O Ministério das Relações Exteriores informou que o Brasil quitou neste ano R$ 1,9 bilhão em dívidas com a Organização das Nações Unidas (ONU) e outros organismos multilaterais. Segundo fontes no Itamaraty ouvidas pela Globonews, na prática, o pagamento dessas dívidas assegura ao Brasil poder de negociação nesses organismos.
Isso porque, nos fóruns internacionais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem tentado colocar diante do mundo que o Brasil é um dos principais defensores do multilateralismo. Se o país não estiver em dia com suas obrigações financeiras, dizem diplomatas, não tem poder para pautar temas ou fazer exigências em negociações.
Conforme a nota do ministério, a quitação das dívidas envolve pagamentos a diversos organismos, entre os quais:
Organização das Nações Unidas (ONU);
Organização Mundial do Comércio (OMC);
Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco);
Organização Mundial da Saúde (OMS)
Organização Internacional do Trabalho (OIT).
“Esse quadro de adimplência junto a organismos internacionais reafirma o compromisso brasileiro com o fortalecimento do multilateralismo, da cooperação internacional e da integração regional, ao mesmo tempo que reforça o comprometimento do governo com a responsabilidade fiscal na gestão dos recursos públicos”, afirmou o Itamaraty.
“Com a quitação de suas obrigações financeiras, o Brasil assegura sua participação plena e ativa nos principais fóruns globais e regionais, em favor da paz, da segurança, dos direitos humanos, da integração econômica e do desenvolvimento sustentável”, acrescentou o ministério. Em discursos recentes, Lula vem defendendo que a ONU seja reformada e assuma um papel de maior protagonismo na mediação de conflitos globais.
O prefeito de Itapetim, no Sertão do Pajeú, Adelmo Moura (PSB), que encerra seus oito anos de mandato com quase 90% de aprovação, fez uma exposição da frota municipal adquirida ao longo de suas gestões. A iniciativa destacou o avanço significativo da infraestrutura do município, em comparação ao cenário encontrado em 2005, quando assumiu a administração, depois de vencer o grupo do ex-prefeito Zé Lopes. Na época, o município não contava com veículos funcionais, apenas destroços sucateados.
Agora, Adelmo deixa como legado uma frota robusta e em pleno funcionamento, composta por mais de 70 veículos, incluindo 15 ônibus, mais de 20 veículos de frota leve, 5 ambulâncias, 2 motoniveladoras, 4 retroescavadeiras, 5 tratores, pá carregadeira, pipa, caçamba, Unidade Móvel de Saúde, 1 UTI Móvel, 2 caminhões coletores, 12 motocicletas e 01 ambulância do SAMU.
“Recebi um município sem estrutura, mas, com muito trabalho e dedicação, conseguimos reverter essa situação. Hoje, entregamos uma frota completa e funcional, pronta para continuar atendendo a população com qualidade e eficiência”, destacou Adelmo Moura.
A frota será entregue à prefeita eleita, Aline Karina, apoiada por Adelmo, que assume a gestão municipal no dia 1º de janeiro. A administração atual, marcada por altos índices de aprovação, deixa um legado de investimentos sólidos em infraestrutura e serviços públicos, consolidando um novo patamar de desenvolvimento para Itapetim.
O deputado João Paulo, da bancada do PT na Assembleia Legislativa, reagiu com estranheza as declarações do prefeito reeleito João Campos (PSB), sinalizando para o PL bolsonarista. “É preciso ter humildade, o que o pai tinha. Querer sinalizar acordo com setores do PL, o mesmo partido que perseguiu o presidente Lula é, no mínimo, uma “falta de respeito” a todos na esquerda, falta de maturidade”, disse.
O PT, no entender de João Paulo, começou a pagar a conta de optar por ser partido auxiliar ao PSB, como se deu recentemente na eleição no Recife. O deputado cobrou do partido uma posição independente, um debate interno para o partido voltar a ter o seu protagonismo.
Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco
O ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula (PSD), está otimista quanto à reeleição da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), em 2026. Na opinião dele, o Governo está arrumado e o Estado está equilibrado, o que torna a gestora forte para o pleito. Para André de Paula, mesmo que a disputa seja contra o prefeito reeleito do Recife, João Campos (PSB), que acumula bons índices de aprovação na capital, Raquel sairá vitoriosa.
