Gilson Machado visita a OAB-PE e defende isonomia no processo eleitoral

Em visita à sede da OAB Pernambuco, Gilson Machado, candidato à prefeitura do Recife pelo Partido Liberal (PL), discutiu a importância da participação ativa da OAB nas eleições, destacando a necessidade de garantir a isonomia do pleito. Gilson criticou o uso excessivo de recursos públicos em propagandas pela atual gestão, sugerindo que esse valor poderia ter sido empregado na construção de moradias populares. O ex-Ministro do Turismo também ressaltou suas realizações à frente da pasta e defendeu uma maior presença do governo municipal no centro da cidade para revitalizar o comércio local.

Gilson também aproveitou a oportunidade para relembrar seu período como Ministro do Turismo, ressaltando suas realizações à frente da pasta. Ele citou que, sob sua gestão, Recife foi colocado entre as 10 cidades inteligentes do mundo, em um projeto governamental desenvolvido pela Espanha, e que isso foi um passo importante para o reconhecimento internacional da cidade. “Recife tem um enorme potencial para crescer. Não faz sentido Recife estar atrás do Ceará em termos de recebimento de turistas. Maragogi, por exemplo, recebe mais turistas que nossa cidade. Isso precisa mudar,” afirmou.

Do JC.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), relacionou o vazamento e a publicação de mensagens que expuseram ações fora do rito de seu gabinete a uma organização criminosa que teria o objetivo de desestabilizar instituições, fechar a corte e conseguir “o retorno da ditadura”. Os termos foram usados no documento que abriu o inquérito para apurar o caso.

O magistrado retirou ontem o sigilo da investigação aberta na última segunda.

Esse novo inquérito foi aberto após a Folha de S. Paulo revelar que o gabinete do ministro no Supremo ordenou por mensagens e de forma não oficial a produção de relatórios pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para embasar decisões do próprio Moraes contra bolsonaristas no inquérito das fake news.

A nova investigação é também relatada por Moraes porque é tratada, no processo, como relacionada ao inquérito das fake news, sob sua responsabilidade.

“O vazamento e a divulgação de mensagens particulares trocadas entre servidores dos referidos Tribunais se revelam como novos indícios da atuação estruturada de uma possível organização criminosa que tem por um de seus fins desestabilizar as instituições republicanas”, escreveu Moraes na abertura do novo inquérito.

Segundo ele, essa articulação se dá principalmente contra órgãos que possam contrapor-se “de forma constitucionalmente prevista a atos ilegais ou inconstitucionais”, como o Congresso e o Supremo.

De acordo com a decisão que abre o inquérito, essa organização se daria em uma rede virtual de apoiadores que atuam, de forma sistemática, para criar ou compartilhar mensagens com o objetivo final de derrubar a estrutura democrática e o Estado de Direito no Brasil.

“Essa organização criminosa, ostensivamente, atenta contra a Democracia e o Estado de Direito, especificamente contra o Poder Judiciário e em especial contra o Supremo Tribunal Federal, pleiteando a cassação de seus membros e o próprio fechamento da Corte Máxima do País, com o retorno da ditadura e o afastamento da fiel observância da Constituição Federal”, escreveu Moraes.

Da Folha de São Paulo.

A vice-presidente Kamala Harris aceitou a nomeação para disputar a Casa Branca no último dia de Convenção Nacional do Partido Democrata. Com discurso contundente, ela lembrou da origem na classe média, eleitorado que será decisivo, e se contrapôs a Donald Trump.

“Essa é a eleição mais importante da história dos Estados Unidos. De muitas maneiras, Donald Trump não é um homem sério. Mas as consequências de colocá-lo na Casa Branca de novo são muito graves. Considerem não apenas o caos de quando ele estava no cargo, mas a gravidade do que aconteceu quando ele perdeu”, disse referindo-se ao ataque ao Capitólio.

“Imaginem Donald Trump sem freio nenhum. E como ele usaria o poder imenso da presidência dos EUA. Não para melhorar a sua vida, ou para aumentar nossa segurança, mas para servir o único cliente que ele sempre teve: ele mesmo”, seguiu Kamala Harris, que descreveu a eleição como uma oportunidade de “superar o passado”.

Assim como o seu candidato a vice-presidente Tim Walz, que discursou na noite anterior, ela fez menção ao “Projeto 2025″. O plano para um eventual governo conservador foi elaborado por aliados de Donald Trump, que agora tenta se desvencilhar do documento. “Nós sabemos como será o segundo mandato. Está tudo no Projeto 2025. Ele quer nos levar de volta ao passado. Mas nós não vamos retroceder”, declarou.

