Crise do Pix é um prenúncio para as eleições de 2026

Por David Nemer*
Para o Jornal O Globo

Um vídeo publicado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), alcançou mais de 120 milhões de visualizações em apenas 24 horas. No vídeo, Ferreira admite que o Pix não será taxado, mas insinua que essa possibilidade estaria nos planos futuros do governo Lula. “Não, o Pix não será taxado, mas não duvido que possa ser”, afirma.

O impacto desse tipo de desinformação é profundo. O Banco Central relatou a maior queda no número de transações desde a implementação do sistema, reflexo direto da desconfiança gerada na população. O episódio também evidencia como fake news criam um ambiente de descrédito em relação ao governo e às instituições democráticas.

Essa dinâmica é alimentada por algoritmos das plataformas digitais, que priorizam conteúdos de alta carga emocional negativa – frustração, medo e ansiedade. Histórias como as divulgadas por Ferreira e pelo deputado Osmar Terra (MDB-RS), que publicou um vídeo deepfake atribuindo declarações falsas ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, seguem exatamente essa lógica. Mesmo com notas de comunidade adicionadas ao post no X (antigo Twitter) para contextualizar a informação, o estrago já estava feito.

O alcance e a velocidade de disseminação de fake news são alarmantes. Um estudo do MIT revelou que notícias falsas têm 70% mais chances de serem compartilhadas do que as verdadeiras e chegam ao público seis vezes mais rápido. Isso demonstra como é difícil para informações verificadas competirem em um ambiente digital onde não existe igualdade de condições.

A situação se agrava com a decisão de Mark Zuckerberg de encerrar parcerias com verificadores de fatos no Instagram e no Facebook, apostando em notas de comunidade semelhantes às do X. No entanto, estudos questionam a eficiência desse mecanismo, como evidenciado no caso da fake news promovida por Osmar Terra, em que as notas não foram o suficiente para contê-la.

Essa realidade é um prenúncio preocupante para as eleições de 2026. Atores antidemocráticos continuarão a se valer de desinformação para manipular a opinião pública, e as plataformas, movidas por seus modelos de negócios baseados em engajamento, seguem promovendo esse jogo sujo. A regulação das plataformas digitais é urgente, mas não suficiente. É fundamental ocupar outros espaços e agir de forma proativa para preservar os processos que sustentam a democracia.

O problema não é apenas a disseminação de fake news, mas também a permissividade que essas práticas encontram. A falta de responsabilização dos que espalham desinformações, somada à lógica das plataformas, cria um ambiente onde a democracia é constantemente minada. Em vez de lamentar a desconexão entre o centro democrático e a população, é hora de reconhecer as dinâmicas estruturais que favorecem a ascensão de narrativas antidemocráticas.

O que está em jogo é mais do que eleições justas em 2026. É a capacidade de a sociedade de discernir entre o real e o falso, de confiar em suas instituições e de sustentar os valores democráticos. O caso do Pix é apena um sinal de um desafio que precisará ser enfrentado com coragem e determinação agora. Afinal, o governo cedeu dessa vez, mas até que ponto está disposto a ceder? Existem princípios inegociáveis em uma democracia, especialmente quando o outro lado age sustentado por mentiras.

*Antropólogo da tecnologia e professor da Universidade da Virginia, EUA

De volta ao meu Pajeú, participo, no próximo domingo, de um mega evento de premiações de personalidades que obtiveram sucesso nas urnas do pleito municipal do ano passado. Uma noite de verdadeiro glamour na sofisticada e aconchegante casa de eventos Kabanna Recepções.

Trata-se de uma iniciativa do portal Mais Pajeú. O evento reunirá autoridades, personalidades e profissionais em duas cerimônias: os Destaques do Ano, que reconhecerá empresas e profissionais eleitos por votação no Instagram, e a Festa dos Eleitos, que homenageará prefeitos e vereadores escolhidos nas eleições de 2024.

A solenidade será conduzida pelos comunicadores Nill Júnior e Michelle Martins e contará com uma programação especial, incluindo apresentações musicais de Matheus Max e Rubem Pereira. Além das homenagens, o evento terá transmissão ao vivo, espaços interativos, serviço de fotografia, entrega de troféus e um jantar especial.

