Gilson Machado tem propaganda suspensa por simular direito de resposta

A Justiça Eleitoral suspendeu uma propaganda do candidato a prefeito do Recife Gilson Machado (PL) por simular um direito de resposta contra a Frente Popular do Recife, liderada pelo PSB. A decisão foi da juíza Nicole de Faria Neve, da 4ª Zona Eleitoral, ontem (29), com multa de até R$ 50 mil em caso de descumprimento.

Em nota, a campanha de Machado informa que a peça já não estava mais sendo utilizada e que, por isso, “é inverídica a informação que Gilson Machado teve alguma propaganda suspensa neste final de semana.” Contudo, o processo (de número 0600114-52.2024.6.17.0005) mostra que, de acordo com a Frente Popular, o anúncio teria sido veiculado no último sábado (28), às 21h13.

A propaganda impugnada tinha o texto “Direito de Resposta” escrito na tela e uma apresentadora com semblante sério proferindo o posicionamento da campanha, características similares às inserções veiculadas pela Frente Popular até a última quarta-feira (25). Gilson Machado já havia ficado sete dias sem guia eleitoral por outros descumprimentos de decisões judiciais relativas às eleições.

Do JC.

A Folha de Pernambuco traz hoje também pesquisa do Ipespe sobre a corrida eleitoral em Olinda, com um cenário praticamente igual ao do Opinião, mas apontando Antônio Campos, candidato do PRTB com 12%. Confira os números:

Esss foi a segunda rodada de pesquisa sobre a disputa eleitoral pela Prefeitura de Olinda realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE) em parceria com a Folha de Pernambuco.

A primeira rodada foi realizada entre os dias 5 e 7 de setembro. Assim, a candidata Mirela (PSD) tem 25% das intenções de voto, ante 23% da primeira. Izabel Urquiza (PL) e Vinicius Castello (PT) tiveram um empate numérico: ambos com 18%. Na pesquisa anterior, Izabel tinha 15%; e Vinicius, 14%. Antônio Campos (PRTB) manteve os mesmos 12%; Márcio Botelho (PP) saiu de 3% para 4% nesta última, e Clécio Basílio caiu de 2% na primeira para zero.

O total de pesquisados que votariam branco, nulo ou em nenhum dos candidatos foi de 14% desta vez, contra os 17% anteriores. Já os que não sabem ou não responderam somam 9% (na anterior foram 14%). A margem de erro é de 4,5 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95,45%.

Na estratificação da pesquisa, Mirella tem mais votos do público feminino (25% dos entrevistados). A maior parte dos seus eleitores tem 60 anos ou mais (30%); possuem até ensino fundamental (27%) e ganham de dois a cinco salários mínimos (29%).

Perfil
Já no caso de Izabel, os seus maiores eleitores são do sexo masculino (20%); têm de 25 anos a 44 anos e de 45 anos a 59 anos, ambos com 19%; ensino médio e superior, também empatando com 20%; ganham de dois a cinco salários mínimos e mais cinco salários mínimos (20%).
Vinicius tem os mesmos percentuais de eleitores mulheres e homens (18%). Além disso, o seu eleitorado está, em maioria, na faixa etária de 16 a 24 anos (21%); têm ensino médio e superior (20%) e recebem mais de cinco salários mínimos (23%). Já no caso de Campos, aqueles que mais intencionam votar nele têm entre 16 e 24 anos (15%), ensino superior (15%) e recebem mais de 5 salários (15%).

Na pesquisa espontânea – quando não são apresentados os nomes dos candidatos –, Mirella cresceu de 18% na primeira rodada para 19% na segunda; Vinicius, de 11% para 15%; Izabel, de 6% para 13%; Campos, de 2% para 7%.
A pesquisa perguntou em quem o eleitor não votaria de jeito nenhum. A maior rejeição é de Botelho, com 59% (51% na pesquisa anterior), seguido por Basílio, com 53% (43% antes) e Izabel, com 50% (51% em agosto). Mirella, Vinicius e Campos têm o mesmo índice (45%). No levantamento anterior, a primeira ficou com 39%; o petista, com 35%; e Campos, com 42%.

A pesquisa foi realizada face a face com 500 entrevistados nos dias 26 e 27 deste mês e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo PE-06197/2024.

Por Carlos André Carvalho
Do Blog da Folha.

Por José Adalberto Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – O barão de Drummond, João Batista Viana, era um nobre de bom coração. Idos de 1892, na alvorada da República, mantinha com recursos próprios o jardim zoológico no Rio de Janeiro. O título de nobreza lhe fora outorgado no Império.

