Entenda a greve dos rodoviários

A greve foi decidida pelos rodoviários no dia 7 de agosto, após assembleia da categoria. Dentro da campanha salarial, os rodoviários reivindicam:

  • Reajuste de 5% acima da inflação;
  • Fim do controle pelo GPS;
  • Fim da compensação de horas;
  • Vale-alimentação de R$ 720;
  • Abono de R$ 500 para quem exerce dupla função;
  • Implementação de plano de saúde para trabalhadores de todas as empresas.

De acordo com a categoria, a proposta apresentada pela Urbana foi de:

  • Reajuste salarial de 0,5% de aumento acima da inflação;
  • Vale-alimentação de R$ 400;
  • Abono de R$ 180 para rodoviários que exercem dupla função (como motorista e cobrador);
  • Controle das horas de trabalho via GPS.
  • Outro ponto reivindicado pelos rodoviários é a migração dos funcionários da Vera Cruz para outras empresas após ela devolver as 36 linhas sob sua responsabilidade para o Grande Recife Consórcio de
  • Transporte, que foram transferidas para outras concessionárias.

    Com informações do G1.

A greve dos motoristas de ônibus chegou ao segundo dia, nesta terça-feira. Em protesto, os rodoviários estacionaram os coletivos na Avenida Agamenon Magalhães, ocupando três faixas de uma das mais movimentadas vias do Centro da capital, e os passageiros tiveram que descer dos veículos no meio do caminho.

Mesmo com a determinação do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) de circulação de 60% da frota em horários de pico (das 6h às 9h e das 17h às 20h), passageiros continuam tendo que enfrentar grandes filas e longa espera até os ônibus chegarem em vários terminais de ônibus, como o da Macaxeira, na Zona Norte do Recife.

O protesto na Avenida Agamenon Magalhães aconteceu na altura da Praça do Derby, das 6h às 7h30.

O vídeo mostra um momento do protesto do motorista, quando os manifestantes estavam esvaziando os pneus dos ônibus.

O mesmo tipo de manifestação aconteceu no Terminal Pelópidas Silveira, em Paulista, no Grande Recife, onde motoristas deixaram os coletivos estacionados dentro do local.

Se a decisão liminar da Justiça do Trabalho não for cumprida, será aplicada uma multa de R$ 30 mil por dia para o Sindicato dos Rodoviários. Uma audiência de conciliação entre a entidade e o Sindicato das Empresas de Ônibus (Urbana) acontece na tarde desta terça-feira (13), a partir das 14h, na sede do TRT-6, que fica no Bairro do Recife, no Centro da capital.

Do G1.

Clodoaldo aderiu por questões paroquiais

A entrada do PV no Governo, através de Yanne Teles, para a Secretaria da Criança e da Juventude, é o chamado “samba do Criolo doido”, uma musiquinha do jornalista Sérgio Porto que satirizava o ensino de História do Brasil nas escolas nos tempos da ditadura, mas que na política passou a ser sinônimo de algo muito confuso, difícil de entender.

Se o PV integra a federação liderada pelo PT, que tem ainda o PCdoB, partido ao qual está filiado o candidato a vice-prefeito de João Campos (PSB), Victor Marques, como pode virar a casaca de última hora, saindo do campo esquerdista para um governo de centro, estando as outras duas legendas – PT e PcdoB – comprometidas no palanque de João?

Tem algo a mais no ar do que avião de carreira. Este é um angu que força o PT e o PCdoB a tomarem uma posição, a não ser que ambos, especialmente o PT, ainda inconformado por ter perdido a vice na chapa de João, estejam usando o PV como boi de piranha para criar dificuldades para a reeleição do prefeito. Clodoaldo é o presidente estadual do PV, mas não tem autonomia para resolver uma equação desta com o seu partido integrando uma federação.

A não ser que essa federação seja apenas um arrumadinho, um acordo de comadres para garantir a sobrevivência de deputados federais que tenham dificuldades naturais de reeleição em razão do fim das coligações. Tudo leva a crer que a explicação se dê mais nessa direção.

Mas o que soube também é que a debandada do PV se deu por questões paroquiais em Água Preta, terra de Clodoaldo, que teria pressionado João Campos a retirar a candidatura do socialista João Fernando Coutinho, para facilitar a eleição de Miruca, seu aliado incondicional no município. Mesmo que isso tenha sido o pivô do episódio, como fica o PV na eleição do Recife, depois de ocupar cargos e assumir compromisso com a reeleição de João?

Vínculo com Marília – A advogada Yanne Teles atuou na campanha de Marília Arraes para o Governo do Estado nas eleições passadas, mas não como coordenadora da área jurídica, como noticiei ontem. Prestou serviços no Grande Recife, inclusive na organização do dia do pleito. Quem, na verdade, coordenou o jurídico da então candidata do Solidariedade foi o advogado Walber Agra, segundo fontes ligadas a Marília que se apressaram em explicar o vínculo de Yanne com a candidata derrotada por Raquel no segundo turno.

