Filho do cantor Flávio José morre após acidente de carro

O filho do cantor Flávio José, Maike José, morreu na tarde desta quinta-feira (22) em Monteiro, no Cariri da Paraíba. Maike estava internado no Hospital e Maternidade Santa Filomena após sofrer um acidente de carro durante a manhã de hoje.

A vítima transitava em um carro modelo BMW e colidiu na traseira de um Toyota Corolla no centro da cidade. Com a colisão, Maike foi socorrido em estado grave para unidade de saúde e chegou a ser entubado. Pela tarde, o motorista não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu no hospital.

Até a publicação desta matéria, o cantor Flávio José não tinha se manifestado sobre a ocorrência. Este é o segundo filho que o cantor perde devido a um acidente de carro.

Do MaisPB

Pesquisa Datafolha para a Prefeitura de São Paulo, divulgada nesta quinta-feira (22), aponta um empate técnico entre o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), o empresário Pablo Marçal, do PRTB, e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) na primeira posição da corrida eleitoral. Boulos tem 23%, o empresário tem 21% e o prefeito aparece com 19%. A margem de erro da pesquisa é de três pontos porcentuais para mais ou para menos.

O apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB) figura com 10%. A deputada federal Tabata Amaral (PSB) aparece com 8%. Já a economista Marina Helena, do Novo, registrou 4% de menções.

Marçal cresceu 7 pontos percentuais desde a última pesquisa do instituto, divulgada em 8 de agosto.

Esta é a primeira pesquisa do Datafolha divulgada após o início oficial das campanhas e da realização dos primeiros debates entre os principais candidatos a prefeito de São Paulo.

O Datafolha ouviu 1.204 eleitores paulistanos entre os dias 21 e 22 de agosto. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-08344/2024.

Eventual segundo turno

A pesquisa montou cenários para simular um eventual segundo turno na cidade. Se a disputa fosse hoje, entre Nunes e Boulos, o prefeito teria 9 pontos porcentuais de vantagem em relação ao candidato do PSOL, com 47% de intenção de voto no prefeito e 38% no deputado federal. A simulação não inclui Pablo Marçal porque ele ainda não estava empatado na liderança, diz o instituto.

Caso fique fora do segundo turno, os votos que iriam para Marçal migrariam, preferencialmente, a Nunes (66%), enquanto 9% iriam para Boulos. Outros 24% anulariam seus votos nesse cenário. Nesse cenário, 24% dos eleitores de Datena votam no prefeito, e 36% no psolista. Entre os eleitores de Tabata, 50% dos votos são direcionados para Boulos, e 34% para Nunes.

Do Estadão

O prefeito João Campos tem sua gestão considerada ótima ou boa por 70% dos entrevistados na pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (22).

De acordo com o levantamento, 25% dos entrevistados consideram o governo municipal regular, enquanto 4% acham ruim ou péssimo e 1% não sabe.

O índice de aprovação em 70% é combustível para o PSB cogitar o lançamento de candidatura do prefeito a governador em 2026, em caso de vitória em outubro. Por causa da possibilidade, João Campos colocou seu amigo e ex-chefe de gabinete Victor Marques (PC do B) como vice na chapa, preterindo o PT.

A oposição tem Daniel Coelho e Gilson Machado como principais candidatos. Estrategistas das duas campanhas apostam no início da propaganda de rádio e televisão, que começa no dia 30, para tentar reverter a ampla margem do prefeito mostrada pelas pesquisas. Já no início, devem partir para uma ofensiva sobre João Campos.

Daniel Coelho tem apontado problemas em áreas como saúde e habitação no começo da campanha. Recentemente, cobrou posicionamento de João Campos sobre eventual disputa para o governo em 2026, enquanto o prefeito não confirma nem nega a hipótese.

Apesar da folga mostrada nas pesquisas, João Campos tem feito críticas a opositores. Em um comício no domingo (18), comparou a oposição no Recife a Copa do Mundo e às Olimpíadas: “Só aparecem de temporada em temporada”.