Durante a cerimônia, farei uma breve fala sobre as eleições municipais e suas implicações com vistas a 2026, quando haverá eleições para presidente e governador, além de senador, deputado federal e estadual. Abordarei ainda as expectativas com relação ao cenário político e econômico no plano nacional para este ano.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, assinou nesta sexta-feira (17) uma portaria do governo federal que estabelece regras mais detalhadas para o uso da força por profissionais da segurança pública.

Segundo a pasta, a portaria “tem como objetivo definir as diretrizes para abordagens e para o uso de instrumentos de menor potencial ofensivo, com foco na valorização dos profissionais e no respeito aos direitos humanos”.

A portaria complementa um decreto publicado em dezembro do ano passado, também sobre o tema.

O documento estabelecia princípios gerais sobre o assunto, e garantia poderes à pasta comandada por Lewandowski para detalhar novas regras.

As normas são obrigatórias para a Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Penal Federal (que atua nos presídios federais), corporações subordinadas ao governo federal.

Mas está previsto que, caso desejem receber recursos federais, estados e municípios devem atender aos critérios determinados no decreto e na portaria do Ministério da Justiça.

“Estamos tratando dessa questão da segurança pública de forma ampla, de forma holística de forma integrada, estamos evitando dar respostas de formas pontuais. Podem ser eventualmente válidas: aumento de penas, nova criação de novos tipos penais, endurecimento das situações em que é possível liberar o ‘flagranciado’ nas audiências de custódia, previsão de novas situações que se decreta prisão preventiva”, mencionou Lewandowski.

O ministro acrescentou que o “uso da força física, uso da força letal […] só deve ocorrer quando não há mais outra possibilidade de usar um modo alternativo e um instrumento de menor potencial lesivo ou ofensivo contra a pessoa, porque a vida humana, afinal de contas, pela própria Constituição, é um bem fundamental”.

Veja os principais pontos do documento:

O uso da força em segurança pública deverá observar as seguintes diretrizes gerais:

  • o uso da força e de instrumentos de menor potencial ofensivo somente poderá ocorrer para a consecução de um objetivo legal e nos estritos limites da lei;
  • as operações e as ações de aplicação da lei devem ser planejadas e executadas mediante a adoção de todas as medidas necessárias para prevenir ou minimizar o uso da força e para mitigar a gravidade de qualquer dano direto ou indireto que possa ser causado a quaisquer pessoas;
  • um recurso de força somente poderá ser empregado quando outros recursos de menor intensidade não forem suficientes para atingir objetivos legais pretendidos.

Do g1.

Daqui a pouco, o Sextou traz a cantora Kátia Cilene, rainha do forró moderno estilizado. Ela fala sobre sua saída do grupo Mastruz com Leite e da sua carreira solo.

Na entrevista, a artista também falou sobre os grandes sucessos que ela interpretou na Mastruz com Leite, como “Meu vaqueiro, meu peão”, “Cara metade” e “Verdadeiro amor”.

O Sextou vai ao ar das 18 às 19 horas pela Rede Nordeste de Rádio, formada por mais de 40 emissoras em Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Bahia, tendo como cabeça de rede a 102,1 FM, no Recife. Se você deseja ouvir pela internet, clique no link do Frente a Frente acima ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store.

O ministro da Fazenda Fernando Haddad disse, em entrevista exclusiva ao CNN 360° nesta sexta-feira (17), que, no entendimento dele, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está por trás do vídeo publicado por Nikolas Ferreira (PL-MG), no mesmo dia em que o governo federal decidiu revogar a medida de fiscalização do Pix.

“Eu tenho, para mim, que o Bolsonaro está um pouco por trás disso, porque o PL financiou o vídeo do Nikolas”, disse.

De acordo com apuração do analista da CNN Caio Junqueira, o vídeo publicado pelo deputado – que alcançou mais de 300 milhões de visualizações nas redes sociais – embasou a decisão do Planalto de derrubar a medida da Receita Federal.

