Resgate com retroescavadeira chama atenção em Juazeiro, Bahia

Na tarde desta sexta-feira (17), uma ação inusitada de resgate mobilizou moradores do distrito de Pinhões, em Juazeiro (BA). Uma pessoa foi salva com o auxílio de uma retroescavadeira, após se encontrar em uma situação de perigo relacionada às águas.

O incidente atraiu a atenção de populares e destacou a importância de cuidados ao lidar com áreas alagadas ou corpos d’água na região.

Embora os detalhes sobre o que levou ao resgate não tenham sido totalmente esclarecidos, o episódio serve como um alerta à população para redobrar a atenção em períodos de maior fluxo de água ou em áreas de risco.

Do blog do Waldiney Passos

Por Marcelo Tognozzi

Colunista do Poder360

Com mais de 300 milhões de visualizações, o vídeo do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre o Pix virou uma espécie de versão digital da passeata dos 100 mil, que tomou o centro do Rio em 1968 e entrou para a história como o maior protesto popular contra a ditadura militar. A crítica contundente ao governo que sofre do mal da falta de confiança ganhou corações e mentes numa velocidade jamais vista.

Ele marca a chegada de uma nova era em que os velhos políticos estão sendo substituídos pela nova geração, pelo sangue novo de Nikolas, 28 anos, João Campos (PSB), 31 anos, Marcel van Hattem (Novo), 39 anos, Hugo Motta (Republicanos), 35 anos, Carol de Toni (PL-SC), 38 anos, Duarte Junior (PSB-MA), 38 anos, e Silvio Costa (Republicanos), 42 anos.

O Brasil está mudando rápido. Mais rápido ainda o poder se renovará. É inexorável. A falta de confiança no governo Lula 3 virou o novo normal.

A decisão de usar o Pix para aumentar a fiscalização da Receita foi a gota d’água para a viralização do vídeo de Nikolas Ferreira. Ele soube fazer comunicação política com extrema eficiência, verbalizando o que se ouve cotidianamente em ruas, bares, Uber, táxis, metrô, fila de hospital, igrejas, escolas, mercados, em qualquer lugar. Confiro isso todos os dias aqui em São Paulo.

O deputado Ulysses Guimarães falava da voz rouca das ruas. A tecnologia, os celulares e as redes sociais deram som, imagem e movimento à essa voz. Ela não é mais rouca. Soa em alta definição e permite que um deputado de 28 anos grave um vídeo de 4 minutos e deixe o governo de joelhos, desmontando a narrativa do poder.

Ali não tem fake news, mas umas boas verdades e uma aula de comunicação política justamente na semana em que o ministro Sidônio Palmeira, marqueteiro oficial de Lula 3, tomou posse como comandante da comunicação do governo.

Com todo respeito ao ministro, o problema do governo é de credibilidade, não propriamente de comunicação. Não há marqueteiro milagreiro.

Este governo assumiu com todo apoio da grande mídia, de boa parte da Faria Lima, da União Europeia, do governo norte-americano e da China. Se não conseguiu decolar, não foi por culpa da oposição, mas por pura incompetência, não apenas para comunicar, como para articular politicamente.

Diferentemente de Lula 1 e 2, Lula 3 parece ter perdido o apetite para a política do dia a dia, na qual sempre foi craque. Se agarra ao Supremo e a uma narrativa de golpe, cujo efeito sobre o eleitor comum é zero. É aí, que o próprio governo dá palanque para a oposição, ao deixar de focar nas necessidades básicas do cidadão.

A coisa piora ainda mais quando o Banco Central divulga um vídeo vulgar para responder à oposição e os analistas de poltrona da imprensa amiga fazem coro acusando a oposição de produzir fake news.

Crítica não é fake news, muito menos desinformação. O vídeo do deputado Nikolas começa dizendo que o governo não vai taxar o Pix, mas que acompanhará com lupa as transações para fiscalizar quem movimenta R$ 5.000 ou mais e cobrar Imposto de Renda, o que é verdade. O próprio governo não desmentiu.

O ministro Sidônio tem um nome incomum. Os sidônios são habitantes de Sidom, cidade fenícia fundada há uns 4.000 anos no território onde hoje é o Líbano, vizinha de Biblos e Tiro. Sidom era sinônimo de prosperidade e riqueza na era pré-cristã, um dos centros mais importantes da região conhecida como Canaã.

Ali, eram produzidos os famosos tecidos de cor púrpura, cuja tinta extraíam de um caramujo. Até que Ciro, rei da Pérsia, conquistou a Fenícia em 539 A.C. e a dividiu em 4 reinos: Sidom, Biblos, Tiro e Arwad. Depois, Sidom caiu nas mãos de Alexandre o Grande e virou parte do império helênico.

Os sidônios, como a maioria dos fenícios, adoravam Baal, deus da vida e da fertilidade, que travava uma batalha permanente com Mot, deus da morte e da esterilidade. Quando Baal vencia, os tempos eram de prosperidade. Nas vitórias de Mot, vinham tempos sombrios. A grande lição de Baal é a de que a luz, sua principal arma, é o antídoto para as trevas.