A estratégia de Gilson Machado para tentar chegar a um eventual segundo turno é resgatar eleitores bolsonaristas que sinalizam intenção de votar no prefeito. O ex-ministro do Turismo relembrou, nesta semana, por meio das redes sociais, críticas de João Campos ao PT na campanha eleitoral de 2020 e apontou o que, na visão do candidato do PL, seria uma incoerência do prefeito, agora aliado do partido de Lula.

Da Folha de São Paulo

Pesquisa Datafolha para a Prefeitura do Recife divulgada nesta quinta-feira (22) mostra que João Campos (PSB), candidato à reeleição, tem 76% das intenções de voto, obtendo hoje vantagem suficiente para garantir a vitória já no primeiro turno.

Em segundo lugar, há um empate técnico múltiplo, em razão da margem de erro de quatro pontos percentuais para mais ou para menos da pesquisa. O ex-ministro do Turismo do governo Jair Bolsonaro, Gilson Machado (PL), tem 6% das intenções de voto. Daniel Coelho (PSD) marcou 5%, e Dani Portela (PSOL) tem 4% – Tecio Teles (Novo) fez 1%.

Ludmila (UP), Victor Assis (PCO) e Simone Fontana (PSTU) não pontuaram. Disseram que votariam em branco, nulo ou nenhum 5% dos entrevistados, e 2% responderam que não sabem em quem votariam.

O Datafolha entrevistou 910 eleitores no Recife na terça (20) e na quarta-feira (21). O nível de confiança é de 95%. O levantamento foi encomendado pela Folha e pela TV Globo e tem o protocolo PE-06023/2024 na Justiça Eleitoral.

Essa é a primeira pesquisa do Datafolha após o início da campanha eleitoral, que começou na sexta-feira (16). 

João Campos, que é apoiado pelo presidente Lula (PT), também lidera na pesquisa espontânea — quando o entrevistador não fornece os nomes dos candidatos.

Na espontânea, João Campos tem 51% das intenções de voto – outros 5% disseram que votariam “no atual”. Gilson Machado tem 4%, Daniel Coelho, 1%, e Dani Portela também 1%. Outras respostas somaram 4%, enquanto branco, nulo e nenhum são 4%. Disseram, na pesquisa espontânea, que não sabem em quem votariam 32% dos entrevistados. Em julho, João Campos tinha 39% na espontânea, enquanto Gilson tinha 2% e Daniel, 1%.

O atual prefeito é o mais conhecido dentre os candidatos: 99% dos entrevistados disseram que o conhecem. Daniel Coelho, que já foi candidato a prefeito em 2012 e 2016, é conhecido por 88% dos eleitores.

Apoiado pelo ex-presidente Bolsonaro, Gilson Machado é conhecido por 37%. Dani Portela é conhecida por 50% dos entrevistados, Tecio Teles por 46% e Simone Fontana por 22%. Ludmila é conhecida por 17%, e Victor Assis, por 11%.

Da Folha de São Paulo

O candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, o empresário Pablo Marçal, usou suas redes sociais nesta quinta-feira (22) para mandar uma mensagem ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e recebeu com um comentário irônico.

Bolsonaro fez uma postagem citando ações de seu governo na área de mobilidade. Marçal comentou a postagem do ex-presidente com uma mensagem elogiosa: “Pra cima, capitão. Como você disse, eles vão sentir saudades de nós”

O ex-presidente respondeu de imediato, alfinetando o empresário que disputa a eleição em São Paulo: “Nós? Um abraço”.

Desde o início da campanha eleitoral na capital paulista, Pablo Marçal busca uma aproximação do ex-presidente para ganhar espaço junto aos eleitores de direita. Bolsonaro, no entanto, já declarou apoio à candidatura de Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito de São Paulo que tentará a reeleição em outubro.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, também respondeu à postagem de Pablo Marçal: “Estranho. Em 2022 você disse que a diferença de Lula e Bolsonaro era que um deles tinha um dedo a menos. Só acordou agora. Tá parecendo até o Mourão”, escreveu Eduardo.