Saudades da Monarquia! Se não fosse o golpe de Deodoro da Fonseca, eu poderia hoje ser um nobre, tipo o Conde da Jaqueira ou o Marquês da Serra da Borborema. O blogueiro Magno Martins seria o Barão do Vale do Pajeú. A costela dele, Nayla, seria a Baronesa de Arcoverde. Mas, pobre de mim, eu sou apenas um algoritmo nas nuvens de silício da Internet.

Eu adoro meus pets, dizia o Barão enquanto cavalgava com seu cavalinho pocotó, pocotó, pocotó. Mas manter um zoológico custa caro. Ele não possuía uma empresa Bet para lavar dinheiro, nem era candidato para se locupletar das verbas do fundo partidário. O preço das rações estava cada dia mais caro no Carrefour e o capim gordura mais uma vez tinha subido de preço.

Ele tinha lido o livro Interpretação dos Sonhos de Sigmund Freud e de noite sonhou com o Baú da Felicidade de Silvio Santos. Entonces, criou Loteria dos Bichos, com 25 figurinhas de nossa fauna, de avestruz a vaca. Cada visitante do zoológico recebia um bilhete com a figurinha de um bicho e, se fosse sorteado, beleza!

O Barão de Drummond começou a ganhar muito dinheiro com o jogo do bicho. Comprou um jatinho 14-Bis de Santos Dumont e uma carruagem Ferrari, top de linha, movida a tração animal por seu cavalinho Pocotó, para dar um rolé nas ruas do Rio de Janeiro. O cavalinho relinchava de alegria.

VIVA ROBERTO! No percurso de mais de 60 anos de estrada, com talento, competência e muito trabalho, Roberto Carlos, um artista iluminado, se apresenta em shows seletivos e em seus próprios shows. Em tempo algum explorou recursos públicos em shows superfaturados de Prefeituras e Governos.

Neste tempo de Bets e riquezas mal-assombradas, sub-artistas cafuçus, zero talento e zero respeitabilidade, assinam contratos milionários para apresentação em Prefeituras pobres do interior e até em capitais, na base do ra-ra. O nome disto é corrupção explícita.

Essas arapucas de apostas eletrônicas praticam crimes de extorsão da economia popular. A sangria é grande e já afeta o endividamento da população. Rico não joga nas Bets. Essa invenção é um sumidouro de dinheiro dos pobres.

O MC Serginho escreveu um poema em homenagem à eguinha Pocotó, viúva do cavalinho Pocotó. Quanta delicadeza! “Vou mandando um beijinho/ pra filhinha e pra vovó./ Só não posso esquecer/ da minha eguinha Pocotó/ Pocotó Pocotó Pocotó. O jumento e o cavalinho/ eles nunca andam só/ quando saem pra passear/ levam a égua Pocotó/ Pocotó Pocotó Pocotó!”. Estou emocionado.

Viva o Barão de Drumond! Viva o cavalinho Pocotó! Viva a eguinha Pocotó! Viva eu! Viva tu! Viva o rabo do tatu!

*Periodista, escritor e quase poeta

O Ministério Público apresentou alegações finais em uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral contra a prefeita de Trindade, Helbinha Rodrigues (União Brasil), e seu vice, Paulo Rene (PSDB), por abuso de poder econômico.

Segundo o MP, uma recente inauguração promovida pela gestão teria sido usada para enaltecer a administração municipal, caracterizando uso indevido de recursos públicos em benefício da campanha de reeleição.

O evento, que incluiu a contratação de uma banda, foi classificado pelo MP como “dinheiro público indo para o ralo simplesmente para enaltecer um serviço básico”.

O confuso quadro de Olinda

Pela pesquisa do Instituto Opinião, Olinda tende a ter uma disputa de segundo turno entre a candidata da situação, Mirela Almeida (PSD), e o postulante do PT, Vinicius Castello. Mas Izabel Urquiza, do PL, abaixo cinco pontos do petista, também está no páreo, levando-se em consideração que a margem de erro do levantamento é cinco pontos percentuais, para mais ou para menos.

Num cenário entre Mirela e Vinicius, para onde iriam os votos de Izabel, que tem 15%, e Antônio Campos (PRTB), que aparece com 5%? Teoricamente, o eleitor de Izabel, filha da ex-prefeita Jacilda Urquiza, em grande parte é bolsonarista, mas pode ser que uma parte queira fazer uma homenagem à mãe dela, votando na herdeira política.