Na publicação, o parlamentar critica o governo dizendo que a gestão federal prejudica a população, sobretudo os “trabalhadores informais”, com regras de fiscalização via Pix, agora revogadas.

“O vilão do Brasil é quem ganha 5 mil reais e não declara para poder sobreviver? Vocês querem mesmo que o brasileiro engula isso?”, disse Nikolas.

Ao comentar a influência de Bolsonaro na publicação, Haddad citou os casos envolvendo o ex-presidente e a Receita Federal.

“O Bolsonaro tem uma bronca da Receita Federal pelas questões já conhecidas… a Receita Federal descobriu o roubo das joias, abriu a investigação das rachadinhas, abriu a investigação sobre os mais de 100 imóveis comprados pela família Bolsonaro”, disse o ministro.

Ele justificou que “não escolheram a Receita Federal por outra razão, eles [Bolsonaro, Nikolas e PL] ficaram com uma lupa ali nos atos burocráticos da Receita. […] Quiseram vender a tese de que a Receita, com os poucos funcionários que tem, vai fiscalizar o pequeno negócio”, completou o ministro.

Da CNN Brasil.

Por Cinthya Leite
Do JC

Pernambuco identifica os primeiros casos confirmados de 2025 do metapneumovírus humano (HMPV), responsável por causar um aumento no volume de infecções respiratórias na China. A divulgação foi feita, na quarta-feira (15), pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE).

As amostras positivas para HMPV, analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE), são de duas meninas: uma tem 1 ano e 7 meses, e a outra tem 3 anos e 11 meses. Elas moram, respectivamente, no Recife e em Jaboatão dos Guararapes. As pacientes, que já tiveram alta hospitalar, tiveram sintomas como febre, tosse, desconforto respiratório e diarreia.

Em 2024, não foi registrado caso do metapneumovírus humano (HMPV) em Pernambuco, mas isso não significa que ele não tenha circulado no ano passado. “Pode ser apenas que não tenha sido detectado laboratorialmente”, diz o epidemiologista e sanitarista George Dimech, gerente do Núcleo de Vigilância e Respostas de Emergências em Saúde da SES-PE.

Historicamente, o metapneumovírus humano causa maior número de adoecimentos no Estado a partir do mês de fevereiro, segundo George. Ainda é cedo para dizer como será a intensidade do HMPV neste ano, mas certamente “ele estará entre os vírus mais circulantes de 2025”.

O HMPV é um vírus respiratório que causa infecções nas vias respiratórias superiores e inferiores. No Brasil, foi identificado pela primeira vez em 2004. Desde então, o vírus tem sido monitorado como parte das atividades de vigilância epidemiológica do ministério, que inclui a coleta e análise de dados sobre doenças respiratórias.

Em Pernambuco, foram identificados 15 casos de HMPV em 2016; um caso em 2018; três casos em 2019; um caso em 2020; sete casos em 2021; 27 casos em 2022; 7 casos em 2023. Nos anos de 2017 e 2023, não foram detectadas amostras positivas para o metapneumovírus humano.

Especialistas têm afirmado que o HMPV não é uma “nova ameaça”, e sim uma doença respiratória já conhecida, apesar de pouco comentada.

O HMPV circula em vários países e, na maioria dos casos, apresenta sintomas leves (tosse, febre e congestão nasal). Eventualmente, ele pode evoluir para casos de síndrome respiratória aguda grave (srag), o que exige internamento.

O metapneumovírus humano tende a ser mais agressivo quando evolui para pneumonia, especialmente em crianças, idosos e pessoas imunocomprometidas.

HMPV: como tratar o metapneumovírus?
O vírus se espalha através de gotículas, contato próximo ou superfícies contaminadas. Atualmente, não existe terapia antiviral específica para tratar o HMPV, nem vacina para prevenir a doença.

“O uso de máscaras por pessoas com sintomas gripais e resfriados ajuda a diminuir a transmissão de todos os vírus respiratórios, inclusive o metapneumovírus”, destaca o coordenador-geral de Vigilância da Covid-19, Influenza e outros Vírus Respiratórios do Ministério da Saúde, Marcelo Gomes.