Da Itatiaia

Como era esperado, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), a máxima corte da Venezuela, chancelou a contestada reeleição do líder do regime, Nicolás Maduro, em decisão proferida nesta quinta-feira (22), exatos 25 dias após a eleição presidencial de 28 de julho.

A corte pediu ao Poder Eleitoral que publique os resultados no Diário Oficial. Essas cifras, que não estão detalhadas, afirmam que Maduro venceu com quase 52% dos votos. Não mencionou, porém, a divulgação das atas, os comprovantes de votação, reservando-se a dizer que esses documentos devem ficar sob tutela judicial daqui em diante.

Após as eleições e a contestação dos resultados pela oposição e por boa parte da comunidade internacional, Maduro acionou o Supremo local em busca de validar o resultado eleitoral oficial, em uma estratégia amplamente criticada, inclusive pela diplomacia brasileira.

A decisão desta quinta-feira, assim, aprofunda a crise local e também os desafios da comunidade internacional no tema.

“Com base nos resultados do processo de auditoria, concluímos que os boletins emitidos pelo Conselho Nacional Eleitoral estão respaldados pela atas emitidas pelas máquinas de votação e, assim, essas atas mantêm plena coincidência com os registros das bases de dados dos centros nacionais de totalização”, diz um trecho lido da decisão.

A corte também reiterou que o CNE teria sido alvo de um ataque hacker que retardou a contagem dos votos e inviabilizou sua divulgação desagregada imediatamente. O regime tem dito que algumas organizações já admitiram ter feito parte do ataque. As informações são pouco transparentes.

O Supremo ainda ampliou as ameaças contra a oposição, pedindo que o Ministério Público puna os opositores por divulgaram em uma plataforma atas eleitorais que a Justiça diz serem falsas, ainda que projetos independentes ao redor do mundo já tenham validado a veracidade desses documentos com base em amostragens.

Disse, também, que o candidato da principal coalizão opositora, Edmundo González, sofrerá sanções por não ter comparecido aos eventos chamados pela corte, mas não detalhou quais seriam.

Para argumentar que tem competência para decidir sobre o assunto, a despeito do que diz a oposição e organizações como a ONU, o Supremo deu alguns exemplos internacionais, ainda que com comparações equivocadas. Um deles foi o Brasil.

“Quando se apresentaram denúncias sobre fraude eleitoral, eles tiveram intervenção do Tribunal Superior Eleitoral para recuperar a tranquilidade social e derrotar as intenções de provocar uma crise social”, disse o TSJ. O TSE é o órgão eleitoral no Brasil, de fato. Diferentemente do que ocorre na Venezuela, cujo Poder Eleitoral é o CNE (Conselho Nacional Eleitoral).

Nas eleições brasileiras de 2022, assim como em todas as anteriores, houve divulgação imediata dos resultados desagregados da votação, por localidade, o que não ocorreu no processo eleitoral venezuelano.

Em carta pública divulgada na quarta-feira (21) o candidato opositor Edmundo González e a líder María Corina Machado reiteraram o seu argumento de que o Supremo não pode “se atribuir funções do órgão eleitoral, pois elas não lhe competem”. A oposição minoritária e chavista —mas antimadurista— diz a mesma coisa.

A dupla que representa a oposição maioritária prontamente afirmou que a decisão do Supremo não tem validade.

O regime começa também a ameaçar os opositores que não validarem o que disse o Supremo. O número 2 da ditadura, Diosdado Cabello, afirmou em um programa que mantém na rede pública de TV que quem não reconhecer a decisão da corte não poderá concorrer às eleições regionais que, em teoria, realizam-se em 2025.