O Sidônio do Planalto terá de usar inteligência e sagacidade –e quem sabe um pouco da sabedoria de Baal– para vencer as batalhas de uma campanha eleitoral que já está nas ruas.

Até aqui, vimos a repetição de erros como a tentativa de calar opositores. O Prerrogativas, grupo de advogados que comeu o pão que o diabo amassou na Lava Jato, agora se tornou punitivista e quer cassar Nikolas Ferreira usando os mesmos métodos que tanto condenaram. O governo mandou a Polícia Federal investigar opositores acusados de disseminarem fake news contra o Pix e já investiga o deputado Marcel van Hattem por criticar um delegado.

Este tipo de reação é a anticomunicação política. Vai dar muito trabalho a Sidônio Palmeira, porque não é perseguindo, amordaçando e vitimizando opositores que o governo ganhará a tão desejada popularidade. Lula 3 não tem ao seu lado gente capaz de apontar erros, o famoso ministério do Vai dar Merda a que costumava se referir o ex-deputado Miro Teixeira.

Este é o caminho mais curto para multidões tomarem as ruas em protesto, seja a avenida Paulista ou a Atlântica, o Eixão de Brasília ou a Boca Maldita de Curitiba. Acabou aquele tempo em que se venciam eleições com um saco de dinheiro numa mão e um chicote na outra. Agora, elas são ganhas com um celular numa mão e uma comunicação política eficiente na cabeça. A força bruta, como vemos na Venezuela, é o caminho mais curto para a decadência, a impopularidade e a rejeição.

O PSB está preparando a transição do prefeito da capital pernambucana, João Campos, para assumir a presidência nacional da legenda, cargo que ele ocupará a partir do próximo dia 31 de maio, data do congresso nacional pessebista.

Reeleito para mais um mandato no Recife, Campos recebeu, do atual presidente do PSB, Carlos Siqueira, missões partidárias relevantes nas últimas semanas e na reta final de 2024.

O prefeito conduziu a reunião da bancada na Câmara, que tratou da eleição da Mesa Diretora, e, nessa semana, esteve com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), para tratar dos espaços do PSB no governo em uma eventual reforma ministerial, segundo apurou a CNN com fontes da legenda.

João Campos mantém reuniões regulares com integrantes do partido e deve assumir uma agenda de viagens nacionais depois de assumir o comando do PSB.

A sigla espera manter, pelo menos, os dois ministérios que comanda hoje: do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, com Márcio França, e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, com Geraldo Alckmin, que também pode ir para a Defesa.

Do CNN.

Em 2026, Lula deve repetir estratégia de 2006 e subir em dois palanques em Pernambuco

Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog

A última semana foi de movimentações na política pernambucana, com o PT no centro dos debates para as eleições de 2026. Ao contrário do que os políticos gostam de dizer, as articulações para o próximo ano já estão a todo vapor e os possíveis candidatos tentam garantir as melhores condições para seus grupos, tanto o presidente Lula (PT), quanto a governadora Raquel Lyra (PSDB), como o prefeito do Recife, João Campos (PSB).

A conclusão que dá para chegar neste momento é a seguinte: para a disputa pelo Governo do Estado, tanto a governadora Raquel Lyra quanto o prefeito João Campos estão interessados em ter o presidente Lula nos seus palanques, mesmo que isso signifique dividir o petista com o grupo adversário e esteja Raquel Lyra em qual partido estiver até lá. Apesar da popularidade em queda, Lula ainda é o maior cabo eleitoral de Pernambuco.

No Nordeste, o presidente é imbatível e é preciso considerar que até a eleição do ano que vem, ele ainda tem tempo de recuperar a imagem, fazer entregas, viajar e conversar pessoalmente com os eleitores. Além disso, nenhum outro nome lidera as intenções de voto do campo progressista hoje no Brasil como o de Lula.

É interessante tanto para Raquel quanto para João ter o presidente em seus palanques. Mais do que isso: é muito pouco provável que, o presidente escolhendo um lado ou outro no pleito, quem supostamente ficasse de fora não fosse pedir votos para Lula em 2026, já que o petista ajudou as duas administrações, de Pernambuco e do Recife, com milhões em recursos e com a atenção de ministros que vieram pessoalmente várias vezes ao Estado, nos últimos dois anos.

Tanto é verdade que, na mesma semana em que o titular deste blog revelou que o poderoso ministro da Casa Civil de Lula, Rui Costa, quer Raquel Lyra no PT, João Campos cuidou logo de garantir a foto com o presidente em visita à Brasília. Já a governadora Raquel Lyra não disse nada, mas também não “desdisse”.

O presidente Lula, por sua vez, sabe que a eleição de 2026 não vai ser fácil para a esquerda e também tem interesse em ter os dois principais palanques do pleito pernambucano abertos para ele. Habilidoso e experiente, Lula não vai se fazer de rogado se precisar subir nos dois palanques e agradar todo mundo, como já fez na eleição de 2006, quando apoiou as candidaturas de Eduardo Campos e de Humberto Costa ao Estado.

