Blog recebe vídeo com adesivo do Governo do Estado por cima da marca do Governo Federal

Após este blog revelar que circulava fortemente em grupos de WhatsApp da política pernambucana imagens de adesivos do Governo Raquel Lyra (PSDB) encobrindo a marca do Governo Lula (PT) em ônibus escolares, prefeitos de várias regiões iniciaram um movimento de “checagem”.

Alguns estão tirando a peça estadual e revelando a existência da prestação de contas federal. A deputada Dani Portela (PSOL) acionou o Ministério Público Federal (MPF) e o Tribunal de Contas da União (TCU) para que essa suposta descaracterização seja esclarecida.

Afinal, o Governo de Pernambuco teria sido beneficiado por uma ata de registro de preços do Governo Federal para a aquisição desses ônibus. Esse é o primeiro de tantos outros vídeos que estamos recebendo.

E, pasmem, tem muita gente me perguntando se pode mandar material parecido.

Folha de Pernambuco

O Edifício Holiday, marco arquitetônico localizado em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, foi vendido, na manhã de hoje, por R$ 21,5 milhões. Esta foi a segunda chamada do leilão, organizado pelo tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). A identidade do vencedor não foi revelada. Na primeira rodada, realizada no dia 30 de janeiro, o edifício não recebeu lances para compra. O valor inicial era de R$ 35,7 milhões. Com isso, o prédio voltou à venda nesta quinta, num valor de arremate de cerca de R$ 21,4 milhões, com uma redução de R$ 14 milhões no preço.

O leilão aconteceu totalmente online por meio da plataforma Lance Certo Leilões, do leiloeiro público oficial Luciano Resende Rodrigues. A venda chegou a R$ 21.538.616,05, exatamente R$ 100 mil a mais do que o valor inicial do arremate da segunda chamada. Apenas um lance foi dado, às 11h20, do estado da Paraíba. De acordo com o edital, uma contraproposta poderia vir em um período de até 40 segundos, o que não aconteceu.

Construído em 1956, o prédio segue como um símbolo urbanístico do Estado. Ainda assim, com o passar dos anos, houve uma degradação na estrutura. Isso culminou na sua condenação, em 2019, por risco de desabamento e ligações elétricas clandestinas que resultaram em risco de explosão.

No dia 13 de março de 2019, cerca de três mil moradores tiveram que desocupar o prédio. O edifício possui um total de 17 andares e 476 apartamentos. Passados quase seis anos, o que fica para os antigos residentes é a esperança de solucionar a questão da melhor maneira possível – seja ou não através do leilão.

Como fica para os moradores

No Edital de Leilão e Intimação do TJPE, consta que o valor arrecadado será utilizado para pagar: eventual dívida trabalhista; tributos sobre o imóvel; eventual débito com Concessionárias de serviço público; ressarcir o município do Recife pelas despesas com a administração judicial do ponto; e despesas com a perícia para aferir o valor da estrutura.

Somente após isso que o dinheiro restante vai ser utilizado para pagar os moradores que efetivamente comprovarem a propriedade dos apartamentos do Edifício Holiday.

Isso, no entanto, gera dúvidas para os antigos residentes, por dois motivos. O primeiro deles diz respeito ao cálculo de divisão do lucro restante – se aconteceria de forma igualitária ou levando em consideração o valor de mercado de cada imóvel. Por exemplo, dos 476 apartamentos, 442 são do tipo studio, com um quarto, e outros 34 são maiores, com dois quartos. Há, ainda, 17 lojas comerciais que funcionavam no local.

A outra dúvida diz respeito à diminuição do lance inicial do prédio, de R$ 35 milhões para R$ 21 milhões de uma chamada para outra. Isso impactaria quanto cada morador receberia com a venda.

Procurado pela reportagem sobre como seria o cálculo de divisão do lucro restante, o TJPE, por meio de nota, afirmou apenas que “se houver saldo restante, a Justiça irá repassá-lo aos proprietários que efetivamente comprovarem a propriedade dos apartamentos”.

