Haddad aponta que a economia é mal avaliada por conta da desinformação

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na última sexta-feira (12) que a má avaliação do desempenho da economia brasileira está atrelada à “desinformação” nas redes sociais.

“O que eu vejo na rede social é um negócio avassalador de desinformação. E isso não parte dos meios de comunicação. O que eu vejo nas redes é muito sério porque não bate com a realidade. Dizem que o desemprego está aumentando, mas o desemprego é o mais baixo da série histórica. Falam que a renda está caindo, mas há 28 anos não tínhamos um incremento como o que tivemos em 2023”, disse o ministro durante sabatina no 19° Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji, em São Paulo.

“Temos uma oposição que realmente atua para minar a credibilidade das instituições, dos dados oficiais, do Estado brasileiro, e eles atuam diuturnamente nas redes sociais. Eu nunca vi um negócio desse, é uma prática protofascista mesmo, não tem outra palavra”, afirmou.

Para o ministro, a desinformação é um desafio que precisa ser enfrentado. “Eu penso que nós temos um desafio comunicacional hoje, porque quando você pergunta se a pessoa está melhor do que o ano passado ou retrasado, ela diz que está. Quando você pergunta se a economia está melhor, ela diz que não necessariamente. Metade diz que está e metade diz que não está”, acrescentou.

Reforma tributária

Durante a sabatina, Haddad foi questionado sobre a votação da regulamentação da reforma tributária. Para ele, a quantidade de exceções incluídas pela Câmara no texto é preocupante. “Toda exceção, de certa maneira, acaba prejudicando a reforma tributária porque a alíquota padrão vai subindo. Nós temos três formas de diminuir a alíquota,  uma é não ter exceção, a segunda é combater a sonegação e a terceira é aumentar o imposto sobre a renda”, explicou Haddad. 

“Você manda um projeto coerente com essas três estratégias. Mas você sabe que o Brasil é um país patrimonialista. Os grupos de interesse se apossam do Estado brasileiro, desde o fim do Império é assim. O papel do poder público é ir blindando o Estado brasileiro, e a reforma tributária é um grande salto patrimonialista”, afirmou.

Uma das exceções foi a inclusão da carne na cesta básica nacional, que passa a integrar a lista de produtos que terão isenção tributária, com impactos sobre a alíquota padrão do Imposto sobre Valor Agregado (IVA). 

Para o ministro, o aumento no cashback – devolução de tributos a famílias incluídas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) – para compensar a manutenção da carne na lista de produtos com alíquota reduzida para 40% da alíquota cheia, seria uma boa ideia.

“O cashback era uma boa alternativa. Em vez de zerar o imposto da carne para todo mundo, mantinha ele baixo e devolvia para a população de baixa renda”, defende.

Ao ser questionado se se sentia derrotado com a inclusão da carne na cesta básica, o ministro brincou: “O ministro da Fazenda ou é derrotado ou é parcialmente derrotado. Não existe alternativa para ele ganhar, isso não está no horizonte”.

Após ter sido aprovado pela Câmara, o texto-base do primeiro projeto de lei complementar que regulamenta a reforma tributária segue para discussão e votação no Senado. O ministro acredita que o Senado deve aprovar o projeto. “Tivemos um entendimento muito bom na Câmara, e penso que vai ser a mesma coisa no Senado. Talvez com um pouco mais de dificuldade, mas eu tenho certeza que vamos aprovar a reforma tributária”, avalia.

Equilíbrio fiscal

O ministro Haddad reiterou o seu compromisso com o equilíbrio fiscal. “Eu não acredito que a expansão fiscal, neste momento, seja boa para o Brasil. Ao contrário, eu penso que se nós fizermos uma contenção desse período de 10 anos, nós temos espaço na política monetária de corte de juros para promover um desenvolvimento sustentável, para o investimento privado aumentar. O objetivo de equilíbrio das contas é o que vai fazer o juro cair e o Brasil crescer”, disse.

Segundo o ministro, o país ainda tem “muita conta para pagar”, herança que teria sido deixada pelo governo anterior, de Jair Bolsonaro. “O Brasil, do ponto de vista fiscal, viveu duas pandemias. A pandemia propriamente dita [da covid-19] e a eleição de 2022, que teve calote. Passaram a mão no dinheiro dos governadores e abriram os cofres do Tesouro para distribuir benefícios em época eleitoral. É uma confusão fiscal que nós vamos ter que ter paciência para pôr em ordem”.

