Haddad vence, Lula baixa o tom de críticas e dólar cai para R$ 5,56

O dólar registrou queda de 1,72% e voltou aos R$ 5,568 nesta quarta-feira (3), em meio a um movimento global de baixa da moeda americana que foi reforçado no Brasil por falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre as contas públicas do país. As informações são da Folha de S. Paulo.

Nesta tarde, Lula disse que gasta quando é necessário e que não joga dinheiro fora. Além disso, afirmou que responsabilidade fiscal é compromisso, não palavra.

“Se fizerem acontecer, ano que vem tem mais, e tendo mais, vai produzir mais, povo vai comer mais, e a gente vai ter política econômica sem causar sobressaltos a ninguém. Vai ter politica econômica, [vai] fazer esse pais crescer, vai continuar fazendo transferência de renda e ao mesmo tempo vai continuar com responsabilidade que sempre tivemos”, disse em discurso no lançamento do Plano Safra Agricultura Familiar.

Já Haddad afirmou, durante reunião do Conselho da Federação, no Palácio do Planalto, que ainda há pendências nas negociações da dívida com os estados, mas que espera conclui-las até o fim de julho. Ele mencionou quatro possíveis saídas sugeridas pela Fazenda, mas disse que os temas estão em aberto e evitou entrar em detalhes sobre as negociações.

O ministro da Fazenda disse, ainda, que a diretoria do Banco Central tem autonomia para atuar no câmbio. “A diretoria lá [do BC] tem autonomia para atuar como entender conveniente. Não existe outra orientação”, afirmou Haddad. Logo após as declarações, o dólar renovou as mínimas da sessão e chegou à R$ 5,406.

Agora, a expectativa do mercado recai sobre as definições da reunião de Lula com a equipe econômica realizada nesta quarta.

No exterior, a maior parte das divisas também apresenta valorização ante a moeda americana, após a divulgação de dados de emprego mais fracos que o esperado nos EUA. O real, no entanto, teve o melhor desempenho entre as principais moedas globais ante o dólar nesta terça.

Na Bolsa, o dia foi de alta, com apoio principalmente das ações da Vale, a empresa de maior peso do Ibovespa, que subiu mais de 2%. O alívio nas curvas de juros futuros locais também impulsionou o índice, que fechou com avanço de 0,81%, aos 125.804 pontos, segundo dados preliminares.

Nos EUA, dados divulgados nesta manhã mostraram que foram abertas 150 mil vagas de emprego no setor privado no mês passado, depois de 157 mil em maio, em dado revisado, conforme o relatório da ADP. Economistas consultados pela Reuters previam criação de 160 mil vagas.

Falas de Lula

Na terça, o dólar registrou alta e chegou a R$ 5,66, influenciado por declarações de Lula sobre o Banco Central. Em entrevista à rádio Sociedade da Bahia, o presidente afirmou que o Banco Central é uma instituição de estado e não pode estar a serviço do sistema financeiro. Ele também voltou a dizer que o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, tem viés ideológico.

“A gente precisa manter o Banco Central funcionando de forma correta, com autonomia, para que seu presidente não fique vulnerável às pressões políticas. Se você é democrata, permite que isso aconteça. Quando é autoritário você resolve fazer com que o mercado se apodere da instituição”, disse o presidente.

Lula também afirmou que há atualmente um ataque especulativo ao real, acrescentando que voltará a Brasília na quarta-feira e discutirá o que fazer em relação à alta do dólar.

Nos últimos 60 dias, nos meses de junho e julho, Lula fez ao menos 14 comentários públicos sobre política fiscal e monetária, em 10 diferentes dias. Criticou a autonomia do Banco Central, atacou o presidente da autarquia e colocou em dúvida a intenção do governo de cortar gastos, entre outros assuntos que afetam o humor do mercado.

Os comentários de Lula vêm sendo apontados por profissionais do mercado como um dos principais motivos para que o dólar tenha disparado ante o real e a curva de juros esteja em forte alta no Brasil. Em 2024, a moeda norte-americana acumula elevação superior a 16%.