Já sobre a alteração no valor do lance inicial de uma chamada para outra, a Justiça destacou que a prática está prevista no Código de Processo Civil, seguindo a Lei n° 13.105, de março de 2015. “Na primeira chamada/praça do leilão, o objetivo é atingir o valor mínimo para aquisição do bem. A segunda chamada/praça tem por finalidade atrair compradores”, explicou o TJPE.

Confira, abaixo, a nota do TJPE na íntegra:

A redução do valor da primeira chamada para a segunda chamada está prevista no Código de Processo Civil (LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015). A redução do lance reproduz a finalidade das Praças (chamadas). Na primeira chamada/praça do leilão, o objetivo é atingir o valor mínimo para aquisição do bem. A segunda chamada/praça tem por finalidade atrair compradores. Nesse caso, a redução do preço é estipulada pelo juiz de direito e, de uma forma ou de outra, o produto da venda seguirá o mesmo destino: quitar as dívidas existentes e se houver saldo restante, a Justiça irá repassá-lo aos proprietários que efetivamente comprovarem a propriedade dos apartamentos.

O prefeito de Petrolândia, Fabiano Marques (Republicanos), em entrevista a Assis Ramalho, no programa Acordando com as Notícias, transmitido na última sexta-feira (14) pela Web Rádio Petrolândia, esclareceu como estão o andamento das obras na cidade, a previsão para concursos públicos, as novidades na infraestrutura, eventos e os desafios enfrentados diante do Governo Estadual.

Ao ser questionado sobre a realização de um concurso público, Fabiano esclareceu que, no momento, a Prefeitura de Petrolândia tem previsto apenas uma seleção pública para professores. Falou também sobre as obras de pavimentação no bairro Nova Esperança, onde já determinou que a equipe da prefeitura faça toda a topografia e o projeto para que as obras sejam feitas gradativamente com recursos próprios, com o objetivo de concluir a pavimentação ao longo do mandato. Ele também anunciou que buscará viabilizar a extensão da Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF).

Fabiano ressaltou que conseguiu R$ 2 milhões para pavimentação e que a intenção inicial era calçar de 10 a 15 ruas no Nova Esperança, mas elas não se enquadravam nas medidas do padrão exigido pela Caixa Econômica Federal. No entanto, para não perder os recursos, direcionou as verbas para outras localidades. “O bom gestor não deixa o dinheiro voltar”, afirmou. Assim, com esses recursos, foram pavimentadas a Agrovila 6 e a Agrovila 1, além da pavimentação de algumas ruas na cidade e do asfaltamento de outras. “A Agrovila 8 também está sendo pavimentada com recursos próprios”, afirmou.

Fabiano também lamentou a paralisação de obras estaduais em Petrolândia, desde o início do governo de Raquel Lyra (PSDB). Segundo ele, a atual gestão estadual está sendo “nula para Petrolândia”.

Ele citou que a cidade tinha um recurso de R$ 24 milhões para asfaltamento, deixado pela gestão anterior do Governo do Estado (Paulo Câmara), mas a empresa responsável já concluiu as obras e ainda aguarda o pagamento de cerca de R$ 14 milhões por parte do governo Raquel Lyra. Além disso, mencionou a obra da Agrovila 6 e Agrovila 1, no valor de R$ 2 milhões, cuja empresa já concluiu o serviço, mas ainda espera receber R$ 1 milhão do governo estadual. Outro problema destacado foi a obra da Orla Fluvial, onde falta o governo do estado quitar R$ 300 mil. Anunciou que vai realizar o distrato da obra da Orla para poder conclui-la por conta própria e, em seguida, licitar espaços para construção de quiosques dentro de um padrão projetado pelo município.

Na área cultural, Fabiano destacou o empenho em revitalizar o Carnaval e fortalecer eventos tradicionais como o Forró na Roça e a Missa do Vaqueiro do Icó Mandante, que ocorre no último domingo de agosto. Além disso, ressaltou a Festa do Padroeiro, a realização do Réveillon na Orla e a Festa Gospel em dezembro. Para 2025, a Festa da Emancipação terá três dias de programação, com um deles dedicado à música gospel e entre as ações voltadas ao esporte, o prefeito anunciou que o estádio municipal receberá um novo gramado. Além disso, a Prefeitura implantará grama no estádio da Agrovila 10, no Icó Mandante.

