Joanna no sextou de hoje

A grande atração do Sextou de hoje é a cantora Joanna, uma das vozes mais marcantes da música popular brasileira. Conhecida pelo estilo romântico, Joanna também explora há alguns anos o repertório gospel.

Com 45 anos de carreira, a cantora conquistou o público com hits como “Tô Fazendo Falta”, “Amanhã Talvez” e “Um Sonho a Dois”.

Ao longo de sua carreira, Joanna lançou mais de 20 LPs e CDs, dois DVDs e dois álbuns em espanhol, alcançando cerca de 18 milhões de vendas no Brasil e no exterior.

O Sextou vai ao ar das 18 às 19 horas, pela Rede Nordeste de Rádio, formada por 48 emissoras em Pernambuco, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife. Se você deseja ouvir pela Internet, clique no link do Frente a Frente acima ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store.

O empresário João Fragoso, proprietário do Pontal dos Fragoso em Maracaípe, anunciou uma coletiva de imprensa para a próxima terça-feira (05), às 17h, em seu escritório no Recife. O evento pretende abordar a polêmica em torno da barreira de contenção construída na área, alvo de discussões entre autoridades e ambientalistas. Fragoso deve explicar os objetivos e impactos da obra, bem como esclarecer os processos judiciais em curso.

“Temos recebido muitos questionamentos sobre a barreira, e este é o momento ideal para dar transparência e tranquilidade sobre o que foi feito e o porquê,” declarou uma fonte próxima ao empresário.

Por Camila Mattoso e Victoria Azevedo
Da Folha de S. Paulo

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse à Folha que foi fechado um acordo para que o PT indique um representante a uma vaga no TCU (Tribunal de Contas da União).

Isso ocorreu no bojo das negociações para que o partido apoiasse a candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) à presidência da Câmara, em eleição marcada para fevereiro.

“O PT solicitou a indicação da bancada deles. Eles reclamam que politicamente nunca tiveram um representante no TCU. [Há o compromisso] com o PT, sim, de eles indicarem a vaga”, afirmou.

Com a aposentadoria de dois ministros do tribunal, duas vagas serão abertas até 2027, e a indicação de novos nomes pela Câmara entrou nas negociações. Lira falou à reportagem na noite de ontem (30), horas após o PT de Lula e o PL de Jair Bolsonaro anunciarem apoio ao nome de seu candidato na disputa. Leia a entrevista na íntegra:

Como o sr. avalia a sua condução no processo para escolher um candidato para sua sucessão?
Procurei trabalhar o tempo todo para construir uma candidatura que unificasse, que pudesse convergir. Fui com muito cuidado e sensibilidade, porque a princípio tinham três candidatos, que votaram comigo duas vezes com retidão, com anos de parceria.

Nunca falei com ninguém a respeito de quem era o nome, porque estava em construção. O líder Elmar [Nascimento] é amigo? É. Se pudesse votar sozinho, talvez fosse ele. Mas isso faz parte de uma construção partidária, de uma Casa plural.

Num momento, ficou claro que a Casa queria uma oportunidade de ter um candidato mais do meio. Durmo com tranquilidade de que tudo que está acontecendo é fruto de muita confiança entre partidos e deputados, que vão amadurecendo para saber diferenciar a luta administrativa dentro da Casa das lutas ideológica por pautas e por bandeiras no plenário.

É possível atrair o PSD e o União Brasil?
Fiz questão de me referir ao [Antonio] Brito e ao Elmar, além de parceiros, como amigos de vida. Há essa preocupação de estar todo mundo atendido. Vou trabalhar muito para terminar essa jornada com todos os partidos organizados e continuar conversando. Tem tempo e tem espaço.

Elmar está muito chateado, falando em traição e deslealdade. Como vê isso?
Tudo tem que ter um tempo a maturar. Vou trabalhar 24 horas para que isso seja superado. Mantenho o meu sentimento por ele de muita amizade.

A política fala em “Elmar, homem-bomba”. Existe alguma bomba?
Absolutamente nenhuma.

O que entrou no acordo para o PT apoiar Hugo Motta?
A minha relação com o presidente Lula e com o PT não é antiga. Mas a minha relação dentro da Casa com os deputados dos partidos é antiga. Conheci pessoalmente o presidente após a eleição dele, aqui nesta Casa. Toda a nossa conversa a partir daí se confirmou através de ações corretas e apoio ao governo naquilo que assumimos.

Em todas as oportunidades que o presidente Lula pôde falar, disse que eu teria a preferência de conduzir a minha sucessão. Sempre tivemos conversa boa. Da mesma forma como eu mantenho com o ex-presidente [Jair] Bolsonaro. O PL e o PT estão no bloco majoritário e vão ficar juntos no mesmo bloco agora da segunda mesa.

A gente sabe que sempre tem negociações de interesses dos partidos…
As negociações são administrativas. Espaços na mesa, nas comissões, as relatorias. E muitos partidos trazem pautas.

