo e compôs a Mesa Diretora da Câmara, mostrando forte articulação política e respeitabilidade entre os pares.

A Comissão de Assuntos Sigilosos é um órgão especial, ligado à Presidência do Parlamento, e cuida de documentos privados da instituição, dos deputados e das comissões, dados que coloquem em risco a segurança e o interesse nacional.

A Associação Pernambucana de Cabos e Soldados (ACS/PE) protocolou um ofício junto à Secretaria Executiva de Habitação do Estado solicitando a inclusão de policiais e bombeiros militares no programa “Morar Bem PE”. A demanda foi apresentada pelo presidente da entidade, Luiz Carlos Cavalcante Torres, ao secretário André Fonseca, como forma de garantir prioridade habitacional a profissionais da segurança pública que, segundo ele, enfrentam dificuldades no acesso à moradia digna.

“O Morar Bem é um programa necessário e bem estruturado, e acreditamos que os profissionais de segurança pública, que estão entre os que mais sofrem com a falta de moradia digna, também devem ser contemplados com prioridade”, destacou Luiz Torres. A ACS/PE representa mais de 10 mil associados, entre militares, pensionistas e familiares, e vem reforçando a luta por melhorias nas condições de vida e trabalho da categoria.

No ofício, a associação chama atenção para a modalidade Entrada Garantida, que oferece subsídios de até R$ 20 mil para a compra de imóveis entre R$ 190 mil e R$ 220 mil, mas que ainda não assegura atendimento direcionado aos militares estaduais. “Moradia digna também é segurança, é estabilidade emocional, é respeito a quem dedica a vida a proteger a população”, concluiu o presidente da ACS/PE.

A Secretaria de Recursos Hídricos e Saneamento de Pernambuco publicou, nesta quinta-feira (10), edital para contratação de empresas que irão instalar e manter cerca de 400 novos dessalinizadores no Estado. A ação faz parte do programa Águas de Pernambuco e será direcionada a comunidades rurais dos municípios do Agreste e Sertão, onde a água dos poços perfurados em rochas cristalinas é, geralmente, salobra e imprópria para o consumo. Os novos equipamentos, movidos a energia solar e com capacidade de produção entre 400 e 1600 litros de água por hora, devem beneficiar cerca de 128 mil pessoas.

Segundo o secretário Almir Cirilo, o investimento previsto é de R$ 80,5 milhões, com a entrega distribuída em quatro lotes regionais. “É um passo importante na nossa jornada para alcançar a universalização do abastecimento. Com esses novos equipamentos, somaremos cerca de 600 dessalinizadores em funcionamento no estado, atendendo quase 200 mil pessoas”, afirmou.

Por Osvaldo Matos Jr*

O que está acontecendo no Brasil precisa ser dito com todas as letras: há, hoje, um movimento claro, articulado e institucional para enfraquecer as Polícias Militares e transferir o poder de polícia ostensiva para as Guardas Municipais — sem planejamento, sem controle e sem a menor preocupação com os pilares que sustentam qualquer força policial séria: hierarquia, disciplina e formação adequada.

A decisão recente do Supremo Tribunal Federal (Recurso Extraordinário 658570/MG), com repercussão geral reconhecida (Tema 1047), que ampliou o poder de polícia das Guardas Municipais, foi o primeiro passo.

Na sequência, surge a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 57/2023), idealizada pelo ministro Ricardo Lewandowski, que avança perigosamente para transformar Guardas Municipais em verdadeiras polícias locais, vinculadas diretamente a prefeitos — muitos deles despreparados, reféns de pressões políticas e sem qualquer histórico de gestão de segurança pública.

Essa PEC rompe frontalmente com o modelo constitucional de segurança pública previsto no artigo 144 da Constituição Federal, que é claro ao estabelecer as competências das polícias estaduais e das Guardas Municipais:

“Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: […] V – polícias militares, cabendo-lhes a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública.”

Transformar Guardas Municipais — originalmente criadas para a proteção de bens, serviços e instalações do município (Art. 144, § 8º) — em polícias ostensivas é, no mínimo, um golpe institucional disfarçado de modernização.

O risco: “Mini PMs” nas mãos de prefeitos

Estamos prestes a assistir ao surgimento de pequenas polícias militares, despadronizadas, fragmentadas e politicamente controladas. Em vez de uma política nacional de segurança pública baseada em planejamento, formação unificada e doutrina consolidada, caminhamos para o caos da segurança municipalizada.