Do Estadão.

O tempo hoje é meu, tempo de rasgar o calendário da vida, tempo de renovar sonhos. Quando o homem deixa de sonhar, morre. Sou virginiano e, como tal, encaro o tempo como uma abelha atarefada, sem espaço para a tristeza.

Aprendi com Cora Coralina, a mulher que dobrou o tempo amando as montanhas de Goiás, que todos estamos matriculados na escola da vida, onde o mestre é o tempo, o conselheiro mais sábio de todos. Vivo de emoção, escrevo todos os dias com o coração.

O coração, o amor e a poesia me movem. O tempo pode até envelhecer o meu corpo, mas não envelhece a minha emoção, porque sou um homem feliz. Para mim, o tempo da felicidade não é medido com as batidas de um relógio, mas com as batidas do coração.

Machado de Assis, que li muito à luz do candeeiro em Afogados da Ingazeira, recomendado como uma bíblia da literatura pelo meu pai, um devorador de livros, dizia que o tempo é um rato roedor das coisas, que as diminui ou altera no sentido de dar outro aspecto. Para mim, o tempo ensina que é preciso seguir, amadurecer e se fortalecer.

Gasto o meu tempo com sabedoria. Valorizo os momentos com minha família, minha Nayla, meus filhos Felipe, André Gustavo, Magno, João Pedro, Maria Beatriz e Maria Heloísa. Busco um propósito em tudo o que faço. Por isso, para mim o tempo é o senhor da razão. Coloca tudo no lugar, deixa ensinamentos valiosos para a vida.

Hoje, renovo meus sonhos diante do espelho. O espelho e os sonhos, segundo Camões, são coisas semelhantes. É a imagem do homem diante de si próprio. Dou valor às coisas, aos pequenos detalhes, não por aquilo que valem, mas por aquilo que significam. A vida não é o que a gente viveu e sim o que a gente recorda de bom, recorda para contar e se maravilhar. Não me engano: em cada momento da vida existe uma memória a ser guardada no coração.

Decidi colecionar memórias diárias do que bens materiais, o qual as traças irão corroer com o passar do tempo.⁠ Se tem algo que coleciono, são as boas lembranças. São elas que mantém viva a nossa alma, adicionam esperança nas dificuldades e nos movem para frente. Por isso, sou um fabricante de boas lembranças, algo nobre e gratuito.

O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim só colho o amor. Nunca paro de sonhar, porque tenho em mim todos os sonhos do mundo. Às vezes, ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido, reproduzo Fernando Pessoa. Mário Quintana disse que sonhar é acordar-se para dentro.

Minha vida está no que escrevo. Sou arquiteto das palavras. A junção das palavras me dá o sustento da vida. Vivo também dos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão.

Sou tão feliz com o que Deus me dá na jornada incessante da vida que nem olho o relógio. Sigo sempre em frente, jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas. A vida sem luta é um mar morto no centro do organismo universal. Também aprendi lendo Machado de Assis.

Quem possui a faculdade de encarar a vida neste meu tempo, com os meus olhos coloridos pela beleza, não envelhece nunca. Sei procurar o que há de fundamental em mim. O gosto da felicidade que encontro entre os que escolhi para compartilhar a vida.

Quem não tem medo da vida também não tem medo da morte. O bom humor é a única qualidade divina do homem. Aquilo que se faz com alegria radiante está sempre além do bem e do mal. Como diz Rubem Alves, aquilo que está escrito no coração não necessita de agendas porque a gente não esquece. O que a memória ama fica eterno.

A vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente. Penso assim, ajo assim, vivo assim, sou feliz assim. Dou valor as coisas que me fazem bem. Aprendi também que a grande receita da vida está no sorriso estampado. Por isso, ainda que chova, ainda que doa, ainda que a distância corroa as horas do dia e caia a noite sem estrelas, o mundo brilha um pouquinho mais a cada vez que sorrimos para a vida.

Aprenda a amar. Eu segui Camões e aprendi: amor é fogo que arde sem se ver. É ferida que dói e não se sente.