Nesse sentido, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda manter e fortalecer as medidas não farmacológicas já conhecidas pela população e que ajudam a controlar a transmissão do metapneumovírus:

  • usar máscara de proteção facial se houver sintomas ou contato com pessoas doentes;
  • manter os ambientes bem ventilados;
  • cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar;
  • higienizar as mãos;
  • evitar tocar na área dos olhos, nariz ou boca.

EXCLUSIVO

Após a saída conturbada de Alexandre Schneider da Secretaria Estadual de Educação, depois deste blog revelar os bastidores de uma dispensa emergencial sem licitação para merenda escolar em mais de 100 escolas estaduais, começaram a andar novamente alguns processos administrativos e atos oficiais que causam preocupação nos professores que atuam na pasta. Agora, o fato novo é a governadora Raquel Lyra (PSDB) ter pago, com recursos da educação, R$ 3 milhões para a União Nacional de Estudantes (UNE) realizar a 14ª Bienal de Arte e Cultura da UNE.

O dinheiro inicialmente seria pago pela Secretaria Estadual da Criança e Juventude, mas cinco dias após a saída do ex-secretário Alexandre Schneider, houve uma mudança e os recursos sairão da Secretaria Estadual de Educação, através de um “termo de execução descentralizada” dos recursos. O ato administrativo, assinado em 15 de janeiro, prevê o “Custeio de despesas referentes à execução da 14ª Bienal de Arte e Cultura da UNE”.

O pagamento está revoltando os professores e foi realizado após o ex-secretário enviar uma nota de despedida para governadora, dizendo textualmente que “há valores que são inegociáveis”. Com escolas sucateadas, professores mal remunerados, professores sem receber adicional de férias, chama atenção Raquel Lyra determinar que os recursos da educação suportem os custos deste evento político da UNE, entidade historicamente ligada a legendas partidárias.

Ainda, chamou a atenção a total falta de autonomia do ex-secretário, que ficou apenas seis meses na pasta, sem poder para fazer sequer fazer uma licitação. O ex-secretário chegou a escrever no perfil do Blog que “nunca cuidou de merenda escolar em Pernambuco”. Ficando a pergunta, se o secretário estadual de Educação não responde pela merenda nas escolas estaduais, quem responde?

O evento será realizado de 29 de janeiro a 2 de fevereiro de 2025, em Recife. Os recursos inicialmente foram liberados, sem licitação, através de uma inexigibilidade da Secretaria Estadual da Criança e Juventude, publicada em 11 de dezembro de 2024. Agora, após a saída do ex-secretário, veio a novidade de ser a pasta da educação pagar o evento, por termo publicado em 17 de janeiro de 2025.

A UNE apresentou um Plano de Trabalho ao Governo do Estado, através do Instituto Circuito Universitário de Cultura e Arte da União dos Estudantes – Cuca da Une, entidade vinculada a UNE. O gasto foi aprovado em 5 de dezembro pela secretária estadual Yanne Teles, da pasta da Criança e da Juventude.

Sob presidência do Brasil, o Brics anunciou nesta sexta-feira (17) a entrada de oito países no grupo, entre os quais Cuba e Bolívia.

Esses países passam a compor o bloco na condição de parceiros, com status inferior ao dos membros efetivos, mas com possibilidade de participarem de cúpulas e reuniões temáticas.

A discussão sobre a criação da nova categoria aconteceu durante a cúpula do ano passado, na Rússia, e vem na esteira das recentes decisões do bloco de ampliar o número de membros.

Conforme o anúncio desta sexta, passam a integrar o Brics na categoria de países parceiros:

Belarus;
Bolívia;
Cazaquistão;
Cuba;
Malásia;
Tailândia;
Uganda;
Uzbequistão.
Originalmente, o grupo era formado por Brasil, Rússia, Índia e China e tinha a sigla Bric. Depois, a partir de 2010, passou a contar também com a África do Sul e passou a se chamar Brics.

Desde 2023, foram iniciadas as negociações para ampliação grupo. Na cúpula daquele ano, na África do Sul, foi aprovada a entrada de mais seis países, entre os quais: Egito, Etiópia e Irã. Embora fizesse parte dessa lista, a Argentina, após a posse de Javier Milei, desistiu de integrar o grupo.