Depois de rejeitarem a proposta salarial apresentada ontem pela governadora Raquel Lyra, os policiais civis de Pernambuco estão, neste momento, fazendo uma manifestação em frente ao Centro de Convenções, onde ela fará a abertura oficial da Fenearte. Ontem, decidiram por uma paralisação de 24 horas.

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A 24ª Fenearte – Feira Nacional de Negócios do Artesanato começa nesta quarta-feira (3), no Centro de Convenções de Pernambuco, com o tema “Sons do Criar – Artesanato que Toca a Gente”. Além dos 300 estandes ocupados por artesãos e artesãs, o público vai poder contar com uma programação cultural diversificada, envolvendo shows, exposições, aulas de gastronomia e outras atrações.

Do tilintar produzido no encontro das ferramentas de trabalho com a matéria-prima, o artesão faz surgir despretensiosamente, enquanto cria sua arte, diferentes sons. É essa sinfonia que embala o cotidiano dos ateliês que inspira o tema da edição anual da maior feira de artesanatos da América Latina.

Combinando com a temática abordada, o evento escolheu Mestre Nado, artesão olindense conhecido por sua produção de instrumentos musicais a partir do barro, para ser o seu grande homenageado. Ele será reverenciado com uma exposição no mezanino do Centro de Convenções, na mesma área onde acontecem as oficinas da Fenearte.

Shows
Falando em sonoridades, a música tem lugar de destaque dentro da feira. Com curadoria da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), o Palco Fenearte receberá shows diários, totalizando mais de 70 atrações de diferentes estilos.

Na programação musical tem como foco linguagens e expressões pernambucanas. Estarão presentes grupos de etnias indígenas e de afoxé, boi, caboclinho, cavalo marinho, ciranda, coco, frevo e maracatu, além de blocos líricos, bandas de brega, de forró e de pífano, e ainda artistas da cena contemporânea da música pernambucana.

As apresentações começaram hoje, às 13h. Ao longo da feira, sobem ao palco outras atrações, como Maciel Salú, Mestre Anderson Miguel, Jéssica Caitano, Isabela Moraes, Orquestra de Bolso, Forró Escaletado, Guerreiros do Passo, As Filhas de Baracho, Vitória do Pife, Isadora Melo, Gabi do Carmo e Faringes da Paixão.

Moda
Nesta edição, as atividades relacionadas à moda passaram por uma mudança dentro do evento. O projeto Passarela Fenearte, realizado até o ano passado, deu lugar ao Moda Fenearte. A proposta é ampliar o olhar para esta linguagem, indo além dos tradicionais desfiles, que não deixaram a programação. Eles serão realizados em dois sábados: 6 e 13 de julho.

O estilista Walério Araújo, pernambucano radicado em São Paulo, vai inaugurar a passarela da Fenearte. Ele apresenta no dia 6, às 17h, a coleção “Minha Mãe Dona Nenê”, lançada na última edição do São Paulo Fashion Week. No segundo dia de desfile, a Loja da Moda Autoral de Pernambuco (MAPE) vai homenagear o percussionista pernambucano Naná Vasconcelos.

A partir de hoje, o lounge do Moda Fenearte recebe os Encontros de Moda, destinados à formação de profissionais, abordando temas como modelagem e moda sustentável. Outro destaque é o Desafio MAPE, concurso que conta com a participação de 15 estudantes de moda e design de instituições pernambucanas. Eles terão suas criações avaliadas por um júri técnico, concorrendo a prêmios em dinheiro e uma mentoria com Walério Araújo.