Em entrevista exclusiva para a Folha de Pernambuco, o ministro cravou o resultado para a tucana. “Raquel não precisa escolher o adversário. Se for João Campos, Raquel vai ganhar. Se não for João Campos, Raquel vai ganhar. Nós vamos trabalhar, vamos ampliar essa aliança política que ela lidera. Temos tempo, temos engenho e instrumentos que nos dão muito conforto de que ela será uma candidata muito competitiva e, inclusive, vai ser, desde o primeiro momento, a favorita das pesquisas”, afirmou André de Paula, que acrescentou “se João decidir (ser candidato), a gente respeita. É uma eleição que tem tudo para ser muito bonita e disputada, mas Raquel ganha a eleição”.
André de Paula acredita que o fato de ser uma candidatura à reeleição já fortalece a governadora e citou os exemplos de outros candidatos que se reelegeram, como o presidente Lula (PT), a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e os ex-governadores Eduardo Campos (PSB) e Paulo Câmara (ex-PSB). No entanto, o ministro acredita que as entregas da gestão tucana farão a diferença em 2026.
“Há um conjunto de intervenções importantes. Por exemplo, temos 3,5 mil quilômetros de estradas contratadas, sendo que mil já foram entregues. Na área da educação, houve a renovação da frota de ônibus, entre outras ações. Eu tenho muito otimismo porque eu acho que o Governo passa a ser bem avaliado quando as entregas vão acontecendo e acho que Raquel plantou a semente para fazer a colheita nesses próximos dois anos”, destacou.
André de Paula comentou sobre uma possível troca de ministério no Governo Lula (PT) para acomodar melhor o seu partido, o PSD, que saiu fortalecido das eleições municipais. “Eu digo sempre que essa é uma questão muito pessoal do presidente, porque a gente está tratando da equipe dele. Para mim, tem sido uma honra e eu sou muito grato por essa oportunidade de servir a Pernambuco e ao Brasil. Obviamente, depois das eleições municipais todo político tem que estar muito atento, fazer a leitura. Eu entendo que é preciso ter tranquilidade e aguardar que o presidente tome a iniciativa”, ressaltou.
No entanto, o ministro reforçou a importância do PSD na base de Lula. Ele deu como exemplo o pacote de corte de gastos votado na Câmara. Segundo André de Paula, da bancada de 44 deputados do PSD, 42 votaram com o Governo. “A bancada da Câmara entende que poderia (o PSD) ter uma maior expressão do ponto de vista da capacidade de ação do ministério nos estados, na energia política, de um orçamento mais robusto. O que se vê é que de alguma forma há essa aspiração”, salientou.
Ao observar a posição contrária dos governadores do Rio, Goiás e Distrito Federal, reproduzida na coluna deste blog, à regulamentação do decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que restringe o uso de armas por policiais durante abordagens, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Ranilson Ramos, disse que a medida chega em boa hora.
“O que está ocorrendo hoje no Brasil é que todos os policiais, quase sem exceção, sejam de qualquer nível na federação, estão usando a arma como forma única de abordagem. Isso é crime”, afirmou.
O Sextou de hoje traz a cantora e compositora Marina Elali, neta de Zé Dantas, grande parceiro de Luiz Gonzaga em canções antológicas. Marina nasceu em Natal, no Rio Grande do Norte, e é formada em música e canto no Berklee College of Music, em Boston. Depois da temporada nos EUA, a artista participou do programa Fama, da Rede Globo, e logo emplacou a música “Você”, de Roberto e Erasmo Carlos, como tema de Deborah Secco e Murilo Benício na novela “América”.
Entre os seus sucessos mais famosos estão “Eu Vou Seguir” e “One Last Cry”, músicas que viraram trilha sonora de novelas globais. Há alguns anos, Marina lançou um CD/DVD intitulado “Marina Elali Duetos – Homenagem a Luiz Gonzaga e Zé Dantas”. O trabalho foi gravado em Recife e é repleto de homenagens a Gonzagão e Zé Dantas, avô materno de Marina.
O Sextou vai ao ar hoje, na Rede Nordeste de Rádio, no horário do Frente a Frente, de 18 às 19 horas, para mais de 40 emissoras nos Estados de Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Bahia. Se você deseja ouvir pela internet, clique no botão Rádio acima ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store. Imperdível!