Da Agência Brasil

O atirador envolvido em um incidente no comício de Donald Trump na Pensilvânia foi “neutralizado”, neste sábado (13), de acordo com várias fontes policiais.

Jornalistas que estavam no local relataram que ouviram “uma série de fortes explosões ou estrondos” antes que agentes do Serviço Secreto corressem em direção a Trump.

Ele saiu com um ferimento na orelha e estava sangrando. Também gritou de volta para a multidão e ergueu o punho.

De acordo com o porta-voz de Trump, Steven Cheung, o ex-presidente “está bem”. “O presidente Trump agradece às autoridades e aos socorristas pela sua ação rápida durante este ato hediondo. Ele está bem e está sendo examinado em um centro médico local. Mais detalhes virão”, disse Cheung em comunicado.

Posteriormente, o ex-presidente foi levado para um veículo e retirado do local.

Da CNN 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), descartou a possibilidade de a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 9/2023), que anistia partidos por infrações eleitorais, tramitar em regime de urgência na Casa, como ocorreu na Câmara, onde foi aprovada na quinta-feira. O texto perdoa multas das legendas que totalizam R$ 23 bilhões e foram aplicadas pela Justiça Eleitoral por, entre outras irregularidades, descumprimento de cotas para mulheres e negros.

“Ainda não me debrucei profundamente sobre o tema. Evidentemente, ao chegar ao Senado Federal, vamos cuidar de fazê-lo. E não há de minha parte nenhum tipo de compromisso de ir imediatamente ao plenário do Senado, com algum tipo de açodamento em relação a essa matéria”, enfatizou. “Inclusive, cuidarei de poder adotar em relação a essa PEC o que o regimento determina, que é o encaminhamento à comissão própria, que é a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), para sua avaliação”, acrescentou, durante o 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji, em São Paulo. As informações são do Correio Braziliense.

Pacheco relembrou já ter se posicionado contrário à PEC da Anistia, porém disse ter sabido que muito do texto foi mudado pelos deputados. “De modo que não quero fazer aqui nenhum juízo de valor que seja preconceituoso em relação à medida ou que possa praticar algum tipo de injustiça também com a proposta”, argumentou. “Então, vou aguardar chegar, e o que posso assumir como compromisso é que não haverá nenhum tipo de açodamento. Vamos fazer um debate muito amplo em relação a isso e tomar a melhor medida possível.”

O parlamentar frisou ser um defensor das cotas. “Acho importante essa inclusão, essa forma de distribuição de fundo partidário, de tempo de televisão. Sempre fui defensor disso. Não deixarei de ser”, garantiu. “O que se argumenta é que algumas modificações foram implementadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a título de resolução, no curso já do período pré-eleitoral, e que isso gerou algumas distorções ao longo do tempo. Então, há também argumentos em relação a essa PEC, e tudo isso nós poderemos avaliar na tramitação no Senado Federal”, emendou.

Ao Correio, o senador Paulo Paim (PT-RS) classificou a PEC como “lamentável”, um “retrocesso”. Disse que a bancada negra do Congresso se reunirá na próxima terça-feira para debater a rota que os parlamentares trabalharão no Senado.

“O número de negros e negras no parlamento sempre foi muito distante da realidade do nosso país. Com a lei que existe, tivemos avanços, mas ainda pouco. Um país que tem 54% de negros e negras na população tem somente 12% de negros e negras no parlamento”, destacou. “O que eu sei é que o presidente Pacheco não deve dar essa rapidez. Estamos em cima das eleições, a dois meses das eleições municipais, e todo mundo se preparou dentro das regras do jogo, que eu espero que sejam cumpridas.”

Paim observou que o Supremo Tribunal Federal (STF) e o TSE “têm avançado para buscar equilíbrio maior”. “Somos um dos países com a maior concentração de renda do mundo e, nesse quadro atual, os negros são sub-representados no Senado e na Câmara”, declarou. “Quando você promove uma anistia como essa, está incentivando para que o fato se repita. É isso que vou levar para a bancada. Acho que o presidente Pacheco não vai dar celeridade a esse projeto. Não vai ter pressa em colocar essa matéria em votação”, reiterou.