A vaga do TCU entrou no acordo com o PT?
Acho que é lícito, mas [ainda] não tem a vaga. Se houver, o PT solicitou, sim, a indicação da bancada deles. Eles reclamam politicamente que nunca tiveram um representante no TCU e, quando tiveram candidatos, não tiveram êxito no plenário, que é a segunda etapa.

Mas houve um compromisso?
Com o PT, sim. De eles indicarem a vaga no TCU.

Como se deu a costura para o sr. anunciar a criação da comissão especial para analisar o PL da Anistia?
O projeto estava sendo inapropriadamente usado para eleição na Mesa. A vontade do que vai ou não votar é da Casa, não do presidente [da Câmara]. Um tema sensível como esse, por tudo que aconteceu, por tudo que está acontecendo, estava sendo usado inapropriadamente. Conversei tanto com um partido quanto com outro. Nós vamos dar a solução para isso dentro do meu mandato, conversando e ouvindo muito, como sempre faço.

O que falta para resolver o imbróglio das emendas parlamentares?
O acordo existe entre Câmara, Senado e governo. Há um sentimento de preocupação com universidades e hospitais precisando de recursos, com obras paralisadas.

Fala-se até hoje de ‘orçamento secreto’. Para mim, é muito pior o ano de 2023 do que o de 2022, o de 2021. Nem vocês sabem como foi feita a programação dos ministérios, com relação à origem de indicação, de quem é e como é. Nesse momento, Executivo, Senado e Câmara estão alinhados no texto que estão propondo.

Há um prazo para essa definição?
Esperava ter votado nesta semana. Todos os partidos estão reclamando da paralisação.

Líderes dizem que o sr. é um crítico da interferência de Poderes. Esse caso é um exemplo?
A sobreposição de um Poder sobre o outro, seja ele qual for, é muito ruim. E a Câmara nunca se sobrepôs nem ao Executivo, nem ao Senado, nem ao Supremo. Sempre prezei por muito equilíbrio. E quem preza por equilíbrio não gosta quando o jogo desequilibra. Não estou dizendo que A, B ou C estão desequilibrando.

A PEC das decisões monocráticas vai andar na Câmara?
Não tive nenhuma reunião de líderes ainda para discutir isso. Mas há um sentimento muito grande no Congresso, da esquerda, do centro e da direita, de que atos monocráticos contra deliberações do Congresso possam ser modulados.

O sr. acha que o resultado das eleições municipais, com crescimento do centro e da direita, deve impulsionar uma reforma ministerial no governo?
Na minha visão, eleição municipal é uma coisa, eleição nacional é outra.

Mas algum recado se tira desse resultado.
Sim, que o Brasil é um país mais conservador, de centro-direita. O que é o retrato do país? Um país de centro-direita no Parlamento e um governo progressista, no Executivo, o que obriga convergência de trabalho, de discussão, de construção.

O sr. acha que deve ter mais espaço para partidos de centro numa eventual reforma?
Não é mais espaço. O PP não está pleiteando nada. Acho até que, para o que o PP contribuiu com a presidência da Câmara, eu sou do partido, com as votações que apoiou e votos que deu, nós temos muito menos participação do que outros partidos. Quem tem que fazer essa avaliação, se está bom, se está ruim, se precisa melhorar, que rumos dar, é o governo. O governo é do presidente Lula.

Em várias oportunidades o sr. foi colocado como alguém truculento. Como avalia essa crítica? E o sr. faz alguma autocrítica?
A política criou um estereótipo de que político bom é aquele que dá tapinha nas costas, ri e só diz o que as pessoas querem ouvir. Eu faço política há 34 anos, nunca mudei a minha maneira de ser com relação às pessoas. Sou duro, carinhoso ou amigo quando tem que ser. Não minto, não blefo, faço a política reta, e as pessoas talvez gostem. Não conheço um truculento que teve 464 votos numa reeleição. Estereótipos são criados, mas não me acho assim tão truculento, não.

Trapalhada ou censura?

A TV Pernambuco deu uma tremenda mancada ao tirar do ar a entrevista do prefeito do Recife, João Campos (PSB), no programa Roda Viva, da afiliada TV Cultura. Erro grosseiro, desnecessário e que está sendo associado à censura, o que expõe diretamente a governadora Raquel Lyra (PSDB).

Sim, porque é um canal estatal, controlado pelo Estado, sob a responsabilidade da Secretaria de Ciência e Tecnologia. A direção da TV Pernambuco alegou que não transmitiu porque priorizou o contrato para colocar no ar o jogo do Sport pela série B do Brasileiro, versão esquisita, já que há um contrato com a Cultura pelo qual é obrigada a transmitir os programas em rede.

Além de esquisita, mentirosa. O deputado Rodrigo Faria, da bancada do PSB na Assembleia Legislativa, ocupou a tribuna da Casa e assegurou que a TV Pernambuco, desde que ele se entende por gente, sendo do Conselho do Sport, inclusive, nunca transmitiu um jogo do rubro-negro. Mais um indicativo de que houve censura à entrevista de João.