Segundo a nota divulgada nesta sexta, embora o anúncio aconteça sob a presidência do Brasil, a conclusão das negociações aconteceu ainda em 2024, quando, sob presidência russa, o Brics passou a discutir a ampliação do grupo, com a criação dos países parceiros.

Professores especialistas nas áreas de relações exteriores e economia ouvidos pela GloboNews entendem que o efeito prático da entrada desses países por meio da nova categoria tem efeito mais geopolítico que econômico, uma vez que ampliam as áreas de influência da Rússia e da China.

Presidência brasileira
A presidência brasileira do Brics começou em 1 de janeiro e tem duração de um ano.

Ao todo, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estabeleceu cinco prioridades de discussão ao longo de 2025:

facilitação do comércio e investimentos entre os países do grupo, por meio do desenvolvimento de novos meios de pagamento;
promoção da governança inclusiva e responsável da Inteligência Artificial;
aprimoramento das estruturas de financiamento para enfrentar mudanças climáticas;
estímulo aos projetos de cooperação entre países do Sul Global, com foco em saúde pública;
fortalecimento institucional do bloco.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, embora a presidência brasileira tenha duração de um ano, o governo decidiu concentrar as atividades relacionadas ao Brics no primeiro semestre deste ano.

Isso porque no segundo semestre o Brasil sediará em Belém (PA) a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).

Do g1.

Em coletiva de imprensa realizada ontem (16), a prefeita de Sertânia, Pollyanna Abreu, revelou o quadro financeiro crítico deixado pela gestão do ex-prefeito Ângelo Ferreira. A atual administração identificou dívidas superiores a R$ 10 milhões, incluindo débitos com fornecedores e pendências previdenciárias. Um dos dados mais alarmantes foi o saldo de apenas R$ 22 mil no Instituto de Previdência dos Servidores de Sertânia (IPSESE), que antes contava com R$ 18 milhões. Apesar da situação, Pollyanna garantiu que fará o aporte necessário para assegurar o pagamento dos aposentados.

A prefeita confirmou que o salário de janeiro dos servidores municipais será pago até o dia 30. No entanto, a situação dos funcionários da saúde, que não receberam os vencimentos de dezembro de 2024, é mais delicada. Pollyanna explicou que a antiga gestão priorizou pagamentos a fornecedores e comissionados, deixando de quitar os salários dos concursados e contratados do setor. Durante a coletiva, ela afirmou que nesta sexta-feira (17) anunciará a data e a forma de pagamento para os servidores da saúde, com possibilidade de parcelamento.

O Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Sertânia (SINTEMUSE) criticou a proposta de parcelamento, caso seja confirmada, e cobrou uma solução mais célere. “Se a decisão for realmente parcelar, que seja em duas parcelas. Mais do que isso seria repetir as decisões que Ângelo Ferreira e Guga Lins fizeram nos governos passados, que aliás, pagaram janeiro primeiro e deixaram dezembro pra depois”, afirmou a entidade em nota.

Um grupo de ao menos 20 deputados federais deve participar da posse de Donald Trump na próxima semana, nos Estados Unidos. O principal organizador dessa delegação de parlamentares é o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), um dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e atual secretário de relações institucionais e relações internacionais do partido.

Eduardo mantém relação com aliados de Trump e esteve nos Estados Unidos para acompanhar a eleição, em novembro. Ele inclusive participou de um jantar na casa de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida.

Segundo lista que circula entre parlamentares da oposição, 20 deputados dos partidos PL, Novo, Podemos e Republicanos vão participar de eventos vinculados à posse do republicano. Parlamentares dizem, no entanto, que esse número ainda não está fechado e que mais deputados demonstraram interesse em viajar aos Estados Unidos.

Na lista da comitiva, estão Joaquim Passarinho (PL-PA), presidente da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, Gustavo Gayer (PL-GO), Cabo Gilberto Silva (PL-PB), Bia Kicis (PL-DF), Marcel van Hattem (Novo-RS), Giovani Cherini (PL-RS), Mauricio Marcon (Podemos-RS) e Messias Donato (Republicanos-ES).