Cerca de 200 mil pessoas lotaram a Orla do Pina, na Zona Sul do Recife, para acompanhar o show do rei Roberto Carlos. O espetáculo foi a abertura da programação oficial de réveillon da cidade, que teve início ontem e segue até a próxima terça-feira. Em seu Instagram, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), publicou uma foto aérea do publico e afirmou que o primeiro dia de festa foi histórico.
“Foi bonito demais! Uma multidão foi até a praia do Pina para viver toda a emoção do show desse grande ícone da música brasileira, que é Roberto Carlos. O primeiro dia da Virada Recife 2025 foi lindo, histórico, apaixonante!”, disse João.
Na abertura da festa, o Rei emocionou milhares de fãs com seus clássicos e novas canções. O cantor capixaba iniciou a primeira noite de shows com a tradicional música “Emoções”, comovendo os espectadores. O espetáculo seguiu com o repertório de sucesso do artista, incluindo a sua faixa mais recente ”Eu Ofereço Flores”. Antes de Roberto Carlos subir ao palco, a Orquestra Sinfônica do Recife realizou a abertura do show com uma sequência de clássicos do cantor brasileiro.
Para o Secretário de Turismo e Lazer do Recife, Antônio Coelho, Recife vive um momento histórico. “A primeira noite da Virada Recife trouxe milhares de pessoas para a Praia do Pina, criando um mar de emoção e energia única. Com o Rei Roberto Carlos no palco, a cidade deu início a um dos maiores réveillons do Brasil, mostrando toda a força da nossa cultura e da nossa capacidade de realização. Esse é só o começo!”, afirmou Antônio em seu perfil no Instagram.
A Câmara dos Deputados enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), na madrugada de hoje, uma série de informações requisitadas pelo ministro Flávio Dino sobre a legalidade das emendas indicadas pelas comissões parlamentares da Casa.
Na segunda, Dino voltou a suspender o pagamento dessas emendas por entender que as indicações não estavam obedecendo os novos critérios de transparência definidos em decisões anteriores.
Ontem, antes do envio das informações ao STF, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, depois, com líderes partidários para tentar destravar o tema.
“Se houve no mínimo uma compreensão equivocada da determinação do Tribunal, é lícito concluir que há espaço interpretativo para tanto, visto que seis órgãos jurídicos assim entenderam e assim orientaram as Casas Legislativas”, diz a Câmara.
Ministro do STF Flávio Dino suspende pagamento de mais de R$ 4 bi. em emendas parlamentares
O documento enviado ao STF pela Câmara repete, no conteúdo, a argumentação que Lira havia expressado na quinta: a ideia de que as emendas de comissão confirmadas no início de dezembro estão, sim, de acordo com a legislação atual sobre o tema.
Na quinta, após as reuniões com Lula e com líderes, Lira já havia defendido a legalidade dos repasses.
“Esperamos que no fim do recesso natalino os ministros que estão retornando possam esclarecer os procedimentos, como foram feitos e tratados, fruto daquela reunião numa segunda feira com o presidente Lula, quando ele teve o procedimento médico a fazer, com a presença do presidente do Senado, ministros, e foi acertado todo procedimento pra liberação orçamentária de 2024”, disse Lira.
Se já não anda em sintonia com a população, fechando o ano com baixíssimos índices de aprovação, o presidente Lula (PT) comprou uma briga desnecessária com os governadores. Tudo por causa de um decreto do Ministério da Justiça sobre o uso da força por policiais em todo o País.
Publicado na última terça-feira, o texto, que prevê o uso da força e de armas de fogo apenas em último recurso, foi duramente criticado pelos governadores do Rio, Cláudio Castro (PL); de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil); e do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Enquanto isso, o ministro Ricardo Lewandowski voltou a demonstrar descontentamento com ações violentas da polícia.
Isso depois de uma jovem ser baleada na cabeça por um policial rodoviário federal, na véspera de Natal, no Rio. O caso deve levar a pasta a acelerar a regulamentação e detalhamento do texto, antes previsto para 90 dias. As críticas dos governadores giram em torno dos repasses financeiros aos Estados.
Apesar das medidas do decreto não serem obrigatórias, elas servirão como condição para o repasse de verbas do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), principalmente na aquisição de equipamentos. Desta forma, o governo pretende fazer com que as regras sejam implementadas pelos 27 entes federados.