Será que os prefeitos brasileiros — em sua esmagadora maioria, sem qualquer preparo técnico — estão prontos para gerir forças policiais armadas? Quem controlará os abusos? Quem fiscalizará os desvios de conduta? Quem garantirá a disciplina e o respeito à hierarquia?

Essas perguntas ainda não têm resposta. Porque o projeto nunca foi responder a essas perguntas. O projeto sempre foi outro: esvaziar as Polícias Militares estaduais. Reduzir seu poder. Deslegitimar sua atuação. E, futuramente, justificar sua extinção.

Hora de reação

Oficiais e praças das Polícias Militares precisam entender que o jogo não é mais apenas jurídico. É político. E a resposta precisa ser política.

As PMs possuem capilaridade em todos os municípios do Brasil. Possuem força representativa nas Assembleias Legislativas, no Congresso Nacional, nos Conselhos de Segurança, nas associações de classe e — sobretudo — junto à população, que reconhece e respeita o trabalho da polícia ostensiva.

Ficar em silêncio diante desse projeto de desmonte é aceitar ser substituído.

O momento exige mobilização, articulação, pressão institucional e participação ativa no debate público.

Não se trata apenas de defender uma corporação. Trata-se de defender o modelo de segurança pública previsto na Constituição e o direito da população a uma polícia ostensiva profissional, disciplinada, hierarquizada e apartada das disputas políticas locais.

O Brasil não pode correr o risco de trocar a segurança pública por milícias municipais disfarçadas de Guardas.

As guardas devem, sim, existir, receber investimentos e tecnologia para cuidar da ordem pública e da segurança do patrimônio municipal, escolas e unidades de saúde pública — o que já é um grande e essencial trabalho que poderá ajudar em muito no controle e prevenção de crimes. Os Estados Unidos possuem 17 mil policiais entre municipais, estaduais e federais, mas cada uma com jurisdição bem definida e cada um no seu quadrado.

*Empresário; Cientista Social e Político; Publicitário; MBA em Inteligência Competitiva e Planejamento Estratégico; Especialista em Gestão Pública, Marketing, Comércio Exterior, Comunicação Pública e Turismo.

O deputado estadual João de Nadegi participou, nesta quinta-feira (10), de uma série de entregas realizadas pela Prefeitura de Camaragibe para marcar os 100 primeiros dias da gestão do prefeito Diego Cabral. Ao lado de vereadores e secretários municipais, o parlamentar destacou que as ações, muitas delas em parceria com o Governo do Estado e com seu próprio mandato, têm gerado impactos positivos na vida da população. “Diego está andando a cidade, ouvindo a população. Eu, como deputado da cidade, me sinto muito feliz”, afirmou Nadegi.

O deputado ressaltou ainda a importância dos investimentos estaduais, como a requalificação da PE-27 (Estrada de Aldeia) e a construção do novo batalhão da Polícia Militar no Privê Vermont. “Vamos seguir assegurando investimentos e ações para a cidade. Vamos continuar andando e entregando obras”, declarou, agradecendo à governadora Raquel Lyra pelo apoio a Camaragibe.

Entre as ações entregues pela gestão municipal estão a nova sede da Defesa Civil, o Centro de Convivência para a Saúde e Bem-Estar Dona Palmira, o anexo da Creche CEMEI Luiz Antônio com mais 40 vagas, a Casa da Mulher, um posto da Brigada Maria da Penha, além da entrega de mais de mil cestas básicas pelo programa Alimento na Mesa. A prefeitura também realizou pavimentações em ruas de bairros como Santana, São João, Jardim Primavera e São José da Laje.

O prefeito de Petrolina, Simão Durando, celebrou o anúncio da retomada dos voos da Latam entre Recife e a cidade sertaneja, previsto para o segundo semestre deste ano. A confirmação foi feita pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e marca a volta da companhia aérea à rota, considerada estratégica para a mobilidade e o desenvolvimento econômico do Vale do São Francisco. “Essa é uma conquista grandiosa para Petrolina e toda a região. A volta da Latam amplia a conectividade e garante mais opções aos passageiros”, afirmou Simão, ressaltando a articulação com lideranças como Fernando Filho, Antonio Coelho e Miguel Coelho.

O prefeito também destacou que a ampliação da malha aérea é essencial para manter o ritmo de crescimento de Petrolina, cidade que se destaca nacionalmente na produção e exportação de frutas. “Petrolina cresce acima da média nacional, atrai investimentos, gera empregos e abastece o Brasil e o mundo. Para manter esse ritmo, é fundamental contar com transporte aéreo eficiente e estável”, completou.

