A crônica domingueira

É de pai para filho, diz uma canção de Luiz Gonzaga que virou tema de uma superprodução cinematográfica. O contexto é artístico e musical, mas bem que poderia retratar costumes. No Sertão que me criei — e Gonzagão também retrata em suas canções — os costumes eram uma das fontes mais fortes da moral. Eram mais poderosos que as leis.

Fui criado no costume, por exemplo, de pedir a benção aos meus pais, avós, tias e padrinhos. Acordar ou dormir sem levantar as mãos em direção aos meus pais para pedir a benção era imperdoável, inconcebível. Li que a tradição da benção surgiu com Abraão no início da caminhada do povo de Deus. O Senhor pediu a Abraão que abençoasse o seu povo.

Católica fervorosa, mamãe Margarida dizia que quando pedimos benção aos pais, Deus dá a oportunidade de estar bem próximo dele. Quando a gente — são nove filhos — ia dormir no casarão de Afogados da Ingazeira sem pedir a benção, ela chegava de mansinho no quarto e dizia: “Vocês não têm vergonha de dormir sem pedir a benção? Levantem-se e vão pedir a benção ao pai!”

Câmara Municial Recife - O Recife que amamos

Como foi o comércio de usados em Pernambuco em 2024

A venda de veículos seminovos e usados em Pernambuco cresceu 10,3% no ano passado em relação a 2023. Foram 463,5 mil unidades comercializadas – ou 43 mil a mais do que o ano anterior. Esse também foi o desempenho geral da região Nordeste – que negociou quase 2,3 milhões de carros, picapes, ônibus, caminhões e, principalmente, motos, com algo em torno dos 210 mil a mais do que em 2023. Em termos percentuais, destaque para os revendedores do Piauí, estado que registrou elevação de 17,2%. Em segundo lugar, ficou o segmento no Rio Grande do Norte, com 16,1%. O comércio de usados no Ceará teve a pior performance, com 2,2%.

Por subcategoria, os seminovos (até 3 anos de uso) tiveram aumento de vendas. Mas os preferidos, ou que os consumidores puderam comprar, foram os chamados velhinhos (com 13 ou mais anos de estrada). Em todo o país, segundo dados da Fenauto, a entidade que representa o segmento de lojistas multimarcas de seminovos e usados, foi registrado um novo recorde, com 15,8 milhões de unidades vendidas, o melhor número da série histórica registrado desde 2011.

E o presidente da instituição, Enilson Sales, prevê que 2025 seguirá o mesmo ritmo. “Isso se a economia não tiver nenhum sobressalto neste ano”, diz ele. Os modelos mais vendidos em 2024 foram os com 13 anos ou mais (5,7 milhões), seguidos pelos de 4 a 8 anos, com 4 milhões. Somando os segmentos de novos e de usados, o Brasil comercializou mais de 20,5 milhões de veículos.