Diário de Pernambuco

Apontadas como “inequivocamente fantasmas” pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), as empresas IMB e Inovação fizeram 557 contratos com Prefeituras e Câmaras Municipais de todas as regiões do Estado, segundo levantamento no portal Tome Contas, do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE).

Firmados entre 2017 e 2022, os contratos tratam cada um de uma ou mais inscrições de agentes públicos em congressos promovidos pelas duas empresas. Só esse valor custou R$ 2.562.150 ao erário – cifra que não considera as diárias que também são pagas com dinheiro público.

Segundo o MPPE, essas mesmas empresas estariam envolvidas em um suposto esquema para que vereadores de Camaragibe, no Grande Recife, recebessem diária por participação em congressos e simpósios “comprovadamente inexistentes”.

O MPPE aponta ao todo quatro “eventos fantasmas”, sendo dois promovidos pelo IMB e dois pela Inovação, todos de 2018, envolvendo a Câmara Municipal de Camaragibe. Segundo a promotoria, os endereços informados dos congressos ficavam em João Pessoa (PB) e em Natal (RN).

Já o levantamento com dados do TCE-PE aponta que há ao menos 47 contratos referentes a esses mesmos congressos que são contestados pelo MPPE. Além de Camaragibe, os supostos “eventos fantasmas” foram contratados por prefeituras como Serra Talhada e Itacuruba, no Sertão, além de câmaras municipais que incluem São Lourenço da Mata e Abreu e Lima, no Grande Recife, Carpina e Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata, Gravatá e Toritama, no Agreste, e Arcoverde e Petrolina, no Sertão.

Os donos das duas empresas são pernambucanos, mas ambas foram abertas com endereços de outros Estados. Os dados da Corte de Contas mostram, ainda, que apenas 15 dos 557 contratos com o poder público foram para compromissos em Pernambuco – o que representa 2,7% do total. Geralmente, as diárias desembolsadas para compromissos fora de Pernambuco são maiores.

Processos

Com 487 contratos, o IMB é vinculado a Carlos Alberto Barbosa Pereira, candidato derrotado duas vezes à Prefeitura de Itapissuma. Já a Inovação, que é ligada ao vereador de Timbaúba Josinaldo Júnior (Podemos), firmou outros 70 contratos com órgãos públicos. O Diário procurou o proprietário da primeira empresa, que não foi localizado, e da segunda, que não respondeu à reportagem.

No TCE-PE, há ao menos oito processos que investigam despesas de Câmaras Municipais com diárias e inscrições para eventos de capacitação. Todos são referentes a contratos com o IMB.

Em Carpina e Camutanga, na Mata Norte; São Bento do Una, no Agreste, e Serra Talhada, no Sertão, a Corte de Contas já considerou que houve irregularidade e imputa débito aos agentes públicos envolvidos. A empresa também foi responsabilizada.

Também na Mata Norte, em Timbaúba, onde o processo continua em andamento, o Ministério Público de Contas (MPCO) declarou estar “convencido de que havia um esquema forjado para proporcionar aos vereadores/servidores uma forma fácil de ganhar diárias sem real interesse público.”

Segundo o procurador, os ganhos do IMB em Pernambuco alcançaram a cifra de R$ 1.551.250, no período de quatro anos. Para ele, o valor não condiz com “o porte da empresa, quer pela ausência de meios de publicação e divulgação dos seus serviços, quer pela estrutura física modesta, sem sede própria, telefone fixo e quadro de funcionários registrados.”

Em Bezerros, no Agreste, o relatório de auditoria concluiu que a Câmara Municipal fixou valores de diárias acima do necessário para as despesas de hospedagem e alimentação, além de despesas com diárias e inscrições para eventos sem comprovação de efetiva realização. O caso ainda não foi julgado pelo TCE-PE.

