O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi alvo de aplausos e vaias durante cerimônia no Chile na manhã desta 2ª feira (5.jul.2024). Ao ser anunciado pelo locutor, pessoas que assistiam à cerimônia nas imediações reagiram à passagem do petista, com mais vaias que aplausos.
O caso se deu na Praça da Cidadania, onde depositou flores junto ao monumento ao Libertador Bernardo O’Higgins.
Lula chegou à Praça da Cidadania às 10h40 (horário de Brasília), onde depositou flores junto ao monumento ao Libertador Bernardo O’Higgins. Em seguida, foi recebido pelo presidente do Chile, Gabriel Boric (Convergência Social, esquerda), e passou em revista às tropas chilenas.
Os 2 presidentes fizeram 1º um encontro restrito e depois ampliaram para uma reunião com ministros e congressistas dos 2 países. Embora oficialmente o impasse eleitoral na Venezuela não estivesse na agenda oficial do encontro, o tema foi um dos principais pontos de discussão.
Logo depois da eleição venezuelana, Lula e Boric divergiram. Ambos cobraram a divulgação das atas das urnas eletrônicas do país vizinho depois que o Conselho Nacional Eleitoral venezuelano declarou o presidente Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda) reeleito. A oposição contesta até o momento o resultado, diz que houve fraude e que Edmundo González Urrutia (Plataforma Unitária Democrática, centro-direita) é o verdadeiro vencedor do pleito.
Na época, Boric foi enfático ao dizer que não reconhecerá a vitória do líder chavista sem que os resultados possam ser verificados, inclusive por observadores internacionais. Disse ser “difícil de acreditar” no resultado. O embaixador chileno na Venezuela, Arévalo Méndez, foi expulso em 29 de julho por causa dos questionamentos de Boric.
Lula, por outro lado, minimizou a situação. Disse em 30 de julho que “não há nada de grave” ou de “anormal” no processo eleitoral do país vizinho. Afirmou que cabe à Justiça decidir sobre o resultado e criticou a imprensa por tratar o caso como se fosse a “3ª Guerra Mundial”. Embora faça cobranças, a diplomacia brasileira adotou um tom de neutralidade para se colocar como mediadora do diálogo entre Maduro e a oposição.
Em convenção municipal do Partido Progressistas (PP), realizada ontem (5), em Caruaru, o prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB) assegurou que, caso reeleito, permanecerá no cargo, ao lado da sua vice Dayse Silva, pelos próximos quatro anos, junto a todos os partidos da base aliada, desmentindo as fake news que têm circulado. “Meu compromisso é com Caruaru e com todos os partidos que fazem parte da nossa base. Juntos, continuaremos a trabalhar pelo progresso da nossa cidade”, afirmou o prefeito.
A convenção contou com a presença de diversas lideranças políticas, que manifestaram seu apoio à continuidade da gestão de Pinheiro. Os rumores de que o prefeito abandonaria o cargo antes do término do mandato foram desmentidos, reforçando a união da base aliada em torno do projeto de reeleição. “Nossa prioridade é garantir a estabilidade e o desenvolvimento de Caruaru. Não há espaço para desinformação ou para divisão entre nossos aliados”, completou Pinheiro.
Tião do Gesso continua candidato a prefeito de Araripina pelo PSB, ao contrário da nota que postei na coluna de hoje, informando que ele teria se dobrado aos apelos dos aliados da candidatura de Evilásio Mateus (PDT).
Em nota ao blog, ele garantiu que não vai desistir e que está registrada a coligação “Mudança pra valer só com o povo no poder”.
“Estou com candidatura registrada no TRE aguardando julgamento da justiça com todos os requisitos preenchidos. Ademais, estamos andando pelo município e sentido do que a hora da mudança chegou. Fizemos a mais bela convenção da história de Araripina e isto tem incomodado os concorrentes, que não têm história para nos enfrentar nas urnas”, disse Tião.