A PEC foi aprovada na Câmara por 344 votos a favor, 89 contrários e quatro abstenções, no primeiro turno, e por 338 a 83 e quatro abstenções, no segundo. O texto recebeu o aval de siglas que vão do PT ao PL. Apenas PSol e Novo votaram contra.

Sons parecidos com os de tiros foram ouvidos no comício de Donald Trump na cidade de Butler, estado da Pensilvânia, neste sábado (13). O evento foi interrompido.

O candidato presidencial republicano levantou o punho enquanto foi escoltado até um veículo pelo Serviço Secreto dos EUA, mostraram imagens de vídeo do evento. As informações são do G1.

Um vídeo mostra o que parece ser sangue na orelha de Trump e que atiradores se posicionaram no telhado perto do palco onde Trump estava.

O presidente dos Estado Unidos e candidato à reeleição, Joe Biden, disse que ainda não foi informado sobre o incidente.

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

O presidente Lula (PT) não gostou dos 54% de aprovação da sua gestão na pesquisa Quaest, uma reação de quatro pontos percentuais, aliás, em relação ao último levantamento, na qual estava com 54%. Repercutiram de maneira considerável as declarações dele, quando tratou da sua popularidade, em cima de um messianismo atroz, quando afirmou que ele é “o povo na presidência da República”. E que não são as pesquisas que vão balizar o sentimento do povo.

O que se viu no pronunciamento de Lula foi um longo autoelogio no qual argumenta que, por sua trajetória única, pode se considerar o dirigente mundial mais capaz de conduzir sua população – talvez em todos os tempos. Para a plateia favorável, ele afirmou que vive o melhor momento de sua vida política, mesmo que não viva a fase mais popular de sua trajetória.

“Quando deixei dia 31 de dezembro o meu mandato, eu tinha 87% de bom e ótimo. Eu tinha 10% de regular e eu tinha 3% de ruim/péssimo. Nunca na história do País um presidente terminou tão bem. Agora o mundo político mudou. A coisa está mais polarizada”, lamentou.

Se Lula não gostou dos 54%, imagine o que deve dizer nos próximos dias em relação a um novo levantamento, o do Ipec (ex-Ibope), no qual seu governo tem apenas 37% de aprovação? E que foi divulgada ontem. A aprovação à gestão petista passou de 33%, em março, para 37% em julho e se descolou da reprovação, que oscilou de 32% para 31%. Outros 31% dizem considerar a administração regular e 2% não sabem ou não responderam.

A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento, feito entre os dias 4 e 8 de julho, ouviu 2.000 pessoas com 16 anos ou mais em 129 municípios.

O resultado divulgado nesta quinta-feira (11) pelo portal G1 repete tendência verificada em pesquisas recentes do Datafolha e da Quaest. No levantamento de março do Ipec, a gestão Lula havia registrado uma piora na aprovação (índices ótimo e bom), que havia passado dos 38% observados em dezembro para 33% e atingido seu nível mais baixo do mandato. A reprovação (índice ruim e péssimo), na ocasião, havia oscilado de 30% para 33%.

Os dados de julho revertem essa tendência e se aproximam dos patamares verificados no final do ano passado (quando a aprovação era de 38% e a reprovação, de 30%). O melhor cenário numérico do governo Lula 3 na série histórica do Ipec foi em março de 2023, com 41% de ótimo/bom e 24% de ruim/péssimo.

Segundo os dados do instituto, neste mês de julho os avanços mais significativos na aprovação do governo foram entre as pessoas que vivem no Nordeste (cujo índice de ótimo/bom passou de 43% para 53%) e entre os que possuem renda familiar mensal de até um salário-mínimo (de 39% para 48%).

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação civil pública contra João Vita Fragoso de Medeiros, um dos responsáveis pela edificação da Barreira Natural de Contenção no Pontal de Maracaípe, solicitando a retirada imediata da estrutura.

No entanto, o pedido de liminar foi indeferido pela Justiça Federal, garantindo que a estrutura permaneça e continue a proporcionar tranquilidade ao meio ambiente local.