Programação desta semana:

04/07
15h – O Urso Zé da Pinga
15h40 – Mestre João Limoeiro
16h20 – Afoxé Ogbon Obá
17h – Orquestra de Bolso
18h – Nika Macedo
19h40 – Faringes da Paixão

05/07
15h – Boi Teimoso
15h40 – Urso da Rua do Sapo
16h20 – Banda de Pífanos Riacho do Meio
17h – Banda Ojú Obá
18h – Dandara MC
19h40 – Sangue de Barro

06/07
15h –Coco Chinelo de Iaiá
15h40 – Coco de Mulheres
16h20 – Célia do Coco
17h – Bloco Afro Daruê Malungo
18h – Luana Tavares
19h40 – Isabela Moraes

07/07
15h – Coco do Mestre Biu
15h40 – Maracatu Baque Mulher
16h20 – Vitória do Pife
17h – Mestre Anderson Miguel
18h – Riáh
19h40 – Zendo

Surubim foi palco, hoje, de um fato importante para o Agreste: a assinatura da ordem de serviço para a pavimentação da PE 083, trecho de Surubim a Cumaru. A cerimônia contou com a presença da governadora Raquel Lyra e vários prefeitos da região.

O start da obra foi um pedido do deputado estadual Chaparral e representa um investimento de R$ 61 milhões. Trata-se de uma obra fundamental para o desenvolvimento econômico e social das cidades envolvidas, facilitando o transporte, escoamento da produção agrícola e melhoria da qualidade de vida dos moradores.

Durante o evento, a governadora destacou o papel do deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Surubim Cleber Chaparral na consolidação do projeto.

Vejam o vídeo:

A produção industrial brasileira caiu 0,9% em maio em relação a abril. É o segundo recuo consecutivo, apontando retração de 1,7% no período. Com o resultado, o setor perdeu o ganho acumulado entre fevereiro e março deste ano (1,1%). As informações são da Agência Brasil.

No acumulado nos últimos 12 meses, houve crescimento de 1,3%, o que acabou por reduzir a intensidade no ritmo de evolução se comparado ao resultado do mês anterior. Os dados foram anunciados nesta quarta-feira (3), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os números fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta quarta-feira (3) pelo órgão, que mostrou ainda avanço de 2,5% no acumulado dos cinco primeiros meses de 2024, se comparado ao mesmo período do ano anterior.

Nessa comparação, entre as atividades, as principais influências positivas na totalidade da indústria foram anotadas por produtos alimentícios (5,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,1%), indústrias extrativas (2,3%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (4,8%).

O gerente da pesquisa, André Macedo, disse que, em maio de 2024, a indústria apresentou “predominância de resultados negativos de forma geral”, com recuo na margem e na comparação com maio de 2023.

Houve, ainda, interrupção da trajetória ascendente no índice de média móvel trimestral e perda de intensidade no ritmo de expansão no acumulado do ano e dos 12 meses anteriores.

Nesse mês, a indústria intensificou a queda que já tinha sido registrada no mês anterior, e entre os fatores que explicam esse resultado, estão as chuvas no Rio Grande do Sul, que tiveram um impacto local maior, mas também influenciaram o resultado negativo na indústria do país, informou o texto publicado pelo IBGE.

Conforme a pesquisa, 16 das 25 atividades investigadas tiveram recuo em maio de 2024. Veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,7%) e produtos alimentícios (-4,0%) foram as duas maiores influências negativas para o resultado geral da indústria em maio.

O gerente afirmou, também, que esses dois setores foram prejudicados pelas enchentes do Rio Grande do Sul. No setor de veículos automotores, a paralisação das plantas industriais locais provocou impactos diretos e indiretos. Por causa do mau tempo, tanto as montadoras de veículos, quanto as fábricas de autopeças pararam com as produções e isso afetou também o abastecimento para a produção de bens finais no restante do país.

“Houve, por exemplo, a concessão de férias coletivas em uma planta industrial em São Paulo como forma de mitigar os efeitos das paralisações ocorridas em unidades produtoras de peças no Rio Grande do Sul”, completou.