Os opositores afirmam que, como rege a Constituição, cabe ao Poder Eleitoral totalizar os votos e publicar as atas de escrutínio das mesas de votação e que, ao tomar para si atribuições semelhantes, a Justiça estaria violando a separação entre os Poderes.

A demanda opositora e de países como Brasil e Colômbia, que tentam, ainda de maneira frustrada, costurar negociações em Caracas, é a de que o órgão eleitoral publique os resultados desagregados, por mesa de votação, e libere as atas.

Um dos temas-chaves que se colocam é como o governo do presidente Lula (PT) agirá a partir daqui. Na última semana, o petista disse em uma entrevista que aguardava o posicionamento do tribunal.

Reservadamente, membros da diplomacia afirmavam que a ideia era a de que, se o caminho do chavismo fosse o de chanceler o contestado resultado na Justiça e sem divulgar as atas, o entendimento seria o de que a Venezuela de Maduro enveredou para uma “Nicarágua 2.0”.

No último sábado (17), a Agência Venezuelana de Notícias, órgão estatal, informou que o TSJ teria finalizado a auditoria de ao menos 60% das atas que os militares teriam lhe entregado. São esses documentos que agora o Supremo diz que ficarão sob sua batuta.

Quem também se adiantou ao anúncio da Justiça para se manifestar foi a Missão Internacional Independente da ONU para a Venezuela, um grupo de trabalho criado pelo Conselho de Direitos Humanos da organização para acompanhar potenciais violações de direitos humanos perpetradas por Caracas. A missão disse durante a manhã desta quinta-feira que nem o Tribunal Superior de Justiça nem o Conselho Nacional Eleitoral podem ser considerados independentes.

Enquanto isso, no Brasil, ainda que o Itamaraty não ventile de forma pública essa proposta, o assessor especial do presidente Lula para política externa, o ex-chanceler Celso Amorim, voltou a defender a ideia de que se realizem novas eleições na Venezuela.

Falando ao serviço da rede CNN em espanhol nesta quarta, Amorim disse: “Se os dois lados dizem que ganharam, por que não querem outra eleição na qual se poderiam evitar os problemas que dizem que contaminaram essa eleição? Se ganhou, vai ganhar novamente.”

Da Folha de São Paulo

Para o candidato do PL em Caruaru, Fernando Rodolfo, a candidatura do ex-prefeito José Queiroz (PDT), apesar de legítima, começa a suscitar dúvidas na população. Não por questões de etarismo (o pedetista tem 82 anos), mas pelas bandeiras defendidas em seu discurso na Associação Comercial de Caruaru (Acic), na manhã desta quinta-feira (22).

“Queiroz afirmou que o centro de Caruaru não precisa passar por um processo de revitalização, como ocorre no Recife. Além disso, tem a Feira da Sulanca, que perdeu competitividade na última década para cidades como Santa Cruz e Toritama, e que ele não cuidou nos seus recentes mandatos (2009 a 2017). O futuro de Caruaru passa por olharmos para frente, não por repetir uma fórmula desgastada”, afirmou Fernando.

Na visão do candidato do PL, a eleição de Caruaru não pode ser apenas um confronto dos candidatos de oposição com o atual prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB). O grupo também precisa questionar Queiroz, que já governou a cidade por 18 dos últimos 40 anos, período que não é só de flores. “Os problemas se arrastam desde então, culminando na perda de protagonismo de Caruaru para cidades como Petrolina e Campina Grande, que tiveram mérito, mas também houve muitos erros das gestões passadas, sobretudo na de Rodrigo”, completou o liberal.

O desafio para Fernando, candidato ligado ao bolsonarismo, e os demais nomes, Armandinho (Solidariedade), Michele Santos (PSOL) e Maria Santos (UP), todos mais à esquerda, assim como Queiroz, é virar essa página e ter algo novo de olho no futuro.

A arrecadação da União com impostos e outras receitas teve recorde para o mês de julho, alcançando R$ 231,04 bilhões, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (22) pela Receita Federal. O resultado representa aumento real de 9,55%, ou seja, descontada a inflação, em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em comparação com julho de 2023.

