A crônica domingueira

Ariano Suassuna poderia ter sucumbido na vida se a sua vida não tivesse um propósito. Perdeu seu pai aos três anos de idade, assassinado no exercício do mandato de governador da Paraíba. Que golpe mortal para qualquer ser humano! Mas ao invés de se perder para a vida, a dor fez do mestre do Reino da Pedra Encantada um gigante. Agarrou-se aos livros, lição que nunca esqueceu do pai político e intelectual.

“O livro sempre foi, para mim, uma fonte de encantamento”, ouvi dele numa entrevista. Num Nordeste enraizado pela cultura do cangaço, Ariano, felizmente, não perseguiu a vingança da morte do pai pelas próprias mãos. Quem visita a fantástica exposição imersiva sobre a vida e a obra de Ariano, no Riomar, se depara com uma declaração poética dele sobre a morte do pai, o maior drama da sua vida.

“Aqui morava um rei quando eu menino. Vestia ouro e castanho no gibão. Pedra da sorte sobre meu destino. Pulsava, junto ao meu, seu coração. Para mim, seu cantar era divino, quando ao som da viola e do bordão. Cantava com voz rouca o desatino, o sangue, o riso e as mortes do Sertão. Mas mataram meu pai. Desde esse dia eu me vi como cego sem seu guia. Que se foi para para o sol, transfigurado. Sua efígie me queima. Eu sou a presa. Ele, a brasa que impele ao fogo acesa. Espada de ouro em pasto ensanguentado”.

Câmara Municial Recife - O Recife que amamos

Acidentes de trânsito custam R$ 50 bilhões por ano

Os acidentes de trânsito geram um impacto anual de R$ 50 bilhões na economia brasileira, segundo a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP). Desse custo, uma parte significativa recai sobre as empresas que operam frotas comerciais e que enfrentam tanto despesas diretas quanto indiretas resultantes desses incidentes. Um estudo do Instituto Paulista do Transporte de Cargas (IPTC) revelou que, entre janeiro de 2022 e fevereiro de 2023, foram registrados cerca de 108 mil acidentes envolvendo veículos de carga.

Entre os principais motivos dos acidentes está a imprudência dos condutores. Dados do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) indicam que 90% desses sinistros estão relacionados a práticas inadequadas ao volante. Elas incluem reações tardias, distrações ao dirigir (como uso do celular), desrespeito à sinalização, falhas ao acessar vias e excesso de velocidade; de acordo com o Boletim de Acidente de Trânsito da Polícia Rodoviária Federal de 2024. A implementação de medidas como a Lei do Motorista (Lei 13.103)  e o exame toxicológico ajudaram a amenizar o problema, mas ainda há muito a ser feito. 

Como aliada, a tecnologia tem sido amplamente difundida, consolidando-se como uma ferramenta eficaz na mitigação de riscos e na prevenção de prejuízos decorrentes de acidentes. “Com os avanços tecnológicos, as empresas agora dispõem de ferramentas que não apenas identificam, mas também previnem comportamentos de risco”, diz Victor Cavalcanti, CEO da Infleet, desenvolvedora de tecnologias para gestão de frota que colaboram na promoção da segurança nas estradas. Entre elas está a câmera veicular, que combina câmeras inteligentes conectadas a sistemas de análise avançada, que identificam comportamentos de risco, como embriaguez, sonolência e uso do celular.