Para outros dois casos, em Gravatá e Lajedo, ambos no Agreste, o TCE-PE julgou a situação regular com ressalvas. A Corte de Contas determinou, ainda, que os respectivos gestores da Casa Legislativa priorizem capacitações no próprio município e atentem para o “dever de instituir um planejamento e controle efetivo sobre despesas com recursos públicos na participação em eventos”.

Recorrentemente apontado como palestrante desses cursos, o advogado Geraldo Júnior foi o responsável por fazer a defesa prévia do IMB e do proprietário da empresa sobre os gastos na Câmara Municipal de Bezerros.

No processo, ele declarou que “todos os eventos foram efetivamente realizados” e que “seguiram rigorosamente todas as condutas éticas e morais, além de serem lícitos”.

“A auditoria atribui uma irregularidade em meras conjunturas [sic], sem ter sequer requerido informações a empresa ou pesquisado nos canais virtuais da requerente para verificar que todos os eventos são reais e efetivamente realizados”, diz o advogado, que deixou de anexar, na defesa prévia, registros para contrapor a acusação.

Procurado pelo Diário, Geraldo Júnior afirma que não tem mais notícia do dono do IMB, com quem teria perdido o contato.

Presidente da União dos Vereadores de Pernambuco (UVP), entidade que defende a categoria, o vereador Leonardo José da Silva (Léo do Ar), do PP, diz desconhecer as empresas citadas e qualquer esquema de recebimento de diárias. “Prefeitos, deputados federais, juízes, todo mundo tem direito a diárias, mas se pega muito no pé do vereador”, afirma.

“Se nós tivéssemos algum tipo de conhecimento de práticas ilícitas de câmaras municipais, iríamos provocar os órgãos de controle para fiscalizar esse ato irregular”, completa.

A reportagem também procurou as cinco Prefeituras que tinham contratos com as empresas citadas. A de Serra Talhada declarou que não é investigada e, portanto, não vai se manifestar sobre o caso. Já Gravatá informou que desde 2021, período de outra gestão, não tem mais contratos com a empresa referida.

A Prefeitura de Condado respondeu que não irá se pronunciar por se tratar de uma questão da gestão passada. Igarassu destacou que a situação envolve a gestão anterior e que não compactua com ilegalidades. A Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) não respondeu até o fechamento da matéria. A reportagem não conseguiu contato com a Prefeitura de Itacuruba.

Veja lista de Prefeituras e Câmaras com contratos

Câmaras Municipais de Abreu e Lima, Camaragibe, Ipojuca, Ilha de Itamaracá, Moreno, São Lourenço da Mata, Cabo de Santo Agostinho, na RMR; Camutanga, Carpina, Condado, Goiana, Paudalho, Timbaúba, na Mata Norte; Amaraji, Escada, Gameleira, Palmares, Primavera, Sirinhaém, Tamandaré, Vitória de Santo Antão, na Mata Sul.

Câmaras Municipais de Belo Jardim, Bom Jardim, Bezerros, Bom Conselho, Bonito, Brejo da Madre de Deus, Cachoeirinha, Capoeiras, Gravatá, Ibirajuba, Jurema, Lajedo, Limoeiro, Passira, Pesqueira, Pombos, Riacho das Almas, Sairé, Santa Maria do Cambucá, São Bento do Una, São Caetano, Tacaimbó, Taquaritinga do Norte, Toritama, no Agreste; Afogados da Ingazeira, Arcoverde, Bodocó, Cabrobó, Dormentes, Exu, Flores, Floresta, Granito, Ibimirim, Ipubi, Lagoa Grande, Petrolina, Salgueiro, Santa Cruz da Baixa Verde, São José do Belmonte, Serra Talhada, Sertânia, Tacaratu e Trindade, no Sertão.

Prefeituras de Condado, Gravatá, Igarassu, Itacuruba e Serra Talhada.

Os deputados federais Lula da Fonte (PP) e Talíria Petrone (PSOL-RJ) estão unindo esforços para garantir a derrubada do veto presidencial ao Projeto de Lei 6064/2023, que concede indenização e pensão vitalícia às famílias afetadas pela síndrome congênita causada pelo Zika vírus. A articulação foi intensificada em reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que contou com a presença das mães da Unizika, movimento que luta pelos direitos das crianças com microcefalia. 