Também é o melhor desempenho arrecadatório para o acumulado de janeiro a julho. No período, a arrecadação alcançou o valor de R$ 1,53 trilhão, representando um acréscimo pelo IPCA de 9,15%.

Quanto às receitas administradas pelo órgão, o valor arrecadado no mês passado ficou em R$ 214,79 bilhões, representando acréscimo real de 9,85%. No acumulado do ano, a arrecadação da Receita alcançou R$ 1,45 trilhão, alta real de 9,07%.

Os resultados foram influenciados positivamente pelas variáveis macroeconômicas, resultado do comportamento da atividade produtiva e, de forma atípica, pela tributação dos fundos exclusivos, atualização de bens e direitos no exterior e pelo retorno da tributação do Programa de Integração Social/Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) sobre combustíveis.

Ainda, houve aumento da arrecadação no mês em razão da situação de calamidade ocorrida no Rio Grande do Sul, pela prorrogação dos prazos para o recolhimento de tributos em alguns municípios gaúchos. Por outro lado, a situação levou à perda de arrecadação no acumulado do ano. O estado foi atingido por enchentes nos meses de abril e maio, o pior desastre climático da sua história, com a destruição de estruturas e impacto a famílias e empresas. Dos 497 municípios gaúchos, 478 foram afetados.

“Sem considerar os pagamentos atípicos, haveria um crescimento real de 6,77% na arrecadação do período acumulado e de 8,28% na arrecadação do mês de julho”, informou a Receita Federal.

Receitas atípicas

No acumulado do ano, a Receita Federal estima em R$ 7,3 bilhões a perda de arrecadação com o diferimento de tributos federais em razão dos decretos de calamidade pública dos municípios do Rio Grande do Sul.

Considerando apenas o mês de julho, houve uma receita extra de R$ 700 milhões pela prorrogação dos prazos para o recolhimento de tributos em alguns municípios gaúchos. Contribuições previdenciárias com vencimentos em abril, maio e junho de 2024 foram postergadas para julho, agosto e setembro de 2024, respectivamente. Enquanto o Simples Nacional com vencimento em maio foi postergado para junho e o com vencimento em junho foi postergado para julho.

Contribuindo para melhorar a arrecadação, em julho, houve recolhimento extra de R$ 270 milhões do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) – Rendimentos de Capital, referente à tributação de fundos exclusivos, o que não ocorreu no mesmo mês de 2023. De janeiro a julho, essa arrecadação extra chegou a R$ 13 bilhões. A lei que muda o Imposto de Renda incidente sobre fundos de investimentos fechados e sobre a renda obtida no exterior por meio de offshores foi sancionada em dezembro do ano passado.

Ainda assim, no total do mês de julho, a arrecadação do IRRF-Rendimento de Capital teve redução de 1,11% em relação a julho de 2023, alcançando R$ 8,75 bilhões, resultado, principalmente, da queda de receitas de aplicações e fundos de renda fixa. Já no acumulado do ano, a arrecadação com esse item chega a R$ 81,93 bilhões, crescimento real de 17,83%, sendo R$ 13 bilhões decorrentes da tributação dos fundos exclusivos.

Com base na mesma lei das offshores, as pessoas físicas que moram no Brasil e mantêm aplicações financeiras, lucros e dividendos de empresas controladas no exterior tiveram até 31 de maio para atualizar seus bens e direitos no exterior. Com isso, no acumulado do ano, o Imposto de Renda Pessoa Física apresentou uma arrecadação de R$ 45,36 bilhões, com crescimento real de 18,14%. Só com a regularização, foram arrecadados R$ 7,49 bilhões.

A reoneração das alíquotas do PIS/Pasep (Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) sobre combustíveis contribuiu para evitar a perda de arrecadação. Em julho de 2023, a desoneração com esses tributos foi de R$ 3 bilhões.