LULA QUER RESULTADOS – Também pensando em 2026, o presidente vai cobrar mais resultados dos ministros. Ainda em meio a uma espécie de ressaca da “crise do Pix”, Lula vai passar o recado para a equipe na próxima segunda-feira (20). Ele quer ações concretas das pastas para mostrar serviço à população. Vai ser a primeira reunião ministerial do ano e ele pediu aos ministros que apresentem no encontro uma lista do que será entregue por cada um em 2025. Existe um clima de otimismo com a chegada do novo titular da Comunicação, Sidônio Palmeira. Aliados do Governo, no entanto, alertam para a necessidade de o time de Lula colaborar com medidas que beneficiem a população, para que as mudanças na comunicação tenham consequência prática na popularidade do líder petista.

Popularidade em baixa – O presidente vem, desde o ano passado, com a popularidade despencando. A mais recente pesquisa, da Gerp, foi divulgada ontem (17). O governo é aprovado por 38% dos brasileiros e reprovado por 50%, segundo o levantamento. Cerca de 12% dos entrevistados não sabem ou não responderam. As informações são do portal Exame. A pesquisa foi conduzida entre os dias 11 e 15 de janeiro e indica que acontecimentos recentes, como as normas da Receita Federal aumentando a fiscalização das operações financeiras e a disseminação de mentiras sobre a suposta taxação do Pix, podem ter influenciado na avaliação.

Bolsonaro não vai ver Trump – Já o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não vai conseguir ver a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, na próxima semana. O ministro do STF Alexandre de Moraes rejeitou, ontem, o recurso da defesa de Bolsonaro para liberá-lo a ir ao evento. O ex-chefe de Estado argumentou que cumpre integralmente as medidas cautelares desde as suas imposições e que “nada indica” que a devolução do passaporte por um período delimitado e justificado possa trazer riscos. Mas Alexandre de Moraes alegou que poderia haver fuga em caso de prisão decretada no inquérito da tentativa de golpe de Estado, em 2022.

Mas os deputados bolsonaristas vão – Ao contrário de Bolsonaro, um grupo de ao menos 20 deputados federais deve participar da posse de Donald Trump. O principal organizador da delegação de parlamentares é o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), um dos filhos do ex-presidente e atual secretário de relações institucionais e internacionais do partido. Eduardo mantém relação com aliados de Trump e esteve nos Estados Unidos para acompanhar a eleição, em novembro passado. Ele inclusive participou de um jantar na casa de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida.

Comemorou – A deputada federal Clarissa Tércio (PP) celebrou a decisão do Governo Lula de revogar a nova medida da Receita Federal que ampliava o monitoramento e controle das transações realizadas pelo Pix. Para Clarissa Tércio, a revogação enfatiza a importância da mobilização popular e o papel das redes sociais na influência das decisões governamentais. “Esta vitória é do povo brasileiro, que não aceita ser fiscalizado de maneira opressiva e sem transparência. A revogação desta norma mostra que quando nos unimos e usamos nossa voz, podemos fazer o Governo recuar de medidas que prejudicam a população”, afirmou.

CURTAS

Educação de Pernambuco 1 – Este blog divulgou com exclusividade, ontem, que a Secretaria de Educação do Governo Raquel Lyra pagou com recursos da própria pasta R$3 milhões para a União Nacional de Estudantes (UNE) realizar a 14ª Bienal de Arte e Cultura da UNE. O pagamento ocorreu após a saída conturbada do ex-secretário Alexandre Schneider, que pediu as contas e voltou para São Paulo.

Educação de Pernambuco 2 – O dinheiro enviado à UNE inicialmente seria pago pela Secretaria Estadual da Criança e Juventude, mas cinco dias após a saída de Schneider, houve a mudança e os recursos sairão da Secretaria de Educação, por meio de um “termo de execução descentralizada” dos recursos. A medida revoltou professores e chamou atenção porque chegou após o ex-secretário enviar a nota de despedida para governadora dizendo textualmente que “há valores que são inegociáveis”.

Dificuldade financeira – A prefeita de Sertânia, Pollyanna Abreu (PSDB), reuniu a imprensa, ontem, e afirmou que o quadro financeiro da cidade é crítico. Segundo ela, o ambiente deixado pela gestão do ex-prefeito Ângelo Ferreira (PSB) é de dívidas superiores a R$ 10 milhões, incluindo débitos com fornecedores e pendências previdenciárias. De acordo com a prefeita, a nova equipe encontrou o saldo de apenas R$22 mil no Instituto de Previdência dos Servidores de Sertânia, que antes contava com R$18 milhões. Apesar da situação, Pollyanna garantiu que fará o aporte necessário para assegurar o pagamento dos aposentados.

Perguntar não ofende: o ano letivo em Pernambuco vai começar sem que haja um novo secretário de Educação?