O deputado Lula da Fonte foi relator do PL e reforçou a importância da proposta para garantir dignidade às famílias impactadas. “Esse projeto é uma luta de anos dessas mães, que enfrentam dificuldades diárias para garantir tratamento, acesso a terapias e qualidade de vida para seus filhos. Como relator, tive a oportunidade de aprofundar o debate e entender de perto a realidade dessas famílias, e agora seguimos mobilizados para que esse direito seja garantido”, afirmou. 

O presidente da Câmara, Hugo Motta, ouviu as considerações dos deputados e das mães presentes e se comprometeu a avaliar a viabilidade da pauta na sessão conjunta do Congresso Nacional, quando os vetos presidenciais são analisados. A mobilização segue intensa para garantir os votos necessários para a derrubada do veto e a efetivação da proposta.

O Seminário Nacional de Comunicação, organizado pelo Partido Liberal, em Brasília, foi aberto, há pouco, pelo presidente nacional do PL, Waldemar da Costa Neto. O evento reúne, hoje e amanhã, blogueiros, influenciadores digitais, políticos e assessores políticos. O seminário traz como palestrantes grandes nomes das empresas Meta, Google e TikTok.

O ex-presidente e atual líder da direita no País, Jair Bolsonaro, é esperado no evento hoje e amanhã. O deputado estadual Coronel Alberto Feitosa é uma das presenças de Pernambuco no Seminário, junto com sua equipe de comunicação. “Não há como negar que a Direita está unida, se fortalecendo e sabe o valor de uma comunicação eficaz e da liberdade de expressão”, ressaltou Feitosa.

Em encontro cultural no Palácio do Campo das Princesas, a governadora Raquel Lyra (PSDB) e a sua vice, Priscila Krause (Cidadania), anunciaram, ontem, os grandes homenageados do Carnaval de Pernambuco 2025. Capiba (in memoriam), Almir Rouche, Dona Nira e Mestra Ana Lúcia receberam das mãos das gestoras troféus em reconhecimento às suas contribuições para as tradições culturais do Estado. O evento contou com a presença de autoridades e representantes da cultura.

“Pernambuco respira cultura e é ela que nos faz diferente de qualquer outro lugar do mundo. Estamos aqui levantando o nome de quem leva o nosso Estado para todos os cantos desse país. Para nós, é uma honra poder trabalhar junto com essas personalidades, estamos nos bastidores abrindo os palcos para que eles possam estar neles nos enchendo de orgulho. É muito bom ver que as tradições seguem de geração em geração e elas estão aqui firmes defendendo o seu legado”, destacou Raquel Lyra.

Para a secretária de Cultura do Estado, Cacau de Paula, a escolha dos homenageados reforça a força da cultura popular, algo que é uma premissa essencial da gestão estadual. “Sabemos que escolher apenas quatro nomes é uma missão difícil, pois são muitas as pessoas que poderiam estar aqui hoje representando a nossa rica tradição cultural. Esta seleção reflete de maneira fiel a importância de locais e trajetórias fundamentais para a história do nosso Carnaval”, enfatizou.

Cada um dos homenageados representa uma das mais emblemáticas expressões da cultura de Pernambuco. O frevo é imortalizado na obra de Capiba (in memoriam), um dos maiores compositores do gênero; enquanto o cantor Almir Rouche é um verdadeiro embaixador do ritmo, levando a música pernambucana para diversas partes do mundo.

Dona Zezita Barbosa, viúva de Capiba, esteve no evento recebendo a homenagem. “Estou muito emocionada. Sempre lembrarei deste dia inesquecível”, comentou. O cantor Almir Rouche também externou o sentimento da noite. “Depois de 38 anos de carreira, passa um filme na cabeça. Eu não escolhi a música, ela que me escolheu. Hoje é um dia muito emocionante”, externou.

A tradição do maracatu foi representada por Dona Nira, uma brincante de 89 anos de idade e costureira do Maracatu Estrela de Ouro de Aliança. Já a Mestra Ana Lúcia, líder do Pastoril Estrela de Belém e do Acorda Povo, é reconhecida por sua contribuição ao pastoril e ao coco, além de ser Patrimônio Vivo de Pernambuco.