Por outro lado, em julho de 2023 houve receita de R$ 1,07 bilhão do imposto de exportação de óleo bruto, o que não houve em julho deste ano. No acumulado do ano de 2024, a perda de arrecadação com esse item chegou a R$ 3,57 bilhões do imposto de exportação sobre óleo bruto, a qual integrava essa agregação.

Outros destaques

Também foram destaque da arrecadação de julho o PIS/Pasep e a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), que apresentaram, no conjunto, uma arrecadação de R$ 45,26 bilhões no mês passado, representando crescimento real de 22,04%. No acumulado do ano, o PIS/Pasep e a Cofins arrecadaram R$ 302,46 bilhões. O desempenho é explicado, entre outros aspectos, pelo retorno da tributação incidente sobre os combustíveis e pela atividade produtiva, com aumento na venda de bens e serviços.

No mês passado, houve crescimento de recolhimentos do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), que incide sobre o lucro das empresas. A arrecadação somou R$ 52,15 bilhões, com crescimento real de 6,2% sobre o mesmo mês de 2023. O resultado é explicado pelo acréscimo real de 8,04% na arrecadação do balanço trimestral e de 9,67% do lucro presumido.

Já a Receita Previdenciária totalizou uma arrecadação de R$ 53,559 bilhões em julho, com crescimento real de 6,04%. Esse resultado se deve à alta real de 5,81% da massa salarial e a postergação do pagamento para municípios gaúchos, além do crescimento de 15% no montante das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária, no período de janeiro a julho de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior.

No acumulado do ano, a Receita Previdenciária teve aumento real de 5,45%, chegando a R$ 371,69 bilhões.

Indicadores macroeconômicos

A Receita Federal apresentou os principais indicadores macroeconômicos que ajudam a explicar o desempenho da arrecadação no mês, todos positivos.

Entre eles, estão o crescimento da venda de bens e serviços, respectivamente, em 2% e 1,3% em junho (fator gerador da arrecadação de julho) e alta de 3,58% e 1,38% entre dezembro de 2023 e junho de 2024 (fator gerador da arrecadação do período acumulado).

A produção industrial também subiu 5,63% em junho passado e 2% no período acumulado. O valor em dólar das importações, vinculado ao desempenho industrial, teve alta de 18,39% em junho de 2024 e de 5,54% entre dezembro de 2023 e junho deste ano.

Também houve crescimento de 10,28% da massa salarial em junho e de 11,38% no acumulado encerrado no mês.

Da Agência Brasil

Como o blog denunciou há 10 dias, as emissões de RG, tanto o modelo antigo quanto a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN), estão em atraso em Pernambuco. Segundo o Instituto de Identificação Tavares Buril (IITB), foi necessário readequar o serviço devido à alta procura pelo novo documento, que tem a primeira via fornecida gratuitamente para idosos e crianças com até 11 anos.

A instituição também informou que “está trabalhando para normalizar a situação até a primeira quinzena de setembro”.

A jornalista Carolina Araújo contou que a mãe, o marido e a filha dela, de 6 anos, estão tentando tirar a documentação há quase mês. Segundo ela, as solicitações foram feitas, pela internet, nos dias 24 e 25 de julho. O prazo dado pelo IITB para que as carteiras ficassem prontas era de 20 dias, mas, até esta quinta-feira, os documentos não foram entregues.

“A marcação foi normal, fizeram todo o procedimento. A gente recebe um tíquete com um protocolo, e eles falam que ‘em 20 dias, você acessa esse site e vê se já está liberado para ir buscar'”, afirmou Carolina.

Como o aviso não chegava, a jornalista disse que a mãe dela foi duas vezes ao posto de atendimento no Shopping Patteo, em Olinda.