Greve

Macedo acrescentou que a paralisação decorrente de greve em outra montadora e a base de comparação elevada também contribuíram para a queda de dois dígitos na atividade. Em abril, o setor de veículos registrou crescimento de 13,8%.

A atividade de produtos alimentícios, que responde por cerca de 15% da produção industrial do país, teve em maio o segundo mês seguido de queda. A perda acumulada no período é de 4,7%.

“A retração no processamento da cana-de-açúcar, por conta da condição climática menos favorável na segunda quinzena de maio, provocou uma queda pontual na produção do açúcar. Já entre os impactos negativos que podem ter a ver com as chuvas no Rio Grande do Sul estão as carnes de aves, de bovinos e de suínos e os derivados da soja, que são produtos que têm grande peso no setor”, explicou.

Outros setores que recuaram e influenciaram o resultado negativo do mês foram os de produtos químicos (-2,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,3%), produtos do fumo (-28,2%), metalurgia (-2,8%), máquinas e equipamentos (-3,5%), impressão e reprodução de gravações (-15,0%) e produtos diversos (-8,5%).

Os principais impactos positivos no resultado geral da indústria foram as indústrias extrativas (2,6%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,9%). De acordo com Macedo, esses segmentos têm grande peso e evitaram uma queda maior no resultado da indústria.

“O crescimento do setor extrativo veio após uma queda no mês anterior, ou seja, tem o efeito de uma base de comparação mais negativa. Também houve aumento na extração dos dois principais produtos, o petróleo e o minério de ferro”, afirmou.

As atividades de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (3,7%), produtos têxteis (2,9%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (1,5%), produtos de borracha e de material plástico (0,5%), outros equipamentos de transporte (0,2%), móveis (0,2%) e celulose, papel e produtos de papel (0,1%) também tiveram desempenho favorável.

“Ainda na comparação com abril, as quatro grandes categorias econômicas recuaram: bens de consumo duráveis (-5,7%), bens de capital (-2,7%), bens intermediários (-0,8%) e bens de consumo semi e não duráveis (-0,1%)”, pontuou o IBGE.

O recuo de 1,0% na comparação de maio de 2024 com maio do ano anterior teve influência dos resultados negativos de duas das quatro grandes categorias econômicas, 14 dos 25 ramos, 43 dos 80 grupos e 50,4% dos 789 produtos pesquisados, finalizou o IBGE.

A preocupação de servidores estaduais com mudanças previstas num dos projetos enviados pelo Poder Executivo no fim de junho fez a Assembleia Legislativa descartar a auto convocação neste mês de julho, durante o recesso parlamentar. As informações são da Folha de Pernambuco.

Nos últimos dias, entidades sindicais do serviço público estadual têm procurado deputados para externar sua preocupação com as mudanças propostas no texto 2088/2024, que prevê a adesão ao Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal (PEF). Para os servidores, há risco de perdas de direitos por conta das medidas do regime de recuperação fiscal defendido pelo PEF. 

A Casa lembra que várias categorias têm se mobilizado contra o risco de prejuízos embutidos no projeto. O Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Pernambuco, por exemplo, já se manifestou, avaliando o PL como “um retrocesso, com risco grave de imposição de uma reforma administrativa que vai retirar de direitos, a exemplo da licença prêmio”. 

Remetidos no apagar das luzes das atividades do primeiro semestre em caráter de urgência, os projetos, é relevante destacar, foram retirados da pauta da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça justamente porque, na avaliação do colegiado, os textos impõem uma discussão detalhada e sem pressa.

A Alepe argumenta que antes de avalizar novos empréstimos, também solicitados em projetos pelo Executivo, é preciso conhecer a prestação de contas de mais de R$ 3,4 bilhões, que segundo o governo, seriam usados em ações de saneamento rural, manutenção de rodovias e segurança pública. A contratação do referido montante foi autorizada, por unanimidade, pela Alepe em maio de 2023.

Diante desta realidade, a Casa reitera  que os textos exigem debate e análise minuciosa das comissões e esclarecimentos, por parte do governo, de questões que envolvem, além de possíveis danos para os servidores, novas autorizações de contração de empréstimos.