Por Isabel Cesse

O Tribunal Superior Eleitoral decidiu que a ata notarial, mesmo tendo fé pública, não pode ser usada sozinha como prova de filiação partidária no registro de candidatura e isto está sendo observados em vários julgamentos referentes à eleição do ano passado que questionam candidaturas de eleitos no pleito municipal.

Os ministros pacificaram o entendimento de que a comprovação de filiação partidária precisa ser feita com base nos registros oficiais da Justiça Eleitoral, e não em documentos particulares.

A decisão tomou como base um processo que analisou a regularidade do registro de candidatura de um candidato ao cargo de vereador no município de Logradouro (PB). Segundo os autos, uma ata notarial com conversas extraídas do WhatsApp foi apresentada como prova de que a filiação ao partido União ocorreu dentro do prazo legal.

Mas a coligação intitulada “Logradouro Daqui pra Frente” contestou essa regularidade, alegando que, no momento do registro, o candidato ainda estava filiado ao Solidariedade, conforme os dados do TSE. Além disso, o sistema da Justiça Eleitoral indicou que o diretório municipal do União só teve vigência a partir de 13 de junho de 2024, divergindo do conteúdo da ata.

Para o relator da ação no TSE, ministro Antonio Carlos Ferreira, o artigo 20 da resolução TSE 23.596, estabelece que a filiação partidária deve ser comprovada pelos registros do sistema Filia – sistema de registro partidário do TSE que foi concedido pela Corte aos presidentes nacionais de cada partido político com registro de estatuto no TSE, como administrador nacional.

O magistrado também destacou que outra resolução do Tribunal, de 2019, estabelece que os requisitos de filiação são verificados nos bancos de dados da Justiça Eleitoral, sem a necessidade de documentos adicionais apresentados pelos candidatos. Por isso, considerou que as provas apresentadas não foram suficientes para comprovar a filiação do político dentro do prazo exigido.

“A denotar o equívoco do TRE na aplicação do regramento e da jurisprudência correlata, sendo cabível o reenquadramento jurídico dos elementos fático-probatórios registrados no acórdão recorrido”.

Por fim, além de negar a candidatura, o TSE fixou a seguinte tese, que vale para todos os processos em tramitação sobre o mesmo tema na Justiça eleitoral: “Quando se tratar de registro de candidatura, para fins de prova de filiação partidária, não é a fé pública da ata notarial que confere a esse meio de prova o atributo da bilateralidade”.

Por Aldo Paes Barreto

O professor, economista e cronista Luiz Otávio Cavalcanti, sempre que usa o Facebook, torna agradável e útil acompanhar as redes sociais. Dia desses, escreveu primoroso texto lembrando uma preciosidade entre as inesquecíveis canções do nosso cancioneiro: o Cordão da Saideira, composição do mais recifense dos compositores cariocas, Edu Lobo.

Filhos de pernambucanos, Eduardo Góes Lobo, fala das coisas nossas fixadas na memória afetiva do adolescente quando ele se reunia aos primos pernambucanos, durante os veraneios em Ponta de Pedra, nas férias de fim de ano. Já iniciado no violão, filho do compositor Fernando Lobo, Edu era a voz e o violão nas serestas praieiras. Tocava, cantava e escrevia as primeiras composições.

Na era dos festivais de músicas brasileiras, entre 1965 e 1975, Edu se tornaria a maior revelação e um dos grandes vencedores: “Chegança”, “Upa Neguinho”, “Arrastão” e a consagradora “Ponteio”.  Logo depois do sucesso nacional, viajou em turnê pelas capitais da Europa e, em Paria, bateu a saudade do Recife. Foi quando compôs o “Cordão da Saideira”, regresso sentimental aos tempos de veraneio. Lembrou com nostalgia do corso, saboreou agulha frita, mungunzá, cravo e canela, serenatas praieiras e noites de luar.