Passarinho diz que cada deputado “está vindo [aos Estados Unidos] por conta própria”. Ele afirma que está em Nova York para um evento e que, por isso, resolveu acompanhar a cerimônia. “Sábado sigo para lá. Nada formal. Já estando nos Estados Unidos, é um momento único”, disse.

No site da Câmara, até esta quinta (16), não havia registro de nenhuma despesa de parlamentares com viagens aos Estados Unidos neste mês.

O deputado Mário Heringer (PDT-MG), atual secretário de Relações Internacionais da Casa, disse à Folha que 14 deputados informaram ao órgão que participarão de cerimônias vinculadas à posse de Trump e que todos viajarão “sem ônus para a Câmara”.

Segundo um deputado que está na comitiva, o cronograma dos parlamentares prevê um brunch organizado por um conselheiro de Trump “que é amigo do Eduardo” na manhã do domingo (19) —ele não informou o nome do organizador.

À tarde, no mesmo dia, os parlamentares participarão de um comício com apoiadores do republicano e, no dia seguinte, acompanharão a cerimônia. Além disso, os deputados também foram convidados para um baile para celebrar a eleição do republicano na noite de segunda.

A deputada Bia Kicis diz que os EUA são o “farol da democracia no Ocidente” e que a posse de Trump será um “dia histórico”. “Queremos também estar presentes nesse dia histórico na retomada da luta pela liberdade, de combate à censura e de respeito aos valores das famílias e dos indivíduos”, diz ela.

Bolsonaro, no entanto, não viajará para participar do evento. Nesta quinta-feira (16), o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou o pedido do ex-presidente para ir aos Estados Unidos assistir à posse.

O passaporte de Bolsonaro está retido em decorrência das investigações das quais ele é alvo, incluindo a que trata da suspeita de envolvimento numa trama de golpe de Estado em 2022.

Moraes citou risco de fuga em sua justificativa, além de afirmar que não foi juntado aos autos nenhum documento que comprovasse o convite realizado pelo presidente eleito dos EUA a Bolsonaro.

A negativa do ministro foi criticada duramente por parlamentares da oposição. Giovani Cherini diz que essa decisão é “política e não jurídica”. “A justificativa é uma só: perseguição política. Bolsonaro esteve na posse do [Javier] Milei, na Argentina, e não fugiu. Ele não tem nenhuma intenção de fugir do Brasil”, diz.

Cabo Gilberto Silva afirma que se trata de “mais uma arbitrariedade e perseguição clara por parte do regime Lula-Supremo” e que, se Bolsonaro quisesse fugir, “já teria saído do país há muito tempo”.

O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que será líder da bancada do PL na Câmara neste ano, afirma que a decisão de Moraes “expõe o país ao ridículo”. “É lamentável. Isso é um demérito ao Brasil de um tamanho incalculável, até porque existem relações bilaterais, comerciais. A decisão é péssima para o país”, diz.

O próprio Bolsonaro comentou a decisão do ministro e disse que a sua esposa, Michelle Bolsonaro, irá para a posse. Ele afirmou que apesar da negativa em liberar o passaporte, ainda cabe recurso.

Veja a lista de deputados que estão previstos para participar dos eventos:
Adilson Barroso (PL-SP)
Bia Kicis (PL-DF)
Cabo Gilberto Silva (PL-PB)
Capitão Alden (PL-BA)
Carla Zambelli (PL-SP)
Coronel Chrisóstomo (PL-RO)
Coronel Fernanda (PL-MT)
Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
Giovani Cherini (PL-RS)
Gustavo Gayer (PL-GO)
Joaquim Passarinho (PL-PA)
Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP)
Marcel van Hattem (Novo-RS)
Marcos Pollon (PL-MS)
Mauricio Marcon (Podemos-RS)
Maurício do Vôlei (PL-MG)
Messias Donato (Republicanos-ES)
Sargento Gonçalves (PL-RN)
Silvia Waiãpi (PL-AP)
Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)

Da Folha de São Paulo.