A trapalhada vai custar caro ao Estado. Hoje, em reunião, a direção da TV Cultura deve decidir pelo fim do contrato com a TV Pernambuco. Seus diretores e a âncora Vera Magalhães ficaram indignados com a postura do Governo de Pernambuco. Tão logo o programa foi ao ar, na última segunda-feira, as reclamações de telespectadores no Recife e no restante do Estado congestionaram os celulares dos diretores e da própria Vera.

A bancada do PSB na Câmara, através do deputado e presidente estadual da legenda, Sileno Guedes, resolveu convocar o diretor da TV Pernambuco para dar explicações sobre o assunto, o que deve ocorrer já no início da próxima semana. Os parlamentares desconfiam de censura, o que, se comprovado, deixará a governadora em maus lençóis.

CÓPIA DO CONTRATO – Na convocação do diretor da TV Pernambuco, Fúlvio Wagner, seria oportuno que a bancada de oposição na Alepe exigisse dele a cópia do referido contrato que sustenta ter assinado, obrigando a emissora a transmitir o jogo do Sport na mesma noite em que o prefeito do Recife dava entrevista ao Roda Viva. Pelo contrato assinado com a Cultura, a estatal pernambucana é obrigada a retransmitir todos os programas da afiliada em rede.

O curinga de Raquel – Diretor da TV Pernambuco, o radialista Fúlvio Wagner, responsável pela decisão de não exibir na emissora a entrevista de João Campos no Roda Viva, é um soldado de Raquel para missões espinhosas. Antes de assumir a TV em novembro do ano passado, ocupou a função de gerente-geral de acompanhamentos de projetos especiais da Casa Civil, sendo o pivô dos entreveros do prefeito de Garanhuns, Sivaldo Albino (PSB), com o Estado, no tumultuado Festival de Inverno de 2023. Na campanha da tucana para o Governo do Estado, em 2022, conduziu o guia eleitoral do rádio e até na campanha da reeleição do prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, foi escalado por Raquel para dar pitacos.

Segurança em debate – O presidente Lula (PT) se reuniu, ontem, com alguns governadores para discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, ideia trabalhada em conjunto com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. Entre outros, estavam lá Jerônimo Rodrigues (PT), da Bahia, e Elmano de Freitas (PT), do Ceará, além de opositores, como Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás. O mandatário do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), declinou o convite por um conflito de agendas. Participaram também os ministros com experiência de governadores, como é o caso de Camilo Santana (Educação), que já foi mandatário do Ceará; Rui Costa (Casa Civil), ex-governador da Bahia; e Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), ex-chefe do Piauí.

Motta se fortalece – O PL, PT e o MDB já declararam apoio ao deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) na disputa pela presidência da Câmara. Juntas, as siglas somam 204 deputados. O presidente do Republicanos, Marcos Pereira, disse esperar mais anúncios na próxima semana. Na terça-feira passada, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), formalizou o deputado como seu candidato. Desde então, Republicanos, PP e Podemos endossaram o favorito de Lira.

Dueire dá conta do recado – O ex-senador Armando Monteiro Neto (Podemos) tem sido um observador atento da cena nacional e estadual. Por onde passa, não se cansa de elogiar a atuação do senador Fernando Dueire (MDB), substituto de Jarbas Vasconcelos na Casa Alta. “Culto, preparado e jeitoso, Dueire tem trazido a debate temas importantes da vida nacional e no Estado está se inserindo muito bem até na micropolítica do Interior”, disse. Armando fala com propriedade, pois foi senador atuante e de amplitude nacional.

CURTAS

EX-AMIGO – O deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA), que deve desistir da disputa pelo comando da Câmara, está profundamente magoado com o presidente Arthur Lira (PP-AL). “A única coisa desse processo é que já comecei perdendo. Perdi um amigo que eu considerava que era o meu melhor amigo, o presidente Arthur Lira. A gente era amigo de se falar todo dia, várias vezes por dia”, disse Elmar.

PROCESSO – O senador Flávio Bolsonaro está sendo processado no STF pelo prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão (MDB), após ter afirmado que a Prefeitura da cidade fluminense tinha acordos com traficantes durante a campanha eleitoral. O candidato de Flávio e do clã Bolsonaro, Renato Araújo (PL), foi derrotado por um aliado de Jordão, Ferretti (MDB).

PLANO – O plano de segurança que Lula discutiu, ontem, com os governadores, visa integrar as polícias, reforçar o Sistema Público de Segurança Pública (SUSP) e aumentar as responsabilidades da União. Além disso, cria uma nova polícia comandada pelo governo federal com mais poderes de policiamento ostensivo a partir da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Perguntar não ofende: Por que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, se recusou a participar do encontro de Lula ontem com os governadores?