Castro prometeu ir ao STF para sustar os efeitos da medida. “Nós do Rio vamos entrar imediatamente com uma ação no STF para cassar esse absurdo. Por fim, espero que a população cobre dos responsáveis por esse decreto quando bandidos invadirem uma residência, roubarem um carro ou assaltarem um comércio”, disse o governador.
O decreto prevê que agentes policiais só devem usar armas de fogo em último recurso, em caso de risco pessoal. O uso da força física também deve ser evitado. Para implementar essas medidas, os profissionais passarão por capacitação.
ENGESSAMENTO DA POLÍCIA– Um dos primeiros a reagir publicamente ao texto foi o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União). Ele classificou o decreto como “engessamento das forças policiais” e como uma “chantagem explícita contra os Estados”, ao impor aos governadores sanções de “acesso aos fundos de segurança e penitenciário”, caso não sigam as “diretrizes do governo do PT”. “O texto evidencia que a cartilha do governo Lula para a segurança pública foca apenas crimes de menor potencial ofensivo, como furtos. Mas não estamos na Suécia”, disse Caiado.
Nem um pio de Raquel – Pelo menos até o fechamento desta coluna, ontem, a governadora Raquel Lyra (PSDB) não havia se manifestado sobre o decreto que engessa o policiamento nos Estados, conforme definiu Caiado, e é inconstitucional, segundo o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse que o decreto é um “presentão de Natal para a bandidagem do país inteiro”.
Intervenções atabalhoadas – Por falar em Raquel, impressiona suas intervenções amadoristas na política. Seu novo alvo, para tentar se confrontar com o PSB, é reduzir o número de consórcios de prefeitos geridos por socialistas ou gestores simpáticos à pré-candidatura de João Campos a governador. Depois do Pajeú, intervenção que não deu em nada, agora fere de morte um aliado do deputado federal Luciano Bivar (UB), o prefeito de São Caetano, Josafá Almeida (UB). Estimula a candidatura à presidência do Coniape, formado por 34 associados, o prefeito eleito de Surubim, Cléber Chaparral.
Reforma aprovada – A Câmara do Recife aprovou, ontem, em primeiro turno, o projeto de reforma administrativa enviado à Casa pelo prefeito reeleito João Campos (PSB). O segundo turno está marcado para hoje, sem nenhum risco. Confiante no aval da Câmara, o socialista já anunciou sua equipe pelas redes sociais, inclusive obedecendo o novo organograma em discussão pelo parlamento municipal. Entre as mudanças, a Secretaria de Governo, que faz a interlocução com os vereadores, foi extinta e em seu lugar surgiram duas novas pastas.
Com quem Bivar fica? – Ao investir no controle do Coniape, consórcio de 34 prefeitos do Agreste e Zona da Mata, a governadora Raquel Lyra (PSDB) comprou uma briga com o poderoso deputado federal Luciano Bivar, ex-presidente do União Brasil e atual primeiro-secretário da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Presidente da instituição, Josafá Almeida (UB), prefeito de São Caetano, é a principal liderança do Agreste ligada ao grupo de Bivar. É um cão de guarda, de tão fiel a Bivar. Pelo menos até o momento, Bivar ainda não se manifestou em relação a 2026, mas diante disso pode ficar mais próximo de João.
CURTAS
SÍNDICO – “Do jeito que vai, daqui a pouco a governadora vai intervir até em eleição de síndico”, reagiu, ontem, em tom de brincadeira, um deputado estadual ao acompanhar o noticiário das tentativas da gestora de tirar o controle dos consórcios de prefeitos de aliados de João Campos (PSB).
ACELERA 1 – O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, quer acelerar a regulamentação do decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que restringe o uso de armas por policiais durante abordagens. As portarias com as diretrizes devem ser enviadas já em janeiro.
ACELERA 2 – O prazo de regulamentação da medida é de 90 dias. Ou seja, o governo tem três meses para detalhar como devem ser os procedimentos seguidos pelos agentes. Segundo apurou o site Poder360, o ministro da Justiça já estava trabalhando nos detalhes antes mesmo do decreto ser assinado pelo presidente Lula.
Perguntar não ofende: Depois dos consórcios, qual será a próxima instância de briga que Raquel vai comprar com João?