Nos votos válidos, João teria 82%

O primeiro levantamento do Datafolha no Recife, divulgado ontem, com o prefeito João Campos (PSB), candidato à reeleição, numa posição extremamente confortável, despontando com 76% das intenções de voto, foi uma ducha fria na oposição. Se as eleições fossem hoje, pelos números da pesquisa ele teria 82,6% dos votos válidos.

Gilson Machado, que pontua apenas 6%, ficaria com 6,5% dos votos válidos, e Daniel Coelho (PSD), o candidato de Raquel, 5,4%, enquanto Dani Portela ficaria com 4,3% e Tércio apenas 1%. Se o eleitorado recifense fosse o mesmo de 2020, quando João foi eleito, pelos números do Datafolha ele sairia das urnas com 660 mil votos.

O que assegura esta performance do socialista é a expressiva taxa de aprovação de sua gestão – em torno 70%. Em relação ao levantamento anterior, perdeu seis pontos na soma dos que acham sua administração ótima e boa. Mesmo assim, João é o mais popular entre todos os prefeitos de capitais. Quando um gestor chega a um patamar desta magnitude, dificilmente perde uma eleição.

E pelo andar da carruagem, o prefeito recifense tende a liquidar a fatura logo no primeiro turno. Se manter este cenário até as eleições em 6 de outubro, tende a sair das urnas como o prefeito mais votado do País, o que abre a janela do seu projeto, já na cabeça, de disputar o Governo do Estado em 2026, enfrentando a governadora Raquel Lyra (PSDB), que vai à reeleição.

O levantamento do Datafolha se dá após o prefeito ter anunciado o seu vice Victor Marques (PCdoB) e ser homologado em convenção. A escolha do companheiro de chapa foi pessoal e não agradou ao PT, que deu sinais da sua insatisfação por meio dos mais independentes, como o deputado João Paulo, ex-prefeito do Recife, hoje alinhado à governadora Raquel Lyra.

Gilson, o mais rejeitado – Entre os candidatos mais conhecidos, Gilson Machado, do PL, detém a maior taxa de rejeição. Entre os entrevistados, 34% disseram que não votariam nele de jeito nenhum, seguido por Teles, do Novo, com 31%. Daniel tem 28% de rejeição entre os entrevistados pelo Datafolha, enquanto o prefeito João Campos tem apenas 7%, sendo o menos rejeitado de todos que aparecem no levantamento.

Rodrigo na liderança – Pela nova pesquisa do Opinião em Caruaru, postada abaixo com exclusividade por este blog, o prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB) continua mostrando fôlego, aparecendo em primeiro lugar, com 7 pontos à frente de Zé Queiroz (PDT), mesmo após o fato mais surpreendente no início do embate na capital do forró: a união do grupo de Queiroz com o do ex-prefeito Tony Gel (MDB), que indicou seu filho Toninho Rodrigues para vice do pedetista.

A rejeição de Queiroz – Embora polarize a disputa em Caruaru com o prefeito, Zé Queiroz, principal opositor, aparece na pesquisa com um indicador desfavorável: é o que detém a maior taxa de rejeição entre todos os postulantes. Suas maiores taxas de eleitores que dizem não votar nela aparecem entre os mais jovens, na faixa etária entre 16 e 24 anos, as mulheres e os eleitores com renda entre dois e cinco salários.

Quebra da polarização – Já o candidato do PL, Fernando Rodolfo, saiu animado esta semana de uma pesquisa qualitativa que apontou um cenário no qual o prefeito é visto como a continuidade da gestão do Lyra e Queiroz como fatura vencida, sem criar fortes expectativas para o eleitorado. “Rodolfo é o novo, com chances de quebrar essa polarização e tirar a Prefeitura das mãos das duas oligarquias, dos Lyra e Gel”, diz um assessor de Rodolfo, que participou da pesquisa qualitativa.

Marçal, a novidade em Sampa – A nova pesquisa Datafolha para a prefeitura de São Paulo (SP), divulgada nesta quinta-feira (22), mostrou oscilações consideráveis de alguns candidatos, com destaque para o crescimento de Pablo Marçal (PRTB). Subiu sete pontos em duas semanas: de 14% para 21%. Atualmente, ele está empatado na liderança pela Prefeitura dentro da margem de erro, que é de três pontos percentuais.