“Nas duas vezes, falaram a mesma coisa: ‘Não está pronto, a gente não está recebendo impressão há algum tempo. (…) A gente só soube que está faltando material lá, que o governo não está repassando recursos e, por isso, não está imprimindo. E isso foi na semana passada, eles falaram que fazia uns 17 dias que não recebiam mais [material para confecção das carteiras]”, declarou Carolina.

O estudante de psicologia Luis Roberto Melo também solicitou uma nova via da carteira de identidade e ainda não recebeu o documento, que ele precisa tirar para poder fazer um concurso público.

“Agora vou, realmente, torcer para que possa fazer com outro documento. Caso contrário, posso perder a minha vaga, o que é uma pena porque fiz a solicitação do documento com antecedência. Foi falado que ia ficar pronto em 20 dias”, contou o universitário.
Luis Roberto disse, ainda, que — ao fim desse prazo — foi ao posto de atendimento presencial e, após constatar que o documento não estava pronto, não foi dada qualquer previsão de quando a carteira seria entregue.

“Olhei no site também e não há informações. E é isso. A gente está nessa situação, torcendo para que resolvam o quanto antes”, afirmou.

Quem também enfrenta dificuldades é uma mulher que se identificou apenas como Renata durante o ao vivo do Bom Dia Pernambuco desta quinta-feira (22). Ela contou que está de viagem marcada para o Chile para o dia 30 de agosto e aguarda a segunda via do documento desde 15 de julho.

“Ontem (quarta-feira, 21), eu consultei o protocolo, estava com o status pronto, e a orientação que eu tive foi que eu viesse aqui retirar o documento”, disse Renata.

No entanto, ao chegar ao IITB, ela foi avisada de que não tinha documento algum para ser retirado. “Me senti constrangida. Ele disse que a pessoa que disse para eu vir retirar o documento só quis se livrar de mim, porque nada do que estava no status era verdade, o documento não estava pronto, não estão fazendo documento nenhum, e aí, eu perdi tempo e dinheiro”, contou.

O que diz o governo

Órgão vinculado à Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS), o IITB informou que os atendimentos para a solicitação de carteira de identidade “estão ocorrendo normalmente em todos os postos e expressos”.

O instituto também afirmou que, por causa da alta demanda pela nova Carteira de Identidade Nacional, teve que “redimensionar a quantidade de emissões”, o que gerou o atraso, mas está trabalhando para normalizar o serviço até a primeira quinzena de setembro.

Do G1 Pernambuco.

Na noite passada, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE), sediou o workshop sobre acesso na prática aos tratamentos com a cannabis medicinal. O evento foi aberto pelo presidente da OAB-PE, Fernando Ribeiro Lins. O presidente e a vice-presidente da Comissão de Direito da Cannabis Medicinal (CDCM) da OAB-PE, Sérgio Urt e Maria Luiza Maranhão, conduziram a programação.

Durante sua fala inicial, Fernando Ribeiro Lins reiterou a relevância na discussão do tema. “A conversa sobre cannabis medicinal é uma questão de saúde pública que precisa estar presente nas diferentes esferas. Parabéns para Sérgio e Maria Luiza pelo trabalho à frente na Comissão e por proporcionar esse diálogo na Casa da Cidadania”, declarou.

O presidente da CDCM da OAB-PE, Sérgio Urt, comentou sobre o impacto da discussão. “No Brasil, já temos mais de 470 mil pacientes que utilizam cannabis medicinal e estima-se que em Pernambuco temos uma média de 50 e 70 mil usuários. Estamos falando sobre vidas que podem ser mudadas com o uso destes medicamentos”, destacou.

O evento reuniu no auditório da OAB-PE, juristas, profissionais da área da saúde e outros interessados no tema. O público presente assistiu a painéis conduzidos por especialistas na área, proporcionando uma troca de experiências e expandindo ainda mais o diálogo. Na ocasião, foram discutidas as formas de acesso aos tratamentos com a cannabis medicinal pelas vias judiciais, a atuação da frente parlamentar do cânhamo em Pernambuco e o habeas corpus preventivo para pacientes.