O deputado federal e ex-governador do Paraná, Beto Richa, divulgou ontem, durante uma coletiva de imprensa, que não irá mais concorrer ao cargo de prefeito de Curitiba (PR). Filiado ao PSDB, o ex-candidato afirma que deve ficar neutro no pleito na cidade.
Richa explicou que estava animado com as últimas pesquisas de opinião pública. Porém, desistiu por não ter alianças políticas, estrutura para campanha e possuir apenas 30 segundos de propaganda eleitoral na televisão e no rádio, o que afirma não ser o suficiente para apresentar o plano de governo e as propostas.
“Talvez de todos que se apresentaram, não sei se tinha algum pré-candidato com mais vontade de disputar essa eleição do que eu. Só que nas condições adversas fica muito restrita a nossa participação”, disse o deputado durante a coletiva.
O tucano tentou se aproximar do PL, de Jair Bolsonaro, em março desde ano. A legenda é a que possui maior bancada na Câmara dos Deputados. Entretanto, lideranças de Curitiba manifestaram resistência à ideia e o PSDB vetou a aproximação.
“Eu não ia migrar para o PL. Eu ia conversar com o PSDB, ver o que era possível fazer. (O PL) é um partido que tem muito mais estrutura que o PSDB, muito mais tempo de televisão. Eu preciso de mais tempo de TV, mais estrutura, ainda mais enfrentando duas máquinas, a municipal e a estadual. Conversei com vários partidos e o que mais me interessou foi o PL”, explicou Richa ao Estadão na época em que lançou sua pré-candidatura.
Outro ponto mencionado pelo parlamentar é um racha interno na federação da qual faz parte. Na semana passada, o Cidadania oficializou apoio a Eduardo Pimentel (PSD), compromisso que estava firmado desde fevereiro.
O presidente do CNE (Conselho Nacional Eleitoral) da Venezuela, Elvis Amoroso, disse ontem que entregou as atas eleitorais (boletins de urnas, em português) ao TSJ (Supremo Tribunal de Justiça) do país. Tanto o CNE quando o TSJ são alinhados ao governo do presidente Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda). Na última sexta, o órgão eleitoral confirmou a reeleição de Maduro, com 51,95% dos votos. O conselho, no entanto, não havia divulgado as atas. A oposição contesta o resultado e afirma que o vencedor do pleito foi Edmundo González Urrutia (Plataforma Unitária Democrática, centro-direita).
“Entregou-se tudo o que foi solicitado pelo máximo Tribunal da República”, disse Amoroso durante audiência televisionada, sem dar detalhes. O TSJ solicitou ao CNE a entrega da ata de escrutínio das mesas eleitorais de todo o país, da ata de totalização final do processo eleitoral, da ata de julgamento e da proclamação das eleições.
A presidente do TSJ, Caryslia Rodríguez, confirmou a entrega do material. Disse que o tribunal vai investigar acusações de fraude. A apuração poderá durar até 15 dias. A princípio, convocou Edmundo González e outros 3 candidatos da oposição nas eleições de 28 de julho a comparecer perante o tribunal nesta quarta-feira. A sessão com Maduro foi marcada para a próxima sexta-feira, dia 09.
O objetivo é “a consolidação de todos os instrumentos eleitorais que se encontram em posse dos partidos políticos e dos candidatos”, disse a Corte. Os citados “deverão entregar a informação requerida e responder às perguntas”. Edmundo González não compareceu à última convocação. Na ocasião, os candidatos derrotados deveriam assinar um termo de aceite do resultado divulgado pelo CNE.
Brasília, estou de volta. Tu és um dos grandes amores da minha vida. Aliás, a terceira pátria-mãe do coração. Só perde na intensidade do amor da alma e do coração para Afogados da Ingazeira, pátria do ventre materno, e Recife, pátria de coração afetivo e adotivo.