A decisão judicial que manteve a Barreira Natural de Contenção foi recebida com alívio pelos defensores do meio ambiente e pela comunidade local.

A barreira, instalada para conter a erosão costeira, desempenha um papel crucial na preservação dos ecossistemas da região.

Tanto a Justiça Comum quanto a Justiça Federal, após uma avaliação criteriosa, concluíram que não havia motivos suficientes para a remoção imediata da estrutura, não encontrando evidências de qualquer prejuízo ao meio ambiente ou a quem quer que fosse.

Coerência na Decisão Judicial

A decisão de manter a barreira é fundamentada na falta de evidências que justificassem sua retirada.

Estudos técnicos apresentados no processo destacaram que a barreira não só previne a erosão, mas também favorece o acúmulo de areia, fortalecendo a formação de restingas e preservando a biodiversidade local.

Prevenindo a erosão, a barreira ajuda a manter o habitat de diversas espécies de fauna e flora, assegurando um meio ambiente equilibrado.

Além disso, a formação de restingas promove a biodiversidade e a resiliência do ecossistema frente às mudanças climáticas e à intervenção humana.

O ex-técnico da Seleção Brasileira, Dunga, e a esposa dele, Evanir Miller da Silva Verri, ficaram feridos após o carro em que estavam capotar neste sábado (13) na BR-116, em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente foi registrado no km 39, perto de 12h30, após o veículo sair da rodovia. A PRF informou que os dois tiveram ferimentos leves e estavam conscientes durante o atendimento.

Ainda conforme a PRF, o casal foi levado ao Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul. Os policiais fizeram teste de bafômetro nas vítimas e o resultado foi negativo.

De acordo com o porta-voz da PRF no Paraná, André Filgueira, Dunga e a esposa tinham saído de São Paulo e seguiam para Curitiba quando o carro capotou. Chovia na hora do acidente.

“O capotamento foi nas imediações da Represa do Capivari, um trecho bastante sinuoso, com muitas curvas. O condutor (Dunga) perdeu o controle, bateu na lateral da rodovia e capotou”, disse.

O hospital informou que não pode passar informações sobre o estado de saúde das vítimas.

Do G1

Moradores de São Lourenço da Mata têm se queixado da ausência dos agentes de saúde, que fazem um trabalho de acompanhamento domiciliar das famílias. Lares, como o de uma idosa de 68 anos que tem uma filha autista e um marido também idoso acamado, estão sem as orientações sobre medicamentos e os demais cuidados disponibilizados pelos agentes. 

Não bastasse um efetivo insuficiente para cobrir todo o município, a gestão pública ainda dispensou 79 servidores da área e as nomeações dos novos concursados andam a passos lentos.

Cada Agente Comunitário de Saúde (ACS) é designado para atender até 150 famílias ou 700 pessoas da cidade onde trabalha. Por mês, o SUS exige que o agente atenda pelo menos 80% do quantitativo recebido. Para São Lourenço da Mata, município com 111 mil moradores, de acordo com o Censo 2022 do IBGE, o total de 76 vagas para ACS no edital da Seleção Pública deste ano é insuficiente com relação à exigência do SUS. 

Considerando toda a população da cidade, cada agente teria que atender 1.460 pessoas, ou seja, mais que o dobro do exigido. O sindicato da categoria aponta que houve no início deste mês um afastamento de 79 servidores. Um deles com 30 anos de serviço. Além disso, existe uma insatisfação por parte da classe, que cobra o retorno do efetivo e o chamamento de novos concursados. 

Segundo denunciado pelos profissionais, o prefeito de São Lourenço da Mata, Vinícius Labanca (PSB), não abriu 155 novas vagas para agentes de saúde e 75 para agentes de endemias na seleção pública realizada recentemente no município. 

O sindicato reforça que, atualmente, a cidade mantém 229 vagas. Desse número, 154 são de ACS e 75 de ACE – boa parte desse efetivo já está ocupada, conforme consta no portal de transparência do município. 