Já os 5% dos eleitores de Campos são uma incógnita, tanto podem votar em Mirella ou Vinicius. No caso de Izabel roubar a vaga de Vinícius no segundo turno, o cenário se complica ainda mais, porque, teoricamente, seus eleitores são ideológicos. Um cenário Mirela x Izabel no segundo turno se traduz numa disputa de centro direita.

Daí, as chances de isso ocorrer, hipoteticamente, são menores, mas não impossível. Para Mirella, no segundo turno, seja o candidato que for escolhido pelo eleitor nas urnas do primeiro turno, haverá um plebiscito, no qual ela terá como única bandeira o legado da gestão atual, sob o comando do Professor Lupércio. Seu discurso da continuidade contra o da mudança.

Assim, ainda teoricamente, a melhor adversária para Mirela derrotar seria Izabel, representante do bolsonarismo num Estado em que há predominância do lulismo. Se for Vinicius, as dificuldades tendem a ser maiores, porque as chances da eleição de segundo turno vir a ser estadualizada, com a presença de João Campos e, provavelmente Lula, no palanque do petista, são bem maiores, criando um cenário desafiador para a candidata da situação.

Todos são rejeitados – Outro dado que chama atenção da pesquisa Opinião em Olinda diz respeito à rejeição de Izabel Urquiza, a maior de todos os candidatos, com 45,8% dos entrevistados afirmando que não votariam nela de jeito nenhum. Mas Mirella também não fica muito distante. Entre os entrevistados, 43,4% disseram que não votariam nela de forma alguma. Dos candidatos mais competitivos, Vinicius Castello (PT) é o menos rejeitado, mesmo assim com um percentual assustador: 37,3% dos eleitores afirmaram que não votariam nele de jeito nenhum.

Sem guia, Tonca saiu no prejuízo – Entre os que estão no jogo eleitoral em Olinda, o mais afoito, responsável pelos maiores bombardeiros em cima da gestão Lupércio, é Antônio Campos, o Tonca, do PRTB. O fato dele ter aparecido com apenas 5% das intenções de voto provavelmente seja reflexo da sua sigla não ter direito a guia eleitoral no rádio e na TV. Só restou para ele as redes sociais e o espaço do noticiário na mídia. Pablo Marçal disputa em São Paulo pelo mesmo partido de Tonca, mas a sua posição destacada nas pesquisas não se deu pelo guia eleitoral, que também não dispõe, mas por ter ficado conhecido através das polêmicas que gerou nos debates.

A caminho da reeleição – Já em Petrolina, o prefeito Simão Durando (UB) aparece num cenário de céu de brigadeiro para a reeleição. Na espontânea, abre 25 pontos de vantagem sobre o tucano Júlio Lóssio e na estimulada, a que vale, na verdade, a diferença sobe para 29 pontos. Faltando apenas seis dias para as eleições, só uma hecatombe evitaria o sucessor de Miguel emplacar um novo mandato. Ali, as oposições “cantaram” um cenário de segundo turno nos bastidores, o que não se comprovou pelo levantamento do Opinião, instituto que acertou todos os prognósticos eleitorais de Petrolina, inclusive as eleições nas quais Lóssio saiu vitorioso.

Péssimos cabos eleitorais – Lula nem Bolsonaro são bons cabos eleitorais. Em Petrolina, todo o mote da campanha de Odacy Amorim foi surfando na força, prestígio e popularidade do presidente Lula. Nunca conseguiu passar dos 6% das intenções de voto. Já em Caruaru, o candidato do PL, Fernando Rodolfo, fez a campanha casada com a imagem do ex-presidente Bolsonaro e chega na reta final sem conseguir romper a fronteira dos 7%, nem tampouco virar numa ameaça de pôr fim a polarização entre o prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB) e o candidato do PDT, Zé Queiroz.

Debate na Globo será na quinta – Diretora de Jornalismo da TV Globo no Estado, a jornalista Angélica Tasso define, hoje, com os assessores dos candidatos a prefeito do Recife, as regras para o debate global entre os postulantes, marcado para a próxima quinta-feira, às 22 horas, com mediação do apresentador Márcio Bonfim. O prefeito João Campos (PSB), que até então não foi a nenhum debate, provavelmente não faltará, para não cometer o mesmo erro de Marília Arraes nas eleições para o Governo do Estado. Então líder nas pesquisas, Marília não foi alegando que iria virar alvo do bombardeio de todos os adversários.

