Uma ala da Câmara dos Deputados lançou uma ofensiva contra a candidatura do líder da União Brasil, Elmar Nascimento (BA), à presidência da Casa. O movimento ocorre às vésperas de uma data limite que Arthur Lira (PP-AL) estabeleceu para indicar quem ele apoiará para ser seu sucessor.
Há uma expectativa entre parlamentares de que o presidente da Câmara anuncie até esta sexta-feira quem será seu candidato. Lira não pode se reeleger.
A eleição para a presidência da Casa só ocorrerá em fevereiro do ano que vem, mas a reta final de agosto é tratada como decisiva, uma vez que os candidatos buscam apoio do alagoano para consolidar suas candidaturas.
Leia maisPor ora, não há consenso em torno de nenhum dos aspirantes ao comando da Câmara, e o cenário é incerto. Mas a reação contra Elmar ocorre após Lira sinalizar a aliados que pode chancelar apoio a ele, segundo parlamentares que acompanham as negociações.
O líder da União Brasil enfrenta resistências entre representantes do governo Lula (PT) e parlamentares, que o consideram ríspido no trato do dia a dia.
Também nesta semana, houve uma tentativa de tentar unificar a candidatura dos outros três deputados que se colocam na disputa. O que seria uma estratégia para tentar fazer frente a uma eventual decisão de Lira pelo apoio a Elmar.
São candidatos os líderes Antonio Brito (PSD-BA) e Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL), além do presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira (SP). Os três partidos integram o mesmo bloco na Câmara ao lado do Podemos, com 147 deputados.
O tema foi discutido em jantar realizado na terça em jantar na casa em Brasília de Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara. Nenhum dos três sinalizou estar disposto a abrir mão da candidatura neste momento, segundo relatos.
Apesar disso, há uma avaliação entre parlamentares que integram o bloco que esse movimento eventualmente poderá ocorrer posteriormente.
Além disso, os candidatos aguardaram reunião entre Lira e o próprio Lula para avançar nas negociações. O alagoano pediu o encontro para tratar do tema da sucessão, numa forma de envolver o presidente no processo e afastar a possibilidade de o governo federal lançar outro nome na disputa.
Da Folha de São Paulo.
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