Oscar Niemeyer te esculpiu em curvas e arcos para que entendêssemos no contraste a seriedade retilínea que deveríamos tratar nosso País. Teu mar é o céu, lindo de se ver. O mais belo pôr do sol de todos os rincões. Falam que Clarice Lispector te definiu como uma prisão ao ar livre.
Certamente, a grande Lispector não conheceu a Brasília que conheço, que me deu régua e compasso, que me deu meu primogênito Felipe, que me batizou nas águas do Paranoá. Falam muito bobagem de ti, Brasília!
Dizem até ser uma infeliz cidade, por causa dos maus políticos. Que culpa tens com isso? Os políticos corruptos não são candangos, não nasceram por aqui nem vivem de verdade por aqui. São de seus Estados. Aqui, são passantes. São parte da população flutuante.
Muitos são os relatos de que Brasília não tem esquina, não tem gente andando na rua, não tem calor humano. Mas, à maneira brasiliense, a esquina existe sim. Em cada uma delas, podemos encontrar um bom e velho boteco.
Os cruzamentos são substituídos por rotatórias (carinhosamente chamadas de “balões”), que dão fluidez ao trânsito. Nas tesourinhas, é possível passar um dia inteiro rodando se você não souber pegar a saída certa. Na principal via da cidade, o Eixão (que corta as asas Norte e Sul), se vai de uma ponta à outra sem encontrar sequer um sinal de trânsito.
Brasília, para mim, é só amor e ternura. Amo porque amo, não há explicação para o amor, como disse Rubem Alves. Enxergo Brasília com todas as cores no céu. Cheia de contrastes, tem todas as formas de arquitetura, perfeita, planejada. Brasília é o céu do mar, o céu de todas as estações.
Sob o céu de Brasília, as nuvens flutuam, lentas e majestosas, como navios no mar, cobrindo a cidade em um manto de sombra e luz, que nos faz sonhar com um mundo novo. Suas nuvens nos lembram da imensidão do céu e nos convidam a olhar além da sua moderna e encantadora arquitetura.
Podem falar mal de ti, Brasília! Mas tu tens um lugar bem especial no meu coração e também na minha alma candanga.
A pesquisa do Datafolha apontando uma queda na avaliação da gestão de Lula para 35% acendeu uma luz vermelha no Palácio do Planalto. Nunca, três vezes presidente da República, o petista esteve tão em baixa. Os números, para desespero dele, se equiparam ao período mais complicado da era Bolsonaro.
Lula vai pior entre a parcela da população mais ligada ao bolsonarismo, de acordo com a pesquisa. Entre a classe média, que ganha de 5 a 10 salários-mínimos, 47% dos entrevistados consideram a gestão do petista “ruim ou péssima”. Os níveis de desaprovação se repetem entre a parcela da população que ganha até 10 salários-mínimos, com 46%.
Entre pessoas que têm diploma de curso superior, de 43%; bolsonaristas evangélicos, 41%; moradores do Centro-Oeste, 40%; e do Sudeste, 39%. Quando comparado ao segundo mandato do petista, de 2007 a 2010, entretanto, há diferenças marcantes: 64% aprovavam o governo e somente 8% o consideravam ruim ou péssimo. Já a avaliação do governo como regular era de 28%, semelhante a atual.
A pesquisa ressalta que as últimas declarações do presidente Lula sobre a crise na Venezuela, quando disse que “não tem nada de grave, nada de anormal” nas eleições sob suspeita naquele país, ocorreram enquanto os pesquisadores já faziam as entrevistas, mas, segundo eles, a política externa não contribui tanto na avaliação dos governos.
O resultado, segundo os pesquisadores, reflete ainda a extrema polarização no eleitorado, vista há alguns anos no País, e faz com que as fatias intermediárias, ou seja, as que consideram o governo como “regular”, sejam as mais “fiéis” na balança.