CURTAS

ABSURDO 1 – O site Metrópoles, de Brasília, fez um levantamento estarrecedor: beneficiários do programa Bolsa Família doaram R$ 652 mil a candidatos nas eleições municipais. Encontrou repasses que variam de um centavo a R$ 9 mil para abastecer campanhas eleitorais de candidatos a prefeito e vereador.

ABSURDO 2 – O caso de maior destaque se refere à campanha de DJ Marcelo Mattos (Agir-MG), que concorre à Câmara Municipal de Belo Horizonte. O doador, que é beneficiário do Bolsa Família, fez quatro transferências por Pix que somaram R$ 9 mil.

OS LISOS – Enquanto isso, dados do TSE mostram que 48,4% dos candidatos a vereador em São Paulo declararam não ter recebido um centavo sequer para fazer campanha nas eleições deste ano, percentual que corresponde a 34.872 candidaturas. As declarações foram atualizadas na última sexta-feira, faltando apenas nove dias da eleição, em 6 de outubro.

Perguntar não ofende: João vai aos dois debates – o da TV Jornal e o da Globo?

Faltando apenas seis dias para as eleições municipais, a pesquisa para prefeito de Olinda feita pelo Instituto Opinião, em parceria com este blog, aponta um cenário de empate técnico entre a candidata do PSD, Mirela Almeida, e o candidato do PT, Vinícius Castello. Se o pleito fosse hoje, Mirela teria 23,4% dos votos e Vinicius 20,8%. Logo em seguida, a candidata do PL, Izabel Urquiza, aparece com 15,2%.

Candidato pelo PRTB, Antônio Campos aparece com 5,2% e Márcio Botelho, do PP, 3,2%. Clécio Basílio, do PCO, seria o último, com 0,2%. Brancos e nulos somam 12,4% e indecisos chegam a 19,6%. Na espontânea, modelo pelo qual o entrevistado é forçado a lembrar o nome do seu candidato preferido sem acessar a lista com todos os postulantes, Vinícius aparece na frente de Mirela, com 14%.

Mirela, por sua vez, pontua 12,4% e Izabel 8,6%. Márcio Botelho foi citado por 1,8% dos entrevistados, Antônio Campos por 1% e Clécio por 0,2%. Neste cenário, brancos e nulos representam 10,2% e indecisos chegam a impressionantes 50,4%. No quesito rejeição, Izabel Urquiza lidera. Entre os entrevistados, 45,8% disseram que não votariam nela de jeito nenhum.

Em seguida, aparece Mirela. Entre os entrevistados, 43,4% disseram que não votariam nela de jeito nenhum, seguida de Vinicius. Entre os entrevistados, 37,3% disseram que não votariam de jeito nenhum no petista. Em seguida, aparece Antônio Campos. Entre os entrevistados, 33,8% afirmaram que não votariam nele de jeito nenhum, seguido por Clécio, que tem 31,6% dos entrevistados que disseram que não votariam nele de jeito nenhum.

Estratificando o levantamento, os maiores percentuais de intenção de voto de Mirela aparecem entre os eleitores com grau de instrução até a 9ª série (29,9%), entre os eleitores na faixa etária acima de 60 anos (26,4%) e entre os eleitores com renda familiar até dois salários (25,8%). Por sexo, 25,4% dos seus eleitores são homens e 21,7% dos seus eleitores são mulheres.

Vinicius, por sua vez, está mais bem situado entre os eleitores na faixa etária entre 25 e 34 anos (26,8%), entre os eleitores com grau de instrução superior (25,5%) e entre com renda familiar acima de cinco salários (24,5%). Por sexo, 21% dos seus eleitores são mulheres e 20,5% dos seus eleitores são homens.

Por fim, Izabel tem mais intenção de voto entre os eleitores com grau de instrução superior (23,6%), entre os eleitores com renda familiar entre dois e cinco salários (19,9%) e entre os eleitores na faixa etária entre 35 e 44 anos (19%). Por sexo, 18,8% dos seus eleitores são homens e 12,3% dos seus eleitores são mulheres.

A pesquisa foi a campo entre os dias 25, 26 e 27 de setembro, sendo aplicados 500 questionários. O intervalo de confiança estimado é de 95,0% e a margem de erro máxima estimada é de 4,4 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.

A modalidade de pesquisa adotada envolveu a técnica de Survey, que consiste na aplicação de questionários estruturados e padronizados a uma amostra representativa do universo de investigação. Foram realizadas entrevistas pessoais (face a face) e domiciliares. A pesquisa está registrada sob o protocolo PE-07523/2024.