Apesar do avanço com a Latam, Simão Durando cobrou o cumprimento do acordo com a Azul Linhas Aéreas para retomar os dois voos diários, atualmente reduzidos a apenas um. Ele afirmou que a situação tem impactado o turismo e a economia da região. “Estamos em diálogo intenso com o ministro Silvio Costa Filho há dois meses e ele tem ajudado nessa conversa com a Azul. Existe um acordo para a empresa retomar os dois voos este mês, porém ainda não houve avanço. A economia local e os passageiros não podem ser penalizados”, pontuou.

Por Betânia Santana
Do Blog da Folha

No dia em que completa cem dias da segunda gestão, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), viaja aos Estados Unidos nesta quinta-feira e deve estar de volta na próxima terça (15). Oficialmente, ele nem precisaria, mas fez questão e vai repassar o cargo ao vice-prefeito Victor Marques (PCdoB).

A medida só é obrigatória quando a ausência ultrapassa uma semana. João Campos retorna à cidade na segunda à noite e reassume as atividades na manhã da próxima terça, com reunião de monitoramento e entregas à tarde.

O prefeito já havia repassado o cargo para Victor Marques no dia 17 de janeiro, quando tirou alguns dias de descanso para, como ele mesmo disse na ocasião, recarregar as baterias.

Victor Marques foi escolhido como candidato a vice no ano passado, já na perspectiva de substituir o prefeito João Campos, caso ele decida disputar o governo de Pernambuco em 2026.

Braço direito
Ex-chefe de gabinete do prefeito na primeira gestão, o vice-prefeito também assumiu neste segundo mandato a Secretaria de Infraestrutura, que ganha visibilidade por realizar obras estruturantes. Mas Victor Marques tem participado de quase todas as agendas ao lado do prefeito.

Está em debates com empresários ou em entregas como a desta quinta-feira: uma creche-escola no bairro do Ibura, Zona Sul da cidade. Também participou do lançamento do Programa Visão Recife, na Escola Reitor João Alfredo, na Ilha do Leite, área central da cidade, na manhã de hoje.

Viagem
No ano passado, João Campos esteve na Brazil Conference, em Boston, nos Estados Unidos. Este ano, ele vai com a namorada, a deputada federal Tábata Amaral (PSB). Lá, participam da edição 2025 da Brazil Conference, no sábado (12) e no domingo (13).

Segundo a coluna Persona, da jornalista Roberta Jungmann, da Folha de Pernambuco, o evento acontece nas universidades de Harvard e MIT e deve reunir líderes políticos, personalidades da cultura e do esporte, influenciadores e estudantes para debater os caminhos do Brasil.

A Brazil Conference se consolidou como a principal conferência brasileira fora do país. Criada em 2015 por jovens brasileiros que estudam em Boston, tem como objetivo promover discussões sobre economia, inovação, educação e desenvolvimento social.

Celebridades
O evento terá também a presença de celebridades como Ana Maria Braga, Rodrigo Faro, Sabrina Sato, Carlinhos Brown, os influenciadores Leon e Nilce, e a criadora de conteúdo de moda Camila Coutinho.

A lista inclui ainda a estilista Patricia Bonaldi e atletas consagrados como Flávia Saraiva, Daiane dos Santos, Anderson Silva e Rafaela Silva.

O senador Fernando Dueire (MDB) e o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), presidente nacional da legenda, uniram forças nesta quarta-feira (10) para discutir estratégias em prol da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 66/2023, conhecida como PEC da Sustentabilidade Fiscal. O texto, que tramita na Câmara dos Deputados com relatoria de Rossi, prevê medidas para aliviar o peso das dívidas previdenciárias sobre os cofres das prefeituras, estabelecendo limites, novos prazos de parcelamento e regras para a quitação de precatórios. “Essa proposta permite que os gestores retomem o equilíbrio fiscal e mantenham a qualidade dos serviços prestados à população”, afirmou Dueire.

A PEC busca dar novo fôlego aos municípios ao propor mudanças que impactam diretamente o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e os Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS), além de permitir a desvinculação de receitas. “Queremos dar fôlego e capacidade aos prefeitos. Isso vai possibilitar que eles possam investir em políticas públicas, ajudando na ponta quem mais precisa”, destacou Baleia Rossi.