O outro lado

O prefeito Vinícius Labanca informou ao blog que, ao invés de ampliar o número de agentes, terminou por tentar reduzir esse efetivo, por meio de ofício, emitido pela Secretaria de Saúde, no último dia 2. Segundo ele, foi solicitado a dispensa dos 79 agentes, entre ACS e ACE que estão sub judice, o que não é o procedimento para nomear ou exonerar qualquer tipo de servidor público, seja efetivo ou contratado.

Entenda

A atual gestão de São Lourenço da Mata aponta que, em 2017, o ex-prefeito Bruno Pereira exonerou todos os contratados ACSs e ACEs do município. Eles entraram na justiça e conseguiram uma liminar para voltar aos cargos até que a Prefeitura realizasse um concurso público. Desde então, a gestão municipal ficou impossibilitada de contratar mais agentes e teve que pagar esses profissionais com recursos próprios, algo que é responsabilidade do governo federal. Isso deixou mais de 60% do território da cidade descoberto.

Segundo o prefeito, houve uma seleção pública, acompanhada pelo Ministério Público, e agora 155 novos profissionais concursados estarão entrando na rede para atender às demandas do município. “Fizemos tudo dentro da lei e reitero que todos os contratados tiveram ainda uma vantagem de 30% dos pontos da prova. Infelizmente, quem não passou foi porque não estava em condições de ocupar o cargo”, disse o prefeito.

“Existe uma senhora que está enganando essas pessoas há mais de 7 anos, com a conversa de que existe legalidade em efetivar essas contratações. Ela agora está desesperada, perdendo todos os processos nas esferas jurídicas, e inclusive há denúncias de que ela incentivou algumas dessas pessoas a não fazerem o concurso. Se isso se confirmar, ela estará em maus lençóis”, pontuou Labanca.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) publicou um vídeo em suas redes sociais convocando para um ato contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em São Paulo. A manifestação está prevista para este domingo (14), às 14 horas, com concentração em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo). É organizada pelo Movimento Liberdade.

“Um dia que vai ficar marcado na memória da busca pela democracia, pela redemocratização do nosso país. Essa democracia jovem, mas que já foi perdida algumas vezes e dessa vez parece que se não lutarmos com muita força, vai ser perdida de uma vez por todas”, declarou a congressista.

Zambelli almeja fazer um movimento semelhante às jornadas de junho de 2013, que impulsionaram o impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT). A deputada descreve o momento como a “maior manifestação do ocidente da história”. 

“A gente precisa fazer mais, a gente precisa sair do sofá, e a gente tem que lutar pela nossa democracia”, disse. 

Uma 2ª manifestação está prevista para ser realizada em Belo Horizonte (MG), na mesma data, às 10 horas, na Praça da Liberdade.

Jair Bolsonaro decidiu manter o apoio a Alexandre Ramagem, candidato a prefeito do Rio de Janeiro, mesmo após a revelação de que foi gravado pelo aliado quando era presidente. Em conversa com a coluna, o ex-presidente informou que estará em ato da pré-campanha de Ramagem na próxima quinta-feira (18/7), na capital fluminense.

“A candidatura do Ramagem está de pé. Estaremos juntos na semana que vem, no Rio. Seguimos juntos”, disse Bolsonaro. As informações são da coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles.

Pessoas no entorno do ex-presidente têm afirmado que a gravação de áudio feita por Ramagem, em posse da Polícia Federal, foi realizada sem o consentimento de Bolsonaro, que teria se irritado ao descobrir a situação. Questionado sobre o assunto, ele respondeu sem entrar em detalhes.

“Em relação a esse áudio, tem gente dizendo que eu reagi de uma forma ou de outra… Muita gente tenta falar por mim e não acerta. Não vou entrar nessa questão da gravação”, afirmou.

Segundo a Polícia Federal, investigadores encontraram um áudio, supostamente gravado por Ramagem, no qual teriam sido discutidas irregularidades cometidas por auditores da Receita Federal no âmbito da investigação sobre rachadinha que mirou o senador Flávio Bolsonaro. A gravação é de 2020, quando Ramagem comandava a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Para Ramagem, a existência do áudio reforçaria a “defesa do devido processo”. Já para investigadores da PF que atuam no caso, seria a comprovação de que a estrutura da Abin teria sido usada com desvio de finalidade, para blindar Flávio.