Reprovação crescente nos evangélicos – Entre os evangélicos, a reprovação ao governo Lula subiu de 38% para 43%, enquanto a aprovação oscilou de 26% para 25%. Os que consideram o governo regular caíram de 34% para 30%. O levantamento mostra também que 44% dos entrevistados acreditam que o governo Lula tem mais vitórias do que derrotas, enquanto 42% consideram o contrário. No segmento com renda de dois a cinco salários-mínimos, a avaliação negativa de Lula foi de 35% para 39%. Já na faixa de cinco a dez salários, esta avaliação subiu de 38% para 48%. Para 58% dos eleitores entrevistados, o presidente da República fez menos do que poderia no governo. Já 24% consideram que Lula cumpriu o prometido, e 15%, que superou as expectativas.
Todos contra Pimentel – Em Araripina, a 640 km do Recife, maior colégio eleitoral do Sertão do Araripe, as oposições se uniram para tentar derrotar Camila Modesto (Podemos), candidata do prefeito Raimundo Pimentel. No sábado passado, a deputada Roberta Arraes (PP) abriu mão da sua postulação e anunciou apoio ao candidato do PDT, o vice-prefeito Evilásio Mateus. Ontem, tomou o mesmo rumo o então pré-candidato do PSB, Tião do Gesso. O slogan agora é “Todos contra Pimentel”.
Sem espaço na chapa – Marília Arraes (SD) sonha acordada com o Senado nas eleições de 2026, mas o que se diz nos bastidores é que, mesmo tendo feito a travessia para João Campos (PSB), por quem foi derrotada em 2020, não terá chances numa eventual chapa que venha a ser encabeçada pelo prefeito do Recife como candidato a governador. Os dois senadores já estariam escolhidos desde agora: Humberto Costa, pelo PT, e Silvio Costa Filho, pelo Republicanos. O candidato a vice do socialista seria o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho.
Clássico eleitoral – Além de Caruaru, onde teve seu nome lançado para governador, João Campos (PSB) também esteve, domingo passado, na convenção de Véia de Aprígio, candidata socialista à prefeita de Surubim. Terra de Danilo Cabral, candidato do PSB a governador na eleição passada, Surubim é fortemente um reduto socialista. Ali, a prefeita Ana Célia (PSB) tem aprovação acima de 70%, mas o adversário Chaparral (UB) promete acabar com o reinado vermelho. O que se diz por lá é que a eleição será um clássico, uma das mais acirradas da região.
Quem joga a toalha? – Depois de duas desistências em Caruaru, primeiro o delegado Erick Lessa (PP) e em seguida Tonynho Rodrigues (MDB), quem será o próximo a jogar a toalha diante da polarização irreversível entre o prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB) e Zé Queiroz (PDT)? Fernando Rodolfo (PL), com 3,8%, segundo pesquisa do Opinião, acha que cresce em cima do eleitorado bolsonarista. Armandinho (SD), por sua vez, com 2,7%, afirma que no seu calendário não existe a palavra renúncia.
CURTAS
QUEIXO CAÍDO – O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) voltou a Brasília, na noite de domingo passado, impressionado com o gigantismo da convenção de João Campos, seu aliado socialista. Contou que há tempo não via algo igual, em público e animação.
SEM GRAÇA – Observadores da cena municipal dizem que se há um município no Estado no qual não haverá eleição, literalmente, é São Lourenço da Mata, devido ao franco favoritismo do prefeito Vinícius Labanca (PSB), que tem uma gestão aprovada por mais de 80%.
ESVAZIADO – O Congresso retoma suas atividades, hoje, mas com grande parte dos deputados e senadores ainda em temporada de prolongamento do recesso de julho em seus Estados. Devido ao baixíssimo quórum, o presidente da Câmara, Arthur Lira, deixou para a próxima semana o debate em torno da reforma tributária e a desoneração da folha para 17 setores da economia.
Perguntar não ofende: A quem Lula vai culpar pela baixíssima popularidade do seu Governo?