Vá entender o PV! – O presidente do PV no Recife, Marco Aurélio Filho, se apressou em explicar, ontem, que a decisão do PV em ingressar no Governo Raquel não compromete o alinhamento do partido no Recife com a reeleição de João Campos. “Foi uma decisão pessoal do deputado federal Clodoaldo Magalhães a nível estadual, mas a nível municipal o partido continua onde sempre esteve, no palanque de João”, garantiu.

Frota mínima na greve – O Tribunal Regional do Trabalho determinou, ontem, que o Sindicato dos Rodoviários recomende aos motoristas de ônibus que voltem a operar com a frota mínima de 60% nos horários de pico e de 40% nos demais horários durante a greve que afeta 1,2 milhões de passageiros no Grande Recife. A decisão foi tomada após o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) protocolar um pedido de julgamento do dissídio coletivo dos rodoviários no Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6).

Ameaça do uso policial – Por meio de nota, a Urbana-PE informou que o Tribunal determinou que o Sindicato dos Rodoviários volte a promover a prestação dos serviços de transporte público com frota mínima de 60% nos horários de pico, e de 40% nos demais horários. Determinou ainda que o Sindicato dos Rodoviários se abstenha de bloquear as garagens ou constituir piquetes em vias públicas, autorizando, caso necessário, o uso da força policial.

Moraes, cópia fiel de Moro – Em entrevista à CNN, o ex-ministro Nelson Jobim, do STF, comparou a atuação do ministro Alexandre de Moraes, também do STF, à da Operação Lava Jato. Disse que “os métodos” empregados pelo magistrado são “próximos” aos adotados pela investigação encabeçada pelo ex-juiz e atual senador Sérgio Moro (União Brasil-PR). Jobim foi presidente do STF (2004 a 2006), ministro da Defesa (2007 a 2011) e da Justiça (1995 a 1997). É sócio e integrante do conselho do banco BTG Pactual desde julho de 2016.

CURTAS

MAIS DINDIM – O primeiro decêndio de agosto foi repassado aos cofres das prefeituras na última sexta-feira, com crescimento de 26,56%, comparado com o mesmo período do ano passado. O valor do crédito foi de R$ 7.167.198.661,64, já descontada a retenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Em valores brutos, incluindo o Fundeb, o montante é de R$ 8.958.998.327,05.

QUEDA – A Confederação Nacional de Municípios (CNM) informa que o crescimento de 26,56%, embora importante, se deu em função do comparativo com a queda de 20,32% no primeiro decêndio de agosto de 2023, num cenário de crise fiscal dos municípios. A comparação do atual decênio contra o primeiro decêndio de agosto de 2022, com a correção inflacionária, aponta para uma queda de 3,28%.

BATEU PONTO – Pegou muita gente de surpresa a presença, ontem, na Alepe, na homenagem a Eduardo Campos, do secretário de Governo, Túlio Villaça, um dos auxiliares mais prestigiados pela governadora Raquel Lyra (PSDB).

Perguntar não ofende: O PV em Pernambuco agora é lá e lô?

Pesquisa de intenção de voto do Opinião para prefeito de Custódia, a 420 km do Recife, aponta o candidato do PSD e apoiado pelo prefeito Manuca, Messias do Dnocs, com 32 pontos à frente da candidata do PSB, Luciara de Neemias. Se as eleições fossem hoje, ele teria 58,6% dos votos e a adversária 26,6%. Brancos e nulos seriam 8,3% e indecisos chegariam a 6,5%.

Na espontânea, modelo pelo qual o entrevistado é forçado a lembrar o nome do candidato preferido sem o auxílio da lista com todos os nomes, a diferença cai para 26 pontos. Messias aparece com 49,7% e Luciara com 23,7%. Neste cenário, brancos e nulos representam 8,6% e indecisos sobem para 12%. No quesito rejeição, Luciara lidera. Entre os entrevistados, 45,4% disseram que não votariam nela de jeito nenhum, enquanto 25,7% são os que disseram que não votariam em Messias.

Estratificando o levantamento, os maiores percentuais de Messias se concentram entre os eleitores na faixa etária de 25 a 34 anos (66,2%), entre os eleitores com grau de instrução superior (63%) e entre os eleitores com renda familiar entre dois e cinco salários. Por sexo, 64,5% dos seus eleitores são mulheres e 52,5% são homens.

Já Luciara aparece mais bem situada entre os eleitores jovens, na faixa etária de 16 a 24 anos (33,3%), entre os eleitores com grau de instrução até a 9ª série (27,4%) e entre os eleitores com renda familiar até dois salários (26,6%). Por sexo, 30,5% dos seus eleitores são homens e 23% são mulheres.

O levantamento foi a campo entre os dias 6 e 7 de agosto, sendo aplicados 350 questionários. O intervalo de confiança estimado é de 95,0% e a margem de erro máxima estimada é de 5,2 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.

A modalidade de pesquisa adotada envolveu a técnica de Survey, que consiste na aplicação de questionários estruturados e padronizados a uma amostra representativa do universo de investigação. Foram realizadas entrevistas pessoais (face a face) e domiciliares. A pesquisa está registrada sob o protocolo PE-00846/2024.