O título da composição – “O Cordão da Saideira” – deve ter chegado a ele pelos parentes mais velhos, certamente integrantes das turmas que não queriam que o carnaval acabasse e sempre encontravam motivo para a última comemoração, por mais breve que fosse a saideira.

Mas, os jornais da época também denominavam de “cordão da saideira”, o humilhante desfile que a Polícia impingia aos desafortunados do carnaval, presos por algum motivo ou sem eles.  Conhecidos arruaceiros, batedores de carteira, bêbados de sempre, tarados que beliscavam a bunda das mocinhas durante o corso, rapazes musculosos de pernas raspadas vestidos de normalistas ou de baianas.  

Os desordeiros eram liberados na Quarta-Feira de Cinzas e um auditório a céu aberto formava-se em frente à Secretaria de Segurança, vaiando os infelizes que ganhavam a liberdade. Na Terça-Feira Gorda aquele ano, a polícia prendeu Elizeu, o doidinho de estimação do nosso bairro, por infringir a moral e os bons costumes. Contra ele já havia outras queixas: usava camisa com a imagem de Che Guevara, e perturbava o sossego público após as 22 horas. Elizeu percorria as ruas do nosso bairro espantando o silêncio durante as madrugadas sem lua, cantado sempre a mesma canção: “Velho Realejo”. Vestia a velha camisa doada, acompanhado da enferrujada gaita de boca Hering e do vira-lata que o seguia.

Logo após ser solto, Eliseu correu pelas ruas próximas em busca da liberdade perdida. E na noite do mesmo dia, voltou às serestas solitárias de única canção. Caminhava lentamente, entoando a velha melodia, talvez lembrando algum raro bom momento que teve em sua curta vida. Foi a última vez que ouvi nosso doidinho cantando com voz nasalada, a canção de sempre: “Naquele bairro afastado/onde em criança vivia/ a remoer melodias…”.

Dias depois morreu atropelado por uma lotação na avenida Beberibe. Vestia camisa com a icônica imagem dos Beatles atravessando uma rua. Próximo ao corpo, a polícia encontrou o velho realejo e afastou o vira-lata que teimava em ficar próximo ao morto.

O Governo Federal, por meio do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), aprovou o projeto básico para início das obras de ampliação e modernização do aeroporto de Caruaru, em Pernambuco. Com a liberação, a Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura do Estado, responsável pelas intervenções no sítio aeroportuário, poderá iniciar o processo licitatório para expandir o principal terminal do agreste.

O ministro da pasta, Silvio Costa Filho, incluiu o aeroporto de Caruaru no Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) como uma das obras prioritárias do Governo Federal. Com isso, já está garantido o investimento de R$ 75 milhões por parte da União para requalificação do aeroporto de Caruaru, os outros R$ 75 milhões serão destinados pelo governo estadual, totalizando R$ 150 milhões.

Costa Filho ressaltou que o terminal é prioridade para o Governo Federal, tendo em vista que, além de gerar emprego e renda para a população, a expansão do espaço deve garantir mais conectividade à região. “Nós estamos falando de um aeroporto com grande potencial turístico, que está localizado próximo a outros 26 municípios. Não tenho dúvidas que este terminal será um vetor econômico importante, estamos colocando Caruaru no mapa da aviação regional.”, indicou o ministro.

Investimentos

Os investimentos para modernização e melhoria dos serviços aéreos têm sido garantidos pelo Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), gerido pela Secretaria de Aviação Civil. Parte do valor aprovado para o terminal de Caruaru sairá do fundo, que está sendo utilizado para ampliar o modal aéreo brasileiro.

Após a requalificação, o terminal vai expandir a conectividade para atender novas regiões pelo país, com foco no aumento do turismo e na promoção de novas oportunidades de trabalho para os moradores.

Dentre as obras previstas para o aeroporto de Caruaru está a construção de um novo terminal de passageiros com 6 mil m² e a ampliação da pista de pouso e decolagem do aeroporto, que será ampliada de 1.800 para 2.250 metros. Para garantir maior segurança nas operações aéreas, os investimentos serão utilizados para implementação de novas pistas de taxiamento de aeronaves e a construção de um novo pátio para os aviões que vão garantir os voos dos passageiros.