Recorrendo à prerrogativa de dispor de tempo, dentro dos prazos regimentais, a Alepe quer analisar e sanar dúvidas que certamente não poderão ser dissipadas numa auto convocação para apreciar projetos em regime de urgência. 

Compreende também que qualquer açodamento pode comprometer os trabalhos e acarretar prejuízos ao estado, aos servidores e ao povo de Pernambuco. E confirma que, como decidiu a CCLJ, é preciso ouvir explicações dos secretários da Fazenda, Wilson de Paula, e de Planejamento, Fabrício Marques, sobre os novos empréstimos solicitados e sobre a prestação de contas do que foi feito com os recursos dos valores já contraídos.

No que diz respeito à proposta de adesão ao PEF, a Casa defende que, além dos secretários, é fundamental ouvir os servidores. 

Diante desta realidade, a Alepe reafirma a inexistência de planos de fazer auto convocação em julho. Todavia, informa que caso o Poder Executivo decida pela convocação extraordinária, o regimento da Casa será cumprido.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, teria revelado a aliados próximos que tem dúvidas se deve insistir em sua candidatura à reeleição pelo Partido Democrata, de acordo com uma reportagem publicada nesta quarta-feira, 3, pelo jornal The New York Times. As informações são do site da revista Veja.

De acordo com fontes ouvidas pelo veículo, o presidente pondera se conseguirá superar o desempenho ruim no primeiro debate eleitoral, na semana passada, contra o ex-presidente Donald Trump. O caso foi rejeitado pelo vice-secretário de Imprensa da Casa Branca, Andrew Bates, que disse se tratar de uma “declaração absolutamente falsa”. “Se o New York Times tivesse nos dado mais de 7 minutos para comentar, teríamos falado isso a eles”, completou.

A suposta revelação feita pelo presidente, que teria mostrado pela primeira vez dúvidas sobre a campanha, segue as reações negativas de aliados e dos principais veículos de imprensa do país por conta do debate. Em editorial no dia seguinte ao confronto, o The New York Times pediu que Biden desista de concorrer à reeleição, posicionamento feito também pelo The Wall Street Journal e pelo Financial Times, além da revista Time e da publicação inglesa The Economist.

Uma nova resolução governamental assinada nesta quarta-feira (3), autoriza o Ministério da Educação (MEC) a liberar recursos do Programa Dinheiro Direito na Escola (PDDE) para estabelecimentos de ensino de cidades cuja prestação de contas pela prefeitura esteja pendente. Para entrar em vigor, a resolução precisa ser publicada no Diário Oficial da União. As informações são da Agência Brasil.

“Algumas escolas estão deixando de receber recursos por conta dessa situação”, disse o ministro da Educação, Camilo Santana, ao anunciar a assinatura da resolução durante a 3ª Reunião Plenária do Conselho da Federação, colegiado formado por representantes dos governos federal, estaduais e municipais que está reunido hoje no Palácio do Planalto, em Brasília.

Segundo Santana, há cerca de 264 mil processos de prestação de contas pendentes de análise no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Entre eles, alguns estão há mais de 15 anos tramitando.

“Já saiu prefeito, entrou outro prefeito, voltou [o primeiro], e a pendência continua lá. Devido a essas pendências, estávamos deixando de repassar às escolas de todo o país cerca de R$ 100 milhões [do PDDE]”, disse o ministro.

Santana explicou que, pela resolução, os atuais gestores de municípios com pendências que queiram receber os recursos do programa terão que protocolar uma representação junto ao Ministério Público Federal (MPF).

“Com isso, liberaremos o repasse dos recursos do PDDE a fim de não prejudicar as escolas. Claro que o processo [de análise da prestação de contas antigas] seguirá, e os gestores responderão por qualquer eventual irregularidade”, garantiu o ministro ao assegurar que a medida beneficiará “milhares de escolas e milhões de estudantes brasileiros”.