CURTAS

BELO HORIZONTE– Em Belo Horizonte, o deputado estadual e ex-apresentador de TV Mauro Tramonte (Republicanos) aparece na liderança das intenções de voto da corrida eleitoral em Belo Horizonte (MG), com 27%. A vice-liderança da disputa eleitoral é dividida por 5 candidatos, que estão tecnicamente empatados, segundo o Datafolha: Carlos Viana (Podemos), com 12%; Bruno Engler (PL), Duda Salabert (PDT) e o prefeito Fuad Noman (PSD), todos com 10% das intenções de voto; e Rogério Correia (PT), com 7%.

RIO DE JANEIRO – No Rio, o prefeito Eduardo Paes (PSD) se mantém na liderança com 56%. O patamar é similar aos 53% registrados em levantamento no início de julho. O deputado federal Alexandre Ramagem (PL) aparece com 9% das intenções de voto. Com 7%, o deputado federal Tarcísio Motta (PSOL) vem na sequência.

PORTO ALEGRE – A candidata do PT à Prefeitura de Porto Alegre, Maria do Rosário, lidera o índice de popularidade digital entre os candidatos na cidade. A petista marcou 78,7 pontos no índice, 14 a mais que o segundo colocado, Felipe Camozzato (Novo), que tem 64,7 pontos. O atual prefeito da capital gaúcha, Sebastião Melo (MDB), vem um pouco atrás, com 63,9%.

Perguntar não ofende: A oposição vai ser massacrada nas urnas por João Campos?

Em nova pesquisa do Instituto Opinião na corrida eleitoral em Caruaru, exclusiva para este blog, o prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB) se mantém na liderança. Se as eleições fossem hoje, o tucano teria 37,3% dos votos e o ex-prefeito José Queiroz (PDT), principal postulante da oposição, aparece em segundo com 29,7%. Fernando Rodolfo (PL) vem em seguida, com 5,7%, e Armandinho (SD) é o último, com 2,8%.

Maria Santos (UP) foi a opção de 0,5% dos entrevistados e 0,3% de Michelle Santos (Psol), ambas com suas candidaturas devidamente registradas. Brancos e nulos somam 9,3% e indecisos chegam a 14,4%. 

Em relação ao levantamento anterior, feito em 5 de agosto, Rodrigo perdeu apenas um ponto, estava com 38,5%, e Queiroz subiu dois pontos – estava com 27,6%. Rodolfo subiu dois pontos – estava com 3,8%. Já Armandinho oscilou de 2,7% para 2,8%.

Na espontânea, modelo pelo qual o entrevistado é forçado a lembrar o nome do seu candidato preferido sem o auxílio da lista contendo todos os nomes, Rodrigo também desponta na frente com 26%, enquanto Queiroz aparece com 18,8%, Rodolfo 2% e Armandinho 0,7%. Neste cenário, brancos e nulos somam 7,8% e indecisos sobem para 44,1%.

No quesito rejeição, Zé Queiroz lidera. Entre os entrevistados, 21,5% disseram que não votariam nele de jeito nenhum, seguido do prefeito, que tem 12% dos entrevistados que afirmaram que não votariam nele de jeito nenhum. Em seguida, Fernando Rodolfo. Dos entrevistados, 11,8% disseram que não votariam nele de jeito nenhum. Armandinho aparece em seguida, com 8,3% e Michele tem 4,7% dos entrevistados que não votariam nela e Maria, 3,8%.

Estratificando o levantamento, os maiores percentuais de intenção de voto do prefeito Rodrigo Pinheiro aparecem entre os eleitores jovens, na faixa etária entre 16 e 24 anos (44,7%), entre os eleitores com renda familiar entre dois e cinco salários (41,3%) e entre os eleitores com grau de instrução no ensino médio (38,3%). Por sexo, 38,7% dos seus eleitores são mulheres e 35,7% são homens.

Zé Queiroz, por sua vez, aparece mais bem situado entre os eleitores na faixa etária acima de 60 anos (33,6%), entre os eleitores com grau de instrução até a 9ª série (31,5%) e entre os eleitores com renda entre dois e cinco salários (30,3%). Por sexo, 34,2% dos seus eleitores são homens e 26% são mulheres.

A pesquisa foi a campo entre os dias 19 e 20 de agosto, sendo aplicados 600 questionários. O intervalo de confiança estimado é de 95,0% e a margem de erro máxima estimada é de 4,0 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.

A modalidade de pesquisa adotada envolveu a técnica de Survey, que consiste na aplicação de questionários estruturados e padronizados a uma amostra representativa do universo de investigação. Foram realizadas entrevistas pessoais (face a face) e domiciliares. A pesquisa está registrada sob o protocolo PE-06480/2024.