“O programa Dinheiro Direto nas Escolas agiliza o uso de recursos diretamente nas escolas, para questões de reparos e ações em várias áreas. É um mecanismo ágil que utilizamos, inclusive, para repassar recursos às escolas gaúchas [afetadas pelos recentes temporais no Rio Grande do Sul] poderem ao menos fazer a limpeza”, concluiu o ministro.

Não foi só a governadora Raquel Lyra que levou vaias na manhã desta quarta-feira (3), em Surubim, no evento de assinatura da ordem de serviço para a retomada da restauração da PE-083, que liga o municípios a Cumaru, no Agreste. A prefeita Ana Célia (PSB), que é aliada do prefeito do Recife, João Campos, também foi hostilizada.

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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) suspendeu o leilão do arroz por tempo indeterminado e negocia com o agronegócio um acordo para controlar os preços do produto. “Estamos com o edital pronto, mas os preços cederam e acho prudente monitorar [a situação] antes de qualquer ação de compra”, afirmou à reportagem o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Mais cedo nesta terça-feira (3), Fávaro anunciou à Globonews a suspensão do leilão. A ideia é retomar a ideia apenas caso o preço aumente. Agora, os ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, junto com a Conab (Companhia Brasileira de Abastecimento), negociam a assinatura de um termo de compromisso para que, em locais onde aconteça um eventual desabastecimento, o setor se comprometa com o envio de mais produto, para evitar que o preço suba.

Internamente, membros do governo já tinham se posicionado contra o leilão, mesmo antes de sua realização, sob o argumento de que não havia indícios de que as chuvas no Rio Grande do Sul causariam falta de arroz.

Pelo contrário, os indicadores apontavam que, com a colheita já realizada naquele momento, a oferta do produto estava garantida, segundo um integrante da Agricultura.

Também nesta terça, estava prevista a participação do ministro Paulo Pimenta (Reconstrução do RS) e do ex-diretor da Conab, Thiago José dos Santos, na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.

Ambos, no entanto, cancelaram sua participação. Agora, o grupo estuda convocar Pimenta, antes apenas convidado, para prestar explicações sobre o caso.

O leilão foi uma iniciativa do governo Lula após a tragédia socioclimática das chuvas no Sul do país, que concentra a maior parte de produção do arroz no Brasil.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, das quatro empresas vencedoras, uma era uma loja de laticínios e outra tinha como sócio um empresário que já havia confessado o pagamento de propina para conseguir licitações públicas.

O leilão foi duramente criticado pela oposição ao governo e pelo agronegócio, e depois, anulado pelo governo. O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, foi demitido, junto com outros membros da pasta e da Conab ligados ao leilão.

Geller diz que o leilão foi um erro político – mas não dele. Em sua visão, as denúncias tomaram uma grande proporção justamente para atingi-lo. Após sua demissão, Geller afirmou que não teve responsabilidade sobre o leilão, porque não atuou em sua elaboração.

Ao contrário do que alegou o ministro Carlos Fávaro à época, ele afirma que não pediu demissão do cargo e que, na verdade, seu ex-superior não lhe atendeu quando tentou corrigir a informação sobre a saída da pasta.

Também foi divulgado que que um ex-assessor de Geller havia intermediado quase metade da venda do arroz importado no leilão promovido pela Conab. Ele nega qualquer irregularidade. No total, o governo havia comprado 263,3 mil toneladas de arroz importado, por R$ 1,3 bilhão.

A maior arrematante do leilão foi uma empresa de nome Wisley A de Souza, que adquiriu 147,3 mil toneladas de arroz, tem como único sócio uma pessoa com esse nome e capital social de R$ 5 milhões. Seu nome fantasia é Queijo Minas, e o endereço registrado na Receita Federal fica no centro de Macapá, capital do Amapá. Segundo imagens do Google, no local funciona o estabelecimento com este mesmo nome.